A Campanha Outubro Rosa da Associação de Amparo às Pessoas com Câncer de Araxá (Ampara), em 2022, promoveu ações que visaram a conscientização sobre a doença, como as formas de prevenção, tratamento e apoio na luta contra o câncer de mama. Durante todo o mês de outubro, foram 35 palestras realizadas em empresas e instituições de Araxá e região. “Neste ano, buscamos abranger a campanha, para que a informação de tratamento da doença chegasse a mais pessoas, de variados públicos, de todas as classes sociais e idades. A luta contra o câncer é contínua e deve ser realizada por todos”, destaca a coordenadora da Ampara, Juliana Silva. Entre os locais e empresas de Araxá e região que receberam as palestras da campanha estão: Sede da Ampara, Woli, Ultratec, Auditório da Prefeitura de Araxá, Teatro Municipal Maximiliano Rocha, PSF Santa Luzia, JB Maquinas Mosaic, Cimcop Araxá, Nutriem, Calçadão, JB Maquinas, Cimcop Tapira, Grupo da Solidariedade, Academia Alimah Centro de Dança, Centro de Equoterapia Prosseguir, Comipa, Lug Engenharia, Plena Atividades Esportivas, ESF Ana Pinto, Núcleo Santo Antônio, CRAS Abolição, CBMM, MCA, Bem Brasil Perdizes, Casa do Pequeno Jardineiro, Núcleo Pão de Açúcar, Núcleo Boa Vista, CRAS Francisco Duarte, Núcleo Bom Jesus, Cozinha Comunitária da Secretaria de Ação Social, Parque do Cristo, McCain, Fazenda Santo Antônio e Senac. No mês de novembro, a instituição segue com a campanha de conscientização Novembro Azul, que visa a prevenção do câncer de próstata, com várias ações voltadas à saúde do homem.
Ele se apresentou no Mineirão, neste domingo (13), para 60 mil pessoas.
“Esse show é dedicado à minha querida Gal Costa“, disse Milton Nascimento para o público de 60 mil pessoas, no Mineirão, neste domingo (13). Nesta noite, ele fez o último espetáculo de sua carreira, em Belo Horizonte.
Gal Costa morreu na última quarta-feira (9), aos 77 anos, em São Paulo. Ela e Milton eram grandes amigos. O carioca de nascimento e mineiro de coração acumulou, além de prêmios e reconhecimento internacional, muitas amizades ao longo de sua trajetória artística.
O espetáculo celebrou o Clube da Esquina. Wagner Tiso, Lô Borges, Toninho Horta e Beto Guedes subiram ao palco ao lado de Bituca. Como se o tempo não tivesse passado, cantaram juntos “Para Lennon e McCartney”. FONTE G1
Milton nasceu em uma favela do bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Filho da empregada doméstica Maria do Carmo do Nascimento, que fora abandonada grávida por seu primeiro namorado, ela registrou o filho como mãe solteira. Mesmo muito pobre, tentou criar Milton com ajuda de sua mãe, viúva, também empregada doméstica mas, ainda muito jovem, entrou em depressão e morreu de tuberculose antes de Milton completar dois anos, ficando entregue aos cuidados da avó materna.
Uma das duas filhas do casal para o qual sua avó trabalhava, a professora de música Lília Silva Campos, era recém-casada e não estava conseguindo engravidar. Imediatamente, Lília apegou-se a Milton e propôs adotá-lo. A avó concordou, desde que o trouxessem para ela vê-lo algumas vezes e não tirassem o nome da sua mãe do registro. O casal concordou e Milton foi então adotado por Lília e seu marido Josino Campos, dono de uma estação de rádio. A família mudou-se para Três Pontas, em Minas Gerais. Por alguns anos ele foi filho único. Mesmo fazendo tratamento, Lília não engravidava. O casal, então, passou a visitar orfanatos e adotou um menino e, poucos anos depois, uma menina. O casal só teve uma filha biológica, alguns anos depois. Milton sempre soube ser adotado, assim como seus irmãos.
