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CAR-T Cell: entenda estudo que pretende acelerar produção de terapia genética contra o câncer com células do paciente

Pesquisa, que ainda precisa ser submetida ao sistema CEP-Conep e à Anvisa, quer avaliar segurança e eficácia do tratamento em pacientes com linfoma não-Hodgkin de células B.


Hemocentro de Ribeirão Preto integra estudo clínico com Butantan sobre segurança e eficácia de tratamento contra o câncer — Foto: Reprodução/EPTV

Hemocentro de Ribeirão Preto integra estudo clínico com Butantan sobre segurança e eficácia de tratamento contra o câncer — Foto: Reprodução/EPTV

CAR-T Cell: entenda estudo que pretende acelerar produção de terapia genética contra o câncer com células do paciente

Pesquisa, que ainda precisa ser submetida ao sistema CEP-Conep e à Anvisa, quer avaliar segurança e eficácia do tratamento em pacientes com linfoma não-Hodgkin de células B.

Por Vinícius Alves, g1 Ribeirão Preto e Franca

17/06/2022 05h02  Atualizado há 2 horas


Hemocentro de Ribeirão Preto integra estudo clínico com Butantan sobre segurança e eficácia de tratamento contra o câncer — Foto: Reprodução/EPTV

Hemocentro de Ribeirão Preto integra estudo clínico com Butantan sobre segurança e eficácia de tratamento contra o câncer — Foto: Reprodução/EPTV

O Hemocentro de Ribeirão Preto (SP) e o Instituto Butantan elaboram um estudo clínico que pretende avaliar a segurança e a eficácia do tratamento com CAR-T Cell em pacientes com linfoma não-Hodgkin de células B. A ideia é poder acelerar a produção da terapia genética que usa células de defesa do organismo do próprio paciente em dois centros de pesquisa anunciados pelo Governo de São Paulo na última terça-feira (14).

Um dos centros fica em São Paulo e foi entregue na terça. O outro em Ribeirão Preto (SP), que vai ser inaugurado no campus da USP na segunda-feira (20). A proposta é que, juntos no futuro, possam produzir a tecnologia de tratamento para até 300 atendimentos ao ano. As duas estruturas aguardam a chegada de insumos e equipamentos vindos de outros países para iniciarem a produção.

No Brasil, sete pacientes com linfoma ou leucemia já fizeram uso do tratamento com CAR-T Cell de forma compassiva, isto é, quando, em um estágio muito avançado da doença e diante da não eficácia dos métodos convencionais, como quimioterapia e radioterapia, a tecnologia torna-se a última alternativa de tratamento, desde que seja feita por decisão médica.

Seis foram atendidos no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e um no HC de São Paulo. São cinco homens, com 27, 28, 36, 40 e 64 anos, e duas mulheres, de 13 e 25 anos.

A produção da tecnologia foi feita em Ribeirão Preto, segundo o diretor médico do laboratório de terapia celular do Hemocentro da cidade Gil Cunha de Santis.

“Na verdade a gente até está fazendo em Ribeirão, não no prédio do Hemocentro, mas para tratamento compassivo. São sete pacientes que já foram tratados em produção pontual, aqui, ali. A gente está fazendo por causa dessa necessidade de pessoas que precisam de alguma coisa, não tem tempo de esperar”.

Centro de produção de terapia genética contra o câncer em Ribeirão Preto, SP — Foto: Reprodução/Butantan

Centro de produção de terapia genética contra o câncer em Ribeirão Preto, SP — Foto: Reprodução/Butantan

Nesta reportagem você vai ler sobre os seguintes itens:

  1. O que é CAR-T Cell?
  2. Por que o estudo foca em pacientes com linfoma não-Hodgkin de células B?
  3. Em que estágio está o estudo clínico?
  4. Quem serão os voluntários?
  5. Como o estudo pode ajudar na produção em larga escala da tecnologia?
  6. 1. O que é CAR-T Cell?

O tratamento é resultado de estudos do Centro de Terapia Celular (CTC-Fapesp-USP) de Ribeirão Preto. Em 2017, a técnica foi aprovada pela FDA, agência reguladora dos Estados Unidos. No Brasil, A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou em abril deste ano o registro de um segundo produto para terapia gênica.

A terapia tem como base os linfócitos T, células de defesa do corpo que são isoladas e reprogramadas para identificar e combater o câncer e acontece em etapas:

  • coleta de sangue do paciente
  • isolamento dos linfócitos T da amostra
  • ativação e multiplicação dos linfócitos T em laboratório
  • criação das células CAR-T por meio do contato entre os linfócitos e um vetor viral inofensivo ao organismo que identifica receptor de células cancerígenas
  • congelamento e controle de qualidade das células CAR-T
  • aplicação das células por meio de transfusão de sangue
  • O processo de modificação dos linfócitos será feito nos centros em São Paulo e Ribeirão Preto.

2. Por que o estudo focou em pacientes com linfoma não-Hodgkin de células B?

O linfoma não-Hodgkin de células B, mais agressivo, é um câncer no sistema linfático que afeta o linfonodo, que é um gânglio, e se espalha para outras partes do organismo, podendo levar o paciente à morte.

Tratamentos convencionais, como quimioterapia e radioterapia, muitas vezes não conseguem amenizar os efeitos da doença no ser humano, segundo o diretor do Hemocentro de Ribeirão Preto.

De Santis explica que o estudo focou nessa doença porque ela expressa, na superfície da célula, uma substância chamada CD-19, que, até o momento, é a única que os pesquisadores conseguem combater com os linfócitos T, modificados geneticamente.

