A Prefeitura de Araxá assinou o repasse de seis termos de convênio para entidades do setor educacional nesta terça-feira (5). Os investimentos somam R$ 3.703.134,31 decorrentes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). A verba será utilizada para manutenção e custeio dos serviços assistenciais e pagamento de salários dos colaboradores.
O valor que cada instituição recebe é baseado na quantidade de alunos no cadastramento escolar do ano anterior e será repassado em nove parcelas, de acordo com a prestação de contas do trabalho desenvolvido.
As entidades contempladas foram a Associação Educação de Araxá, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), Creche Casa de Nazaré, Centro Presbiteriano Estudantil de Assistência à Criança (Cepac), Centro Infantil Gabriela Mistral e Escola Infantil Mundo da Criança.
A presidente da Escola Mundo da Criança, Luciana Silva Nogueira, destaca a parceria que o Município tem firmado com as instituições de ensino. “Nós nunca fomos tão bem atendidos igual estamos sendo nesta gestão. É com esse convênio que podemos manter as portas abertas, pois só conseguimos atender as crianças da cidade por conta dessa parceria. O recurso será aplicado na manutenção da escola em geral, na educação das crianças, pagamentos de funcionários e despesas em geral. Todo gasto que a gente tem na escola é realizado por meio desse convênio e só temos que agradecer o empenho e atenção da Prefeitura de Araxá”, destaca.
A diretora da Escola Gabriela Mistral, Solange Mattar, ressalta que sem a parceria com o Município as instituições que prestam serviço para educação infantil não sobreviriam. “Todos sabem que o ensino infantil tem demanda e uma defasagem muito grande. E nós temos um apoio da Secretaria de Educação em todos os segmentos da escola, desde o Setor Administrativo até o Setor Pedagógico. Hoje, temos uma parceria maior e também uma exigência, evidentemente, maior. Temos uma burocracia para estar cumprindo com os protocolos que são muitos, mas estamos nos sentindo mais amparados”, ressalta.
Transparência de Repasses– Associação Educação de Araxá – R$ 481.822,20;
– Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) – R$ 464.115,25;
– Creche Casa de Nazaré – R$ 719.471,34;
– Centro Presbiteriano Estudantil de Assistência à Criança (Cepac) – R$ 510.246,96;
– Centro Infantil Gabriela Mistral – R$ 711.083,52;
– Escola Infantil Mundo da Criança – R$ 816.395,04.
George e Melvin DeJesus haviam sido condenados à prisão perpétua em 1997 pelo assassinato de uma mulher nos EUA.
Dois irmãos que haviam sido condenados à prisão perpétua em 1997 pelo assassinato de uma mulher nos Estados Unidos foram libertados após 25 anos tentando provar sua inocência.
“Estou grato porque a verdade finalmente veio à tona. E espero que nossa família, assim como a família de Margaret (a vítima), possa finalmente curar essa ferida e colocar isso no passado”, disse George DeJesus, de 44 anos, em um reencontro emocionado com sua família.
“Eu sei que a justiça para mim e meu irmão também significa reabrir antigas feridas para a família da vítima. Estarei rezando por eles”, afirmou George, ao lado do irmão, Melvin, de 48 anos, que também foi libertado nesta semana.
Os dois provaram a inocência graças ao trabalho conjunto de duas equipes de estudantes de Direito que, sob a supervisão de professores e em colaboração com a procuradoria-geral do Estado de Michigan, conseguiram reabrir e reinvestigar o caso.
‘Estou grato porque a verdade finalmente veio à tona’, disse George DeJesus em reencontro emocionado com a família — Foto: WMU-Cooley Law School Innocence Project/BBC
O drama dos irmãos começou em 11 de julho de 1995, quando o corpo de Margaret Midkiff foi encontrado no porão da casa onde ela morava, em Pontiac, cidade de cerca de 60 mil habitantes no condado de Oakland, em Michigan.
