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Empossados novos representantes do Conselho Municipal de Saúde da cidade para Gestão 2022/2026

Novos integrantes do Conselho Municipal de Saúde tomaram posse em solenidade realizada no Teatro Municipal Maximiliano Rocha, na manhã desta quinta-feira (7). Os novos conselheiros irão atuar no quadriênio 2022/2026.

Também participaram da posse o prefeito Robson Magela, a nova secretária municipal de Saúde, Cristiane Gonçalves Pereira, o vereador Zidane, representando o Poder Legislativo, e a promotora de Justiça curadora da Infância e Juventude, Mara Lúcia Silva Dourado.

O Conselho Municipal de Saúde atua na formulação e proposição de estratégias e no controle da execução da Política de Saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, sendo composto por 16 titulares e 32 suplentes.

As vagas são ocupadas por representantes de entidades e de movimentos populares de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), de entidades de trabalhadores de saúde e de entidades de prestadores de serviços de saúde.

Uma data memorável para os novos conselheiros, já que o dia Dia Mundial da Saúde é celebrado anualmente em 7 de abril. Em 2022, o tema é “Nosso Planeta, Nossa Saúde”. O principal objetivo desta data é conscientizar as pessoas sobre a importância da preservação da saúde para melhorar a qualidade de vida.

O prefeito Robson Magela destacou a importância do Conselho Municipal de Araxá de Saúde para a cidade. “Um governo aberto tem a possibilidade de acertar muito mais nas decisões a serem tomadas. Parabenizo os novos integrantes e desejo que, em parceria com a Prefeitura de Araxá, possam colher ótimos frutos!”, ressalta o prefeito.

A nova presidente do conselho, Juliana Gonçalves Machado Silva, comenta que o trabalho dos novos conselheiros vai dar continuidade ao já feito. “Sempre priorizando a transparência e ética, fiscalizando e trazendo mais benefícios à saúde para a população de Araxá”, conclui.


Assessoria de Comunicação

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A Fenadoces está chegando! Vem aí a maior feira de doces de Araxá e região

Sucesso em 2019, a Fenadoces está de volta com o dobro de stands, muitas novidades e opções que vão deixar qualquer um com muita água na boca, dos dias 13 a 17 de abril

A cidade de Araxá já é muito procurada pelos seus deliciosos doces e para divulgar e dar oportunidade aos empreendedores desta área foi que nasceu a Fenadoces. A primeira edição já foi um sucesso, mais de sete mil pessoas puderam se deliciar com as guloseimas oferecidas.

Este ano o evento volta com uma estrutura diferente e muito maior, no pátio da Fundação Cultural Calmon Barreto. Se em 2019 foram 26 expositores, esse ano o número quase dobrou, serão 46 expositores. Segundo a organizadora do evento, a empresária Fabiana Alves proprietária da loja Donuts da Fabi, o primeiro evento trouxe muitos doces finos e a ideia para este ano era resgatar outros tipos, “os doces finos e gourmets dominaram as praças, mas este ano queríamos resgatar os caseiros e mostrar os pequenos produtores de gourmets. É a oportunidade de eles estarem expondo o seu trabalho”, ressaltou.

Outra novidade é a área kids temática, que vai trazer a turma do Arachazinho, personagem infantil que representa a história Araxaense. O espaço vai contar com monitores, recreação, oficinas e brinquedos. No palco principal as crianças vão conferir o curta metragem do Arachazinho e sua turma com exibições todos os dias e também atrações com o grupo Bambule e o Teatro Boneco Frederico. Além disso, escolas de dança da cidade vão se apresentar de quarta a sábado.   

E você acha que só de doce vive a Fenadoce? Dessa vez a organização preparou uma área gastronômica com 15 expositores e cada cardápio mais divino que o outro! E para acompanhar esses momentos de lazer, o fim da tarde no evento sempre vai vir acompanhado de atrações musicais.

Chegada do Coelho da Páscoa

No domingo de páscoa a chegada especial do coelho é o ponto alto e mais aguardado pelas crianças! O cortejo será feito com a banda de fanfarra, os personagens do palhaço Chupeta e o casal de coelhos que vão dar início às festividades do domingo mais do que especial, a partir das 10h. O evento é uma reunião para toda a família, do dia 13 a 17 de abril, no pátio da Fundação Cultural Calmon Barreto.

A realização é do Donuts da Fabi e conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Araxá, Instituto Andaiá Arachás, CBMM, Satis, Click Araxá e outros patrocinadores.

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Prefeitura de Araxá reativa Comitê de Enfrentamento à Dengue

Promover ações efetivas que envolvam toda a comunidade para conscientização, combate e prevenção à dengue. Com esse intuito, a Prefeitura de Araxá, através da Vigilância em Saúde, reativou o Comitê de Enfrentamento à Dengue na cidade.

As reuniões estavam suspensas há cerca de dois anos, desde o início da pandemia do coronavírus, e a necessidade de reativar o comitê veio diante do atual cenário da doença no município. Segundo dados da Vigilância em Saúde, somente este ano o município registrou 134 casos da doença até o momento.

A coordenadora da Vigilância em Saúde, Leninha Severo, diz que no ano passado, durante o pico da pandemia, as pessoas ficavam mais em casa e por isso estavam mais atentas aos focos que eventualmente poderiam surgir em seus terrenos.

“Este ano o número de casos já é maior que todo o registro de 2021, que foi de 26 casos. O retorno das reuniões do comitê é para planejar ações que mobilizem toda a população e autoridades para evitar o aumento de casos e hospitalizações”, avalia.

O Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) realizado em janeiro apontou a taxa de 1,8% de infestação do mosquito transmissor da dengue, febre amarela, zika e chikungunya. Isso significa que a cada 100 imóveis, quase dois apresentaram algum foco do mosquito.