“A gente ainda não tem outros alvos. Claro que, em um futuro próximo, será nosso objetivo, tratar doenças que tenham outros tipos de alvo. A gente, por enquanto, vai começar com o CD-19 para depois expandir para outras doenças”.

As células T são um tipo de linfócito, células de defesa do sistema imunológico presentes no sangue — Foto: Science Photo Library/BBC

As células T são um tipo de linfócito, células de defesa do sistema imunológico presentes no sangue — Foto: Science Photo Library/BBC

3. Em que estágio está o estudo clínico?

O estudo clínico é de fase um e deve ser enviado para aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que faz a apreciação técnica, nas próximas semanas, segundo de Santis.

A análise deve demorar alguns meses e, por conta disso, o início da pesquisa na prática deve começar somente no final do ano.

“Ele ainda não foi submetido porque a gente ainda está fechando o estudo, fechando protocolo (…) É o que a gente chama de estudo fase um fase dois. O foco é segurança, mas a gente também avalia eficácia”, disse o diretor do Hemocentro de Ribeirão Preto.

4. Quem serão os voluntários?

Segundo o pesquisador, são 30 voluntários escolhidos para o estudo clínico, que será feito em três centros: Hospital das Clínicas da USP em São Paulo, Hospital das Clínicas da USP em Ribeirão Preto e Hospital das Clínicas da Unicamp, em Campinas.

Segundo de Santis, 40% dos pacientes do linfoma não-Hodgkin de células B têm recaída com o tratamento convencional, com quimioterapia e radioterapia. A proposta do uso de CAR-T Cell é ser uma alternativa mais eficaz.

“O que a gente propõe não é substituir o tratamento convencional, que é eficaz, que cura 60% dos pacientes. Isso continua sendo feito. [O uso] Seria em uma recaída ou se o tratamento convencional não surtir efeito, o que ocorre em 40% dos pacientes. Aí começam os problemas, porque há outros tratamentos disponíveis, mas nada muito bom. A CAR-T é mais eficaz que os tratamentos convencionais”.

Hospital de Clínicas (SP) da Unicamp é um dos centros do estudo clínico do CAR-T Cell — Foto: Reprodução/EPTV

Hospital de Clínicas (SP) da Unicamp é um dos centros do estudo clínico do CAR-T Cell — Foto: Reprodução/EPTV

De acordo com o diretor do Hemocentro, os centros podem aceitar pacientes encaminhados de fora, que não necessariamente tenham passado por atendimento inicial nas unidades selecionadas.

“Os pacientes são tratados na mesma cidade. Se não deu certo o primeiro tratamento, muitas vezes o paciente é encaminhado para cá, muitas vezes quando o médico sabe que tem um estudo em andamento, e vai saber, porque a gente vai divulgar isso oportunamente. Acho até que vamos receber muitos pacientes, porque tem muitos pacientes, mas aí tem uma limitação do estudo clínico, de número”.

Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto participa de estudo sobre CAR-T Cell — Foto: Reprodução/EPTV

Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto participa de estudo sobre CAR-T Cell — Foto: Reprodução/EPTV

5. Como o estudo pode ajudar na produção em larga escala da tecnologia?

De acordo com o diretor do Hemocentro de Ribeirão Preto, o estudo clínico e a produção em larga escala anunciada nessa semana pelo Butantan e o Governo de São Paulo são interdependentes.

“Esse estudo vai nos proporcionar, entre outras coisas, também aquecer os motores para a produção em larga escala. Uma coisa beneficia a outra”.

A projeção para avançar com o tratamento por CAR-T Cell no Sistema Único de Saúde (SUS), já que hoje o custo é de US$ 500 mil [cerca de R$ 2,5 milhões] por paciente, e de forma não compassiva, é para 2023, segundo de Santis. De acordo com ele, o estudo vai mostrar os dados necessários para o registro final da tecnologia na Anvisa.

“Nosso interesse aqui, mais adiante, é fazer em larga escala, principalmente até fora de estudo clínico. Estudo clínico é limitado por tempo, por número de pacientes. O que a gente quer é oferecer, mais adiante, esse produto para pacientes que não têm acesso a ele, porque é um produto muito caro. A gente quer oferecer isso para pacientes do Sistema Único de Saúde”.

FONGTE G1

vista-urbana-itapororoca

Conheça cidade da Paraíba onde os moradores não pagam conta de água há 60 anos

Em Itapororoca, o abastecimento da cidade é realizado a partir de uma nascente. Já foi aprovada a concessão para a Cagepa se instalar na cidade, mas ainda não há data para a empresa assumir a gestão.


Itapororoca é uma cidade localizada na região da zona da mata e possui 18.664 habitantes, segundo o IGBE. — Foto: Prefeitura de Itapororoca

Itapororoca é uma cidade localizada na região da zona da mata e possui 18.664 habitantes, segundo o IGBE. — Foto: Prefeitura de Itapororoca

Desde quando foi fundada em 1961, os moradores de Itapororoca não pagam o valor da taxa correspondente ao uso de água. Dentre os poucos municípios da Paraíba cujo sistema de distribuição de água é gratuito, Itapororoca é a única que possui uma nascente que funciona como reservatório próprio. Mas com o crescimento populacional, o município enfrenta atualmente uma crise hídrica. A concessão do serviço à Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) já foi aprovada, mas ainda não há data para a empresa assumir a gestão e nem previsão para que isso ocorra.

