Justiça do Rio concedeu prisão domiciliar para Monique na terça-feira (5); Ministério Público afirma que ela descumpriu a exigência de se manter fora das redes sociais
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) recorreu, nesta sexta-feira (8), contra a decisão da Justiça que concedeu prisão domiciliar para Monique Medeiros. Ela e o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho, foram denunciados pelo MP-RJ por homicídio triplamente qualificado pela morte do menino Henry Borel, de 4 anos.
O recurso feito nesta sexta (8) aponta que, após sua soltura, na terça-feira (5), Monique descumpriu a determinação da Justiça e se envolveu em postagens veiculadas em suas redes sociais. O MP cita que o afastamento das redes, “quaisquer que sejam elas”, foi uma das condições para a soltura da ré, sob pena de restabelecimento da ordem prisional.
No documento, o Ministério Público afirma que, apesar de um dos motivos alegados para o relaxamento da prisão ter sido o relato de Monique sobre ameaças dentro do presídio, não há notícia de violência física contra a detenta.
Para justificar o encarceramento, o MP cita que, antes de ser presa, ela coagiu a babá de Henry a apagar mensagens que mostravam seu conhecimento sobre as agressões sofridas pelo filho.
“Tal expediente demonstra a disposição da acusada em embaraçar a colheita de provas, sendo certo que esta colheita, tratando-se de processo afeto ao Tribunal do Júri, perdura até o dia do julgamento em plenário. Não houve mudança em relação a este cenário, que por si só já autoriza a manutenção da prisão de Monique”, diz o recurso.
Sob supervisão de Isabelle Resende* CNN BRASIL