Ouça guia do festival na voz de suas estrelas. Podcast g1 ouviu tem prévia do evento em entrevistas com Foo Fighters, Black Pumas, Alessia Cara, Pabllo Vittar, Marina Sena, Gloria Groove, Fresno e mais.
Falta uma semana para o Lollapalooza 2022. É pouco tempo para quem já esperou três anos até curtir o festival de novo – foram duas edições canceladas desde a mais recente, em 2019, por conta da pandemia.
O Lolla mais aguardado de todos os tempos vai começar na sexta-feira (25), até o domingo (27). O podcast g1 ouviu faz uma prévia do festival na voz de algumas das suas principais estrelas.
Rashid
No Lolla de 2019, Rashid estava começando seu show no Lolla quando começou uma tempestade de raios. O show teve que parar e não voltou. “Foi um momento muito frustrante. Acho que para todo artista, ainda mais de uma cena alternativa, começando e fazendo rap no Brasil, o palco do Lolla é um dos maiores sonhos profissionais”.
“Agora a minha expectativa novamente está lá em cima, porém já com a experiência de que ‘calma também as coisas podem não sair com planejado’. Mas a expectativa é sempre fazer um grande show e se divertir”.
Rashid — Foto: Kleber de Oliveira /
Gloria Groove
“Lollapalooza é a preparação da minha vida agora. Porque é o lugar onde eu escolhi para estrear esse novo show.”
“Ele tem uma importância gigante para marcar esse esse momento, e eu acredito que pode ser o show da minha vida.”
“O álbum (“Lady Leste”) engloba uma versatilidade grande de estilos, e eu acho que trazer isso para um palco pop do festival pode colocar em tudo em outro patamar.”
“Ao mesmo tempo, eu sinto que eu me preparo para isso a vida inteira. Eu sempre quis ser uma artista de grandes shows e festivais. Lollapalooza para mim é uma confirmação de que ‘Lady Leste’ é a era que eu sempre quis fazer – só não tinha antes a condição de amarrar isso tudo.”
Gloria Groove — Foto:
Pabllo Vittar
“Eu me sinto muito honrada, espero poder representar o Norte e o Nordeste com muita força e muita garra e mostrar essa cultura que é tão rica para todo o Brasil. Estou muito ansiosa mesmo de fazer minhas coreografias, de cantar as músicas e de sentir toda essa vibração nortista no palco do Lolla.”
“Vai desde ‘Vai passar Mal’ a ‘Batidão Tropical’, também (o remix com) Lady Gaga. Vou passear por todos os meus quatro álbuns e levar um pouquinho do “I am Pabllo Tour” para o palco do Lolla, com troca de look, coreografias, arranjos e vocais.”
“Eu lembro da primeira vez que fui como espectadora, e me diverti tanto. Lembro do show da MØ, do Duran Duran e do BaianaSystem, que assisti bem na grade. Voltar agora em 2022 é um sonho realizado.”
“A gente que é artista vai num show e vê a entrega do cantor, com toda aquela luz e a galera gritando… a gente se imagina lá. Graças a Deus esse ano é minha vez. Eu vou arrasar, não vou perder essa oportunidade”, promete.
Pabllo Vittar durante apresentação no festival ‘Corona Capital’, na Cidade do México, neste domingo (21) — Foto: Eduardo Verdugo/AP
Marina Sena
“A gente está preparando um showzão. Alugamos um lugar agora em que a gente vai ensaiar o show como ele é mesmo, cada detalhe, cada fala, cada coisa, cada movimento, cada luz, cada tudo, para ficar realmente um espetáculo bem amarradinho. E bem teatral. Vai ser pequeno, 45 minutos de show. Mas a gente vai tentar fazer eu ser gigante nesse tempo.”
“Eu estou com duas bailarinas no meu show normalmente. Mas no Lollapalooza vai ter mais balé. A gente nunca ensaiou o show como ele é, porque não deu tempo – não tem como, você é engolido pelas demandas. Então você vai ensaiando no show, basicamente, já fazendo.”
“Agora a gente vai parar e entender cada detalhe do show, para ficar tudo bem amarradinho, tal qual uma diva pop tem que agir. Então vai ser bem mais especial, bem mais pensado.”
“E a partir desse show do Lollapalooza os próximos já vão vir com esse mesmo peso. Mas acho que é realmente no Lollapalooza que o show vai subir uns 10 degraus”.
Marina Sena no clipe de ‘Cabelo’ — Foto: Divulgação/Fernando Tomazhttps://d3c074a4f8ec82cfe4e61b3f72abee49.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Foo Fighters
A banda vai tocar no festival logo após lançar no Brasil “Terror no Estúdio 666”. É um filme de horror-zoeira, inspirado na mansão com fama de mal assombrada onde eles gravaram o disco mais recente, “Medicine at midnight”.
