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Doença de Parkinson: idade é fator de risco, mas jovens também podem desenvolver

Leia o artigo da Dra. Maria Fátima Cardoso Alves França, neurocirurgiã da Unimed Araxá

A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum na população mundial, atrás apenas da doença de Alzheimer. Estima-se que cerca de cinco milhões de pessoas em todo do mundo são portadoras da doença. Ela afeta cerca de 0,3% da população geral e de 1% a 2% da população acima dos 60 anos.

No Brasil encontrou-se uma prevalência de 3,3% em pessoas acima de 65 anos. A idade é um fator de risco inequívoco para a doença. Extrapolando para o número de idosos em nosso país, veremos que provavelmente são mais de 600 mil parkinsonianos com 64 anos de idade ou mais e isto não leva em conta os portadores jovens da doença, com formas precoces, que iniciam antes dos 40 anos de idade. Geralmente a forma precoce é mais associada à herança genética, mas o quadro clínico em si é o mesmo da forma tardia.

Se considerarmos o envelhecimento da população brasileira nas próximas décadas, poderemos entender o impacto social e econômico desta enfermidade, em um futuro não muito distante.

A doença

A doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva, causada por uma diminuição intensa da produção de dopamina, que é um neurotransmissor (substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas).

Na falta da dopamina, particularmente numa pequena região encefálica chamada substância negra, o controle motor do indivíduo é prejudicado, ocasionando sinais e sintomas característicos.

Esse conjunto de sinais e sintomas neurológicos é chamado de síndrome parkinsoniana ou parkinsonismo. Doenças diferentes e causas muito diversas podem produzir essa síndrome parkinsoniana. Entretanto, a principal causa dessa síndrome é a própria doença de Parkinson, em aproximadamente 70% dos casos.

Os demais casos relacionam-se a enfermidades ou condições clínicas nas quais os sintomas são semelhantes, porém outras características estão presentes e a história clínica e a evolução vão ajudar no diagnóstico diferencial. Portanto, quando se faz menção ao parkinsonismo ou síndrome parkinsoniana, não se refere necessariamente à doença de Parkinson. Uma causa importante de parkinsonismo secundário é o uso de certos medicamentos (por exemplo, algumas das drogas usadas para vertigens, tonturas, doenças psiquiátricas e alguns remédios para hipertensão). A importância de se identificar esses casos é que os sintomas são potencialmente reversíveis com a interrupção dos medicamentos que os causaram.

Com o envelhecimento, todos os indivíduos saudáveis apresentam morte progressiva das células nervosas que produzem dopamina. Algumas pessoas, entretanto, perdem essas células (e consequentemente diminuem muito mais seus níveis de dopamina) num ritmo muito acelerado e, assim, acabam por manifestar os sintomas da doença.

Não se sabe exatamente quais os motivos que levam a essa perda progressiva e exagerada de células nervosas (degeneração), muito embora o empenho de estudiosos deste assunto seja muito grande. Admitimos que mais de um fator deve estar envolvido no desencadeamento da doença. Esses fatores podem ser genéticos ou ambientais.

O perfil dos pacientes

Os pacientes desenvolvem a doença geralmente após os 55 anos de idade e não necessariamente têm algum familiar acometido. Poucos fatores ambientais são conhecidos, entre eles destacam-se a exposição a pesticidas e ao trauma craniano, embora a grande maioria dos pacientes que desenvolvem a doença não foi exposta aos fatores citados.

Por outro lado, 10% dos doentes apresentam a forma genética. Diversos genes foram descritos até o momento. Geralmente a forma genética tem início mais precoce, podendo mesmo começar antes dos 40 anos de idade.

Sintomas

Os principais sintomas da doença de Parkinson são a lentidão motora (bradicinesia), a rigidez muscular e os tremores de repouso notadamente nos membros superiores e geralmente predominantes em um lado do corpo quando comparado com o outro e, finalmente, o desequilíbrio.  A escrita, geralmente, é micrográfica (letra pequena) e a alteração postural, com flexão do tronco para frente, é característica. A voz fica mais baixa e monótona. Ocorre redução da mímica facial (hipomimia). Instabilidade postural pode se desenvolver mais tarde na doença de Parkinson; se presente no início da doença, deve-se suspeitar de diagnósticos alternativos. Os pacientes têm dificuldade de começar a caminhar, virar e parar. Eles dão passos curtos arrastados, mantendo os membros superiores flexionados na cintura e balançando os membros superiores pouco ou absolutamente nada em cada passo. Os passos podem se acelerar de maneira inadvertida, enquanto o comprimento da passada diminui progressivamente; essa anormalidade da marcha, chamada de festinação, costuma ser um precursor do congelamento da marcha (quando, sem aviso, a deambulação e outros movimentos voluntários podem cessar repentinamente). A tendência a cair para a frente (propulsão) ou para trás (retropulsão), quando o centro de gravidade é deslocado, resulta da perda dos reflexos posturais. A postura torna-se inclinada. Com o avanço da doença, os doentes podem apresentar dificuldade para deglutir.

