Visando reforçar o serviço de atendimento prestado pelas forças de segurança, a Prefeitura de Araxá firmou convênio com o 37º Batalhão da Polícia Militar (37º BPM) para a cessão de guardas patrimoniais para atuar na Central de Atendimento 190. O termo foi assinado pelo prefeito Robson Magela e o comandante do 37º BPM, tenente-coronel Ademir Fagundes, nesta segunda-feira (20), na sede do batalhão.
O convênio tem duração de 12 meses, com possibilidade de renovação após esse período. Os seis guardas cedidos pelo Município irão passar por um treinamento nesta semana e já começam a atuar diretamente no atendimento de chamadas de emergência a partir da próxima semana.
O prefeito Robson Magela destacou o trabalho do 37º BPM na consolidação de Araxá entre as 15 cidades mais seguras do Brasil. “É uma parceria importante no sentido de estreitar laços entre a Administração Municipal e a Polícia Militar para garantir o potencial de segurança à cidade, principalmente de forma preventiva. Este é um compromisso da nossa gestão, manter Araxá entre as cidades mais seguras, e isso significa também fortalecer a polícia”, reiterou.
Na ocasião, o secretário municipal de Segurança Pública, Daniel Rosa, adiantou que a parceria se consolida também no sentido inverso, tendo em vista que o 37º BPM já se prontificou a conceder efetivo policial para integrar a equipe de videomonitoramento da prefeitura. “Essa troca também traz mais efetividade para o serviço de videomonitoramento, já que leva a experiência e ‘feeling’ policial para dentro da nossa central”, disse.
O comandante Fagundes destacou a atuação da gestão em apoio às forças da segurança e disse que os guardas patrimoniais complementam a equipe, melhorando e humanizando mais o atendimento à comunidade, além de possibilitar a destinação de mais policiais à atividade fim. “Desde o início desta gestão tivemos o apoio da prefeitura. Isso é proximidade, é querer fazer as coisas acontecerem. E quem ganha com essa relação mais próxima, com certeza, é a sociedade”, disse o tenente-coronel. —
A Secretaria Municipal de Esportes apoiou a equipe paralímpica escolar da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) para os Jogos Escolares de Minas Gerais (Jemg), que aconteceram em Belo Horizonte entre os dias 6 e 9 de junho.
Araxá esteve representada por cinco alunos-atletas entre 11 e 15 anos, com suporte dos educadores físicos Weverton Melo (Secretaria de Esportes) e Amair Araújo, que é o treinador de Atletismo.
Os Jemg são uma iniciativa da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), por meio da Subsecretaria de Esportes, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação. A execução técnica é de responsabilidade da Federação de Esportes Estudantis de Minas Gerais (FEEMG).
Cerca de 350 estudantes-atletas competiram em seis diferentes modalidades – atletismo, bocha, futebol de 7 PC, natação, parabadminton e tênis de mesa. Através da competição, atletas poderão compor a Seleção Mineira de Atletismo que representará o Estado na Seletiva Regional das Paralimpíadas Escolares em Brasília, durante o mês de agosto.
Para o professor Amair, o que se viu, além da força de vontade dos competidores, foi uma imensa dedicação em busca de bons resultados para que os atletas possam prosseguir nas próximas etapas.
“O sentimento é de dever cumprido e a certeza de estar evoluindo e crescendo a cada dia. Fica o brilho nos olhos de cada um que teve a oportunidade de participar dos jogos. Cada aluno-atleta tem seu ideal e sua forma de lutar. O esporte nos permite vislumbrar horizontes mais distantes”, destaca.
Paratletas que representaram Araxá
Washington Henrique Silva (convocado pela Seleção Mineira de Paralimpíadas) – 2º lugar Salto em distância; – 3º lugar 75 metros; – 3º lugar 150 metros.
Cauã Honorato Machado (convocado para o Campeonato Brasileiro de Atletismo Sub-17) – 3º lugar Arremesso de peso.
Felipe Henrique de Morais Ribeiro; Luiz Miguel da Silva; Gabriel Flores da Silva. —
Homem recorre de decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que o condenou a pagar quase R$ 20 mil de ressarcimento de despesasEle ainda foi condenado a pagar R$ 500 mensais até a morte ou alienação dos cachorros
A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) marcou para esta terça-feira (21) o julgamento de um recurso apresentado por uma mulher que pedia pensão alimentícia do ex-marido para custear as despesas com quatro cachorros.
O homem recorre de uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que o condenou a pagar quase R$ 20 mil de ressarcimento de despesas com os animais, adquiridos quando ele e sua ex-companheira viviam em união estável.
O TJ-SP também o condenou a pagar R$ 500 mensais até a morte ou alienação dos cachorros. Para o Tribunal, ao adquirir os cães com a ex-companheira, ele também adquiriu o dever de prover-lhes uma existência digna.
O relator do caso é o ministro Ricardo Villas Bôas Cueva.
Em sua defesa, o homem que apresentou o recurso argumenta que não deveria estar sujeito ao pagamento por não ser mais o tutor dos cães e nem ter interesse nos animais, que ficaram com a mulher após a dissolução da união estável.
Além disso, o homem alega não ter condições financeiras para arcar com a manutenção dos bichos, os quais ele entende não serem sujeitos de direitos.
Com o intuito de reforçar a atenção da população, garantir a segurança e evitar mortes em acidentes no trânsito, a Secretaria Municipal de Segurança Pública promoverá a Semana Municipal de Trânsito de 23 de junho a 1º de julho. O tema “Vulnerabilidade e Fragilidade da Vida no Trânsito” será amplamente trabalhado por meio de diversas ações de conscientização.
A solenidade de abertura da Semana Municipal de Trânsito será nesta quinta-feira (23), às 9h, no Teatro Municipal Maximiliano Rocha. Haverá a entrega da premiação do Concurso de frases e desenhos e apresentação da peça teatral “Os Saltimbancos no Trânsito”, idealizada pelos professores do Núcleo de Incentivo à Leitura, da Secretaria Municipal de Educação.