O principal foco do mosquito continua sendo pratos de plantas, tambores (e outros reservatórios d’água) e recipientes plásticos. Os bairros Santo Antônio, Novo Santo Antônio, Solaris, Jardim Europa 4 e Boa Vista 2 apresentaram o maior número de focos do mosquito da dengue.

Entre as ações pré-definidas estão a mobilização da população através de mutirões de limpeza, a realização de ações com educadores em saúde voltada para as escolas e empresas, além de campanhas educativas divulgadas através dos canais de comunicação da Prefeitura de Araxá.

Também, o carro de pulverização de inseticida de Ultra Baixo Volume (UBV) pesado, conhecido como carro fumacê, continuará atuando na cidade durante todo o mês de abril.

No primeiro encontro, além da Secretaria Municipal de Saúde, participaram também representantes do Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável de Araxá (IPDSA); de hospitais, comércio, instituições de ensino superior, além de autoridades do Corpo de Bombeiros Militar, Tiro de Guerra, Polícia Militar e Polícia de Meio Ambiente.


Assessoria de Comunicação

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Prefeitura de Araxá promove no Calçadão mobilização contra a dengue

A Vigilância Ambiental e o Setor de Zoonoses da Prefeitura de Araxá estão promovendo ações de conscientização contra a dengue. Os profissionais dos dois setores estão durante a manhã e tarde desta quinta-feira (7), no Calçadão da rua Presidente Olegário Maciel, para instruir a população sobre os cuidados contra o mosquito Aedes aegypti. Os trabalhos começaram nesta quarta-feira (6).

Entrega de panfletos, orientações sobre o combate à doença, disponibilização de um microscópio para que as pessoas possam conhecer as larvas do mosquito, além de outras atividades, fazem parte da mobilização. O intuito é atingir um grande número de araxaenses e bloquear a proliferação do inseto. De acordo com o último boletim divulgado pelo Governo do Estado no dia 5 de abril, Araxá está com 134 casos registrados.

Segundo a coordenadora da Vigilância em Saúde, Leninha Severo, a maior preocupação dos profissionais da área na cidade é conseguir evitar a propagação da dengue. E o combate só ocorre através de atitudes individuais bem simples, que se tornam uma parede contra a doença. Não deixar água parada, lixos acumulados, calhas sujas e garrafas viradas com a boca para cima, contribuem de forma significativa para o fim do Aedes aegypti.

‘’Além disso, por meio do carro UBV, os pontos de maior incidência estão recebendo o fumacê das 5h às 9h na cidade e também há resgates nas residências fechadas, aos sábados. Realmente precisamos unir forças. A gente conta com a colaboração de toda a população de Araxá”, destaca Leninha.

Dengue

É uma doença infecciosa causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Não tem tratamento específico, causa sintomas como febre alta, dores no corpo, manchas vermelhas e pode até matar. Pessoas infectadas com o vírus pela segunda vez têm um risco significativamente maior de desenvolver doença grave, que exige cuidados hospitalares.


Assessoria de Comunicação

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Prefeitura de Araxá repassa R$ 200 mil para instituições de acolhimento de idosos e de pessoas em situação de rua

Como forma de contribuir com o custeio e manutenção de serviços assistenciais prestados à comunidade, a Prefeitura de Araxá realizou a assinatura de termos de fomento que totalizam R$ 200.000,00, nesta quarta-feira (6). Os recursos serão destinados em parcela única para instituições de acolhimento de idosos e de pessoas em situação de rua, em parcela única.

A Associação Lar Ebenézer será contemplada com dois termos de fomento que totalizam R$ 70.000,00, indicados pelos vereadores Alexandre dos Irmãos Paula e Pastor Moacir. A Sociedade de São Vicente de Paulo receberá o valor de R$ 30.000,00, com indicação feita pelo vereador Pastor Moacir. Já a Casa de Acolhimento São Francisco de Assis será contemplada com um termo de fomento no valor de R$ 100.000,00, recurso este indicado pelo vereador Valtinho da Farmácia junto ao Governo do Estado.

O prefeito Robson Magela destaca a importância do apoio ao Terceiro Setor e dos projetos desenvolvidos pelas entidades assistenciais do município. “Estamos muito felizes em poder fazer esses repasses. Araxá tem muitas instituições sérias, que prezam pela qualidade e excelência do serviço prestado. Nós, enquanto Administração Municipal, iremos sempre apoiá-las, especialmente por serem tão comprometidas com a população”, ressalta.

A diretora administrativa da Associação Lar Ebenézer, Marizete Aparecida, explica que a verba destinada é de extrema importância para a instituição. “Hoje atendemos 73 residentes e esse recurso é imprescindível para a manutenção dos serviços prestados. Por meio dele, teremos mais tranquilidade em relação ao que podemos proporcionar aos nossos residentes”, reforça.

De acordo com o presidente da Casa de Acolhimento São Francisco de Assis, Paulo César Machado, o recurso será utilizado para contratação de colaboradores e manutenção dos serviços assistenciais. “Estamos muito felizes, pois com esse repasse será possível contratar uma equipe técnica completa, com cuidadores e psicólogos, para melhor atender nossos internos nas atividades diárias”, destaca.

Transparência de Repasses

– Lar Ebenézer – R$ 70.000,00;

– Sociedade de São Vicente de Paulo – R$ 30.000,00;

– Casa de Acolhimento São Francisco – R$100.000,00.

Assessoria de Comunicação

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Prefeitura de Araxá repassa mais de R$ 3,7 milhões para entidades educacionais

A Prefeitura de Araxá assinou o repasse de seis termos de convênio para entidades do setor educacional nesta terça-feira (5). Os investimentos somam R$ 3.703.134,31 decorrentes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). A verba será utilizada para manutenção e custeio dos serviços assistenciais e pagamento de salários dos colaboradores.

O valor que cada instituição recebe é baseado na quantidade de alunos no cadastramento escolar do ano anterior e será repassado em nove parcelas, de acordo com a prestação de contas do trabalho desenvolvido.