Estes são os chamados “sintomas motores” da doença. Podem ocorrer também outros “sintomas não-motores” como hipotensão ortostática, dificuldade para deglutir, diminuição do olfato, declínio cognitivo, dor, transtorno depressivo, alterações intestinais e do sono.

O tremor da doença de Parkinson é característico. Ele é chamado de tremor de repouso, ou seja, é mais evidente ou exclusivo quando a mão do paciente está parada, seja em repouso quando o paciente está sentado, seja quando ele está em pé com os braços relaxados.

Quando o paciente executa algum movimento a tendência do tremor é diminuir ou desaparecer. Além disso, caracteristicamente o tremor é assimétrico, ou seja, é mais evidente em apenas um lado do corpo (geralmente as mãos), e com o passar dos anos pode afetar o outro lado.  Vale lembrar que nem todos os pacientes com doença de Parkinson apresentam tremor. Em 30% dos pacientes ele está ausente, sendo a lentidão dos movimentos e a rigidez os sintomas mais evidentes.

Diagnóstico

O diagnóstico da doença de Parkinson é essencialmente clínico, baseado na correta valorização dos sinais e sintomas descritos. O profissional mais habilitado para tal interpretação é o médico neurologista, que é capaz de diferenciar esta doença de outras que também afetam involuntariamente os movimentos do corpo. Os exames complementares, como tomografia computadorizada, ressonância magnética etc., servem também para avaliação de outros diagnósticos diferenciais. A condição ainda não pode ser detectada na sua fase pré-clínica ou pré-motora, porém já existe a possibilidade de diagnosticá-la precocemente e até mesmo de confirmá-la por neuroimagem funcional, mais precisamente com a cintilografia com Trodat marcado com 99mTc, um traçador que se liga seletivamente aos receptores de dopamina pré-sinápticos (DAT) na substância negra do mesencéfalo. A perda desses receptores tem correspondência com a perda dos neurônios dopaminérgicos e pode ser demonstrada de forma muito sensível nas imagens SPECT mesmo nas fases iniciais da doença. A redução da densidade desses receptores está associada com a gravidade e com a progressão da DP.  Este exame pode ser utilizado como uma ferramenta especial para o diagnóstico de doença de Parkinson, mas é, na maioria das vezes, desnecessário, diante do quadro clínico e evolutivo característico.

Tratamento

A doença de Parkinson é tratável e geralmente seus sinais e sintomas respondem de forma satisfatória às medicações existentes. Esses medicamentos, entretanto, são sintomáticos, ou seja, eles repõem parcialmente a dopamina que está faltando e, desse modo, melhoram os sintomas da doença. Ainda não existem drogas disponíveis comercialmente que possam curar ou evitar de forma efetiva a progressão da degeneração de células nervosas que causam a doença. Há diversos tipos de medicamentos antiparkinsonianos disponíveis, que devem ser usados em combinações adequadas para cada paciente e fase de evolução da doença, garantindo, assim, melhor qualidade de vida e independência ao enfermo.

Também existem técnicas cirúrgicas para atenuar alguns dos sintomas da doença de Parkinson, que devem ser indicadas caso a caso, quando os medicamentos falharem em controlar tais sintomas.

Tratamento adjuvante com equipe multiprofissional é muito recomendado, além de atividade física regular. O objetivo do tratamento, incluindo medicamentos, fisioterapia, fonoaudiologia, suporte psicológico e nutricional, atividade física entre outros é melhorar a qualidade de vida do paciente, reduzindo o prejuízo funcional decorrente da doença, permitindo que o paciente tenha uma vida independente, com qualidade, por muitos anos.

Prevenção?

Não existe uma maneira inequívoca de prevenir a doença de Parkinson e o principal fator de risco é a idade. Sabemos, no entanto, que os hábitos de vida saudáveis, além de melhorar a função cardiovascular e reduzir o risco de infarto e de acidente vascular cerebral, também podem diminuir a incidência de doenças degenerativas, como o Alzheimer e o Parkinson.

Controle da pressão arterial, diabetes, colesterol, evitar o sedentarismo são fundamentais, além de uma dieta adequada. Especial atenção à realização de atividade física. Estudos apontam uma tendência em uma menor incidência da doença de Parkinson em pessoas que realizam atividade física aeróbica regular ao longo da vida. A redução da neuroinflamação pela atividade física, em teoria, poderia reduzir o risco de desenvolver a doença.