Durante as secas mais severas, a nascente da cidade jamais secou. Ela é considerada direito inalienável da população itapororoquense. Trata-se de um recurso hídrico protegido por lei municipal. Porém, ela foi pensada, inicialmente, para atender a necessidade de mil famílias. Atualmente, Itapororoca ultrapassa o total de 5 mil residências só na área urbana e não possui mais capacidade hídrica de satisfazer todos os moradores.

A nascente é protegida por lei municipal.  — Foto: Reprodução de trecho do estudo de Jéssica Lima.

A nascente é protegida por lei municipal. — Foto: Reprodução de trecho do estudo de Jéssica Lima.

Essa situação faz com que o racionamento de água seja cada vez mais frequente. Além disso, também há problemas de contaminação do solo que colocam em risco a qualidade da água ofertada. Segundo a prefeitura, a água que abastece a cidade é atualmente considerada insatisfatória, mas não imprópria.

Em 60 anos, a nascente nunca secou, mas atualmente não tem mais capacidade de abastecer toda a cidade. — Foto: Prefeitura de Itapororoca

Em 60 anos, a nascente nunca secou, mas atualmente não tem mais capacidade de abastecer toda a cidade. — Foto: Prefeitura de Itapororoca

A pesquisadora Jéssica de Lima Silva, que possui um estudo intitulado ‘Caracterização do sistema de abastecimento d’água na área urbana do município de Itapororoca’, explica que o que ocorre na região é uma ‘anomalia hidrogeológica’ pela grande absorção de água existente naquela área. “É deste potencial hídrico que é captada a maior parte da água que abastece a cidade, beneficiando mais de 10 mil pessoas. Também abastece as piscinas do balneário da nascença, que existe na região, e serve para a irrigação de lavouras no entorno da nascente”, diz o estudo.

O abastecimento da cidade de Itapororoca é realizado pela força da gravidade, sem a necessidade de motores ou bombas. O que explica isso é a variação altimétrica entre a fonte e a área urbana, pois a nascente está localizada em uma área elevada: são 98 metros de altura em relação à cidade. A encanação principal, que liga a água da fonte para a caixa central, é feita de amianto. É um encanamento bastante antigo e remete à fundação da cidade. O tratamento é feito pelos próprios consumidores que utilizam uma gota de cloro a cada 1L de água.

Parte da encanação de Itapororca é feita de amianto. — Foto: Prefeitura de Itapororoca

Itapororoca é uma cidade que fica localizada na Zona da Mata, especificamente na região geográfica imediata de Mamanguape e Rio Tinto. Sua população estimada foi de 18.664 habitantes, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano de 2019. Sua área é de 146,067 km.

No Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), consta que a água dessa nascente possui padrões de qualidade e potabilidade, sendo necessário apenas a desinfecção com o uso de cloro. “Mas para um bom monitoramento dessa qualidade são feitas análises mensais na água, o que possibilita maior segurança na hora do consumo por parte da população”, informa o estudo de Jéssica Lima, sobre a qualidade das águas da cidade.

“Devido principalmente ao crescimento populacional na zona urbana e a degradação ambiental na área do Parque da Nascença houve modificações consideráveis quanto à disponibilidade de água no local e ao acesso dela por parte da população”, diz o estudo de Jéssica de Lima .

Parque da Nascença, mencionado pela pesquisadora, é uma área de preservação ambiental do município que dispõe de resquício da Mata Atlântica e que possui piscinas que também são abastecidas pela nascente. Para ela, o Parque da Nascença é “o ponto crucial quanto à aplicação de benfeitorias, uma vez que é considerada uma área de extrema importância para todo sistema de abastecimento de água. As ações para a área são de caráter imediato ou emergencial”.

O Parque da Nascença é uma área de preservação ambiental municipal. — Foto: Prefeitura de Itapororoca

Essa escassez e racionalização da água, bem como os riscos de contaminação, dada a degradação do solo, que levanta suspeitas para alguns moradores, faz com que as pessoas procurem outras alternativas. Alguns, por conta própria, furam poços artesianos em seus quintais, outros ainda possuem cisternas que são abastecidas por carros pipas que trazem as águas de outras nascentes da região. Além disso, vender água mineral em Itapororoca é parte da vida do comércio local.

A pesquisa realizada por Jéssica envolveu ir a campo conversar com as pessoas, desta forma, em 2016, ela constatou que 40% compravam água mineral para o consumo; 35% consumiam água direto das torneiras; 17% usavam água direto da torneira e mineral; 5% captavam água de poços ou cacimbas presentes nas zonas rurais; e apenas 3% consumiam água da torneira, mas tratada com cloro.

Apesar de satisfeitos com a isenção da taxa, os itapororoquenses possuem queixas relacionadas ao racionamento e eventuais falta de água no município. Atualmente, a gestão considera que a cidade enfrenta uma “crise hídrica”.

Parque da Nascença, em Itapororoca. — Foto: Prefeitura de Itapororoca

Em sua pesquisa de campo, Jéssica também avaliou a opinião da população acerca do processo de estatização da água. Constatou que 33% acreditam que para sanar o problema da disponibilidade de água é necessária a inserção dos serviços da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa); 30% afirmaram que o melhor é investir em novas fontes que venham a complementar a água disponível na fonte da Nascença; enquanto 27% opinaram que a preservação da fonte da Nascença é suficiente; 7% acham que a ação adequada é preservar o parque da nascença (fonte atual) e investir em novas fontes, e apenas 3% não opinaram, aponta o estudo.