O secretário Daniel Rosa explica que os trabalhos relacionados à Semana do Trânsito começaram em abril. Os alunos do Ensino Fundamental das escolas municipais fizeram diversas atividades alusivas ao tema e participaram de um concurso de frases e desenhos que premiará os vencedores com bicicletas e jogos pedagógicos.
“A semana contará com blitzes educativas no perímetro urbano, na rodovia MG-428 e MGC-415, palestras e passeio ciclístico. Ações que reforçam a mensagem de que no trânsito é sempre importante evitar os riscos para proteger a vida”, destaca o secretário.
No domingo (26), dia da prova da Elite da Copa Internacional de Mountain Bike (CIMTB), será promovido um passeio ciclístico saindo do Estacionamento do Estádio Municipal Fausto Alvim em direção ao Parque do Barreiro e uma blitze educativa na MGC-415, conhecida popularmente por estrada Araxá / Barreiro.
No término do passeio ciclístico, os participantes poderão guardar gratuitamente suas bikes em segurança no bicicletário para 2 mil peças instalado pela CBMM. Quem utilizar o espaço participará do sorteio de diversos brindes cedidos pelos patrocinadores da Copa Internacional de Mountain Bike.
O passeio ciclístico é uma forma idealizada pela Secretaria Municipal de Segurança Pública para estimular práticas que melhorem a saúde e a qualidade de vida, reduzam custos, aliviem a carga dos demais modais, diminuam a poluição nas cidades e estimulem a mobilidade sustentável.
Programação Semana Municipal de Trânsito em Araxá:
23/06 (QUINTA)– 9h – Solenidade de abertura, entrega da premiação do Concurso de frases e desenhos e apresentação da peça teatral dos professores do Núcleo de Incentivo à Leitura, no Teatro Municipal Maximiliano Rocha
– 14h – Apresentação da peça teatral dos professores do Núcleo de Incentivo à Leitura, no Teatro Municipal Maximiliano Rocha
24/06 (SEXTA) – 9h – Blitz educativa na Av. Dâmaso Drummond (próximo ao Batalhão do Corpo de Bombeiros) e no viaduto de acesso ao Bairro Boa Vista
26/06 (DOMINGO)– 8h30 – Passeio ciclístico saindo do Estádio Municipal Fausto Alvim em direção ao Parque do Barreiro. Haverá sorteio de brindes e blitz educativa em parceria com a Copa Internacional de Mountain Bike
27/06 (SEGUNDA)– 9h – Blitz educativa na Av. Imbiara (próximo ao Colégio Dom Bosco) e na Av. Washington Barcelos, em frente ao Parque do Cristo
28/06 (TERÇA)– 9h – Simulação de acidente de trânsito feita pelo Corpo de Bombeiros, na Av. Antônio Carlos
29/06 (QUARTA) – 9h – Blitz educativa no Posto da Polícia Rodoviária Estadual, na MG-428
30/06 (QUINTA) – 9h – Blitz educativa na Av. Antônio Carlos (próximo ao Banco do Brasil) e na Avenida João Paulo II (próximo ao Terminal Rodoviário)
01/07 (SEXTA)– 8h30 – Palestra para os atiradores na sede do Tiro de Guerra.–
A reorganização de logística, melhor programação e maior envolvimento de outros setores possibilitou a reposição de medicamentos da lista de padronização e atualmente a Farmácia Municipal da Prefeitura de Araxá tem à disposição 92% dos medicamentos preconizados na lista.
Os medicamentos da lista de padronização são definidos por uma comissão de farmácia e terapêutica, composta por uma equipe multidisciplinar, e essa padronização é feita com base na necessidade da população.
Entretanto, a coordenadora da Farmácia Municipal, Maria Paula Di Mambro, esclarece que durante a pandemia houve atrasos e até suspensão no fornecimento de alguns medicamentos devido à falta de matéria-prima.
“E aliado a isso, os processos de compras são demorados. Quando conseguíamos comprar medicação, o fornecedor não tinha quantidade para nos entregar e isso foi gerando faltas. Isso fez com que muitos pacientes não encontrassem alguns remédios na Farmácia Municipal”, complementa.
Segundo ela, foi a partir de um trabalho em conjunto com os Setores de Licitação, Compras, Contabilidade, Tesouraria e outros da Secretaria Municipal de Saúde que foi possível agilizar os processos de compras. “Também temos feito trabalho diário de cobrança de entrega dos fornecedores”, completa.
Ela ressalta que a reposição desses medicamentos e a consequente oferta de 92% dos medicamentos da lista é uma conquista que não acontece há muito tempo. “Isso significa aumento da disponibilidade imediata de medicações a todos os usuários “, conclui.
4ª edição do programa Prefeitura no Bairro acontece neste sábado no Max Neumann
Os moradores do bairro Max Neumann e todo o Setor Oeste terão a oportunidade de apresentar suas demandas diretamente à Prefeitura de Araxá e terão acesso direto a mais de 40 serviços gratuitos. A 4ª edição do programa Prefeitura no Bairro acontece neste sábado (25), a partir das 8h, no Ginásio da Escola Municipal Professora Romália Porfírio de Azevedo Leite.
Emissão da 1ª via de identidade, vacinação contra a Covid e de rotina, acesso a programas sociais, orientação para a abertura de empresas, atividades esportivas e muitos outros projetos desenvolvidos pela Prefeitura de Araxá. As ações disponibilizadas levam os projetos da Administração Municipal mais próximo ao cidadão e tornar mais eficiente as estratégias de atendimento da gestão pública.
Além do ginásio da escola, o Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Professora Marlene Braga Guimarães e a Estratégia de Saúde da Família (ESF) do bairro Max Neumann também estarão mobilizados para atender crianças, jovens, adultos e idosos.