Dra.  Maria Fátima Cardoso Alves França

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Assessor de Comunicação / Unimed Araxá
(34) 9.8893-8809

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CBMM, em parceria com o SESI SENAI, anuncia segunda fase do Programa de Qualificação Profissional

O SESI SENAI disponibilizou 95 vagas para cursos gratuitos que irão comtemplar candidatos residentes em Araxá

Estão abertas as inscrições para a segunda fase do Programa de Qualificação Profissional gratuito, promovido pelo SESI-SENAI em parceria com a CBMM. O objetivo é que os alunos possam se capacitar profissionalmente para futuras oportunidades no mercado de trabalho.

Serão selecionados candidatos para o preenchimento de vagas nos cursos de Mestre de Obras, Eletricista Industrial, Mecânico de Máquinas Industriais e Soldador de Eletrodo Revestido. As inscrições poderão ser realizadas a partir de hoje, 23, até o dia 3 de junho, via internet, no endereço eletrônico: https://sites.google.com/view/senaiaraxainscricoes .

Jefferson de Campos Cordeiro, Gerente do SESI SENAI Araxá, comenta o cenário atual e as demandas do mercado de trabalho em Araxá. “Com o momento de retomada pós pandemia e crescente da economia, a CNI – Confederação Nacional da Indústria, através do Mapa do Trabalho Industrial estima a necessidade de criação de quase 500 mil novas vagas nas ocupações industriais até 2025 em todo Brasil. Em Araxá, as áreas que mais demandam profissionais no mercado atual são metalmecânica, eletroeletrônica e construção civil.  Dessa forma, a parceria entre CBMM e SENAI apoia o crescimento regional através da qualificação profissional nas ocupações: Soldador Eletrodo revestido, Mecânico Industrial, Eletricista Industrial e Mestre de Obras. Acreditamos que essa oportunidade de qualificação formará profissionais preparados para o trabalho local.”

O processo seletivo para preenchimento das vagas será realizado presencialmente na Unidade SENAI Araxá CFP Djalma Guimarães. Os candidatos devem ter idade igual ou superior a 18 anos, ensino fundamental incompleto e residir em Araxá.

As aulas iniciarão no dia 27 de junho, no horário das 18h30 às 22h30, e o término de cada curso dependerá exclusivamente da carga horária de cada um.

Thiago Amaral, gerente de Meio Ambiente e Apoio Tecnológico da CBMM, fala da contribuição para a comunidade de Araxá. “Esta parceria com uma das principais instituições educacionais do país garante mais conhecimento e autonomia para a comunidade de Araxá. É mais uma forma de contribuir para o futuro dos profissionais que buscam novos conhecimentos ou para aqueles que têm experiência, mas não tiveram a oportunidade de conquistar um diploma. Além disso, a parceria também é uma forma de impulsionar o desenvolvimento social e econômico da nossa região.”

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Setor de Arquivos está aberto à comunidade com acervos da história de Araxá

Um vasto arquivo que guarda a história da cidade e que narra por meio de documentos, fotografias e registros o que de mais importante aconteceu em vários momentos e segmentos de Araxá. Toda essa variedade de informações está disponível para consulta de estudantes, pesquisadores e população em geral no Setor de Arquivos, Pesquisas e Publicações da Fundação Cultural Calmon Barreto (FCCB).

O acervo conta com documentos e publicações que vão desde a fundação de Araxá até os dias atuais. Dentro dele é possível encontrar mais de 6 mil fotografias da cidade; registros de bens imateriais e relacionados à imigração no município; documentos dos objetos e acervos do Museu Dona Beja; e de personagens importantes.

Documentações de setores como a Câmara Municipal, com livros de ata que vão desde 1833 até 1973; documentos do Poder Judiciário, datados de 1770 a 1969; e arquivos da Fundação Cultural Calmon Barreto, desde 1984, também estão disponíveis. Além disso, o setor conta com uma biblioteca de livros doados e exemplares antigos de jornais impressos.

“É um setor de memória. Ele é importante para que qualquer cidadão possa ter acesso à história de Araxá, tanto na política, na cultura, no esporte e em variadas áreas. Então, se a pessoa precisar de alguma informação em fotografia ou documentos, ela pode procurar esse setor. Lá ela poderá contar com a orientação de historiadores que estão à disposição para ajudá-la”, destaca a presidente da FCCB, Cynthia Verçosa.

Pesquisas

Todas as pesquisas são realizadas presencialmente, no próprio local. De acordo com a coordenadora Maria Trindade Coutinho Resende Goulart, grande parte do público que procura o setor é de estudantes de doutorado, mestrado, que estão realizando o Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), e de pessoas que têm interesse em saber mais sobre sua origem.