A vítima estava nua, com uma fronha de travesseiro cobrindo sua cabeça e fios amarrando seu pescoço, pulsos e tornozelos.https://dc93ba46c21e2ec942f3ffe07342ebfe.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Exames de DNA ligaram Brandon Gohagen à cena do crime. Mas, depois de um depoimento inicial em que não havia incriminado ninguém, Gohagen mudou sua versão dos fatos e disse que havia agredido a vítima sexualmente porque Melvin DeJesus estava apontando uma arma para sua cabeça e o obrigando a atacá-la.
Gohagen disse ainda que, após o ataque sexual, os irmãos DeJesus haviam amarrado e espancado a vítima até a morte.
Os irmãos DeJesus ao lado de alguns dos estudantes e advogados que trabalharam para reinvestigar seu caso e provar sua inocência — Foto: WMU-Cooley Law School Innocence Project/BBC
Álibi
Os irmãos sempre negaram qualquer envolvimento. Eles afirmavam que estavam em uma festa na data e horário do crime, álibi corroborado por testemunhas e apresentado no julgamento.
Também não havia nenhuma evidência física ligando os irmãos à agressão sexual ou ao assassinato, e testes de DNA nunca identificaram o DNA de nenhum dos dois na cena do crime.
Apesar disso, em 30 de dezembro de 1997 os irmãos foram condenados e sentenciados à prisão perpétua. Gohagen foi testemunha da acusação.
Em troca de seu testemunho, Gohagen entrou em um acordo para se declarar culpado de assassinato em segundo grau. Conforme a lei estadual em Michigan, essa categoria envolve um homicídio que não foi premeditado e foi cometido em conexão com outros crimes, como roubo, invasão domiciliar, abuso e sequestro, entre outros.
Gohagen também se declarou culpado de conduta sexual criminosa em primeiro grau. Ambos os crimes envolvem penas mais brandas do que a recebida pelos irmãos DeJesus.
Nas décadas em que ficaram presos, os irmãos sempre continuaram afirmando que eram inocentes. Mas eles só ganharam uma nova chance quando seu caso chamou a atenção de organizações que revisam condenações consideradas injustas.
George foi representado por Jessica McLemore e a equipe do Cooley Innocence Project da Western Michigan University. Melvin foi representado por David Moran e a equipe da Michigan Innocence Clinic, ligada à Universidade de Michigan.
Os irmãos DeJesus ao lado de alguns dos estudantes e advogados que trabalharam para reinvestigar seu caso e provar sua inocência — Foto: WMU-Cooley Law School Innocence Project/BBC
Ambas as organizações envolvem professores e estudantes de Direito que se dedicam a avaliar casos de presos que alegam inocência e dizem ter sido condenados por crimes que não cometeram.
Existe uma rede de organizações do tipo no país que, juntas, já garantiram a liberdade de 375 inocentes condenados injustamente, alguns deles após décadas na prisão.
Novas descobertas
No caso dos irmãos DeJesus, as duas organizações atuaram em colaboração com o gabinete da procuradora-geral de Michigan, Dana Nessel, e de sua Unidade de Integridade de Condenações, que revisa alegações de inocência por parte de condenados naquele Estado.
Depois da análise inicial das equipes das universidades, essa unidade da procuradoria-geral aceitou reinvestigar o crime. Várias testemunhas foram entrevistadas, e os novos investigadores revisaram documentos de décadas atrás.
Eles descobriram declarações de testemunhas feitas apenas semanas depois do crime e confirmando o álibi dos irmãos DeJesus. Também encontraram o que a equipe do Cooley Innocence Project descreve como “fatos preocupantes sobre Gohagen”.
Em 2017, graças a um teste de DNA de um caso antigo, Gohagen foi condenado à prisão perpétua pelo estupro e assassinato de outra mulher, em 1994, também no condado de Oakland. Esse crime, no qual ele agiu sozinho, tinha muitas semelhanças com o assassinato pelo qual os irmãos DeJesus haviam sido condenados.