O programa Prefeitura no Bairro levará atendimentos nas áreas de Ação Social, Saúde, Segurança, Cidadania, Infraestrutura, Direitos Humanos, Acolhimento à Mulher, Educação, Meio Ambiente, Trabalho e Emprego, Habitação, Cultura, Esporte, Lazer e Agricultura. O Gabinete do Prefeito e a Secretaria Municipal de Governo também estarão à disposição para ouvir as demandas dos cidadãos. O programa prevê um evento periódico, uma vez por mês, e contemplará todas as regiões do município.
Campanha do Agasalho
O evento também conta com a Campanha do Agasalho “Agasalhômetro”, que consiste na contribuição da população para a doação de agasalhos e cobertores. O objetivo é arrecadar itens do vestuário de inverno para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade social neste período de clima frio.
Prefeitura no Bairro – Bairro Max Neumann
– Local: Ginásio da Escola Municipal Professora Romália Porfírio de Azevedo Leite – Endereço: Rua Dr. Bernardino Ladeira, 430. – Data: 25 de junho – sábado – Horário: 8h às 12h
Principais serviços que serão oferecidos à população:
GABINETE DO PREFEITO E SECRETARIA DE GOVERNO • Atendimento
SAÚDE • Vacinação contra a Covid-19; • Vacinação de rotina – Influenza, Triviral, Febre Amarela, Hepatite B, Tétano, HPV (meninas a partir de 9 anos e meninos a partir de 11 anos), Meningocócica ACWY (meninas e meninos a partir de 11 anos); • Orientação Nutricional; • Atualização do Cartão do SUS; • Orientações sobre Saúde da Mulher; • Aferição de pressão arterial; • Orientação Postural.
SOCIAL • Informações e Cadastro de Programa Mãos à Obra; • Cadastro do Programa Planta Popular (Habitacional); • Atualização do Cadastro Único; • Cadastro do Programa Renda Básica; • Orientação do ID Jovem; • Atendimento e Acolhimento à Mulher; • Doação de Mudas (Pequeno Jardineiro); • Cadastro Acessuas e Confecção de Currículos.
PROCON • Atendimento ao público para reclamações relativas ao consumo, finanças, telefonia e outras. SINE • Atendimento sobre vagas de emprego e cadastro de trabalhadores.
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO • Sala do Empreendedor: como abrir sua própria empresa; • Orientação sobre o Projeto Araxá Empreendedora; • Inscrições para cursos de qualificação e capacitação.
TURISMO • Apresentação do Plano Municipal do Turismo; • Amostra dos Pontos Turísticos da cidade; • Amostra de Produtos.
IPDSA – MEIO AMBIENTE • Recolhimento de eletroeletrônicos (pilhas, baterias, celulares, etc); • Requerimento de poda de árvores em calçada; • Coleta de material reciclável.
EDUCAÇÃO • Orientação para educação dos filhos; • Busca ativa de crianças de 0 a 5 anos que estão fora da escola; • Busca Ativa de Jovens e Adultos que não completaram o ensino fundamental; • Biblioteca Móvel e Contação de Histórias.
OBRAS • Apresentação de Projetos das Obras da Prefeitura; • Requerimento de Tapa-Buracos; • Requerimento de Limpeza Urbana; • Requerimento de Iluminação Pública.
AGRICULTURA E PECUÁRIA • Cadastro de Produtores; • Como obter o SIM (Selo de Inspeção Municipal); • Inscrições de Programas.
ESPORTE • Recreação; • Ginástica para Terceira Idade; • Dança (Zumba); • Projeto Viva a Vida; • Aula Funcional.
FAZENDA • Recálculo de parcelas atrasadas de IPTU e Dívida Ativa; • Emissão de guias de IPTU; • Isenção de IPTU para aposentados e pensionistas; • Orientações tributárias; • Orientações e preenchimentos de requerimentos de isenções e outros.
SEGURANÇA PÚBLICA • Emissão de 1ª via de Identidade; • Emissão de Cartão de Estacionamento para Idoso; • Emissão de Estacionamento para Deficiente.
CULTURA • Cadastro de Artistas; • Apresentação Musical; • Oficinas Culturais.
IPREMA • Orientação Previdenciária (Regime Geral e Iprema).
VIGILÂNCIA EM SAÚDE • Atendimentos Cerest; • Exames CTA; • Orientação Dengue e Animais Peçonhentos. Os moradores do bairro Max Neumann e todo o Setor Oeste terão a oportunidade de apresentar suas demandas diretamente à Prefeitura de Araxá e terão acesso direto a mais de 40 serviços gratuitos. A 4ª edição do programa Prefeitura no Bairro acontece neste sábado (25), a partir das 8h, no Ginásio da Escola Municipal Professora Romália Porfírio de Azevedo Leite.
Emissão da 1ª via de identidade, vacinação contra a Covid e de rotina, acesso a programas sociais, orientação para a abertura de empresas, atividades esportivas e muitos outros projetos desenvolvidos pela Prefeitura de Araxá. As ações disponibilizadas levam os projetos da Administração Municipal mais próximo ao cidadão e tornar mais eficiente as estratégias de atendimento da gestão pública.
Além do ginásio da escola, o Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Professora Marlene Braga Guimarães e a Estratégia de Saúde da Família (ESF) do bairro Max Neumann também estarão mobilizados para atender crianças, jovens, adultos e idosos.
O programa Prefeitura no Bairro levará atendimentos nas áreas de Ação Social, Saúde, Segurança, Cidadania, Infraestrutura, Direitos Humanos, Acolhimento à Mulher, Educação, Meio Ambiente, Trabalho e Emprego, Habitação, Cultura, Esporte, Lazer e Agricultura. O Gabinete do Prefeito e a Secretaria Municipal de Governo também estarão à disposição para ouvir as demandas dos cidadãos. O programa prevê um evento periódico, uma vez por mês, e contemplará todas as regiões do município.