Foi apelidado de “Bituca” ainda criança, por fazer um bico quando estava contrariado, numa referência aos índios botocudos. Milton começou a gostar de música por influência da mãe, que havia estudado com Villa Lobos. Aos quatro anos, ganhou uma sanfona de dois baixos, e desde cedo explorou sua voz. Aos 13 anos, era crooner do conjunto Continental de Duilio Tiso Cougo, grupo musical de baile de Três Pontas.[6]
Milton casou-se no cartório e na Igreja dos Capuchinhos, na Tijuca, em 1968, com uma estudante chamada Lurdeca. O casal foi viver em Copacabana, porém o matrimônio durou apenas um mês. Após dois meses separados, veio a anulação do casamento, voltando ao estado civil de solteiro. Teve depois diversas namoradas, uma delas, chamada Kárita, uma socialite paulistana muito rica, que foi sua namorada por mais de cinco anos. Optando por investir seu tempo e dedicação em sua carreira artística, não quis casar e nem ter filhos, apenas mantendo relacionamentos casuais. Vivendo sozinho, Milton, então, decidiu ser pai, e adotou Augusto, seu único filho, que nasceu em 3 de junho de 1993. Milton o conheceu quando o menino tinha 13 anos, em 2006, em Juiz de Fora, cidade em que Augusto residia desde a infância. O filho sempre manteve relação com a mãe, Sandra, mas, desde muito jovem, não tinha qualquer laço com o pai biológico. Milton apegou-se a ele como um pai, e perguntou se ele queria ser seu filho. Augusto aceitou, e passou a se dividir entre Juiz de Fora e Rio de Janeiro. Quando o rapaz completou 23 anos, em 2016, foi oficialmente adotado, passando a assinar Augusto Kesrouani do Nascimento, mantendo o sobrenome da mãe, e incluindo o “Nascimento”, do pai. Em entrevistas, Milton revelou que seu filho foi o maior presente que recebeu.
Gravou a primeira canção, “Barulho de Trem”, em 1962. Em Três Pontas, integrava, ao lado de Wagner Tiso, o grupo W’s Boys, que tocava em bailes. Mudou-se para Belo Horizonte para cursar Economia, onde, tocando em bares e clubes noturnos, começou a compor com mais frequência; datam dessa época as composições “Novena” e “Gira Girou” (1964), ambas com Márcio Borges.
Em 1966 Milton escreveu, em parceria com César Roldão Vieira, as canções para a peça infantil “Viagem ao Faz de Conta” de Walter Quaglia. Em 1967, segundo o trecho da contracapa do disco Milton e Tamba Trio: “Milton Nascimento entrou no estúdio acompanhado pelo ‘Tamba Trio’, no Rio de Janeiro, em 1967, para gravar seu primeiro disco. O encontro de ‘Milton & Tamba’ com os arranjos de Luizinho Eça fazem de ‘Travessia’ um álbum definitivo e eternamente moderno.” No ano anterior,1966, a composição “Canção do Sal” foi gravada por Elis Regina. A convite do músico Eumir Deodato, gravou um LP nos Estados Unidos (Courage), no qual gravaram uma versão de “Travessia” chamada “Bridges”. Em 1970 realiza temporadas no Rio de Janeiro e em São Paulo com o conjunto Som Imaginário, destacando-se desse período “Para Lennon e McCartney” (1970, com Fernando Brant, Márcio Borges e Lô Borges) e Clube da Esquina. Participou e compôs a trilha sonora de filmes como Os Deuses e os Mortos (1969, direção de Ruy Guerra), e atuou em Fitzcarraldo (1981, direção de Werner Herzog).