“Além dos acadêmicos, muitas pessoas nos procuram para realizar pesquisas genealógicas. Temos aqui alguns acervos de inventários, testamentos e demais documentos. Nós somos guardiões da memória. A cultura é tudo! É o que o povo faz, e a história registra esses momentos. Então, daí vem a importância de se preservar o que de mais relevante aconteceu no nosso município”, ressalta Trindade.

O Setor de Arquivos, Pesquisas e Publicações está funcionando provisoriamente no Centro de Referência da Cultura Negra – rua da Banheira, n° 173, no bairro Santa Rita, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 17h. O telefone para informações é o (34) 9 9313-0060.

Outra opção de contato é via e-mail ( arquivos.trindade@fundacaocalmonbarreto.mg.gov.br ).


Assessoria de Comunicação

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Prefeitura de Araxá participa do Programa Saúde nas Escolas

A Prefeitura de Araxá de Araxá está promovendo ações aos alunos da rede municipal por meio de adesão ao Programa Saúde nas Escolas (PSE), do Ministério da Saúde. Atividades desenvolvidas pelas equipes das Estratégias de Saúde da Família (ESFs), em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Centro Universitário do Planalto de Araxá (Uniaraxá), destacam informações básicas de educação alimentar e saúde familiar nos espaços escolares.

O programa trabalha temas como alimentação saudável, prevenção à Covid-19, saúde bucal, auditiva, ocular, sexual e também ambiental, além da promoção da atividade física, cultura de paz e direitos humanos. Além disso, os alunos recebem orientações sobre prevenção à violência, acidentes, doenças negligenciadas e ao uso de álcool, tabaco e outras drogas.

As Escolas Municipais Dona Gabriela, Dr. Eduardo Montandon e Professora Auxiliadora Paiva são algumas das que já receberam o PSE.

Segundo a enfermeira da ESF Santa Luzia, Vivian Alexandra Cardoso de Paula, entrar nas escolas e ter um contato direto com alunos, professores e direção tem uma importância relevante na educação de toda a comunidade.

“Os alunos trazem vários questionamentos para a equipe de saúde e há uma grande troca de informações entre ambas as partes. Todo esse aprendizado acaba sendo levado aos familiares e vizinhos, que se sentem orientados. As crianças e adolescentes, de alguma forma, conseguem amenizar um agravo maior na saúde do ser humano”, conta.

Assessoria de Comunicação

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Campanha incentiva doação de rim; número de transplantes caiu durante a pandemia

Sociedade Brasileira de Urologia aponta impacto da pandemia na realização de transplantes

O transplante é indicado para pacientes com diagnóstico de insuficiência renal crônica, principalmente aqueles que fazem diálise.Foto: CNN Brasil

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) alerta que a pandemia de Covid-19 impactou a realização de transplantes no Brasil. O índice de transplante renal de 22,4 transplantes por milhão de pessoas, registrado em 2021, ficou 26% abaixo da taxa anterior à pandemia. Para incentivar a doação de rim e esclarecer os procedimentos, a entidade médica lançou nessa semana a campanha “SBU pela doação de órgãos”.

Quando os rins param de funcionar, o paciente deve se submeter a sessões de hemodiálise, cuja periodicidade pode variar de duas a sete vezes por semana, dependendo do caso do paciente. Cada sessão pode durar de três a cinco horas.

De acordo com a SBU, para uma melhor qualidade de vida, o transplante renal pode ser indicado em muitos casos. A insuficiência renal pode ocorrer devido a problemas como diabetes, pressão alta, inflamação nos vasos que filtram o sangue, doença renal policística, doença autoimune e obstrução do trato urinário, entre outros.

Segundo o presidente da SBU, Alfredo Canalini, a campanha foi criada devido à necessidade de conscientizar a população sobre a doação de órgãos, principalmente no que diz respeito a doadores falecidos.

“Especificamente nós, urologistas, sabemos a importância tanto do diagnóstico precoce da doença renal, com a dosagem de creatinina no sangue e o exame de urina, como do atendimento da demanda dos renais crônicos na fila de espera para um transplante renal”, disse.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), houve diminuição no número de doações de órgãos e de transplantes devido à pandemia. Segundo a ABTO, 15.640 pacientes ingressaram na lista de espera por um rim em 2021, dos quais 3.009 faleceram.

“Isso ocorreu principalmente pelo aumento na contraindicação ao transplante na época, pois não se sabia da potencialidade de transmissão do vírus”, afirmou o coordenador do Departamento de Transplante Renal da SBU, John Edney dos Santos.

Transplante renal

O transplante renal é indicado para pacientes com diagnóstico de insuficiência renal crônica, principalmente aqueles em diálise.