Além disso, os novos investigadores descobriram outras 12 mulheres que disseram ter sido abusadas sexualmente, fisicamente e emocionalmente por Gohagen.
Uma das testemunhas entrevistadas disse ainda que Gohagen confessou que havia acusado os irmãos DeJesus em troca de um acordo (que permitiria que cumprisse uma pena mais branda).
“Um dos problemas nesse caso é que o verdadeiro culpado foi uma das principais testemunhas contra George de Melvin”, disse à BBC News Brasil uma das professoras da equipe do Cooley Innocence Project, Marla Mitchell-Cichon.
Segundo Mitchell-Cichon, uma das maneiras de evitar injustiças do tipo seria aprovar leis que limitem esse tipo de depoimento e que informem a defesa sobre acordos e promessas feitas pela acusação a esse tipo de testemunha, além de informações sobre outros possíveis crimes em que estejam envolvidas.
Libertação
Diante das novas evidências, a juíza Martha D. Anderson, do condado de Oakland, determinou que as condenações dos irmãos fossem revertidas e todas as acusações contra eles fossem descartadas.
“Quero pedir desculpas pelas ações tomadas contra vocês 25 anos atrás. Vinte e cinco anos de suas vidas foram roubados, e isso jamais poderá ser substituído”, disse Anderson.
“Espero que vocês possam encontrar algum consolo no fato de que poderão se reunir novamente com suas famílias e começar uma vida normal fora da prisão”, afirmou a juíza.
A diretora do Cooley Innocence Project, Tracey Brame, disse que a libertação dos irmãos, na terça-feira (22), foi um momento muito feliz, depois de uma luta de tantos anos.
“Agradecemos à procuradora-geral Dana Nessel e à equipe da Unidade de Integridade de Condenações por sua disposição em ouvir os irmãos e reinvestigar o caso. Hoje, George e seu irmão, Melvin, finalmente receberam justiça”, afirmou Brame.
Dave Moran, codiretor da Michigan Innocence Clinic, disse que sua equipe vai agora ajudar os irmãos a se reajustarem à nova vida em liberdade.
“Estamos muito felizes em saber que nosso cliente, Melvin DeJesus, e seu irmão, George, serão completamente inocentados desse assassinato, 26 anos depois de terem sido incriminados pelo verdadeiro culpado desse crime hediondo”, afirmou Moran.
Segundo Mitchell-Cichon, a condenação injusta não apenas prejudicou os irmãos, sua família e a família da vítima. “Nós, a sociedade, também não recebemos justiça, e muitas outras mulheres foram prejudicadas por causa desses erros”, salientou.
“Minha esperança é a de que esse caso sirva de exemplo sobre o que está errado com o nosso sistema de Justiça”, afirmou Mitchell-Cichon.
Grande parte dos colaboradores que ganharam o prêmio de R$ 122 milhões já manifestou o desejo de não retornar ao trabalho.
Por g1 Santos
05/04/2022 14h45 Atualizado há 56 segundos
Um anúncio feito pela empresa de logística portuária Marimex, por meio das redes sociais, gerou brincadeiras entre os internautas — Foto: g1 Santos
Um anúncio feito pela empresa de logística portuária Marimex, por meio das redes sociais, gerou brincadeiras entre os internautas. No post, o grupo anuncia e comemora a chegada de 14 novos profissionais horas depois de 44 colaboradores terem ganhado um bolão da Mega-Sena que pagou mais de R$ 122 milhões no total.
Na publicação, a empresa explica que os profissionais foram contratados para as áreas de desembaraço aduaneiro, governança e relacionamento, pricing, SSMA, STM, transporte, vendas e manutenção.
“O #TimeMarimex continua crescendo em diversas áreas. Nosso time de colaboradores está ansioso”, diz o post.
Em seguida, a empresa ainda faz um convite para futuros candidatos.