Clube da Esquina
Na pensão onde foi morar na capital mineira, no Edifício Levy, Milton conheceu os irmãos Borges, Marilton, Lô e Márcio. Dos encontros na esquina das ruas Divinópolis com Paraisópolis, no tradicional bairro belo-horizontino de Santa Tereza, surgiram os acordes e letras de canções como “Cravo e Canela”, “Alunar”, “Para Lennon e McCartney“, “Trem Azul”, “Nada Será Como Antes”, “Estrelas”, “São Vicente” e “Cais”. Aos meninos fãs do The Beatles e do The Platters vieram juntar-se Tavinho Moura, Flavio Venturini, Beto Guedes, Fernando Brant, Toninho Horta. Em 1972 a EMI gravou o primeiro LP, Clube da esquina, que era duplo.
Milton Nascimento foi convidado por Wayne Shorter a gravar um disco com ele, em 1975. O disco chamava-se Native Dancer e serviu para projetar Milton no mercado norte-americano.
Entre outras canções, há “Maria Maria” (1978, com Fernando Brant), e a interpretação de “Coração de Estudante” (Wagner Tiso), que se tornou o hino das Diretas Já (movimento sócio-político de reivindicação por eleições diretas, 1984) e dos funerais de Tancredo Neves (1985). Posteriormente, a “Canção da América” foi o tema de fundo dos funerais de Ayrton Senna (1994).
Diversificação
Originalmente idealizado para a montagem do ballet teatro do Balé Teatro Guaíra (Curitiba, 1982), o espetáculo O Grande Circo Místico foi lançado em 1983. Milton integrou o grupo seleto de intérpretes da MPB que viajaram o país durante dois anos apresentando o projeto. Milton interpretou a canção “Beatriz”, composta pela dupla Chico Buarque e Edu Lobo. O espetáculo conta a história de amor entre um aristocrata e uma acrobata e a saga da família suíça proprietária do Circo Knie, que vagava pelo mundo nas primeiras décadas do século.
Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura, participou em 1985 do Nordeste Já, versão brasileira do USA for Africa que criou as canções “Chega de Mágoa” e “Seca D’água”.
Em 2010 Milton Nascimento foi o homenageado do Festival Internacional de Corais (FIC) de Belo Horizonte. No encerramento do festival Milton esteve presente e recebeu uma homenagem de mais de mil vozes que cantaram uma composição de Fernando Brant e Leonardo Cunha “A Voz Coral” feita especialmente para o homenageado.
O cantor Milton Nascimento e o ex-governador do Distrito Federal, Rogério Rosso, conversam durante lançamento do selo e da moeda comemorativos dos 50 anos de Brasília (Valter Campanato/ABr).
Além disso, neste mesmo ano, o cantor que também é padrinho da banda Roupa Nova, foi homenageado pelo sexteto carioca em uma participação especial no CD/DVD ao vivo da banda na faixa “Nos Bailes da Vida”, de composição de Milton, como forma de agradecimento pelo que ele fez para o grupo durante os 30 anos de carreira, já que ambos vieram de ‘bailes’.
O diretor Marcelo Flores está preparando um filme celebrando os 50 anos de carreira do cantor, Milton – A Voz. Híbrido de documentário e ficção, o filme incluirá além de cenas atuais, recriações de passagens da vida de Milton com o músico interpretado por Fabrício Boliveira.[7]
A escola de samba Tom Maior fez de Milton seu enredo para o desfile de 2016 com tema: Travessias de Milton Nascimento, em homenagem aos seus 50 anos de carreira e uma festa com participações do grupo KLB, Sandra de Sá, Fat Family e Erikka Rodrigues.[8]
Em maio de 2015, é convidado pela Berklee College of Music para ser o homenageado do ano na formatura dos graduandos de 2016 e receber o título de Doutor Honoris Causa daquela instituição, por sua vasta contribuição à música.