Campanha do Agasalho
O evento também conta com a Campanha do Agasalho “Agasalhômetro”, que consiste na contribuição da população para a doação de agasalhos e cobertores. O objetivo é arrecadar itens do vestuário de inverno para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade social neste período de clima frio.
Prefeitura no Bairro – Bairro Max Neumann
– Local: Ginásio da Escola Municipal Professora Romália Porfírio de Azevedo Leite – Endereço: Rua Dr. Bernardino Ladeira, 430. – Data: 25 de junho – sábado – Horário: 8h às 12h
Principais serviços que serão oferecidos à população:
GABINETE DO PREFEITO E SECRETARIA DE GOVERNO • Atendimento
SAÚDE • Vacinação contra a Covid-19; • Vacinação de rotina – Influenza, Triviral, Febre Amarela, Hepatite B, Tétano, HPV (meninas a partir de 9 anos e meninos a partir de 11 anos), Meningocócica ACWY (meninas e meninos a partir de 11 anos); • Orientação Nutricional; • Atualização do Cartão do SUS; • Orientações sobre Saúde da Mulher; • Aferição de pressão arterial; • Orientação Postural.
SOCIAL • Informações e Cadastro de Programa Mãos à Obra; • Cadastro do Programa Planta Popular (Habitacional); • Atualização do Cadastro Único; • Cadastro do Programa Renda Básica; • Orientação do ID Jovem; • Atendimento e Acolhimento à Mulher; • Doação de Mudas (Pequeno Jardineiro); • Cadastro Acessuas e Confecção de Currículos.
PROCON • Atendimento ao público para reclamações relativas ao consumo, finanças, telefonia e outras. SINE • Atendimento sobre vagas de emprego e cadastro de trabalhadores.
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO • Sala do Empreendedor: como abrir sua própria empresa; • Orientação sobre o Projeto Araxá Empreendedora; • Inscrições para cursos de qualificação e capacitação.
TURISMO • Apresentação do Plano Municipal do Turismo; • Amostra dos Pontos Turísticos da cidade; • Amostra de Produtos.
IPDSA – MEIO AMBIENTE • Recolhimento de eletroeletrônicos (pilhas, baterias, celulares, etc); • Requerimento de poda de árvores em calçada; • Coleta de material reciclável.
EDUCAÇÃO • Orientação para educação dos filhos; • Busca ativa de crianças de 0 a 5 anos que estão fora da escola; • Busca Ativa de Jovens e Adultos que não completaram o ensino fundamental; • Biblioteca Móvel e Contação de Histórias.
OBRAS • Apresentação de Projetos das Obras da Prefeitura; • Requerimento de Tapa-Buracos; • Requerimento de Limpeza Urbana; • Requerimento de Iluminação Pública.
AGRICULTURA E PECUÁRIA • Cadastro de Produtores; • Como obter o SIM (Selo de Inspeção Municipal); • Inscrições de Programas.
ESPORTE • Recreação; • Ginástica para Terceira Idade; • Dança (Zumba); • Projeto Viva a Vida; • Aula Funcional.
FAZENDA • Recálculo de parcelas atrasadas de IPTU e Dívida Ativa; • Emissão de guias de IPTU; • Isenção de IPTU para aposentados e pensionistas; • Orientações tributárias; • Orientações e preenchimentos de requerimentos de isenções e outros.
SEGURANÇA PÚBLICA • Emissão de 1ª via de Identidade; • Emissão de Cartão de Estacionamento para Idoso; • Emissão de Estacionamento para Deficiente.
CULTURA • Cadastro de Artistas; • Apresentação Musical; • Oficinas Culturais.
IPREMA • Orientação Previdenciária (Regime Geral e Iprema).
VIGILÂNCIA EM SAÚDE • Atendimentos Cerest; • Exames CTA; • Orientação Dengue e Animais Peçonhentos. —
Área é negligenciada em todo o mundo, levando à subnotificação de transtornos e dificuldades para o acesso ao tratamento adequado, diz Organização Mundial da SaúdeArte: Malte Mueller/Getty Images
Por décadas, a saúde mental tem sido uma das áreas mais negligenciadas da saúde pública no mundo. Subvalorizado e incompreendido, o campo recebe uma ínfima parte da atenção e dos recursos necessários. O resultado é que, para muitas pessoas, alcançar e manter uma boa saúde mental é um desafio.
A avaliação é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que lança um novo relatório sobre o tema nesta quinta-feira (16). No documento, a OMS alerta que, apesar da importância da saúde mental para a saúde e bem-estar, muitos ainda não recebem o apoio necessário.
Em 2019, estima-se que uma em cada oito pessoas em todo o mundo estava vivendo com um transtorno mental. Ao mesmo tempo, os serviços e financiamentos disponíveis para a área permanecem escassos e ficam muito abaixo do necessário, especialmente nos países de baixa e de média rendas.
Importância da saúde mental
Parte inerente e vital do nosso bem-estar geral, a saúde mental e afeta nossas vidas de várias maneiras. Ela nos permite funcionar e prosperar como indivíduos, além de ajudar a lidar com o estresse e adaptações a mudanças.
Uma saúde mental de qualidade é essencial para a construção de relacionamentos saudáveis, além de nos permitir a aprender bem e trabalhar de forma produtiva.
A OMS alerta que sistemas sociais e de saúde estão mal equipados para ajudar pessoas que vivenciam crises de saúde mental.
Mesmo antes da pandemia de Covid-19, que afetou a saúde mental de tantos, estimava-se que cerca de um bilhão de pessoas tinham um transtorno mental. Apenas uma pequena fração dessas pessoas têm acesso à cuidados eficazes, acessíveis e de qualidade.
Estigma, discriminação e violações de direitos humanos contra pessoas com problemas de saúde mental são comuns em comunidades e sistemas de atendimento em todos os lugares, segundo o relatório.
Em todos os países, são os mais pobres e desfavorecidos da sociedade que correm maior risco de problemas de saúde mental. Estes também são os menos propensos a receber serviços adequados.