“No Rio de Janeiro, temos em torno de 13 mil pacientes em diálise e 1.500 na fila de transplante. No Brasil, há algo em torno de 150 mil em diálise e somente 20% deles na fila. E, por lei, todo paciente em diálise tem que ser informado sobre a possibilidade da realização do transplante”, disse Canalini.

Morador da capital paulista, o autônomo Zelandio dos Santos Araújo, 37, fez transplante de rim há sete anos. Ele tem glomerulosclerose segmentar e focal familiar, doença que provoca insuficiência renal.

Essa síndrome também afetou duas irmãs de Araújo. Uma delas perdeu a função renal e acabou morrendo e a outra ainda faz diálise e está à espera de um transplante de rim.

Araújo conta que começou o tratamento medicamentoso em 2001. “Essa doença vai reduzindo a função renal silenciosamente. Muita gente tem essa doença e não sabe. O sintoma dessa doença é se a urina começa a espumar muito porque está perdendo proteína pela urina”.

Em 2009, ele teve falência renal e começou a fazer diálise três vezes por semana. “Foi muito difícil me adaptar, mas acabei ficando seis anos na hemodiálise”.

No ano de 2015, Araújo recebeu um rim de doador falecido. “O transplante foi muito bem-sucedido. Com o transplante, ganhei uma nova qualidade de vida. Eu ficava refém. Hoje tenho uma vida normal, consigo praticar atividade física”.

Como doar?

Para que o transplante renal seja realizado, é necessário verificar por meio de exames a compatibilidade entre doador e receptor para que haja menos chances de rejeição. É preciso ter mais de 18 anos e estar em boas condições de saúde.

A doação pode ser feita por doadores vivos ou falecidos. No caso de doadores vivos, é mais comum entre parentes consanguíneos de até quarto grau e cônjuges. Caso o doador não seja um parente próximo, é necessária autorização de um juiz. É possível viver bem com apenas um rim. Nas primeiras 24 horas após a cirurgia, o doador pode sentir dores, que passam com medicação. No dia seguinte, o doador pode começar a caminhar e após cerca de uma semana são retirados os pontos. A alta geralmente é concedida três dias após a cirurgia.

Para receber o órgão de um doador falecido, o paciente deve estar inscrito no Cadastro Técnico Único do Ministério da Saúde. O cadastramento é feito pela equipe médica de transplante responsável pelo atendimento.

A distribuição de órgãos doados é controlada pelo Sistema Nacional de Transplante do Ministério da Saúde e pelas Centrais Estaduais de Transplantes.

A equipe que realiza o transplante renal é multidisciplinar. Participam do procedimento o nefrologista, urologista, cirurgião vascular, cirurgião geral e anestesista. Outros especialistas de suporte, como intensivista e radiologista, também podem ser chamados.

Quem quiser que seus órgãos sejam doados após a morte, deve avisar a família para que ela possa autorizar o procedimento médico de retirada.

FONTE CNN

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Análise: O que a crise de Covid na Coreia do Norte pode significar para Kim Jong Un

Especialistas dizem que crise de saúde pode não prejudicar governo de Pyongyang, a depender da forma como a mídia estatal lidará com o assunto

Líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un,Foto: KCNA via REUTERS

O líder da Coreia do NorteKim Jong Un parece estar com problemas. Seu país anunciou um surto “explosivo” de Covid-19, reportando mais de 2 milhões de casos do que refere-se como “febre” em pouco mais de uma semana desde que o primeiro caso foi reportado.

Em um país amplamente subdesenvolvido e famosamente isolado, com 25 milhões de habitantes, onde imagina-se que a vasta maioria dos cidadãos não estejam vacinados, há o potencial de um desastre humanitário em uma escala que poderia abalar o poder de qualquer governo no mundo.

Mas Pyongyang não é um governo qualquer. Na verdade, alguns especialistas dizem que, ao invés de enfraquecer Kim, o surto pode fortalecê-lo – ao lhe dar uma desculpa para aumentar suas imposições.

Kim possui à disposição uma extensa máquina de propaganda e a habilidade de bloquear informações vindas do exterior, o que poderia ajudá-lo a moldar a narrativa da crise a seu favor – assim como seus antecessores fizeram com a crise de fome nos anos 1990, que estima-se ter deixado famintos centenas de milhares de norte-coreanos até a morte. Na época, Pyongyang divulgou seus problemas como um “março árduo”, e colocou a culpa sobre enchentes e sanções impostas pelos americanos.

Kim já está mostrando sinais de que está tentando arquitetar a nova crise. Mesmo antes de anunciar o surto, ele estava avisando seus oficiais para que se preparassem para “outro, mais difícil ‘março árduo’”. Isso pareceu uma referência às ausências severas de alimento que estão novamente surgindo no país, e provavelmente serão agravadas pelos lockdowns nas fronteiras impostos por Kim para impedir a entrada do vírus.