As entidades contempladas foram a Associação Educação de Araxá, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), Creche Casa de Nazaré, Centro Presbiteriano Estudantil de Assistência à Criança (Cepac), Centro Infantil Gabriela Mistral e Escola Infantil Mundo da Criança.

A presidente da Escola Mundo da Criança, Luciana Silva Nogueira, destaca a parceria que o Município tem firmado com as instituições de ensino. “Nós nunca fomos tão bem atendidos igual estamos sendo nesta gestão. É com esse convênio que podemos manter as portas abertas, pois só conseguimos atender as crianças da cidade por conta dessa parceria. O recurso será aplicado na manutenção da escola em geral, na educação das crianças, pagamentos de funcionários e despesas em geral. Todo gasto que a gente tem na escola é realizado por meio desse convênio e só temos que agradecer o empenho e atenção da Prefeitura de Araxá”, destaca.

A diretora da Escola Gabriela Mistral, Solange Mattar, ressalta que sem a parceria com o Município as instituições que prestam serviço para educação infantil não sobreviriam. “Todos sabem que o ensino infantil tem demanda e uma defasagem muito grande. E nós temos um apoio da Secretaria de Educação em todos os segmentos da escola, desde o Setor Administrativo até o Setor Pedagógico. Hoje, temos uma parceria maior e também uma exigência, evidentemente, maior. Temos uma burocracia para estar cumprindo com os protocolos que são muitos, mas estamos nos sentindo mais amparados”, ressalta.

Transparência de Repasses– Associação Educação de Araxá – R$ 481.822,20;

– Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) – R$ 464.115,25;

– Creche Casa de Nazaré – R$ 719.471,34;

– Centro Presbiteriano Estudantil de Assistência à Criança (Cepac) – R$ 510.246,96;

– Centro Infantil Gabriela Mistral – R$ 711.083,52;

– Escola Infantil Mundo da Criança – R$ 816.395,04.


Assessoria de Comunicação

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Como irmãos provaram inocência após 25 anos presos por assassinato que não cometeram

George e Melvin DeJesus haviam sido condenados à prisão perpétua em 1997 pelo assassinato de uma mulher nos EUA.

George e Melvin DeJesus, ao lado dos pais. Eles foram condenados injustamente à prisão perpétua em 1997 — Foto: WMU-Cooley Law School Innocence Project/BBC

Dois irmãos que haviam sido condenados à prisão perpétua em 1997 pelo assassinato de uma mulher nos Estados Unidos foram libertados após 25 anos tentando provar sua inocência.

“Estou grato porque a verdade finalmente veio à tona. E espero que nossa família, assim como a família de Margaret (a vítima), possa finalmente curar essa ferida e colocar isso no passado”, disse George DeJesus, de 44 anos, em um reencontro emocionado com sua família.

“Eu sei que a justiça para mim e meu irmão também significa reabrir antigas feridas para a família da vítima. Estarei rezando por eles”, afirmou George, ao lado do irmão, Melvin, de 48 anos, que também foi libertado nesta semana.

Os dois provaram a inocência graças ao trabalho conjunto de duas equipes de estudantes de Direito que, sob a supervisão de professores e em colaboração com a procuradoria-geral do Estado de Michigan, conseguiram reabrir e reinvestigar o caso.

'Estou grato porque a verdade finalmente veio à tona', disse George DeJesus em reencontro emocionado com a família — Foto: WMU-Cooley Law School Innocence Project/BBC

‘Estou grato porque a verdade finalmente veio à tona’, disse George DeJesus em reencontro emocionado com a família — Foto: WMU-Cooley Law School Innocence Project/BBC

O drama dos irmãos começou em 11 de julho de 1995, quando o corpo de Margaret Midkiff foi encontrado no porão da casa onde ela morava, em Pontiac, cidade de cerca de 60 mil habitantes no condado de Oakland, em Michigan.

A vítima estava nua, com uma fronha de travesseiro cobrindo sua cabeça e fios amarrando seu pescoço, pulsos e tornozelos.https://dc93ba46c21e2ec942f3ffe07342ebfe.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Exames de DNA ligaram Brandon Gohagen à cena do crime. Mas, depois de um depoimento inicial em que não havia incriminado ninguém, Gohagen mudou sua versão dos fatos e disse que havia agredido a vítima sexualmente porque Melvin DeJesus estava apontando uma arma para sua cabeça e o obrigando a atacá-la.

Gohagen disse ainda que, após o ataque sexual, os irmãos DeJesus haviam amarrado e espancado a vítima até a morte.

Os irmãos DeJesus ao lado de alguns dos estudantes e advogados que trabalharam para reinvestigar seu caso e provar sua inocência — Foto: WMU-Cooley Law School Innocence Project/BBC

Os irmãos DeJesus ao lado de alguns dos estudantes e advogados que trabalharam para reinvestigar seu caso e provar sua inocência — Foto: WMU-Cooley Law School Innocence Project/BBC

Álibi

Os irmãos sempre negaram qualquer envolvimento. Eles afirmavam que estavam em uma festa na data e horário do crime, álibi corroborado por testemunhas e apresentado no julgamento.

Também não havia nenhuma evidência física ligando os irmãos à agressão sexual ou ao assassinato, e testes de DNA nunca identificaram o DNA de nenhum dos dois na cena do crime.

Apesar disso, em 30 de dezembro de 1997 os irmãos foram condenados e sentenciados à prisão perpétua. Gohagen foi testemunha da acusação.

Em troca de seu testemunho, Gohagen entrou em um acordo para se declarar culpado de assassinato em segundo grau. Conforme a lei estadual em Michigan, essa categoria envolve um homicídio que não foi premeditado e foi cometido em conexão com outros crimes, como roubo, invasão domiciliar, abuso e sequestro, entre outros.

Gohagen também se declarou culpado de conduta sexual criminosa em primeiro grau. Ambos os crimes envolvem penas mais brandas do que a recebida pelos irmãos DeJesus.