Cenário global
Antes da pandemia, em 2019, estimava-se que 970 milhões de pessoas no mundo viviam com um transtorno mental, 82% das quais em países de baixa e média renda.
De acordo com o relatório, entre 2000 e 2019, estima-se que mais 25% de pessoas viviam com transtornos mentais, mas como a população mundial cresceu aproximadamente na mesma taxa, a prevalência de transtornos mentais permaneceu estável, em torno de 13%.
Além disso, de acordo com várias estimativas, 283 milhões de pessoas tiveram transtornos por uso de álcool em 2016; 36 milhões tiveram transtornos por uso de drogas em 2019; 55 milhões tiveram demência em 2019 e outros 50 milhões tiveram epilepsia em 2015.
Em muitos países, os sistemas de saúde mental são responsáveis pelo cuidado de pessoas com essas condições.
De acordo com os dados revelados pela OMS, a prevalência de transtornos mentais varia com o sexo e a idade. Tanto em homens quanto em mulheres, os transtornos de ansiedade e os transtornos depressivos são os dois mais comuns.
Os transtornos de ansiedade tornam-se prevalentes em uma idade mais precoce do que os depressivos, que são raros antes dos dez anos de idade. Eles continuam a se tornar mais comuns na vida adulta, com estimativas mais altas em pessoas entre 50 e 69 anos.
Entre os adultos, os transtornos depressivos são os mais prevalentes de todos os transtornos mentais. Em 2019, 301 milhões de pessoas em todo o mundo viviam com transtornos de ansiedade, e 280 milhões viviam com transtornos depressivos (incluindo transtorno depressivo maior e distimia).
Impactos da pandemia
Antes da pandemia, cerca de 193 milhões de pessoas tinham transtorno depressivo maior e 298 milhões de pessoas tiveram transtornos de ansiedade em 2020.
Após o ajuste para a pandemia, as estimativas iniciais mostram um salto para 246 milhões para transtorno depressivo maior e 374 milhões para transtornos de ansiedade.
A esquizofrenia, que ocorre em 24 milhões de pessoas e em aproximadamente 1 em cada 200 adultos (com 20 anos ou mais), é a principal preocupação dos serviços de saúde mental em todos os países. Em seus estados agudos, é a mais prejudicial de todas as condições de saúde.
O transtorno bipolar, outra preocupação importante dos serviços de saúde mental em todo o mundo, afetou 40 milhões de pessoas e aproximadamente 1 em cada 150 adultos em todo o mundo em 2019. Ambos os distúrbios afetam principalmente as populações em idade ativa.
Crianças e jovens
Cerca de 8% das crianças (de 5 a 9 anos) e 14% dos adolescentes do mundo (de 10 a 19 anos) vivem com um transtorno mental.
Um estudo nacional nos Estados Unidos revelou que metade dos transtornos mentais presentes na idade adulta se desenvolveram aos 14 anos; três quartos apareceram aos 24 anos.
Os transtornos idiopáticos do desenvolvimento, que causam deficiência no desenvolvimento, são o tipo mais comum de transtorno mental em crianças pequenas, afetando 1 em cada 50 crianças com menos de cinco anos.
O segundo transtorno mental mais prevalente em crianças pequenas é o transtorno do espectro do autismo (outro transtorno do desenvolvimento), que afeta 1 em cada 200 crianças menores de cinco anos. Ambos os distúrbios tornam-se gradualmente menos prevalentes com a idade, pois muitas pessoas com distúrbios do desenvolvimento morrem jovens.
O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade e os transtornos de conduta são particularmente comuns na adolescência, especialmente entre os meninos mais novos (4,6% e 4,5%, respectivamente, em meninos de 10 a 14 anos de idade).
A ansiedade é o transtorno mental mais prevalente entre os adolescentes mais velhos (4,6%) e ainda mais entre as meninas adolescentes (5,5%). Transtornos ansiosos e depressivos nessa idade podem estar associados ao bullying.
Os transtornos alimentares ocorrem principalmente entre os jovens e, dentro desse grupo, são mais comuns entre as mulheres (por exemplo, 0,6% em mulheres de 20 a 24 anos em comparação com 0,3% em homens na mesma faixa etária).
Transformação
A OMS defende que uma transformação mundial em direção à uma melhor saúde mental é possível. Além de reduzir o sofrimento e trazer melhorias em saúde pública, as mudanças poderão significar maior proteção dos direitos humanos e melhores resultados sociais e econômicos.
O plano de ação abrangente de saúde mental da OMS (2013–2030) incentiva que os países invistam na área a partir de quatro objetivos principais:
Liderança e governança eficazes mais fortes
Cuidados comunitários abrangentes, integrados e responsivos
Estratégias de promoção e prevenção
Sistemas de informação mais fortes, evidências e pesquisa
“A visão é um mundo onde a saúde mental seja valorizada, promovida e protegida. É um mundo onde as condições de saúde mental são prevenidas e onde todos podem exercer toda a sua gama de direitos humanos e ter acesso a cuidados de saúde e sociais de alta qualidade, oportunos e culturalmente apropriados de que precisam e merecem”, diz o relatório.
O relatório aponta que, de maneira geral, as condições de saúde mental são generalizadas ou incompreendidas, o que leva a uma subnotificação de transtornos e dificuldades para o acesso ao tratamento adequado.
Pesquisa, que ainda precisa ser submetida ao sistema CEP-Conep e à Anvisa, quer avaliar segurança e eficácia do tratamento em pacientes com linfoma não-Hodgkin de células B.
Hemocentro de Ribeirão Preto integra estudo clínico com Butantan sobre segurança e eficácia de tratamento contra o câncer — Foto: Reprodução/EPTV
CAR-T Cell: entenda estudo que pretende acelerar produção de terapia genética contra o câncer com células do paciente
Pesquisa, que ainda precisa ser submetida ao sistema CEP-Conep e à Anvisa, quer avaliar segurança e eficácia do tratamento em pacientes com linfoma não-Hodgkin de células B.