Agostinho dos Santos
Num documentário sobre sua carreira exibido na TV Cultura em 2008, com depoimentos de inúmeros artistas em vários tempos, Milton revelou quem foi um grande divulgador de sua arte no Rio de Janeiro em fins da década de 60. Ele seria solicitado a substituir apressadamente um músico num bar, tocando violão e cantando; à vontade, incluiu na programação várias de suas músicas. Foi nesta apresentação que Agostinho dos Santos – ídolo confesso do fã “Bituca” – conheceu-o, interessou-se pelo seu trabalho e se tornou um amigo pessoal, levando-o a tiracolo pelo meio artístico e a sociedade carioca do show business, antes de seu trágico desaparecimento.[9]
Elis Regina
Elegeu Elis Regina como “a grande musa inspiradora” para quem compôs inúmeras canções. A filha de Elis, Maria Rita, teve sua carreira catapultada pelo padrinho Milton Nascimento com a participação no álbum Pietá, cantando as faixas “Voa Bicho”, “Vozes do Vento” e “Tristesse”.[10] Em seguida a cantora teve entre os sucessos de seu disco de estreia duas composições de Milton, “A Festa” e “Encontros e Despedidas”.[11]
Em Portugal
Além da composição de A barca dos amantes em parceria com Sérgio Godinho e apresentações pontuais de álbuns como Pietà em 2003, Milton Nascimento apresentou o álbum Novas Bossas em 18 de julho de 2008, em que dançou e cantou no Coliseu dos Recreios.
Aposentadoria dos palcos
Anunciou em 2021 que não fará mais apresentações no palco a partir de 2022, ano da sua última turnê.[12][13]
BORGES, Márcio. Os Sonhos não Envelhecem: Histórias do Clube da Esquina. 1996. Editorial Geração. Postfácio: Milton Nascimento.
DOLORES, Maria. Biografia. Travessia: A Vida de Milton Nascimento. 2006. Editora RCB.
MEI, Giancarlo. Canto Latino: Origine, Evoluzione e Protagonisti della Música Popolare del Brasile. 2004. Stampa Alternativa-Nuovi Equilibri. Prefácio: Sergio Bardotti. Postfácio: Milton Nascimento.
NETTO, Carlos Eduardo. Cais: o aqui e o além da poesia. Poesia e alteridade. Itinerários, Araraquara, n. 8, p. 53-57, 1995. Disponível em: seer.fclar.unesp.br. Acesso em: 2 jun. 2017.
Uma guitarra quebrada pelo vocalista e líder do Nirvana, Kurt Cobain, deve ser vendida por centenas de milhares de dólares no leilão anual “Icons & Idols: Rock ‘N’ Roll Auction”, da casa Julien’s Auction, em Nova York.
O instrumento remendado com fitas adesivas é considerado por alguns uma peça da história do Rock and Roll e tem seu valor estimado entre US$ 200 mil e US$ 400 mil dólares – entre R$ 1.068 milhão e R$ 2,1 milhões.
“Esta guitarra foi realmente destruída em Williamsport, na Pensilvânia, em 1989”, disse o diretor executivo da Julien’s Auctions, Martin Nolan. “Ele escreveu de verdade na guitarra”, afirmou Nolan.
Mais de 1.500 lotes estão incluídos, com itens de Beyoncé, Prince e Carrie Underwood.
Estima-se que os óculos usados por John Lennon sejam vendidos por mais de US$ 80 mil – R$ 427 mil nos valores de hoje.
John Lennon e seus óculos / Reprodução/Instagram
“John Lennon sempre foi identificado com aquele tipo de óculos redondos de vovó, como ele mesmo os chamava. E a foto deles combina com a fotografia tirada por Ian McKellen para o livro ‘As Vidas de John Lennon’ – e eles vêm com esse livro também”, contou o diretor.
Nolan disse que desde a pandemia houve um aumento no número de pessoas que desejam possuir itens icônicos.
“As pessoas estão tirando seu dinheiro de itens intangíveis ou até mesmo itens imobiliários que têm em seu portfólio de investimentos e escolhendo possuir algo legal, algo com o qual possam se relacionar.”
A venda acontecerá ao vivo no Hard Rock Cafe na Times Square de Nova York e online desta sexta (11) a domingo (13).
♪ PAULINHO DA VIOLA 80 ANOS – “O leme da minha vida / Deus é quem faz governar / E quando alguém me pergunta / Como se faz pra nadar / Explico que eu não navego / Quem me navega é o mar”.