Nas décadas em que ficaram presos, os irmãos sempre continuaram afirmando que eram inocentes. Mas eles só ganharam uma nova chance quando seu caso chamou a atenção de organizações que revisam condenações consideradas injustas.

George foi representado por Jessica McLemore e a equipe do Cooley Innocence Project da Western Michigan University. Melvin foi representado por David Moran e a equipe da Michigan Innocence Clinic, ligada à Universidade de Michigan.

Os irmãos DeJesus ao lado de alguns dos estudantes e advogados que trabalharam para reinvestigar seu caso e provar sua inocência — Foto: WMU-Cooley Law School Innocence Project/BBC

Os irmãos DeJesus ao lado de alguns dos estudantes e advogados que trabalharam para reinvestigar seu caso e provar sua inocência — Foto: WMU-Cooley Law School Innocence Project/BBC

Ambas as organizações envolvem professores e estudantes de Direito que se dedicam a avaliar casos de presos que alegam inocência e dizem ter sido condenados por crimes que não cometeram.

Existe uma rede de organizações do tipo no país que, juntas, já garantiram a liberdade de 375 inocentes condenados injustamente, alguns deles após décadas na prisão.

Novas descobertas

No caso dos irmãos DeJesus, as duas organizações atuaram em colaboração com o gabinete da procuradora-geral de Michigan, Dana Nessel, e de sua Unidade de Integridade de Condenações, que revisa alegações de inocência por parte de condenados naquele Estado.

Depois da análise inicial das equipes das universidades, essa unidade da procuradoria-geral aceitou reinvestigar o crime. Várias testemunhas foram entrevistadas, e os novos investigadores revisaram documentos de décadas atrás.

Eles descobriram declarações de testemunhas feitas apenas semanas depois do crime e confirmando o álibi dos irmãos DeJesus. Também encontraram o que a equipe do Cooley Innocence Project descreve como “fatos preocupantes sobre Gohagen”.

Em 2017, graças a um teste de DNA de um caso antigo, Gohagen foi condenado à prisão perpétua pelo estupro e assassinato de outra mulher, em 1994, também no condado de Oakland. Esse crime, no qual ele agiu sozinho, tinha muitas semelhanças com o assassinato pelo qual os irmãos DeJesus haviam sido condenados.

Além disso, os novos investigadores descobriram outras 12 mulheres que disseram ter sido abusadas sexualmente, fisicamente e emocionalmente por Gohagen.

Uma das testemunhas entrevistadas disse ainda que Gohagen confessou que havia acusado os irmãos DeJesus em troca de um acordo (que permitiria que cumprisse uma pena mais branda).

“Um dos problemas nesse caso é que o verdadeiro culpado foi uma das principais testemunhas contra George de Melvin”, disse à BBC News Brasil uma das professoras da equipe do Cooley Innocence Project, Marla Mitchell-Cichon.

Segundo Mitchell-Cichon, uma das maneiras de evitar injustiças do tipo seria aprovar leis que limitem esse tipo de depoimento e que informem a defesa sobre acordos e promessas feitas pela acusação a esse tipo de testemunha, além de informações sobre outros possíveis crimes em que estejam envolvidas.

Libertação

Diante das novas evidências, a juíza Martha D. Anderson, do condado de Oakland, determinou que as condenações dos irmãos fossem revertidas e todas as acusações contra eles fossem descartadas.

“Quero pedir desculpas pelas ações tomadas contra vocês 25 anos atrás. Vinte e cinco anos de suas vidas foram roubados, e isso jamais poderá ser substituído”, disse Anderson.

“Espero que vocês possam encontrar algum consolo no fato de que poderão se reunir novamente com suas famílias e começar uma vida normal fora da prisão”, afirmou a juíza.

A diretora do Cooley Innocence Project, Tracey Brame, disse que a libertação dos irmãos, na terça-feira (22), foi um momento muito feliz, depois de uma luta de tantos anos.

“Agradecemos à procuradora-geral Dana Nessel e à equipe da Unidade de Integridade de Condenações por sua disposição em ouvir os irmãos e reinvestigar o caso. Hoje, George e seu irmão, Melvin, finalmente receberam justiça”, afirmou Brame.

Dave Moran, codiretor da Michigan Innocence Clinic, disse que sua equipe vai agora ajudar os irmãos a se reajustarem à nova vida em liberdade.

“Estamos muito felizes em saber que nosso cliente, Melvin DeJesus, e seu irmão, George, serão completamente inocentados desse assassinato, 26 anos depois de terem sido incriminados pelo verdadeiro culpado desse crime hediondo”, afirmou Moran.

Segundo Mitchell-Cichon, a condenação injusta não apenas prejudicou os irmãos, sua família e a família da vítima. “Nós, a sociedade, também não recebemos justiça, e muitas outras mulheres foram prejudicadas por causa desses erros”, salientou.

“Minha esperança é a de que esse caso sirva de exemplo sobre o que está errado com o nosso sistema de Justiça”, afirmou Mitchell-Cichon.

fonte G1

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Empresa contrata e recruta pessoas em SP após 44 ganharem na Mega-Sena e não aparecerem para trabalhar

Grande parte dos colaboradores que ganharam o prêmio de R$ 122 milhões já manifestou o desejo de não retornar ao trabalho.

Por g1 Santos

05/04/2022 14h45  Atualizado há 56 segundos


Um anúncio feito pela empresa de logística portuária Marimex, por meio das redes sociais, gerou brincadeiras entre os internautas — Foto: g1 Santos

Um anúncio feito pela empresa de logística portuária Marimex, por meio das redes sociais, gerou brincadeiras entre os internautas — Foto: g1 Santos

Um anúncio feito pela empresa de logística portuária Marimex, por meio das redes sociais, gerou brincadeiras entre os internautas. No post, o grupo anuncia e comemora a chegada de 14 novos profissionais horas depois de 44 colaboradores terem ganhado um bolão da Mega-Sena que pagou mais de R$ 122 milhões no total.