“E você? Quer fazer parte do #TimeMarimex? Acompanhe nossas redes sociais e fique por dentro de todas as novidades”.
Não demorou muito para a história acabar repercutindo nas redes sociais.
“A gente tem certeza que o boato é verdade quando vê a empresa procurando gente para trabalhar. Parabéns aos sortudos da cidade”, disse a internauta Carol Escobar.
“Também, geral pediu demissão. Tudo milionário”, completou outro internauta. As contratações, porém, já faziam parte do plano de expansão da Marimex.
Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio
O clima, porém, não é dos melhores. Segundo funcionários que preferem não se identificar, para proteger a identidade dos colegas, algumas pessoas que não participaram do bolão se revoltaram e vazaram informações particulares dos ganhadores, como páginas nas redes sociais e até mesmo o telefone celular dos ‘sortudos’.
Recebimento de prêmio
Em nota enviada ao g1 nesta terça-feira (5), a Caixa Econômica Federal informou que 23 das 44 cotas do bolão de Santos já iniciaram o processo para recebimento do prêmio na segunda-feira. Cada cota receberá R$ 2.786.981,17.
A lotérica Santo & Santo, onde foi feita a aposta que gerou a premiação, já havia sido “pé quente” em 2015, ao registrar o bilhete vencedor da Mega-Sena e distribuir mais de R$ 98 milhões.
Segundo a Caixa, a última vez que uma aposta única levou um prêmio maior do que R$ 100 milhões foi em outubro de 2020, quando a aposta vencedora ganhou R$ 103.029.826,38, na cidade de Abreu e Lima (PE).
O g1 questionou a empresa portuária se algum dos funcionários que participaram do bolão já pediu demissão após o prêmio, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Lotérica Santo & Santo, em Santos, no litoral de São Paulo — Foto: Marcela Pierotti/G1
Aposta vencedora
Segundo informações da Caixa, a aposta foi feita por volta das 12h de sábado (2), dia do sorteio. Cada um dos 44 vencedores gastou R$ 17,18 para participar de dois jogos com nove números no total.
Os números sorteados foram: 22 – 35 – 41 – 42 – 53 – 57. Os vencedores ainda apostaram no 06, no 13 e no 46, que acabaram não sendo necessários para que a aposta fosse vencedora. Com isso, multiplicaram o valor apostado em mais de 162 mil vezes.
Na manhã da segunda (4), a lotérica estava aberta. Nos guichês, novos apostadores relataram que estavam ansiosos para serem as próximas “vítimas” dessa onda de sorte do estabelecimento, que em 2015 já havia sido “pé quente” ao registrar um bilhete vencedor da Mega-Sena de R$ 98 milhões.
R$ 15 mil por mês
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, em março, aumentar a Selic mais uma vez. Dessa forma, a taxa básica de juros passou de 10,75% para 11,75% ao ano. A Selic mais alta, porém, não traz mudanças para a rentabilidade da poupança. Com a taxa acima de 8,5%, o rendimento da poupança passa a ser de 0,5% ao mês, mais a Taxa Referencial (TR). No primeiro trimestre deste ano, a poupança rendeu 1,66%, ou seja, cerca de 0,553% ao mês.
As mudanças na economia indicam novas oportunidades de investimento, principalmente para quem ganhou uma bolada, como os sortudos que faturaram o prêmio da Mega-Sena, em Santos. Se cada ganhador desse concurso deixar o valor do prêmio na poupança, o dinheiro renderia cerca de R$ 15.400 ao mês.
Apostas da Mega-Sena feitas por funcionários de empresa em Santos, SP — Foto: Arquivo Pessoal
Outro prêmio no litoral de SP
No dia 19 de março, outro morador do litoral de São Paulo levou uma bolada de R$ 94 milhões da Mega-Sena. O prêmio foi suficiente para mudar a rotina da pequena cidade de Mongaguá, tanto que moradores se uniram para tentar desvendar o ‘mistério’ de quem seria o mais novo milionário do município.