Os versos escritos por Hermínio Bello de Carvalho para o samba Timoneiro (1996), composto por Paulinho da Viola, parecem sintetizar – em parte – a filosofia de vida do já octogenário Paulo César Baptista de Faria.
Sim, o cantor, compositor e músico carioca chega hoje aos 80 anos no ritmo sereno com que vem conduzindo o leme da vida e da obra. Basta dizer que Timoneiro é composição apresentada no último álbum de músicas inéditas do artista, Bebadosamba (1996), lançado há já longínquos 26 anos. “Um dia sai”, costuma responder Paulinho quando lhe cobram em entrevistas um novo disco de músicas inéditas.
Preso ao passado das tradições do samba e do choro, ritmos dominantes na obra que vem construindo desde 1964, mas paradoxalmente capaz de arquitetar traços modernistas na criação dessa obra, Paulinho da Viola já alcançou dimensão atemporal na música brasileira.
Nascido em 12 de novembro de 1942, ano marcado na música brasileira pelo surgimento de gênios como Caetano Veloso e Milton Nascimento, Paulinho parece viver um dia de cada vez, sem pressa.
Mesmo quando lançava um ou até dois álbuns com músicas inéditas por ano (como fez em 1971 e em 1976), no período em que editava discos pela gravadora Odeon entre 1968 e 1979, o sambista chorão pareceu viver sem a pressa e a automação cotidianas que tão bem expressou nos versos de Sinal fechado (1969), música em que o compositor adentrou o terreno da vanguarda.
Talvez seja por viver no tempo de um relógio particular que Paulinho da Viola mantém a elegância observada tanto na fina estampa como no trato cotidiano e como na obra lapidar.
Esse cancioneiro é capaz de trilhar até caminhos jazzísticos, como pode ser observado no torto samba-choro Roendo as unhas (1973), música do álbum Nervos de aço (1973). Mas é mesmo na cadência bonita do samba que o compositor quase sempre destila desilusões com refinamento, em doses concentradas de emoção. Doses exatas que jamais entornam o caldo.
Recorrente no cancioneiro de Paulinho da Viola, a interiorização está entranhada na gênese de sambas como Tudo se transformou (1970) e Para um amor no Recife (1971). Ainda assim, Paulinho é capaz de arrastar o povo na avenida com sambas como Foi um rio que passou em minha vida (1969), sucesso do Carnaval de 1970 que atravessou gerações. E, se é para animar a roda de samba, o compositor é craque quando arremessa nessa roda um petardo certeiro como No pagode do Vavá (1972).
Compositor refinado, Paulinho da Viola imprime no canto o mesmo padrão de sofisticação, inclusive quando dá voz às criações alheias. Intérprete original de Acontece (1972), um dos mais belos sambas-canção da obra lírica de Cartola (1908 – 1980), o cantor soube lapidar joias alheias do quilate de Meu mundo é hoje (Eu sou assim) (José Batista e Wilson Batista, 1966) e Nervos de aço (Lupicínio Rodrigues, 1947).
A tristeza é senhora no samba de Paulinho da Viola, mas a melancolia jamais vem embebida em sentimentalismo. É uma tristeza bela. E essas belezas tristes se sucedem no roteiro de cada show e no repertório de cada disco do artista.
Sem jamais procurar impressionar, Paulinho da Viola soa moderno porque já se sabe eterno pela obra imune ao desgaste do tempo. Tempo que parece não passar para o sambista octogenário. Paulinho da Viola faz hoje 80 anos como fez 70 há uma década e 60 há 20 anos.
Parece ser levado pela vida, diz quem o navega é o mar. Só que, na condução do leme, o sambista artesão sabe desviar das águas revoltas para jamais perder o ritmo sereno com que ele – o timoneiro que, a bem da verdade, não se deixa navegar pelo mar – leva a vida e a obra.
Implantada nos anos 1930, medida foi suspensa durante o governo Bolsonaro e volta a dividir opiniões na internet. Veja vantagens e desvantagens do retorno do horário de verão.