Na publicação, a empresa explica que os profissionais foram contratados para as áreas de desembaraço aduaneiro, governança e relacionamento, pricing, SSMA, STM, transporte, vendas e manutenção.

“O #TimeMarimex continua crescendo em diversas áreas. Nosso time de colaboradores está ansioso”, diz o post.

Em seguida, a empresa ainda faz um convite para futuros candidatos.

“E você? Quer fazer parte do #TimeMarimex? Acompanhe nossas redes sociais e fique por dentro de todas as novidades”.

O anúncio acabou viralizando com a expectativa de dezenas de vagas serem abertas, já que os ganhadores do bolão não apareceram para trabalhar após o sorteio.

Não demorou muito para a história acabar repercutindo nas redes sociais.

“A gente tem certeza que o boato é verdade quando vê a empresa procurando gente para trabalhar. Parabéns aos sortudos da cidade”, disse a internauta Carol Escobar.

“Também, geral pediu demissão. Tudo milionário”, completou outro internauta. As contratações, porém, já faziam parte do plano de expansão da Marimex.

Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio

Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio

Na última segunda-feira (4), os 44 profissionais que foram contemplados, cada um, com R$ 2,7 milhões, ‘sumiram’ do expediente. Segundo apurado pelo g1, entre os vencedores há pessoas da faxina, técnicos de diversos setores e até mesmo executivos que participaram do bolão. Muitos, inclusive, já manifestaram a intenção de se desligarem.

O clima, porém, não é dos melhores. Segundo funcionários que preferem não se identificar, para proteger a identidade dos colegas, algumas pessoas que não participaram do bolão se revoltaram e vazaram informações particulares dos ganhadores, como páginas nas redes sociais e até mesmo o telefone celular dos ‘sortudos’.

Recebimento de prêmio

Em nota enviada ao g1 nesta terça-feira (5), a Caixa Econômica Federal informou que 23 das 44 cotas do bolão de Santos já iniciaram o processo para recebimento do prêmio na segunda-feira. Cada cota receberá R$ 2.786.981,17.

A lotérica Santo & Santo, onde foi feita a aposta que gerou a premiação, já havia sido “pé quente” em 2015, ao registrar o bilhete vencedor da Mega-Sena e distribuir mais de R$ 98 milhões.

Segundo a Caixa, a última vez que uma aposta única levou um prêmio maior do que R$ 100 milhões foi em outubro de 2020, quando a aposta vencedora ganhou R$ 103.029.826,38, na cidade de Abreu e Lima (PE).

O g1 questionou a empresa portuária se algum dos funcionários que participaram do bolão já pediu demissão após o prêmio, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Lotérica Santo & Santo, em Santos, no litoral de São Paulo  — Foto: Marcela Pierotti/G1

Lotérica Santo & Santo, em Santos, no litoral de São Paulo — Foto: Marcela Pierotti/G1

Aposta vencedora

Segundo informações da Caixa, a aposta foi feita por volta das 12h de sábado (2), dia do sorteio. Cada um dos 44 vencedores gastou R$ 17,18 para participar de dois jogos com nove números no total.

Os números sorteados foram: 22 – 35 – 41 – 42 – 53 – 57. Os vencedores ainda apostaram no 06, no 13 e no 46, que acabaram não sendo necessários para que a aposta fosse vencedora. Com isso, multiplicaram o valor apostado em mais de 162 mil vezes.

Na manhã da segunda (4), a lotérica estava aberta. Nos guichês, novos apostadores relataram que estavam ansiosos para serem as próximas “vítimas” dessa onda de sorte do estabelecimento, que em 2015 já havia sido “pé quente” ao registrar um bilhete vencedor da Mega-Sena de R$ 98 milhões.

R$ 15 mil por mês

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, em março, aumentar a Selic mais uma vez. Dessa forma, a taxa básica de juros passou de 10,75% para 11,75% ao ano. A Selic mais alta, porém, não traz mudanças para a rentabilidade da poupança. Com a taxa acima de 8,5%, o rendimento da poupança passa a ser de 0,5% ao mês, mais a Taxa Referencial (TR). No primeiro trimestre deste ano, a poupança rendeu 1,66%, ou seja, cerca de 0,553% ao mês.

As mudanças na economia indicam novas oportunidades de investimento, principalmente para quem ganhou uma bolada, como os sortudos que faturaram o prêmio da Mega-Sena, em Santos. Se cada ganhador desse concurso deixar o valor do prêmio na poupança, o dinheiro renderia cerca de R$ 15.400 ao mês.

Apostas da Mega-Sena feitas por funcionários de empresa em Santos, SP — Foto: Arquivo Pessoal

Apostas da Mega-Sena feitas por funcionários de empresa em Santos, SP — Foto: Arquivo Pessoal

Outro prêmio no litoral de SP

No dia 19 de março, outro morador do litoral de São Paulo levou uma bolada de R$ 94 milhões da Mega-Sena. O prêmio foi suficiente para mudar a rotina da pequena cidade de Mongaguá, tanto que moradores se uniram para tentar desvendar o ‘mistério’ de quem seria o mais novo milionário do município.

Poucos dias após o sorteio, o ganhador foi até a Caixa Econômica Federal para resgatar o prêmio. Segundo divulgado pela Caixa, o ‘sortudo’ fez uma aposta única, no valor mínimo, e não participava de nenhum tipo de bolão. Por isso, ele levou todo o prêmio para casa sozinho.

fonte G1

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Sem vacina acessível, casos de dengue sobem 35%; veja imunizantes e o que esperar da pesquisa do Butantan

Instituto desenvolve vacina contra a arbovirose há mais de 10 anos. Atualmente, apenas uma vacina está aprovada para uso no Brasil, porém com restrições de uso. Outro imunizante aguarda aprovação da Anvisa.