Em entrevista sobre o filme, o g1 aproveitou para perguntar se haveria algum elemento do longa no telão ou durante o show. “A gente nem tinha pensado nisso. É uma ideia muito boa mesmo”, respondeu Dave Grohl em tom de brincadeira.
Eles viajaram na ideia e até sugeriram pegar emprestado o Eddie, boneco do Iron Maiden. Dave anda que poderia ter sangue jorrando no público, ainda em clima de piada.
Foo Fighters — Foto:
Black Pumas
O Black Pumas toca no mesmo dia dos Foo Fighers. Com cinco anos de existência e shows lotados, o duo texano faz um som que transita pelo rock, soul e R&B, numa embalagem mais moderna. Há quem chame de soul-psicodélico.
O público pode esperar algo mais complexo do que muita coisa do pop atual. “Escrevo de forma mais complexa, mas apenas porque não sigo a estrutura que ouvimos no TikTok. É menos pop”, disse o vocalista Eric Burton.
Quer referências? “Sou fã de folk music, de Bob Dylan e Neil Young, e também de Marvin Gaye, Al Green, Aretha Franklin, Otis Redding e Wilson Pickett. São todos artistas que me identifico e tento levar para o Black Pumas.” Leia mais sobre os Black Pumas.
Eric Burton e Adrian Quesada, do duo Black Pumas — Foto: Jody Domingue
Fresno
“O que a gente fez não foi nem montar um setlist. A gente montou uma banda. A gente vai ser uma banda maior no Lolla, vai tocar com uma formação maior, que já testou, mas agora vai ser a primeira vez que vai botar todo mundo no palco. É com naipe de metais, percussão, uma doideira”, diz o vocalista Lucas Silveira.
“Então todas as músicas, até as que já são mais batidas, que todo mundo conhece, vão estar sendo executadas numa versão diferente. Isso sim eu acho que faz o cara que está passando lá olhar e falar: ‘Putz, isso aqui é Fresno, mano, que doido’.” Fresno no Lollapalooza.
Clarice Falcão
“Eu acredito muito em fazer um show espontâneo. Pelo menos é o que eu tenho feito com essa turnê. Até o meu primeiro show, ‘Monomania’, era bem teatral, todo roteirizado. Cada fala era totalmente pensada, e eu gostei muito de fazer. Mas eu tenho tido muito prazer em fazer um show espontâneo, em que você não sabe o que vai acontecer. Entender o público, entender qual é a ‘vibe’ da galera, responder as coisas. Alguém grita um negócio… Enfim, eu estou empolgada para sentir o público do Lolla, sabe?”
Clarice Falcão no show ‘Em conserto’ — Foto: Michelle Castilho / Divulgação Circo Voador
Lagum
A banda mineira de pop suave e “good vibes” toca no dia mais roqueiro do Lollapalooza – o domingo, que tem os Foo Fighters como atração principal. Eles vão dar uma turbinada no show, conta o vocalista Pedro Calais:
“A gente pretende fazer um show mais enérgico, com certeza. Mesmo os nossos reggaes, as coisas mais pop, samba… nos nossos shows elas têm sempre uma pitada mais enérgica, porque a gente toca com guitarra, com bateria, que é diferente do estúdio quando a gente usa violões, um beatzinho e vai para uma coisa mais tranquila. Mas esse show vai ser focado para ser o mais enérgico possível.
Lagum toca no Lollapalooza Brasil 2022 no domingo (27) — Foto: Divulgação/Webber Pádua
Alessia Cara
A cantora canadense vai tocar os hits que a transformaram em uma das maiores revelações recentes do pop e do r&b, como “Here”. Mas ela também vai mostrar o seu amor brasileiro pela bossa nova. “Eu não quero entregar, mas pode ser que tenha um pouco aí para o público brasileiro. Como não poderia? Claro, eu amo tanto essa música (brasileira). Vai ter algo, definitivamente. Então eu acho que entreguei (risos). Mas não vou dizer o que é…”, ela provoca.
Alessia Cara — Foto: Shervin Lainez / Divulgação
LP
A cantora de voz imponente do hit “Lost on you” vai mostrar que o ukulele, aquele pequeno instrumento de corda havaiano, não serve apenas para fazer indie-folk fofinho (o fofolk). “Eu não acho que ninguém que canta como eu canto toca ukulele. Mas acho que é um contraste interessante. O instrumento falou para minha alma, me fez sentir alegria. A delicadeza dele é de partir o coração. Na minha opinião é um instrumento profundo. Mesmo que não pareça”.
LP — Foto: Divulgação / Instagram oficial da artista
FONTE G1