“O projeto de convênio com a Cagepa é um benefício para a população, que infelizmente prefere pagar por tonéis de água. Mas quando o assunto é melhoramento do abastecimento, e para isso acontecer a Cagepa precisa vir, a cidade não aceita. Não entendem que já estão pagando da mesma forma”, diz a pesquisadora, que utiliza água a partir de um poço artesiano que furou no quintal de casa. Ela acredita que a inserção dos serviços da Cagepa deve trazer maior qualidade da água para Itapororoca.

O argumento central de sua pesquisa é que, embora na fonte a água seja cristalina, até chegar na torneira do lares itapororoquenses, ela passa pela antiga encanação, cuja partes são feitas de amianto, substância relacionada à ocorrência de diversas doenças, dentre elas, câncer. Nesse sentido, ela entende que é necessário realizar a troca do encanamento, ação que a Cagepa deve se responsabilizar.

“Vai ser uma conta a mais”

Uma moradora, que prefere não ser identificada, contou ao g1 que não sofre tanto com a falta de água. “Temos caixa de água, que é abastecida duas vezes na semana. Eu não sofro tanto com a falta de água, consigo reservar, sempre que ligo o chuveiro tem água”, diz. Ela mora com a avó no bairro São João I.

Alguns moradores furam poços artesianos em seus quintais e outros ainda possuem cisternas que são abastecidas por carros pipas. — Foto: Prefeitura de Itapororoca

“Mas conheço outros bairros que a água só chega uma vez na semana, como é o caso do Centro da cidade. Uma colega minha tem que ficar acordada tentando reservar, pois a água não chega pela encarnação, que é antiga”, explica. Quanto a possibilidade de estatização ou privatização da água, a moradora explica que a maioria dos itapororoquenses não concordam com a ideia.

“A maioria das pessoas da cidade são contra. Elas preferem passar por essa dificuldade ao invés de ter uma conta de água no fim do mês, pois vai ser uma conta a mais”.

O que incomoda a moradora é perceber o desperdício de água por parte de outros moradores. “Uns têm abundância e outros não tem”. Ela concorda que a Cagepa deve se instalar na cidade e afirma que “água é saúde, a gente tem que cuidar da nossa saúde. Não adianta nossa cidade ser tão rica de água, mas não ser própria para o uso”, diz.

O que diz a Cagepa

g1 entrou em contato com a Cagepa para saber se há prazo de instalação na cidade, mas foi informada que “o abastecimento de água da cidade encontra-se em processo de legalização junto à Cagepa, por meio das microrregiões”. Segundo a empresa, ainda não há previsão de instalação no município.

Segundo o presidente da Cagepa, Marcus Vínicius, o orgão fez um convênio de cooperação técnica. Mas na sequência houve uma mudança do processo com a nova Lei de saneamento, que não permite mais a contração direta com o município. Com a instituição das microrregiões e o ajuste ao novo marco legal, essa discussão de desloca do município para a gestão colegiada da microrregião do litoral do qual Itapororoca faz parte.

“Desta forma, existe um processo a ser feito, assim como outros municípios, que vão pleitear o colegiado microrregional a prestação direta pela Cagepa, e isso vai ser votado pelo Estado, que tem 40% dos votos, e pelos demais municípios, que tem 60% dos votos, necessitando apenas de maioria simples para sua aprovação”, explica o presidente da Cagepa.

“A partir daí, se faz todo um regimento de prestação de serviço com estabelecimento de metas, negociações de prazos, de qualidade de fornecimento da água, etc. Nós vamos fazer as contratações devidas para levantamento dos custos do projeto, e fazer o diagnóstico do município”, diz Marcus Vinicius. Até o momento, não há estimativa do quanto irá custar para a Cagepa assumir a gestão de água no município.

A cidade já aprovou concessão à Cagepa para instalação, no entanto, a empresa ainda não possui previsão para essa ação. — Foto: Prefeitura de Itapororoca.

A cidade já aprovou concessão à Cagepa para instalação, no entanto, a empresa ainda não possui previsão para essa ação. — Foto: Prefeitura de Itapororoca.

FONTE G1

larvareciclagem

Superlarvas que comem plástico podem ser chave para reciclagem, dizem cientistas

Cientistas da Austrália descobriram que larvas conhecidas como tenébrio gigante podem se alimentar somente de poliestireno, material plástico que ameaça a vida no mar e se acumula no lixo.

TOPO


Insetos transformam 50% do plástico que consomem em dióxido de carbono  — Foto: Stanford University

Insetos transformam 50% do plástico que consomem em dióxido de carbono — Foto: Stanford University

Material de embalagens, talheres descartáveis, caixas de CD: o poliestireno é uma das formas mais comuns de plástico, mas sua reciclagem não é fácil e a grande maioria termina em depósitos de lixo, ou chega aos oceanos, onde ameaça a vida marinha.

Cientistas da Universidade de Queensland, na Austrália, descobriram que as superlarvas de tenébrio gigante (Zophobas morio), uma espécie de besouro, se alimentam desta substância, e suas enzimas intestinais poderiam ser a chave para taxas de reciclagem mais altas.

Chris Rinke, que dirigiu um estudo publicado nesta quinta-feira (9) na revista Microbial Genomics, disse à AFP que pesquisas anteriores haviam demonstrado que as larvas de traça-da-cera e as larvas-da-farinha (outra espécie de besouro) tinham boas credenciais por ingerir plástico.

“Assim que supomos a hipótese de que as superlarvas, que são muito maiores, podem digerir inclusive mais”, explicou.

As larvas de tenébrio gigante chegam a cinco centímetros e são criados como alimento de répteis e aves, e até mesmo para alimentação humana em países como México e Tailândia.