Analistas também têm suspeitas sobre o momento do reconhecimento da Covid por Pyongyang. A insistência prévia de que o país era livre da Covid-19 foi fonte de ceticismo, e alguns sugerem que a abertura súbita sobre seus problemas é cronometrada deliberadamente para coincidir com uma visita à região por Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, quem chegou à Coreia do Sul na quinta-feira (19).

“O fato que Kim Jon Un escolheu anunciar publicamente a crise de saúde é revelador”, disse Lina Yoon, pesquisadora sênior na Human Rights Watch. “Pode ter sido um elemento político, obviamente.”

Essa pode não ser a única forma de Kim garantir que Pyongyang esteja no topo da lista de assuntos da reunião do presidente americano com o novo líder do Sul, Yoon Suk Yeol.

A inteligência de Washington sugere que Kim está planejando ou um teste nuclear, ou o lançamento de um míssil balístico intercontinental para coincidir com a visita – uma avaliação compartilhada com a Coreia do Sul, que preparou planos para responder a possíveis “provocações” de Pyongyang. Isso seria compatível com o comportamento de Kim nos últimos meses. De acordo com Seul, no mesmo dia em que a Coreia do Norte anunciou o surto, disparou três mísseis balísticos de baixo alcance nas águas entre a Península da Coreia e o Japão.

O que permanece desconhecido é: os problemas de Kim com a Covid-19 o distrairão de fazer uma demonstração de poder, ou lhe tornarão mais agressivo?

“Estado de emergência mais grave”

Enquanto Pyongyang pode estar tentando chamar atenção, poucos sugeririam que está exagerando sobre o surto. De fato, a falta de relatórios oficiais até recentemente provocou ceticismo.

A taxa de mortes até quinta-feira registrava 62 vítimas, mas especialistas dizem que o verdadeiro número pode ser muito mais alto e pode decolar.

A mídia estatal noticiou que amostras de alguns pacientes mostraram que estão contaminados pela variante Ômicron, de alta transmissibilidade, que pode se tornar desastrosa em uma população que não está majoritariamente vacinada, e, tomando os cálculos oficiais como verdadeiros, também não tem imunidade prévia às infecções.

É sabido que a Coreia do Norte não importou vacinas contra a Covid-19 – apesar de ser elegível para o programa global de compartilhamento de vacinas, o Covax. No último ano, ela rejeitou publicamente uma oferta de quase três milhões de doses das vacinas da Sinovac, da China, contra a Covid-19.

Na segunda-feira (16), três aviões de carga norte-coreanos voaram até a China e voltaram, segundo oficiais do governo sul-coreano. Não se sabe o que os aviões carregavam, mas a rara viagem veio após a China afirmar que ajudaria a Coreia do Norte com o surto.

“Não há evidências para mostrar que a Coreia do Norte tem acesso a vacinas suficientes para proteger sua população da Covid-19”, disse o pesquisador do braço da Ásia Oriental da Anistia Internacional Boram Jang.

“Com as primeiras notícias oficiais de um surto de Covid-19 no país, continuar neste caminho pode custar muitas vidas e uma negligência inconcebível da defesa do direito à saúde.”

Em resposta, Kim parece anormalmente disposto a admitir os problemas os quais seu país atravessa, declarando o “mais grave estado de emergência” e ordenando que todas as províncias e cidades entrem em lockdown.

Parece improvável que isso virará a raiva da população contra ele, segundo muitos especialistas, dada a habilidade de Kim de manipular o maquinário extenso de propaganda do estado – desde que possa impedir que a crise afete diretamente as elites do país.

“Se as elites sênior começarem a morrer em massa – há uma grande quantidade delas, e não sabemos se estão vacinadas –, pode haver questões sobre o porquê de a Coreia do Norte não ter realizado a vacinação mais cedo”, avaliou Chad O’Carroll, diretor do veículo de notícias NK News, com base em Seul.

Desde que o surto foi anunciado, juntamente com vídeos dizendo às pessoas o que fazer caso exibam sintomas de Covid, a televisão regida pelo estado dedicou muito tempo a clipes mostrando Kim inspecionando os centros de comando epidêmico e farmácias – talvez planejados para mostrar que ele está no controle da situação.

Teste do sistema de saúde e da liderança de Kim

Ainda sim, Yoon, na Human Rights Watch, disse que o fato que Pyongyang está reconhecendo publicamente a crise sugere que tem “sérias preocupações” sobre o surto e o potencial de espalhamento.