Equipe de fiscalização da dengue em Porto Alegre. — Foto: Cristine Rochol/PMPA

Equipe de fiscalização da dengue em Porto Alegre. — Foto: Cristine Rochol/PMPA

A dengue é uma doença infeciosa que acomete milhares de brasileiros e ainda preocupa autoridades de saúde pública. Nos primeiros dois meses deste ano, os casos de dengue tiveram aumento de 35,4% em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde. Foram 30 óbitos e 128.379 casos.

Mesmo com pesquisas há décadas, ainda não temos uma vacina eficiente como vimos para a Covid-19. Somente um imunizante está disponível no Brasil, mas apenas no mercado privado e com restrições de uso

Outra vacina aguarda a aprovação da Anvisa desde o ano passado e, além disso, o Instituto Butantan está desenvolvendo – com parceria internacional – um imunizante do tipo, há mais de 10 anos.

Entenda, abaixo, quais são as vacinas já conhecidas, os estudos e quais as perspectivas para o SUS:

1.Dengvaxia, da Sanofi Pasteur

Atualmente, a única vacina contra a dengue disponível no Brasil é a Dengvaxia (a primeira que teve registro no mundo), fabricada pelo laboratório francês Sanofi Pasteur. O imunizante é vendido na rede privada na maior parte do Brasil e não está disponível no Programa Nacional de Imunizações, o PNI.

Segundo a fabricante, a vacina promove imunidade de longa duração para os quatro sorotipos da dengue, prevenindo aproximadamente 8 em cada 10 casos de dengue grave e com risco de hospitalização.

Os sorotipos são as diferentes linhagens de um patógeno, os organismos que causam doenças. No caso da dengue eles são chamados de arbovírus, ou seja, são normalmente transmitidos por mosquitos (o Aedes aegypti).

Quem pode tomar?

A Dengvaxia não é recomendada para quem nunca entrou em contato com o vírus da dengue. — Foto: Yuri Cortez/AFP

A Dengvaxia não é recomendada para quem nunca entrou em contato com o vírus da dengue. — Foto: Yuri Cortez/AFP

A Dengvaxia não é recomendada para quem nunca entrou em contato com o vírus da dengue. Essa é uma recomendação reforçada pela Anvisa e pela Organização Mundial de Saúde.

Isso ocorre porque estudos da própria fabricante indicaram que esses indivíduos soronegativos que tomaram a vacina apresentaram, em longo prazo, mais casos da forma grave da dengue, após uma infecção pela doença.

Assim, a vacina é indicada para indivíduos de 9 a 45 anos com infecção prévia por dengue e seu esquema de administração consiste em três doses, que devem ser intercaladas num intervalo de 6 meses.

Renato Kfouri, médico pediatra e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), explica que essa é uma vacina que mostrou um risco aumentado de complicações para as pessoas que não tiveram a doença antes de serem vacinadas.

A bula da Dengvaxia determina que seja realizado um teste laboratorial ou soroteste para descobrir se o futuro vacinado teve uma infecção prévia pela doença.

Para a professora Hillegonda Maria Novaes, que participou do grupo de trabalho da vacina da dengue que fez os estudos com as recomendações para a OMS, essa vacina desde o início foi considerada problemática.

“Condicionar uma vacina à realização de um teste anterior é muito complicado e muito caro, nenhuma vacina aprovada é assim. Um estudo de caso-controle realizado no Paraná chegou à conclusão que ela mostrou efetividade na prevenção da infecção e na evolução para casos graves para apenas um dos 4 sorotipos”, diz.

Atualmente, a farmacêutica, juntamente com a CTK Biotech, desenvolveu ainda um novo teste de diagnóstico rápido (TDR) para detectar infecções anteriores por dengue que já foi inclusive aprovado pela Anvisa.

Porém, como ressalta Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, esse novo teste é uma ferramenta que facilita a aplicação somente daqueles que desejam se vacinar com a vacina, e não campanhas de vacinação em massa.

“Para campanhas de vacinação populacional fica muito complicado. Eu acho muito difícil que essa vacina possa participar do PNI, por exemplo. Mas, individualmente, na clínica privada, ajuda sim”, pontua Chebabo.

Como a vacina está disponível?

No Brasil, o único estado que chegou a disponibilizar o imunizante da Sanofi foi o Paraná. A campanha de vacinação contra a dengue foi ofertada para a população em 30 cidades do estado, no período de agosto de 2016 a setembro de 2017.

 Campanha de vacinação contra a dengue em colégio de Foz do Iguaçu, no Paraná. — Foto: Reprodução / RPC

Campanha de vacinação contra a dengue em colégio de Foz do Iguaçu, no Paraná. — Foto: Reprodução / RPChttps://6e2f63abd5f81640ddc22c1486a90ac3.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

No ano de 2018, a vacina foi ofertada apenas para as pessoas que já haviam recebido a vacina nos anos anteriores, ou seja, somente para conclusão dos esquemas vacinais.

g1 procurou a secretaria de saúde do Paraná para saber se o estado ainda planejava campanhas de vacinação contra a dengue, mas, segundo resposta do órgão, depois da recomendação da Anvisa, a secretaria disse que “ficou inviável” a continuidade da campanha, “uma vez que seria necessário a testagem sorológica prévia à vacinação”.

Assim, atualmente, a Dengvaxia está disponível somente no mercado privado de vacinação.

Por que não foi incluída no PNI?

Para Carla Domingues, epidemiologista e ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), essa decisão do governo paranaense foi “precipitada”.

“Um programa de vacinação exitoso para enfrentar um problema de saúde pública como é o caso da dengue deve ser pensado nacionalmente e uma ação feita em apenas alguns municípios de um único estado não tem impacto na diminuição da carga da doença”, explica.

Na época, o Ministério da Saúde tinha se posicionado afirmando que não iria implantar a vacina até que houvesse mais dados para subsidiar a tomada de decisão.