Rinke e sua equipe alimentaram as superlarvas com diferentes dietas durante um período de três semanas: alguns receberam espuma de poliestireno, comumente conhecida como isopor, outros receberam farelo e outros não receberam nada.

“Confirmamos que as superlarvas podem sobreviver com uma dieta única de poliestireno e, inclusive, ganhar uma pequena quantidade de peso em comparação com o grupo de controle de fome [os exemplares que não receberam nenhum alimento], o que sugere que as larvas podem obter energia ao comer poliestireno”, assinalou Rinke.

Embora as superlarvas criadas a base de poliestireno tenham concluído seu ciclo de vida, se transformando em pupas e depois em besouros adultos completamente desenvolvidos, os testes revelaram uma perda de diversidade microbiana em seus intestinos e patógenos potenciais.

Essas descobertas sugerem que, apesar de os insetos conseguirem sobreviver com poliestireno, esta não é uma dieta nutritiva e afeta sua saúde.

Em seguida, a equipe utilizou uma técnica chamada metagenômica para analisar a comunidade intestinal microbiana e encontrar quais são as enzimas codificadas por genes que participaram da degradação do plástico.

‘Bio-upcycling’

Uma maneira de utilizar essas descobertas seria dar às superlarvas restos de alimentos ou bioprodutos agrícolas para consumir junto com o poliestireno.

“Esta poderia ser uma forma de melhorar a saúde das larvas e de lidar com a grande quantidade de desperdício de alimentos nos países ocidentais”, disse Rinke.

Contudo, apesar de ser possível criar mais larvas para esse propósito, o cientista sugere outro caminho: criar usinas de reciclagem que imitem o que fazem as larvas, que é primeiro triturar o plástico e depois digeri-lo através de enzimas bacterianas.

“Em última instância, queremos tirar as superlarvas da equação”, assinalou.

Rinke planeja agora mais pesquisas destinadas a identificar as enzimas mais eficientes e depois melhorá-las ainda mais através da engenharia de enzimas.

Os produtos de decomposição dessa reação poderiam depois ser utilizados para alimentar outros micro-organismos para criar compostos de alto valor, como bioplásticos. Rinke espera que isso se torne um “upcycling” economicamente viável.

“Upcycling” é o processo de reutilizar o que é descartado para gerar algo de maior valor, diferentemente da reciclagem, que supõe destruir o lixo para criar algo novo.

fonte G1

grande_arraia

Grande Arraiá celebra tradições juninas e ajuda entidades de Araxá

Evento está de casa nova e será realizado na primeira semana de julho

O Grande Arraiá – Circuito Junino Araxá – está de volta cheio de novidades. O evento será realizado este ano no Estádio Municipal Fausto Alvim, entre os dias 1 e 2 de julho. “Nesta edição, que marca o retorno do Grande Arraiá, após dois anos de pandemia, preparamos uma programação muito rica, associando as tradições juninas aos conhecimentos histórico, geográfico e cultural que remetem a essa festa, tão significativa e importante para nosso país. De norte a sul comemoram-se as alegres e coloridas festas juninas, eventos familiares e muito tradicionais”, adianta Elisa Baião Macêdo, presidente da Fundação Cultural Acia (Facia), organizadora do evento.

As atividades começam sempre às 19h e incluem, além de atrações musicais, exposições, concurso de causos e quadrilhas, as tradicionais comidas típicas, que serão oferecidas em barraquinhas coordenadas por entidades sociais do município. “Araxá será privilegiada por receber este evento com uma programação especial voltada para todos os públicos. Temos muito orgulho de ser uma empresa araxaense e poder contribuir com o desenvolvimento da cultura de nossa região, como, por exemplo, em festividades tão tradicionais como as festas juninas”, ressalta Álvaro Rezende, da área de relacionamento com a comunidade da CBMM, patrocinadora máster do evento.

O Grande Arraiá – Circuito Junino Araxá – é promovido pela Fundação Cultural Acia (Facia) e tem o patrocínio máster da CBMM, através da Lei de Incentivo à Cultura, da Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal. Patrocínio: Zema. Apoio: Associação Comercial, Industrial de Turismo, Serviços e Agronegócios de Araxá (ACIA), Prefeitura Municipal de Araxá e TV Integração.

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Secretaria Municipal de Educação homenageia estudantes selecionados para a Academia Araxaense Juvenil de Letras

A Secretaria Municipal de Educação realizou, na manhã desta quarta-feira (15), uma cerimônia especial para homenagear alunos da rede municipal de ensino selecionados para integrar a Academia Araxaense Juvenil de Letras (AAJULE). O evento contou com a presença de professores e diretores das escolas participantes, além de profissionais da área.

A escolha dos integrantes, que possuem entre 13 e 18 anos, foi realizado através de concurso entre todas as escolas do município. Por meio da Academia Araxaense de Letras (AAL), representada pelo presidente Luiz Humberto França, foi promovido um ciclo de palestras nas instituições de ensino e, na oportunidade, ele destacou a importância da AAL na cidade, convidando os alunos a participar do concurso de redação com o tema “Metamorfose”.

Entre titulares e suplentes da Academia Juvenil, os estudantes e educadores receberam homenagens e reconhecimento pelo brilhante trabalho desenvolvido. A posse será dada pela AAL.

A aluna da Escola Municipal Aziz J. Chaer, Shayene Ribeiro da Silva, de 14 anos, conta sobre a emoção de participar de integrar a AAJULE. “Estou muito feliz porque é uma grande conquista para mim e para minhas amigas também. Estávamos muito ansiosas para participar da Academia e quando fomos selecionadas a emoção foi enorme. Eu amo ler e escrever e levarei esse momento com enorme carinho por toda a minha vida.”