Por Vinícius Alves, g1 Ribeirão Preto e Franca
17/06/2022 05h02 Atualizado há 2 horas
Hemocentro de Ribeirão Preto integra estudo clínico com Butantan sobre segurança e eficácia de tratamento contra o câncer — Foto: Reprodução/EPTV
O Hemocentro de Ribeirão Preto (SP) e o Instituto Butantan elaboram um estudo clínico que pretende avaliar a segurança e a eficácia do tratamento com CAR-T Cell em pacientes com linfoma não-Hodgkin de células B. A ideia é poder acelerar a produção da terapia genética que usa células de defesa do organismo do próprio paciente em dois centros de pesquisa anunciados pelo Governo de São Paulo na última terça-feira (14).
Um dos centros fica em São Paulo e foi entregue na terça. O outro em Ribeirão Preto (SP), que vai ser inaugurado no campus da USP na segunda-feira (20). A proposta é que, juntos no futuro, possam produzir a tecnologia de tratamento para até 300 atendimentos ao ano. As duas estruturas aguardam a chegada de insumos e equipamentos vindos de outros países para iniciarem a produção.
No Brasil, sete pacientes com linfoma ou leucemia já fizeram uso do tratamento com CAR-T Cell de forma compassiva, isto é, quando, em um estágio muito avançado da doença e diante da não eficácia dos métodos convencionais, como quimioterapia e radioterapia, a tecnologia torna-se a última alternativa de tratamento, desde que seja feita por decisão médica.
Seis foram atendidos no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e um no HC de São Paulo. São cinco homens, com 27, 28, 36, 40 e 64 anos, e duas mulheres, de 13 e 25 anos.
A produção da tecnologia foi feita em Ribeirão Preto, segundo o diretor médico do laboratório de terapia celular do Hemocentro da cidade Gil Cunha de Santis.
“Na verdade a gente até está fazendo em Ribeirão, não no prédio do Hemocentro, mas para tratamento compassivo. São sete pacientes que já foram tratados em produção pontual, aqui, ali. A gente está fazendo por causa dessa necessidade de pessoas que precisam de alguma coisa, não tem tempo de esperar”.
Centro de produção de terapia genética contra o câncer em Ribeirão Preto, SP — Foto: Reprodução/Butantan
Nesta reportagem você vai ler sobre os seguintes itens:
O tratamento é resultado de estudos do Centro de Terapia Celular (CTC-Fapesp-USP) de Ribeirão Preto. Em 2017, a técnica foi aprovada pela FDA, agência reguladora dos Estados Unidos. No Brasil, A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou em abril deste ano o registro de um segundo produto para terapia gênica.
A terapia tem como base os linfócitos T, células de defesa do corpo que são isoladas e reprogramadas para identificar e combater o câncer e acontece em etapas:
coleta de sangue do paciente
isolamento dos linfócitos T da amostra
ativação e multiplicação dos linfócitos T em laboratório
criação das células CAR-T por meio do contato entre os linfócitos e um vetor viral inofensivo ao organismo que identifica receptor de células cancerígenas
congelamento e controle de qualidade das células CAR-T
aplicação das células por meio de transfusão de sangue
O processo de modificação dos linfócitos será feito nos centros em São Paulo e Ribeirão Preto.
2. Por que o estudo focou em pacientes com linfoma não-Hodgkin de células B?
O linfoma não-Hodgkin de células B, mais agressivo, é um câncer no sistema linfático que afeta o linfonodo, que é um gânglio, e se espalha para outras partes do organismo, podendo levar o paciente à morte.
Tratamentos convencionais, como quimioterapia e radioterapia, muitas vezes não conseguem amenizar os efeitos da doença no ser humano, segundo o diretor do Hemocentro de Ribeirão Preto.
De Santis explica que o estudo focou nessa doença porque ela expressa, na superfície da célula, uma substância chamada CD-19, que, até o momento, é a única que os pesquisadores conseguem combater com os linfócitos T, modificados geneticamente.
“A gente ainda não tem outros alvos. Claro que, em um futuro próximo, será nosso objetivo, tratar doenças que tenham outros tipos de alvo. A gente, por enquanto, vai começar com o CD-19 para depois expandir para outras doenças”.
As células T são um tipo de linfócito, células de defesa do sistema imunológico presentes no sangue — Foto: Science Photo Library/BBC
3. Em que estágio está o estudo clínico?
O estudo clínico é de fase um e deve ser enviado para aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que faz a apreciação técnica, nas próximas semanas, segundo de Santis.
A análise deve demorar alguns meses e, por conta disso, o início da pesquisa na prática deve começar somente no final do ano.
“Ele ainda não foi submetido porque a gente ainda está fechando o estudo, fechando protocolo (…) É o que a gente chama de estudo fase um fase dois. O foco é segurança, mas a gente também avalia eficácia”, disse o diretor do Hemocentro de Ribeirão Preto.
4. Quem serão os voluntários?
Segundo o pesquisador, são 30 voluntários escolhidos para o estudo clínico, que será feito em três centros: Hospital das Clínicas da USP em São Paulo, Hospital das Clínicas da USP em Ribeirão Preto e Hospital das Clínicas da Unicamp, em Campinas.
Segundo de Santis, 40% dos pacientes do linfoma não-Hodgkin de células B têm recaída com o tratamento convencional, com quimioterapia e radioterapia. A proposta do uso de CAR-T Cell é ser uma alternativa mais eficaz.
“O que a gente propõe não é substituir o tratamento convencional, que é eficaz, que cura 60% dos pacientes. Isso continua sendo feito. [O uso] Seria em uma recaída ou se o tratamento convencional não surtir efeito, o que ocorre em 40% dos pacientes. Aí começam os problemas, porque há outros tratamentos disponíveis, mas nada muito bom. A CAR-T é mais eficaz que os tratamentos convencionais”.
