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Conheça os riscos da aranha-violinista após morte de jovem de 23 anos picado pela espécie

Gênero de aranhas Loxosceles é considerado um dos três de importância em saúde pública no Brasil pelo Ministério da Saúde

Um jovem de 23 anos morreu no último sábado após ser picado por uma aranha-violinista (Loxosceles reclusa) na Itália. De acordo com a agência de notícias Ansa, este é o segundo incidente fatal desta natureza que acontece no país só neste verão italiano.

Giuseppe Russo morreu de madrugada no hospital de Bari, região de Apúlia, ao sul do país, devido a um choque séptico e a falência geral dos órgãos vitais. A morte ocorreu mais de um mês depois de ele ter sido picado na perna, enquanto trabalhava no campo.

Em julho, um policial siciliano de 52 anos, chamado Franco Aiello, também não resistiu à picada de uma aranha da mesma espécie.

 

O que é a aranha-violinista?
De tamanho pequeno, chegando a até 7,5 mm, o nome do aracnídeo deriva de uma mancha em forma de violino em seu corpo. A espécie prefere terrenos áridos, fendas e é frequentemente encontrada perto de residências, em especial os jardins.

A Loxosceles reclusa é encontrada em diversos países, como os mediterrâneos, na Ásia e na América do Norte, de acordo com o catálogo mundial de aranhas administrado pelo Museu de História Natural de Berna.

Tem aranha-violinista no Brasil?
No Brasil, de um modo geral, há diversas espécies de aranhas do gênero Loxosceles, que são conhecidas como aranha-marrom, aranha-violino ou aranha-violinista. O gênero é classificado pelo Ministério da Saúde como um dos três considerados de importância em saúde pública, junto com os Phoneutria e Latrodectus.

De acordo com informações da pasta, as aranhas do gênero Loxosceles não são agressivas, elas picam geralmente quando comprimidas contra o corpo.

“Elas possuem hábitos noturnos, constroem teias irregulares, como “algodão esfiapado”. Escondem-se em telhas, tijolos, madeiras, atrás ou embaixo de móveis, quadros, rodapés, caixas ou objetos armazenados em depósitos, garagens, porões, e outros ambientes com pouca iluminação e movimentação”, explica o ministério.

Em relação a acidentes com as aranhas Loxosceles no Brasil, eles ocorrem com maior frequência nos meses de outubro a março, com sazonalidade semelhante à dos acidentes ofídicos (por serpentes) e escorpiônicos (por escorpiões).

A pasta diz ainda que a região Sul é responsável por cerca de 80% das notificações de acidentes loxoscélicos no Brasil. Segundo dados do DATASUS, foram registrados 8.748 acidentes causados por aranhas Loxosceles no país em 2023, 6.460 deles nos estados do Sul.

O ministério explica que, de um modo geral, a grande maioria das aranhas possuem glândula de veneno e causam envenenamento. Apenas duas famílias, Uloboridae e Holoarchaeidae, não possuem as glândulas.

No caso de um acidente, a pasta orienta lavar o local da picada, usar compressas mornas para auxiliar no alívio da dor e procurar o serviço médico mais próximo. Se possível, recomenda “levar a aranha para identificação, ou uma fotografia nítida, caso a captura deste não represente risco de novo acidente”.

FONTE FOLHA DE PERNAMBUCO

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