Integrantes

– Escola Municipal Professora Auxiliadora Paiva: Amanda Vitória Campos Moreira e Cássio Willian Freire Júnior (titulares)

– Escola Municipal Padre Inácio: Lázaro Antônio Pereira Rocha, Maria Eduarda Gonçalves Silva e Maria Fernanda Silva Ferreira de Souza (titulares)

– Escola Municipal Antônio Augusto de Paiva: Layza Edwirges Ferreira de Paiva (titular), Manuelle Souza Matias (titular) e Lilian Lima dos Santos (suplente)

– Escola Municipal Romália Porfírio de Azevedo Leite: Ana Beatriz dos Santos, Maria Fernanda Durante Silva e Vitória Aparecida do Carmo Silva (titulares)

– Escola Municipal Professora Leonilda Montadon (Caic): Nicole Wendy de Oliveira Rosa (titular) e Mary Helen Rodrigues Carneiro (suplente)

– Escola Municipal Aziz J. Chaer: Shayene Ribeiro da Silva (titular), Yara Abadia Rodrigues de Oliveira (suplente) e Nycaély Irany Dias Ferreira (suplente)

Att.
Assessoria de Comunicação

IPDSA-e-Queimadas

IPDSA intensifica fiscalização e alerta aos males causados pelas queimadas

Nesta época do ano, período de estiagem e, consequentemente, de seca, lotes vagos e com mato elevado acabam se tornando pontos causadores de enormes danos à população e à própria vegetação por consequência das queimadas. Desta maneira, órgãos ambientais, como o Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável de Araxá (IPDSA), intensificou a fiscalização desses locais.

De acordo com o chefe da Divisão do Meio Ambiente do IPDSA, Vinícius Martins, prevenir incêndios através do cuidado constante dos lotes vazios, por exemplo, traz resultados positivos, principalmente à saúde das pessoas e dos animais, além da preservação da natureza.

Já a falta de consciência da população em relação às queimadas, diz Vinícius, pode provocar e agravar doenças respiratórias, causar irritação nos olhos, na garganta ou até mesmo graves acidentes. “Além disso, qualquer fagulha pode ocasionar interrupções de energia, desmatamento, poluição e aumento da temperatura da cidade, acarretando inclusive, a morte de animais”, afirma.

De acordo com o art. 41 da Lei 9.605/98, provocar incêndio em mata ou floresta é tipificado como crime ambiental, que pode resultar em pena de reclusão de dois a quatro anos, além de multa.

Já o artigo 151 do Código de Posturas do Município destaca que a pena para terrenos sujos é de 5 UFPAs (Unidades Fiscais da Prefeitura de Araxá), o que equivale a um total de R$ 310. A notificação é enviada pelos Correios e o responsável pelo imóvel tem prazo de 20 dias para realizar a limpeza. Se isso não acontecer, é lavrada a multa. Se houver reincidência no prazo de 12 meses, a multa é dobrada.

“O objetivo dos órgãos ambientais é conscientizar a população para que as pessoas sejam multiplicadoras de ações positivas em sua rua, bairro, com a família ou amigos. Somente assim problemas ambientais tão graves como esse poderão ser evitados. Prevenir incêndios é proteger a natureza, cuidar da sua saúde e das pessoas à sua volta”, reitera Vinícius.

Ele alerta os cidadãos para que diversas práticas não sejam realizadas, independentemente da época do ano. “Não se deve atear fogo para limpar seu terreno, nem queimar lixo, folhas e entulhos. Não jogar cigarros ou fósforos acesos no solo também contribui com o meio ambiente. Caso a população presencie descartes irregulares ou lixões clandestinos, deve-se denunciar o autor da prática irregular”, conclui.

O contato do IPDSA é o (34) 3661-3675.


Assessoria de Comunicação

ENAPA-ARAA-2022

Enapa fortalece Araxá como referência em ações voltadas para o tema “adoção”

Sonho, adoção, família! Araxá foi sede do 25º Encontro Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção, o Enapa 2022, e superou as expectativas. O evento ocorreu entre os dias 9 e 11 de junho e contou com a presença de mais de 600 pessoas durante os três dias de atividades, de 18 Estados do país.

O maior encontro nacional voltado ao tema adoção teve como tema central “Construindo Redes, Aquecendo Vidas”, reunindo Grupos de Apoio à Adoção, órgãos públicos e Sociedade Civil Organizada. Com inúmeras histórias de vida transformadas e repletas de amor, o evento buscou, através de reflexões e discussões construtivas, contribuir para a garantia da convivência familiar e comunitária para crianças e adolescentes.

O encontro aconteceu no Espaço Grann Hall em formato híbrido, com possibilidade de participação online e presencial. Dessa forma, pretendentes à adoção, magistrados, servidores, promotores, comunidade acadêmica, pais, mães e filhos e interessados no assunto, também estiveram no evento.

A presidente do Grupo de Apoio à Adoção “Aquecendo Vidas” de Araxá, Cristiane Mirza, destacou que o encontro fortaleceu a cidade como referência no tema “adoção”. “Quando o Enapa é realizado em um uma cidade, ela segue no caminho do fortalecimento da rede protetiva da criança e do adolescente, fomenta a criação de novos grupos de apoio à adoção e há um networking incrível durante todo o evento, pois os participantes podem auxiliar e contribuir nas estratégias cotidianas de cada grupo que serão colocadas em prática com muito carinho”, conclui.