A vitória do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, colocou o retorno do horário de verão no radar das redes sociais.
Na quarta-feira passada (3), o ator Bruno Gagliasso publicou no Twitter um pedido para que o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, responsável por coordenar a equipe de transição para o governo Lula, incluísse em suas pautas o retorno da medida, que caiu em 2019 no primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Em postagem no Twitter, Bruno Gagliasso pediu ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin que incluísse em suas pautas o retorno do horário de verão — Foto: Reprodução: Twitter
Quando a suspensão foi oficializada, em abril de 2019, especialistas ouvidos pelo g1 concordaram que a economia de energia proporcionada pelo horário de verão havia deixado de ser relevante, mas se dividiam sobre a suspensão e eventual fim definitivo da medida no Brasil.
Veja, a seguir, os prós e contras para o retorno do horário de verão:
Energia
Vantagens: de acordo com dados do Ministério de Minas e Energia nos últimos anos, o Brasil economizou pelo menos R$ 1,4 bilhão desde 2010 por adotar o horário de verão, em razão de uma redução média de 0,5% no consumo de energia, chegando a 4,5% no horário de pico.
Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), números já divulgados, entre 2010 e 2014, o aproveitamento da luz do sol resultou em economia de R$ 835 milhões para os consumidores, principalmente devido à redução da necessidade do uso de termelétricas (de operação mais cara).
Desvantagens: Os números oficiais mostram, entretanto, que a economia no consumo de energia caiu nos últimos anos e que a medida passou a ter pouca relevância tanto para a segurança do setor de energia como na composição do preço da conta de luz. A economia gerada caiu de R$ 405 milhões em 2013 para R$ 147,5 milhões, em 2016.
“A economia gerada hoje pelo horário de verão é irrelevante. O impacto no sistema é muito pequeno”, afirmou o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da UFRJ.
Segurança
Vantagens: O especialista em infraestrutura Claudio Frischtak avalia que uma hora a mais de luminosidade reduz os riscos de “homicídios, roubos e acidentes de trânsito”.
Um estudo de 2016, realizado por pesquisadores da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), por exemplo, analisou dados de ocorrência de acidentes rodoviários entre 2007 e 2013. Segundo o estudo, nos estados em que o horário de verão era adotado, houve redução de 10% dos acidentes em rodovias federais.
Desvantagens: a segurança pública também é vista como ponto de preocupação para os trabalhadores que, durante o período, deixam suas casas ainda antes do nascer do sol.
Economia
Vantagens: entre as vantagens proporcionadas pelo horário de verão, os defensores da medida costumam citar que a hora adicional de sol estimula as pessoas a ficarem mais tempo nas ruas, com impactos positivos no trânsito, nos transportes públicos e na segurança pública.
Desvantagens: Segundo os contrários à medida, o horário de verão afeta o setor agropecuário, uma vez que o gado bovino seria sensível à mudança de horário das fazendas, afetando a produtividade leiteira.
“Se os horários mudam repentinamente, isso causa um estresse no animal. No caso da vaca de lactação, pode, inclusive, diminuir o leite”, disse José Carlos Ribeiro, da Boi Saúde, consultoria especializada em saúde bovina.
Disposição física
Vantagens: aqueles que defendem o retorno do horário de verão chamam atenção para a possiblidade fazer exercícios físicos ao fim da tarde e aproveitar melhor o espaço público.
Desvantagens: uma parte significativa da população alega transtornos em suas rotinas e alteração do relógio biológico, e pesquisas científicas sugerem que a transição pode causar problemas como falta de atenção, de memória e sono fragmentado.
Desaceleração motivada pela seca fez plantio de soja atingir 74% da área projetada para a safra 2022/23, afirma consultoria
O plantio de soja atingiu 73,9% da área projetada para a safra 2022/23, percentual que supera a média histórica, mas está abaixo do ano passado em meio a uma desaceleração dos trabalhos no Centro-Oeste por falta de chuvas, disse nesta sexta-feira (11) a consultoria Pátria AgroNegócios.
