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Empatia: como se colocar no lugar do outro e ser mais compreensivo

Aprender a se colocar no lugar no outro pode ser a chave para o sucesso das relações

Você sabe o que é empatia? Esse é o sentimento primordial para conseguir se colocar no lugar do outro. Podemos descrever a empatia como a tentativa de sentir o que sente a outra pessoa em uma determinada situação, ou seja, tentar compreender os sentimentos e emoções do outro. Um fator decisivo para se tornar uma pessoa empática é livrar-se dos seus julgamentos, histórias e experiências pessoais e compreender o outro como ele é. É ser capaz de enxergar o outro pelos olhos e ponto de vista dele e não a partir do seu próprio.

Aprender a se colocar no lugar do outro e ser empático pode ser a chave para ter sucesso nas relações, uma vez que isso te permite aprender com a experiência do outro, compartilhar a tua, crescer juntos, oferecer apoio e ser humilde no dar e receber. Além disso, se colocar no lugar do outro é importante, pois te faz compreender as dificuldades que possam existir e assim diminuir conflitos.

Em uma relação de trabalho, por exemplo, uma pessoa pode ter queda de atenção por estar passando por um momento difícil e, sem empatia, surgem conflitos e a pessoa pode ser até demitida. Já com a empatia pode-se conversar com a pessoa e oferecer ajuda ou ferramentas que a ajude a superar o problema. Em um relacionamento, a empatia pode ajudar a ser mais compreensivo com o outro, menos exigente em alguns aspectos e respeitar as diferenças, evitando mágoas, discussões e até disputas desnecessárias.

Como ser mais empático?

O primeiro passo para se tornar uma pessoa empática é exercitar a humildade, uma vez que pessoas arrogantes, controladoras ou sádicas podem ver na fragilidade do outro uma oportunidade de controle, manipulação e exercício de poder. Há também quem tire proveito do outro ou ofereça ajuda esperando algo em troca. A empatia é uma compreensão emocional livre de interesses.

Em segundo lugar, é importante que você realmente olhe o outro. Popularmente falando, seria enxergar o mundo além do seu umbigo. Infelizmente muitas pessoas têm dificuldade para encontrar a empatia ntro de si por causa da dificuldade em enxergar o outro.

Por fim, o terceiro ponto importante seria o limite e o respeito. Em todas as relações devem existir limites e uma pessoa empática é capaz de identificar até onde pode ir na relação com o outro, os pontos a respeitar e o momento de não interferir. Uma pessoa empática respeita as escolhas, o momento e a personalidade do outro e, por isso, não tenta impor as suas escolhas e suas verdades. É justamente no limite e no respeito que se trocam experiências que geram crescimento pessoal.

Empatia em excesso também faz mal

Como toda moeda possui dois lados, com a empatia não poderia ser diferente. Assim como existem pessoas pouco empáticas e centradas em si mesmas, existem pessoas excessivamente empáticas que focam apenas nos outros. A dificuldade em lidar com uma pessoa muito empática, pode ser justamente o fato de ela se mostrar sempre muito disponível, sempre com uma solução para tudo, sendo exageradamente preocupada e, por vezes, até assumindo para si os problemas dos outros e inferindo ou sofrendo de mais.

Há ainda os muito empáticos que veem a vida do outro mais sofrida do que realmente é e exageram nos cuidados e sentimento de pena ou dó. Apesar de ser bom saber que tem alguém do nosso lado em todos os casos, o excesso de empatia pode ser sufocante e incomodar por tirar a autonomia do outro, que passa a sentir que deve dar satisfação sempre.

A empatia deve estar presente na nossa rotina com familiares, amigos, entre o casal e até em situações cotidianas, como no trânsito, em lojas, etc. Ao olhar para o outro com empatia, você vai ver que todos passamos por situações parecidas, temos momentos bons e ruins e sentimos as mesmas necessidades. Isso nos serve de estímulo, promove o crescimento pessoal e, acima de tudo, promove a vontade de ajudar e a compaixão com o próximo.

FONTE:

Especialista consultado:Dra. Milena Gonçalves LhanoPsicologiaCRP 102952/SP

Psicóloga Clinica sistêmica pós- graduada em Milão na Itália, com experiência no atendimento de questões de relacionamentos.

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