Assessoria de Comunicação

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Unimed Araxá – Distúrbios da tireoide

Distúrbios da tireoide: saiba identificar quando o seu corpo dá sinais de que há algo errado

Endocrinologista da Unimed Araxá explica quais são os sintomas e tratamentos para os casos mais comuns

A tireoide é uma glândula localizada na região anterior do pescoço. Ela é responsável por produzir os hormônios T3 e T4.  São eles que regulam funções básicas do nosso organismo como, por exemplo, os batimentos cardíacos, a capacidade de concentração do cérebro, os movimentos intestinais, a respiração celular e a regulação dos ciclos menstruais. Por isso é tão importante ficar atento e perceber os sinais que o corpo dá em função das disfunções hormonais ligadas à tireoide. “A disfunção hormonal mais comum da tireoide é o hipotireoidismo, um tipo de alteração onde ocorre a diminuição na liberação dos hormônios tireoidianos T3 e T4.  O outro tipo de disfunção tireoidiana comum é o hipertireoidismo que se trata de uma condição inversa ao primeiro”, ressalta a médica endocrinologista e metabologista da Unimed Araxá, Jacqueline Fonseca Rios.

Hipotiroidismo

A principal causa do hipotireoidismo é a Tireoidite Crônica de Hashimoto, um tipo de doença autoimune que é de quatro a cinco vezes mais comum em mulheres, mas que também atinge homens. “Nas pessoas com hipotireoidismo tudo passa a funcionar mais lentamente”, explica a médica.

Sintomas

Cansaço: 

Pode ocorrer desânimo, cansaço, memória ruim, sonolência, nervosismo, raciocínio lento e até sintomas depressivos. A sensação é a de que está faltando energia. É um cansaço físico e mental.

Na pele e anexos:

Manifestações como queda de cabelos, pele ressecada, intolerância ao frio e unhas quebradiças também são comuns. Estes são sintomas que demoram mais tempo para voltar ao normal com o tratamento.

Constipação intestinal:

O intestino pode prender pois a digestão e os movimentos peristálticos ficam mais lentos.

Outras manifestações incluem fluxo menstrual aumentado, inchaço, dores nas pernas e dores de cabeça. “Muitos relacionam a obesidade ao hipotireoidismo, mas o ganho de peso que pode ocorrer nestes casos geralmente é leve e corrigido com o tratamento. Nas crianças pode aparecer ainda diminuição da velocidade de crescimento”, diz.

Quando suspeitar do hipotiroidismo?

Muitos sintomas são inespecíficos e hoje é muito comum a dosagem do TSH (hormônio que regula a tireoide) fazer parte de checkups, mas é obrigatória a investigação desta doença nos seguintes casos:

– Ao nascimento: o hipotireoidismo congênito faz parte das doenças pesquisadas no teste do pezinho

– Crianças com atraso no desenvolvimento e crescimento

– Mulheres que planejam engravidar ou que já tiveram abortos espontâneos

– Durante o pré-natal (porque alterações da tireoide podem aumentar risco de abortamento, parto prematuro e interferir no desenvolvimento neurológico do feto)

– Em pessoas com depressão

– Idosos com apatia, perda de memória e raciocínio lento.

Como tratar?

O tratamento do hipotireoidismo é muito importante porque consegue reequilibrar o funcionamento do nosso corpo. “Precisamos lembrar que o hipotireoidismo não tratado pode levar a anemia, aumento do colesterol e risco cardiovascular e, em casos mais graves, até à insuficiência cardíaca e coma. É indicada a reposição do hormônio T4, a levotiroxina, em jejum, pelo menos meia-hora antes do café da manhã, com ajuste da dose de acordo com os exames. Não se deve tomar nenhum medicamento no mesmo horário e ele deve ser ingerido apenas com água”, explica Dra. Jacqueline.

Hipertireoidismo

O hipertireoidismo também pode ser causado por doenças autoimunes da tireoide, bócio, nódulos ou inflamação da tireoide. Os sintomas incluem principalmente insônia, nervosismo, agitação, emagrecimento, coração acelerado, tremores, queda de cabelos, pele úmida e quente. “Na Doença de Graves, doença autoimune que mais causa o hipertireoidismo, pode ocorrer também a exoftamia (olho exaltado para fora) e aumento difuso da tireoide. Esse quadro ocular da Doença de Graves se agrava muito em tabagistas, sendo altamente recomentado suspender o uso de cigarro nestas situações”, alerta.

Na Tireoidite de Hashimoto os pacientes podem iniciar com hipertireoidismo (por destruição de células da tireoide e liberação dos hormônios ali estocados) e evoluir para o hipotireoidismo (que é o quadro mais comum desta doença autoimune).

Condições em que é essencial a investigação de hipertiroidismo:

– Emagrecimento inexplicado

– Arritmia cardíaca (ritmo cardíaco irregular)

– Exoftalmia

Porque é necessário tratar?

O emagrecimento que ocorre no hipertirodismo é com perda de massa muscular juntamente com massa gordurosa. Ocorre também perda significativa de massa óssea, com risco para osteoporose e fratura. Além disso, há aumento de risco de arritmia cardíaca e distúrbios neurológicos. “Na maioria das vezes o tratamento do hipertireoidismo é clínico, em alguns casos pode ser indicado a radioiodoterapia ou cirurgia”, diz.