A média dos últimos cinco anos para este período é de 61,8%, enquanto nesta época do ciclo anterior 78,1% das áreas já estavam semeadas, segundo o levantamento.
“A desaceleração do plantio é consequência da expansão da seca sobre o Centro-Oeste brasileiro. Clientes Pátria já alertam sobre a paralização da semeadura em partes de Goiás e Mato Grosso”, afirmou a consultoria em nota.
Segundo a Pátria, o retorno das chuvas é necessário para que as atividades de campo sejam restabelecidas. O Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) informou que o plantio de soja em Mato Grosso atingiu 96,17% da área projetada para a safra 2022/23, avanço semanal de 2,6 pontos percentuais.
O ritmo manteve atraso na comparação com o mesmo período da safra passada, com uma diferença de 3,35 pontos percentuais para um ciclo que foi dos mais rápidos no estado que é o maior produtor de soja do Brasil, disse o instituto ligado a produtores.
A Prefeitura de Araxá recebeu representantes de blocos de rua nesta quinta-feira (10) para tratar sobre a programação do Carnaval de 2023. Na oportunidade, o prefeito Robson Magela confirmou o apoio da Administração Municipal para a festividade.
A reunião foi solicitada pelo vereador Evaldo do Ferrocarril e também contou com a participação do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo, Juliano Cesar da Silva.
Na oportunidade, o prefeito Robson Magela reforçou a importância do apoio a projetos e ações culturais. “Fico imensamente feliz ao ver que os araxaenses se empenham para que essas atividades não deixem de acontecer. Os representantes de cada bloco puderam esclarecer sobre a importância do Carnaval para a cidade e eles devem apresentar à Administração Municipal um plano de trabalho para que possa ser avaliada a questão orçamentária e, consequentemente, o apoio da gestão”, disse o prefeito.
O vereador Evaldo do Ferrocarril reiterou sobre a tradição do Carnaval de Rua em Araxá e sua importância à população. “É importante demais a Prefeitura Municipal apoiar a realização do Carnaval de rua através dos blocos. Com certeza é um ganho enorme para os araxaenses”, relatou.
De acordo com Sidney Manoel, representante do bloco Cultura Popular, o encontro foi bastante proveitoso. “Viemos solicitar um apoio para a realização do Carnaval em Araxá e saímos da reunião com a certeza de que vamos proporcionar alegria novamente à população. Sabemos que não é fácil, mas podemos contar com a gestão e o Carnaval 2023 vai acontecer. O nosso sentimento é positivo e de gratidão ao Executivo e Legislativo que nos recepcionaram tão bem”, concluiu. —
A Prefeitura de Araxá promoveu recentemente a 2ª edição do Feirão do Emprego. O evento aconteceu no Calçadão da rua Presidente Olegário Maciel e reuniu 21 empresas participantes, 326 vagas de emprego ofertadas e 374 pessoas passaram pela triagem.
O evento teve como objetivo oportunizar para a população a participação direta de empresas com vagas abertas, além de estandes com cursos de qualificação.
O Feirão do Emprego foi organizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo, por meio do Sistema Nacional de Emprego (Sine) de Araxá. Além da participação das empresas, diversos parceiros como escolas de qualificação de mão de obra e de cursos profissionalizantes como o Senac, Senai, Sest/Senat, Instituto Movart, Centro de Formação Profissional Júlio Dário e Sala Mineira do Empreendedor também fizeram parte do evento.
De acordo com o coordenador do Sine, Luis Flávio de Melo, o Feirão do Emprego tornou-se um evento imprescindível para a cidade, uma vez que o desenvolvimento econômico está em constante crescimento com a instalação de novas empresas e geração de empregos.