“[Coreia do Norte] tem uma população não vacinada e cronicamente desnutrida, e não tem remédios para tratar os sintomas mais básicos da Covid-19″, disse Yoon. “A Coreia do Norte é muito mais frágil do que qualquer outro país que conhecemos.”

Yoon disse que a Coreia do Norte está pedindo urgentemente por ajuda externa, principalmente com vacinas e medicamentos, e mesmo se aceitar ajuda – ofertas apareceram tanto do Sul, quanto da Organização Mundial da Saúde (OMS) –, o processo de vacinação será provavelmente lento devido à falta de infraestrutura de transporte e estoque de imunizantes no país.

“Será um teste para sua liderança, e exigirá com urgência criatividade na criação de histórias no aparato de propaganda norte-coreano”, dise O’Carroll da NK News.

Uma prioridade para a mídia estatal de Kim será explicar por que as barreiras nas fronteiras falharam em manter a Ômicron do lado de fora. O’Carroll apontou que não somente esses lockdowns falharam, como há um fator dirigente nos desabastecimentos severos de alimentos os quais enfrentam países, pois impediram a entrega de grãos e fertilizantes.

Uma opção para Kim seria fazer uma demonstração pública de humildade.

“Vimos Kim Jon Un chorar sobre os sacrifícios da nação [no passado] – acho que é o tipo de coisa que poderia fazer para diminuir a revolta”, afirmou O’Carroll.

“Cidadãos norte-coreanos passaram por muitas coisas”, ele disse. “A primeira coisa que ele pode fazer é pedir desculpas e assumir uma parcela da culpa.”

Enquanto isso, se Kim está pensando em realizar uma demonstração de força com a visita de Biden, ele pode imaginar que essa será uma de suas últimas ostentações de poder.

O’Carroll disse que o cálculo do momento do surto na Coreia do Norte sugere que uma grande parada militar no mês passado para marcar os 90 anos da fundação do exército se tornou um evento “supertransmissor.”

Multidões observando a parada foram mostradas em vídeos, celebrando sem máscaras.

“Sabemos que trouxeram cidadãos de toda a Coreia do Norte para ir à parada e celebrar o evento”, ele disse. “É a placa de Petri perfeita para espalhar o vírus, então acredito que a parada entrará na história do país como uma péssima ideia.”

fonte CNN

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Virada Cultural em São Paulo terá Ludmilla, Pitty e Luísa Sonza; confira a lista

Evento é organizado pela prefeitura da cidade, e terá shows gratuitos divididos por oito regiões

Cantora Ludmilla fará show na Virada Cultural no dia 28, no palco da Freguesia do ÓReprodução/YouTube

A prefeitura de São Paulo divulgou na sexta-feira (20) a programação da Virada Cultural 2022, que ocorrerá nos dias 28 e 29 de maio e contará com shows gratuitos em oito regiões da cidade.

As apresentações ocorrerão no Butantã (Zona Oeste), Freguesia do Ó (Zona Norte), Parada Inglesa (Zona Norte), Campo Limpo (Zona Sul), M’Boi Mirim (Zona Sul), São Miguel Paulista (Zona Leste), Itaquera (Zona Leste) e Vale do Anhangabaú (Centro).

A abertura do evento ocorrerá às 17h do próximo sábado (28) no palco da Freguesia do Ó, com uma apresentação do maestro João Carlos Martins com a bateria da escola de samba Vai-Vai.

A programação conta com shows de Ludmilla, Luísa Sonza, Kevinho, Glória Groove, Karol Conká, Pitty, Vitão, Pocah, BK, Rael, Black Alien, Rincon Sapiência, Diogo Nogueira, Barões da Pisadinha, Djonga e outros artistas. Ao todo, serão 300 apresentações de música, artes cênicas e dança.

A Virada Cultural é considerada o maior evento da capital paulista. Neste ano, a expectativa é que 2 milhões de pessoas passem pelas apresentações. Segundo a prefeitura, o objetivo é “fortalecer a periferia e os equipamentos públicos” da cidade.  A edição de 2022 terá como tema “pertencimento”.

“É um ano especial, é o ano da volta. É um ano de agradecimento, depois de tantas perdas. O que temos falado é que a Cultura vai fazer com que as pessoas voltem a sorrir”, diz a Secretária de Cultura de São Paulo, Aline Torres.

A prefeitura também possui uma parceria institucional com o Serviço Social do Comércio (Sesc) de São Paulo, estendendo a programação do evento para 15 unidades da organização, com 90 atrações.

Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo, afirmou que a organização “desenvolve uma programação intensa nas unidades da capital para colaborar com essa atividade que promove uma retomada da cidade como palco e reintegra a cultura como uma das forças motrizes da economia e para o exercício pleno da cidadania”.