Outras doenças

Ainda segundo a médica, existem muitos outros tipos de doenças da tireoide. “Acho importante comentar sobre os nódulos (caroços) tireoidianos que geram uma grande preocupação na população. Enfatizo que nódulos na tireoide são comuns, acometendo até 50% das pessoas e a maioria é benigna. Por esse motivo não está indicado o uso de ultrassom de tireoide em exames de checkup. Devemos solicitar este exame somente em casos de nódulos palpáveis, ou na suspeita destes nódulos por casos de câncer de tireoide em familiares próximos. Caso contrário, será um exame desnecessário, gerando preocupações desnecessárias e até a realização de procedimentos invasivos com seus riscos inerentes. O exame que deve fazer parte de checkups é a dosagem do TSH, para rastreamento disfunções hormonais tireoidianas que são muito mais comuns, cujos tratamentos impactam significativamente na qualidade de vida das pessoas”, finaliza Dra. Jacqueline.

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Governo de Minas sinaliza positivamente para parceria visando a construção do Hospital Municipal em Araxá

Uma comitiva da Prefeitura de Araxá se reuniu com o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, nesta segunda-feira (13), para apresentar o projeto preliminar do Hospital Municipal e tratar da implantação de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e Pediátrica na cidade.

A reunião foi intermediada pelo deputado estadual Bosco e aconteceu na Cidade Administrativa Tancredo Neves, em Belo Horizonte. Também participaram da reunião o assessor governamental do Estado, Ibiraty Martins Junior; a secretária municipal de Saúde, Cristiane Gonçalves Pereira; o chefe de Gabinete, Germano Afonso; a assessora de Finanças de Saúde do Município, Talita Ferreira; e a coordenadora de Atenção Secundária, Carla Borges.

A construção do Hospital Municipal já havia sido abordada pelo prefeito Robson Magela em encontro com o governador Zema na Prefeitura de Araxá no início deste mês, durante cumprimento de agenda na cidade. Desta vez, a equipe da Secretaria Municipal de Saúde apresentou o esboço inicial para construção do hospital na cidade e manifestou a importância da parceria com o Governo do Estado para viabilizar o projeto.

“A reunião foi extremamente proveitosa. A fundamentação técnica foi apresentada e aprovada pelo secretário e recebemos a concordância do Governo na estratégia de envidar esforços para que a construção do Hospital Municipal seja concretizada”, adianta a secretária Cristiane. De acordo com ela, o próximo passo é completar o projeto com detalhes como custos de construção e operação para que o Estado defina a sua participação.

Em relação à implantação da UTI Neonatal e Pediátrica em Araxá, Cristiane afirma que o secretário Fábio Baccheretti confirmou a parceria do Estado na manutenção da UTI. “Recebemos a informação de que o Estado está em fase de edição de resolução que contempla financiamento previsto para custear o serviço que será implementado”, relata.

Para o deputado estadual Bosco, a reunião representou um grande avanço para Araxá. “A audiência foi extremamente positiva e sinaliza para que o Executivo possa dar sequência ao projeto definitivo do Hospital Municipal. O secretário Fábio Baccheretti se prontificou a colaborar com a elaboração do projeto e também deixou claro que é de interesse do Governo do Estado a construção desse novo hospital, dada a sua importância para Araxá e região. Estaremos juntos em todos os momentos para que essa parceria possa ser efetivada”, conclui.


Assessoria de Comunicação

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Nova Ponte Queimada é entregue às comunidades rurais de Araxá e Perdizes

Mais conforto, segurança e qualidade de vida para produtores rurais da região do Rio Tamanduá. As prefeituras de Araxá e Perdizes realizaram a inauguração da nova ponte Queimada, na última sexta-feira (10). A reforma foi possível mediante a uma parceria entre os municípios e o Governo de Minas Gerais, viabilizada pelo deputado estadual Bosco. O local recebeu o nome do produtor Noé Ferreira Barbosa e ganhou uma nova estrutura em vigas metálicas e concreto.

Estiveram presentes na inauguração o prefeito Robson Magela; o secretário de Governo de Perdizes, Antônio José Machado, representando o prefeito Roberto Bergamasco; o deputado estadual Bosco; a filha de Noé Ferreira Barbosa, Maria Alves Antunes; o secretário municipal de Agricultura e Pecuária, Wander Prugger; a secretária municipal de Obras, Trânsito e Serviços Urbanos de Perdizes, Jéssica Machado; o presidente da Câmara Municipal de Araxá, Raphael Rios, e vereadores; a vereadora de Perdizes, Cláudia Barreto Alves Mariconi; demais secretários, servidores e comunidade rural dos dois municípios.

O objetivo da reforma é garantir condições seguras de tráfego na divisa entre os dois municípios. A recuperação da Ponte Queimada foi possível por parceria entre os municípios de Araxá, que forneceu o material, e Perdizes, que realizou a execução da mão de obra, e também do Estado, que forneceu as vigas metálicas, mediante apoio do deputado estadual Bosco.

De acordo com o prefeito Robson Magela, essa era uma antiga reivindicação dos moradores e trabalhadores da região, que agora serão beneficiados com a reforma. “Eu fico muito feliz por poder entregar a nova Ponte Queimada totalmente revitalizada. As pessoas que trafegam na região merecem e, agora, terão todo conforto, segurança e comodidade para a travessia”, destacou.

Moradora da região, Angelina Aparecida de Souza Borges, conta que antes a ponte não dava segurança. “É um sonho realizado para todos nós, moradores. Tínhamos muito medo de atravessar a ponte e cair. Íamos morrendo de medo, porque era tudo de madeira e não tinha segurança. Estamos muito felizes, pois a ponte ficou ótima”, destaca.


Assessoria de Comunicação