“O evento, além de mostrar nosso portfólio, mostra que o Sine está disposto a ajudar o trabalhador a se encaixar no mercado de trabalho, além de auxiliar o empresário a preencher suas vagas disponíveis. Queremos estar próximos da população para exercer esse papel de elo entre empregador e trabalhador”, reitera. —
A Prefeitura de Araxá está realizando o recapeamento na rua Luiz Dumont Fonseca, popularmente conhecida como Rua das Carroças, no bairro Novo Santo Antônio. A obra atende uma demanda de mais de 15 anos da comunidade daquele local.
De acordo com o secretário municipal de Obras Públicas e Mobilidade Urbana, Ângelo França, a previsão de conclusão dos trabalhos é para o fim desta semana. “Está sendo realizado o recapeamento asfáltico em toda a extensão da Rua das Carroças. Foi identificada no local uma massa asfáltica bastante desgastada e uma rua muito danificada, que agora está recebendo a devida revitalização”, diz o secretário.
Ele acrescenta que o orçamento prevê a realização do recapeamento em duas camadas de 2,5 centímetros de espessura cada, resultando em uma vida útil maior se comparado ao pavimento já existente.
O prefeito Robson Magela reitera o investimento da atual gestão em relação à segurança de pedestres e a trafegabilidade de veículos em diversos bairros da cidade.
“Percorrendo pelos bairros de Araxá concluímos que a recuperação de ruas e avenidas espalhadas pela cidade estão entre as principais demandas da população. São inúmeros os pontos que estavam necessitando há vários anos desse trabalho, e agora estão recebendo asfalto de qualidade para dar mais conforto aos moradores”, destaca o prefeito.
A Prefeitura de Araxá já está em processo licitatório para revitalizar mais vias do bairro Novo Santo Antônio. São elas: Travessas Manoel da Silva e Frederico Ozanan e rua Brasiliano Vieira Alves. —
A Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde participa da Qualificação de Supervisores de Atividades de Controle de Arboviroses entre os dias 8 e 9 de novembro. A capacitação, voltada para supervisores de combate às endemias da cidade e da microrregião, está sendo realizada no campus do Uniaraxá e busca a melhoria da qualidade do enfrentamento das arboviroses.
As arboviroses são doenças causadas por vírus transmitidos principalmente por mosquitos. A dengue, zika e chikungunya são consideradas as mais comuns em ambientes urbanos. Demais temas como a origem do inseto e casos no Brasil também estão sendo abordados durante o curso.
A qualificação é programada pelo Governo de Minas Gerais e faz parte das metas da Secretaria de Estado de Saúde. A equipe da Superintendência Regional de Uberaba é a responsável pelo curso que possui três módulos, sendo os dois últimos planejados para serem ministrados em 2023.
De acordo com o biólogo da Vigilância Ambiental de Araxá, Fabrício de Ávila, o encontro tinha uma enorme necessidade de ser realizado, pois os agentes de combate às endemias acabam sendo salva-vidas no combate às doenças transmitidas “As arboviroses como a dengue e tantas outras podem acarretar óbitos. Portanto, esse trabalho diário e contínuo de prevenção é muito importante. O resultado tem que vir através da diminuição de casos em meio à população”, diz.
O engenheiro sanitarista Paulo César de Souza, que atua no controle de vetores em Minas Gerais há mais de 40 anos, comenta sobre o papel dos supervisores. “A importância dessa qualificação é renovar todo o conhecimento já adquirido pelos supervisores, pois estamos falando de um problema de Estado. Eles são o nosso braço direito e esquerdo no campo, pois são quem programam e articulam, junto aos agentes, as ações que devem ser realizadas no cotidiano.
Durante a abertura da capacitação, a secretária municipal de Saúde, Cristiane Gonçalves Pereira, destacou a importância da atualização constante das ações de combate às arboviroses.
“O intervalo entre os ciclos das arboviroses é um tempo precioso para planejamento estratégico e também para a capacitação e reciclagem das equipes. Esta capacitação é imprescindível para que estejamos prontos para o enfrentamento dos próximos ciclos das doenças. Contar com técnicos experientes e com vasto conhecimento traz enorme segurança para executar ações eficientemente planejadas”, conclui. —