Hospital de Clínicas (SP) da Unicamp é um dos centros do estudo clínico do CAR-T Cell — Foto: Reprodução/EPTV
De acordo com o diretor do Hemocentro, os centros podem aceitar pacientes encaminhados de fora, que não necessariamente tenham passado por atendimento inicial nas unidades selecionadas.
“Os pacientes são tratados na mesma cidade. Se não deu certo o primeiro tratamento, muitas vezes o paciente é encaminhado para cá, muitas vezes quando o médico sabe que tem um estudo em andamento, e vai saber, porque a gente vai divulgar isso oportunamente. Acho até que vamos receber muitos pacientes, porque tem muitos pacientes, mas aí tem uma limitação do estudo clínico, de número”.
Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto participa de estudo sobre CAR-T Cell — Foto: Reprodução/EPTV
5. Como o estudo pode ajudar na produção em larga escala da tecnologia?
De acordo com o diretor do Hemocentro de Ribeirão Preto, o estudo clínico e a produção em larga escala anunciada nessa semana pelo Butantan e o Governo de São Paulo são interdependentes.
“Esse estudo vai nos proporcionar, entre outras coisas, também aquecer os motores para a produção em larga escala. Uma coisa beneficia a outra”.
A projeção para avançar com o tratamento por CAR-T Cell no Sistema Único de Saúde (SUS), já que hoje o custo é de US$ 500 mil [cerca de R$ 2,5 milhões] por paciente, e de forma não compassiva, é para 2023, segundo de Santis. De acordo com ele, o estudo vai mostrar os dados necessários para o registro final da tecnologia na Anvisa.
“Nosso interesse aqui, mais adiante, é fazer em larga escala, principalmente até fora de estudo clínico. Estudo clínico é limitado por tempo, por número de pacientes. O que a gente quer é oferecer, mais adiante, esse produto para pacientes que não têm acesso a ele, porque é um produto muito caro. A gente quer oferecer isso para pacientes do Sistema Único de Saúde”.
Em Itapororoca, o abastecimento da cidade é realizado a partir de uma nascente. Já foi aprovada a concessão para a Cagepa se instalar na cidade, mas ainda não há data para a empresa assumir a gestão.
Itapororoca é uma cidade localizada na região da zona da mata e possui 18.664 habitantes, segundo o IGBE. — Foto: Prefeitura de Itapororoca
Desde quando foi fundada em 1961, os moradores de Itapororoca não pagam o valor da taxa correspondente ao uso de água. Dentre os poucos municípios da Paraíba cujo sistema de distribuição de água é gratuito, Itapororoca é a única que possui uma nascente que funciona como reservatório próprio. Mas com o crescimento populacional, o município enfrenta atualmente uma crise hídrica. A concessão do serviço à Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) já foi aprovada, mas ainda não há data para a empresa assumir a gestão e nem previsão para que isso ocorra.
Durante as secas mais severas, a nascente da cidade jamais secou. Ela é considerada direito inalienável da população itapororoquense. Trata-se de um recurso hídrico protegido por lei municipal. Porém, ela foi pensada, inicialmente, para atender a necessidade de mil famílias. Atualmente, Itapororoca ultrapassa o total de 5 mil residências só na área urbana e não possui mais capacidade hídrica de satisfazer todos os moradores.
A nascente é protegida por lei municipal. — Foto: Reprodução de trecho do estudo de Jéssica Lima.
Essa situação faz com que o racionamento de água seja cada vez mais frequente. Além disso, também há problemas de contaminação do solo que colocam em risco a qualidade da água ofertada. Segundo a prefeitura, a água que abastece a cidade é atualmente considerada insatisfatória, mas não imprópria.
Em 60 anos, a nascente nunca secou, mas atualmente não tem mais capacidade de abastecer toda a cidade. — Foto: Prefeitura de Itapororoca
A pesquisadora Jéssica de Lima Silva, que possui um estudo intitulado ‘Caracterização do sistema de abastecimento d’água na área urbana do município de Itapororoca’, explica que o que ocorre na região é uma ‘anomalia hidrogeológica’ pela grande absorção de água existente naquela área. “É deste potencial hídrico que é captada a maior parte da água que abastece a cidade, beneficiando mais de 10 mil pessoas. Também abastece as piscinas do balneário da nascença, que existe na região, e serve para a irrigação de lavouras no entorno da nascente”, diz o estudo.
O abastecimento da cidade de Itapororoca é realizado pela força da gravidade, sem a necessidade de motores ou bombas. O que explica isso é a variação altimétrica entre a fonte e a área urbana, pois a nascente está localizada em uma área elevada: são 98 metros de altura em relação à cidade. A encanação principal, que liga a água da fonte para a caixa central, é feita de amianto. É um encanamento bastante antigo e remete à fundação da cidade. O tratamento é feito pelos próprios consumidores que utilizam uma gota de cloro a cada 1L de água.
Parte da encanação de Itapororca é feita de amianto. — Foto: Prefeitura de Itapororoca
Itapororoca é uma cidade que fica localizada na Zona da Mata, especificamente na região geográfica imediata de Mamanguape e Rio Tinto. Sua população estimada foi de 18.664 habitantes, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano de 2019. Sua área é de 146,067 km.
No Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), consta que a água dessa nascente possui padrões de qualidade e potabilidade, sendo necessário apenas a desinfecção com o uso de cloro. “Mas para um bom monitoramento dessa qualidade são feitas análises mensais na água, o que possibilita maior segurança na hora do consumo por parte da população”, informa o estudo de Jéssica Lima, sobre a qualidade das águas da cidade.
“Devido principalmente ao crescimento populacional na zona urbana e a degradação ambiental na área do Parque da Nascença houve modificações consideráveis quanto à disponibilidade de água no local e ao acesso dela por parte da população”, diz o estudo de Jéssica de Lima .