“Portanto, a decisão do Ministério foi adequada, pois era necessário ter mais evidências para a inclusão da vacina no PNI”, acrescenta.

Domingues também aponta que, à época, tendo em vista que os dados de eficácia da vacina não eram elevados, era fundamental entender qual seria o comportamento da vacina após o seu uso na população, principalmente porque ela não apresentava eficácia para o tipo 2 da dengue.

g1 também entrou em contato com o governo federal perguntando se há uma previsão de incorporação da Dengvaxia no PNI e quais os resultados do estudo de custo-efetividade realizado em 2018, mas não obteve resposta do Ministério da Saúde.

Em nota enviada ao g1, a Sanofi Pasteur informou que não há estudos clínicos sendo conduzidos pela empresa para a avaliar o uso da vacina em indivíduos sem infecção prévia por dengue.

“De acordo com o uso indicado em bula, bem como recomendações externas, a testagem e vacinação continua sendo a abordagem recomendada para o uso de Dengvaxia”, disse a fabricante.

Aedes Aegypti, o mosquito da dengue, é a espécie invasora mais famosa do Brasil

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2.TAK-003, da Takeda

Em abril do ano passado, a farmacêutica Takeda enviou à Anvisa a solicitação do registro de sua vacina tetravalente (que protege contra os quatro sorotipos) contra à dengue, a TAK-003.

Segundo a empresa, foi requerida prioridade na análise do dossiê enviado à agência regulatória, que apresenta os dados de eficácia e segurança da vacina.

“A estimativa do prazo de aprovação cabe à Anvisa, mas a companhia está comprometida a responder de forma ágil a todos os questionamentos que forem levantados”, afirmou a Takeda, em nota.

Segundo a Anvisa, o pedido de registro segue em análise. A agência solicitou ao laboratório a apresentações de informações necessárias para o seguimento do processo.

Quem poderá tomar?

Segundo a empresa, a proposta da vacina é ser indicada para prevenção da dengue em pessoas de 4 a 60 anos de idade. Portanto, não há distinção entre quem teve ou não a doença. Ela poderá ser aplicada em ambos os casos.

O infectologista Alberto Chebabo explica que, até o momento, os estudos que foram publicados sobre o imunizante da farmacêutica japonesa mostram que o problema que aconteceu com a vacina da Sanofi não ocorreu com a vacina da Takeda.

“O último segmento que está sendo avaliado pela vacina da Takeda é a faixa etária de 2 a 3 anos. Se eles realmente conseguirem mostrar que não houve, neste segmento, risco aumentado de doença grave na população não vacinada, não haveria necessidade de se fazer sorologia prévia. O que ajuda muito”, avalia Chebabo.

O estudo de fase 3, que analisou crianças e adolescentes de 4 a 16 anos, mostrou que a eficácia geral da vacina foi de 80,9%. Para os casos de hospitalizações, o índice foi ainda maior: 95,4% de eficácia. Apesar disso, segundo a pesquisa, a eficácia do imunizante variou de acordo com o sorotipo da dengue.

“A vacina da Takeda já concluiu seus estudos de fase 3. Já tem dados de até três anos de segmento desses indivíduos, com uma discrepância de uma eficácia maior para um tipo de dengue do que outro, mas que pode cumprir um papel importante no controle da doença”, analisa Kfouri.

3.Vacina da dengue do Butantan

O Instituto Butantan vem desenvolvendo uma vacina contra a dengue há mais de 10 anos, em parceria com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês).

O estudo sobre o imunizante avançou para fase 3 em 2016 e hoje está na etapa de acompanhamento.

O Instituto Butantan está desenvolvendo - com parceria internacional - um imunizante contrra a dengue há mais de 10 anos.   — Foto: Governo de São Paulo/Divulgação

O Instituto Butantan está desenvolvendo – com parceria internacional – um imunizante contrra a dengue há mais de 10 anos. — Foto: Governo de São Paulo/Divulgação

O estudo de fase 1 sobre o imunizante mostrou que ele induziu a geração de anticorpos (soroconversão) em 100% dos indivíduos que já tiveram dengue e em mais de 90% naqueles que nunca haviam tido contato com o vírus.

No teste clínico de fase 2, tanto a vacina liofilizada (em pó) desenvolvida pelo Instituto quanto a formulação original do NIH, induziram a produção de anticorpos e de células de defesa em pessoas com ou sem contato prévio com todos os sorotipos da dengue.

Quem poderá tomar?

Assim, a vacina, que também é tetravalente, deve proteger pessoas com e sem contato prévio com o vírus. Essa sua imunogenicidade, ou seja, a capacidade da vacina de gerar uma resposta imune, foi analisada durante um ano por meio de testes de neutralização do vírus e se manteve alta em todos os participantes.

A vacina está sendo produzida com os quatro tipos do vírus da dengue atenuados, ou seja, enfraquecidos. A expectativa é que uma dose seja suficiente, já que, segundo os estudos, a dose adicional não induziu diferenças significativas.

Veja a diferença entre as doenças dengue, zika, chikungunya e mayaro

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“Os estudos mostram uma eficácia importante e uma segurança em reduzir os eventos adversos graves pós vacina, que foi o problema da vacina da Sanofi”, destaca Chebabo.

De acordo com o Butantan, as reações mais comuns foram leves, como dor de cabeça, fadiga, erupção cutânea e mialgia (dor muscular).

“Esses estudos do Instituto ainda precisam evoluir. A gente precisa da fase 3 para ter essas respostas com certeza, mas já temos uma resposta imune importante”, acrescenta.

Segundo o Butantan, a pesquisa deve ser finalizada até 2024.

“Essa é uma vacina experimental. Ela tem uma tecnologia diferente de produção, mas os dados de segurança no curto prazo e sua resposta imune são bastante adequados”, salienta Renato Kfouri, da SBIm.

