A Vigilância Ambiental da Prefeitura de Araxá alerta a população sobre a prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti. Os profissionais reafirmam que a conscientização deve ser frequente e redobrada em períodos chuvosos para evitar a transmissão da dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
Equipes de combate estão realizando um trabalho intensificado através de ações estratégicas para reduzir os focos do mosquito Aedes aegypti na cidade, como distribuição de panfletos, uso do carro fumacê (quando liberado pelo Estado), visitas em moradias e mutirões de limpeza.
Durante o ano letivo, crianças e adolescentes também contam com palestras educativas sobre o tema na Rede Pública de Ensino e se tornam multiplicadoras desse trabalho, levando o que aprenderam para seus familiares.
O objetivo principal é bloquear a ação do mosquito e, consequentemente, a transmissão das doenças. Elas não têm tratamento específico e causam sintomas como febre alta, dores no corpo, manchas vermelhas e podem até matar. Pessoas infectadas com o vírus pela segunda vez têm um risco maior e que exige cuidados hospitalares.
Em 2022, o Araxá registrou 1.363 casos positivos de dengue, sendo que nas últimas quatro semanas epidemiológicas foram apenas seis casos. Em relação à febre chikungunya, foram registradas quatro notificações positivas da doença. Não há notificação de casos suspeitos do vírus zika em relação ao ano anterior. Até o momento, não foi registrado nenhum caso das doenças em 2023.
Hoje, o município conta com 86 agentes de endemias em campo empenhados no trabalho de combate ao mosquito da dengue. No entanto, a redução da proliferação do mosquito precisa estar associada à conscientização da população.
Seguem algumas das importantes medidas de prevenção que devem ser adotadas e contribuem de forma significativa para o fim do Aedes aegypti:
• No caso de vasos de flores ou plantas: eliminar os pratos que ficam embaixo dos vasos, mantê-los sempre secos ou colocar areia entre o prato e o vaso enchendo até a borda;
• Os bebedouros de aves e animais devem ter sua água trocada pelo menos uma vez por semana, após serem lavados com escova;
• Pneus velhos devem ser guardados em locais cobertos, abrigados da chuva, ou entregues ao serviço da Zoonoses;
• As piscinas em uso devem ser tratadas com cloro e devem ser limpas uma vez por semana;
• Lagos, cascatas e espelhos de água decorativos necessitam ser mantidos sempre limpos;
• Deve-se retirar sempre a água das bandejas externas de geladeira e ar condicionado;
• Os cacos de vidro nos muros precisam ser quebrados ou vedados;
• Latas, garrafas de vidro ou de plástico, potes de iogurte, margarinas, maionese e calçados, devem ser colocados em sacos de lixo bem fechados para o recolhimento feito pelo serviço de limpeza urbana;
• Garrafas de vidro retornáveis ou de plástico que sejam úteis para o responsável do imóvel, devem estar secas e guardadas em locais cobertos;
• As caixas d’água e cisternas devem ser limpas a cada 6 meses e mantidas vedadas;
• As calhas devem ser mantidas limpas, desentupidas, e sem pontos de acúmulo de água.
De acordo com o biólogo da Vigilância Ambiental, Fabrício de Ávila, a prevenção está em nossas mãos e é absolutamente possível eliminar os focos do mosquito transmissor, desde que cada um faça sua parte.
“Mesmo que os números de casos positivos de arboviroses estejam sob controle, a tendência, infelizmente, é sempre de aumentar as notificações nestes períodos em que há maior incidência de chuva. Por isso, a população deve redobrar os cuidados e realizar um check list em suas residências, verificando diariamente se não há foco do Aedes. Essa é a melhor prevenção e se não forem tomadas essas atitudes básicas pode surgir até mesmo uma epidemia e, consequentemente, óbitos também”, alerta.