O Parque da Nascença, mencionado pela pesquisadora, é uma área de preservação ambiental do município que dispõe de resquício da Mata Atlântica e que possui piscinas que também são abastecidas pela nascente. Para ela, o Parque da Nascença é “o ponto crucial quanto à aplicação de benfeitorias, uma vez que é considerada uma área de extrema importância para todo sistema de abastecimento de água. As ações para a área são de caráter imediato ou emergencial”.
O Parque da Nascença é uma área de preservação ambiental municipal. — Foto: Prefeitura de Itapororoca
Essa escassez e racionalização da água, bem como os riscos de contaminação, dada a degradação do solo, que levanta suspeitas para alguns moradores, faz com que as pessoas procurem outras alternativas. Alguns, por conta própria, furam poços artesianos em seus quintais, outros ainda possuem cisternas que são abastecidas por carros pipas que trazem as águas de outras nascentes da região. Além disso, vender água mineral em Itapororoca é parte da vida do comércio local.
A pesquisa realizada por Jéssica envolveu ir a campo conversar com as pessoas, desta forma, em 2016, ela constatou que 40% compravam água mineral para o consumo; 35% consumiam água direto das torneiras; 17% usavam água direto da torneira e mineral; 5% captavam água de poços ou cacimbas presentes nas zonas rurais; e apenas 3% consumiam água da torneira, mas tratada com cloro.
Apesar de satisfeitos com a isenção da taxa, os itapororoquenses possuem queixas relacionadas ao racionamento e eventuais falta de água no município. Atualmente, a gestão considera que a cidade enfrenta uma “crise hídrica”.
Parque da Nascença, em Itapororoca. — Foto: Prefeitura de Itapororoca
Em sua pesquisa de campo, Jéssica também avaliou a opinião da população acerca do processo de estatização da água. Constatou que 33% acreditam que para sanar o problema da disponibilidade de água é necessária a inserção dos serviços da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa); 30% afirmaram que o melhor é investir em novas fontes que venham a complementar a água disponível na fonte da Nascença; enquanto 27% opinaram que a preservação da fonte da Nascença é suficiente; 7% acham que a ação adequada é preservar o parque da nascença (fonte atual) e investir em novas fontes, e apenas 3% não opinaram, aponta o estudo.
“O projeto de convênio com a Cagepa é um benefício para a população, que infelizmente prefere pagar por tonéis de água. Mas quando o assunto é melhoramento do abastecimento, e para isso acontecer a Cagepa precisa vir, a cidade não aceita. Não entendem que já estão pagando da mesma forma”, diz a pesquisadora, que utiliza água a partir de um poço artesiano que furou no quintal de casa. Ela acredita que a inserção dos serviços da Cagepa deve trazer maior qualidade da água para Itapororoca.
O argumento central de sua pesquisa é que, embora na fonte a água seja cristalina, até chegar na torneira do lares itapororoquenses, ela passa pela antiga encanação, cuja partes são feitas de amianto, substância relacionada à ocorrência de diversas doenças, dentre elas, câncer. Nesse sentido, ela entende que é necessário realizar a troca do encanamento, ação que a Cagepa deve se responsabilizar.
“Vai ser uma conta a mais”
Uma moradora, que prefere não ser identificada, contou ao g1 que não sofre tanto com a falta de água. “Temos caixa de água, que é abastecida duas vezes na semana. Eu não sofro tanto com a falta de água, consigo reservar, sempre que ligo o chuveiro tem água”, diz. Ela mora com a avó no bairro São João I.
Alguns moradores furam poços artesianos em seus quintais e outros ainda possuem cisternas que são abastecidas por carros pipas. — Foto: Prefeitura de Itapororoca
“Mas conheço outros bairros que a água só chega uma vez na semana, como é o caso do Centro da cidade. Uma colega minha tem que ficar acordada tentando reservar, pois a água não chega pela encarnação, que é antiga”, explica. Quanto a possibilidade de estatização ou privatização da água, a moradora explica que a maioria dos itapororoquenses não concordam com a ideia.
“A maioria das pessoas da cidade são contra. Elas preferem passar por essa dificuldade ao invés de ter uma conta de água no fim do mês, pois vai ser uma conta a mais”.
O que incomoda a moradora é perceber o desperdício de água por parte de outros moradores. “Uns têm abundância e outros não tem”. Ela concorda que a Cagepa deve se instalar na cidade e afirma que “água é saúde, a gente tem que cuidar da nossa saúde. Não adianta nossa cidade ser tão rica de água, mas não ser própria para o uso”, diz.
O que diz a Cagepa
O g1 entrou em contato com a Cagepa para saber se há prazo de instalação na cidade, mas foi informada que “o abastecimento de água da cidade encontra-se em processo de legalização junto à Cagepa, por meio das microrregiões”. Segundo a empresa, ainda não há previsão de instalação no município.
Segundo o presidente da Cagepa, Marcus Vínicius, o orgão fez um convênio de cooperação técnica. Mas na sequência houve uma mudança do processo com a nova Lei de saneamento, que não permite mais a contração direta com o município. Com a instituição das microrregiões e o ajuste ao novo marco legal, essa discussão de desloca do município para a gestão colegiada da microrregião do litoral do qual Itapororoca faz parte.
“Desta forma, existe um processo a ser feito, assim como outros municípios, que vão pleitear o colegiado microrregional a prestação direta pela Cagepa, e isso vai ser votado pelo Estado, que tem 40% dos votos, e pelos demais municípios, que tem 60% dos votos, necessitando apenas de maioria simples para sua aprovação”, explica o presidente da Cagepa.
“A partir daí, se faz todo um regimento de prestação de serviço com estabelecimento de metas, negociações de prazos, de qualidade de fornecimento da água, etc. Nós vamos fazer as contratações devidas para levantamento dos custos do projeto, e fazer o diagnóstico do município”, diz Marcus Vinicius. Até o momento, não há estimativa do quanto irá custar para a Cagepa assumir a gestão de água no município.
A cidade já aprovou concessão à Cagepa para instalação, no entanto, a empresa ainda não possui previsão para essa ação. — Foto: Prefeitura de Itapororoca.