Os voluntários da pesquisa estão sendo avaliados por 5 anos. De acordo com o Instituto, esse período é importante para que seja garantida a segurança e imunogenicidade da vacina e envolve todos voluntários do estudo, independentemente de pessoas infectadas ou não pelo vírus dengue.

Após o término do estudo de fase III, os dados serão analisados por uma comissão independente e só então o resultado dessa análise será submetido à aprovação da Anvisa.

“Estamos tentando agilizar todas essas etapas para entregar a vacina o quanto antes”, disse o Butantan, em nota.

4.Quando uma vacina deve estar disponível no PNI?

A ex-coordenadora do PNI, Carla Domingues, acredita que, neste momento, não é possível fazer uma previsão clara de quando teremos uma vacina disponível contra a dengue que seja eficaz e que apresente todas as condições de segurança e qualidade para que possa ser incluída no programa.

A epidemiologista destaca que é preciso avaliar se o investimento em uma nova vacina irá trazer maiores ou menores resultados para a saúde, com estudos de custo-efetividade.

“Este é o método mais empregado para ajudar na tomada de decisão pelos gestores, já que permite comparar os custos e a efetividade de uma ou mais intervenções ou mesmo não fazer nenhuma intervenção com a que está sendo proposta”.

Kfouri lembra que a dengue é uma doença que precisa de uma estratégia combinada de prevenção e que não é somente com as vacinas que controlaremos seu vetor e teremos níveis “mais aceitáveis” da enfermidade.

“A doença tem uma dinâmica diferente em cada ano, temos anos de epidemias com mais de 1,5 milhão de casos, outros muito tímidos, e tudo isso torna uma complexidade para a introdução no país”, ressalta o infectologista.

Por isso, ele acredita que é pouco provável que, mesmo o imunizante da Takeda, que não necessita de sorologia prévia, seja incluído no PNI, mas defende uma estratégia de vacinação no Brasil que leve em conta perspectivas regionais e o cenário epidemiológico local.

“Talvez com esquemas para algumas faixas etárias, pois não haverá vacina para todo mundo. Talvez vacinas para algumas regiões do país, classicamente com mais casos do que outras. Os estudos de introdução da vacina da dengue no programa devem levar em conta todos esses aspectos”.

Já Alberto Chebabo também ressalta que essa é uma questão de custo-benefício, mas destaca que, vacinas que não exigem uma sorologia prévia são muito mais fáceis de serem incluídas no PNI.

“Se você tiver uma vacina que não precise fazer sorologia, que ela se mostre segura, é muito mais vantajoso incorporar e fazer uma vacinação em massa na população brasileira”, diz.

Porém, assim como Kfouri, ele destaca que a dengue deve ser entendida como uma enfermidade importante de ser combatida, pois a doença pode provocar quadros graves e apresenta uma alta taxa de mortalidade.

“A gente precisa de uma vacina. O combate ao mosquito é muito díficil, temos ciclos de infestação. Isso é muito comum. Apenas combater o vetor não é suficiente. A vacina teria um papel muito importante nesse controle”.

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fonte G1

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Caso Henry: Justiça concede prisão domiciliar a Monique Medeiros

Monique e o ex-vereador Jairinho foram denunciados pelo Ministério Público do Rio por homicídio triplamente qualificado pela morte do menino Henry, de 4 anosO menino Henry Borel ao lado da mãe, Monique MedeirosO menino Henry Borel ao lado da mãe, Monique MedeirosFoto: Reprodução/Redes Sociais

A Justiça do Rio de Janeiro concedeu, nesta terça-feira (5), prisão domiciliar para a professora Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, de 4 anos. A decisão foi da juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal da Capital, e se baseou no pedido da defesa de Monique.

Entre as justificativas, a magistrada cita os relatos de violência prisional sofridos pela ré. Em depoimento, no dia 9 de fevereiro, a mãe de Henry relatou que sofria ameaças dentro da cadeia e que foi intimidada por presas, uma agente carcerária e advogados antes e depois de ser presa.

Apesar do relato de intimidações, a juíza ressaltou na decisão que não houve comprovação das denúncias.

“Ocorre que, mesmo em ambiente carcerário, multiplicaram-se as notícias de ameaças e violação do sossego da requerente, que, não obstante, não tenham sido comprovadas, ganharam o fórum das discussões públicas na imprensa e nas mídias sociais, recrudescendo, ainda mais, as campanhas de ódio contra ela dirigidas” diz o documento.

A determinação a juíza é de que Monique seja monitorada através do uso de uma tornozeleira eletrônica e não mantenha nenhum tipo de comunicação com terceiros, ou seja, a ré fica proibida de usar internet e celular.

Segundo a defesa, o alvará de soltura deverá ser expedido na quarta-feira (6), após a realização de processos burocráticos.

“Foi feita a justiça, é necessário que a gente diferencie a acusação da Monique com as circunstâncias do processo. Ela responde pela omissão, diferentemente do Jairinho que responde pela ação. Ela já foi interrogada. Jairinho não foi interrogado porque pediu a produção de provas. Por essa razão a juíza levou em consideração esse fato e disse que não havia razão para ela se manter presa preventivamente e decretou outras medidas, basicamente a prisão domiciliar e a colocação da tornozeleira”, afirmou o advogado da mãe de Henry, Hugo Novais.

Sobre Dr. Jairinho, a juíza manteve a prisão preventiva do ex-vereador. Na justificativa, foi considerado que “não há nenhum elemento novo” que qualificam a modificação da situação atual.

Presos desde abril de 2021, Monique e Jairinho foram denunciados pelo Ministério Público pela prática de homicídio qualificado (por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima e impingiu intenso sofrimento, além de ter sido praticado contra menor de 14 anos), tortura, coação de testemunha, fraude processual e falsidade ideológica.

O menino Henry morreu no dia 8 de março de 2021, depois de ele ter sofrido torturas no apartamento em que o casal e a criança moravam na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

FONTE CNN