As unidades do Sesc terão shows de Zizi Possi, Sandra Sá, Lenine, Mahmundi, João Bosco e outros artistas. Haverá ainda uma programação especial para crianças. Os interessados precisam retirar antecipadamente os ingressos, que são gratuitos, no site do Sesc a partir das 12h do dia 28 ou nas bilheterias a partir das 16h no mesmo dia.

A programação completa da Virada Cultural já está disponível no site da prefeitura. Já a do Sesc pode ser consultada por meio do site da organização.

fonte CNN

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Mais de 40 vias já receberam manutenção de sinalização de solo pela Prefeitura de Araxá

A Secretaria Municipal de Segurança Pública está reforçando a pintura de faixas de pedestres e demais sinalizações de solo em diversos pontos da cidade. O trabalho começou pelas principais ruas e avenidas da região central e está sendo estendido para os bairros.

Foram montadas três frentes de trabalho e já foram executados 15 mil metros quadrados de sinalização horizontal, atendendo mais de 40 vias.

A manutenção da sinalização das vias foi feita com serviços de pintura de faixa de pedestres, eixo contínuo, marcas de canalização, legenda “PARE” e redutor de velocidade, entre outros. O serviço é feito pela empresa vencedora da licitação e pela equipe de sinalização da Secretaria Municipal de Segurança Pública.

De acordo com o secretário Daniel Rosa, o trabalho tem como objetivo dar mais visibilidade aos motoristas e mais segurança aos pedestres. “A sinalização tem um papel significativo na orientação dos motoristas, pedestres, ciclistas e demais usuários no uso das vias urbanas, sendo indispensável para o ordenamento do tráfego e redução de acidentes. A conservação e manutenção dela será um trabalho constante executado pela Administração Municipal”, ressalta.

Na região central foram sinalizadas as vias paralelas e perpendiculares às avenidas Senador Montandon, Imbiara, João Paulo II, Antônio Carlos, Getúlio Vargas, Dâmaso Drummond e Wilson Borges.

Também foram sinalizadas as avenidas Rosalvo dos Santos, no bairro Bom Jesus; Pedro de Paula Lemos, no bairro Domingos Zema; Francino Ferreira da Silva, no bairro Cincinato de Ávila; Cassiano de Paula Nascimento, no bairro Santo Antônio, além das ruas Terêncio Pereira e Totonho Pereira, também no bairro Santo Antônio.

Foram atendidas ainda as principais ruas em 13 bairros: Abolição, São Francisco, Ana Pinto, Tiradentes, Bom Jesus, Serra Morena, Vila Silvéria, Boa Vista, Aeroporto, Morada do Campo, Recanto do Bosque, Pão de Açúcar 1, Pão de Açúcar 3, Ana Antônia, Cincinato de Ávila, Orozino Teixeira, Novo Horizonte, Pedra Azul, São Domingos e Domingos Zema.


Assessoria de Comunicação

Lian-Gong

Terapia chinesa oferecida pela Prefeitura de Araxá contribui para melhor qualidade de vida

Às terças e quintas pela manhã, a quadra do Centro Esportivo Álvaro Maneira (antigo ATC) recebe a prática de um exercício de baixo impacto oferecido gratuitamente pela Secretaria Municipal de Esportes – o Lian Gong.

O Lian Gong é uma prática corporal fundamentada na Medicina Tradicional Chinesa, desenvolvida por um ortopedista chinês na década de 1970 para prevenir e tratar dores musculares e articulares no corpo.

O médico reumatologista, acupunturista e instrutor Carlos Eugênio Parolini diz que o projeto foi iniciado em Araxá há 16 anos e as práticas aconteciam na Fundação Cultural Calmon Barreto. Porém, foi suspenso durante a pandemia e retornou agora no Centro Esportivo Álvaro Maneira.

“A ginástica trabalha a consciência corporal de forma que os benefícios são sentidos na execução de movimentos do dia a dia, como agachar, pular ou correr. Assim, o Lian Gong ajuda a evitar acidentes em casa, como tropeços e quedas, além de contribuir com a flexibilidade, força e equilíbrio”, explica.

Outros benefícios citados pelo instrutor são a melhora do funcionamento dos órgãos internos, o estímulo da percepção dos sentidos, o trabalho das emoções e busca do prolongamento da vida com qualidade.

A ginástica chinesa pode ser feita por qualquer pessoa a partir dos 6 anos de idade, não tem restrições e a única recomendação é que o praticante não tenha dificuldade de permanecer em pé.

“Retomamos o projeto agora e a ideia é ampliar para outros espaços da cidade, conforme a procura”, adianta Parolini. Para participar, basta comparecer às aulas – terças e quintas, das 7h às 8h, no Centro Esportivo Álvaro Maneira (antigo ATC).


Assessoria de Comunicação