Poucos dias após o sorteio, o ganhador foi até a Caixa Econômica Federal para resgatar o prêmio. Segundo divulgado pela Caixa, o ‘sortudo’ fez uma aposta única, no valor mínimo, e não participava de nenhum tipo de bolão. Por isso, ele levou todo o prêmio para casa sozinho.
Instituto desenvolve vacina contra a arbovirose há mais de 10 anos. Atualmente, apenas uma vacina está aprovada para uso no Brasil, porém com restrições de uso. Outro imunizante aguarda aprovação da Anvisa.
Equipe de fiscalização da dengue em Porto Alegre. — Foto: Cristine Rochol/PMPA
A dengue é uma doença infeciosa que acomete milhares de brasileiros e ainda preocupa autoridades de saúde pública. Nos primeiros dois meses deste ano, os casos de dengue tiveram aumento de 35,4% em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde. Foram 30 óbitos e 128.379 casos.
Mesmo com pesquisas há décadas, ainda não temos uma vacina eficiente como vimos para a Covid-19. Somente um imunizante está disponível no Brasil, mas apenas no mercado privado e com restrições de uso
Outra vacina aguarda a aprovação da Anvisadesde o ano passado e, além disso, o Instituto Butantan está desenvolvendo – com parceria internacional – um imunizante do tipo, há mais de 10 anos.
Entenda, abaixo, quais são as vacinas já conhecidas, os estudos e quais as perspectivas para o SUS:
1.Dengvaxia, da Sanofi Pasteur
Atualmente, a única vacina contra a dengue disponível no Brasil é a Dengvaxia (a primeira que teve registro no mundo), fabricada pelo laboratório francês Sanofi Pasteur. O imunizante é vendido na rede privada na maior parte do Brasil e não está disponível no Programa Nacional de Imunizações, o PNI.
Segundo a fabricante, a vacina promove imunidade de longa duração para os quatro sorotipos da dengue, prevenindo aproximadamente 8 em cada 10 casos de dengue grave e com risco de hospitalização.
Os sorotipos são as diferentes linhagens de um patógeno, os organismos que causam doenças. No caso da dengue eles são chamados de arbovírus, ou seja, são normalmente transmitidos por mosquitos (o Aedes aegypti).
Quem pode tomar?
A Dengvaxia não é recomendada para quem nunca entrou em contato com o vírus da dengue. — Foto: Yuri Cortez/AFP
A Dengvaxia não é recomendada para quem nunca entrou em contato com o vírus da dengue. Essa é uma recomendação reforçada pela Anvisa e pela Organização Mundial de Saúde.
Isso ocorre porque estudos da própria fabricante indicaram que esses indivíduos soronegativos que tomaram a vacina apresentaram, em longo prazo, mais casos da forma grave da dengue, após uma infecção pela doença.
Assim, a vacina é indicada para indivíduos de 9 a 45 anos com infecção prévia por dengue e seu esquema de administração consiste em três doses, que devem ser intercaladas num intervalo de 6 meses.
Renato Kfouri, médico pediatra e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), explica que essa é uma vacina que mostrou um risco aumentado de complicações para as pessoas que não tiveram a doença antes de serem vacinadas.
A bula da Dengvaxia determina que seja realizado um teste laboratorial ou soroteste para descobrir se o futuro vacinado teve uma infecção prévia pela doença.
Para a professora Hillegonda Maria Novaes, que participou do grupo de trabalho da vacina da dengue que fez os estudos com as recomendações para a OMS, essa vacina desde o início foi considerada problemática.
“Condicionar uma vacina à realização de um teste anterior é muito complicado e muito caro, nenhuma vacina aprovada é assim. Um estudo de caso-controle realizado no Paraná chegou à conclusão que ela mostrou efetividade na prevenção da infecção e na evolução para casos graves para apenas um dos 4 sorotipos”, diz.
Atualmente, a farmacêutica, juntamente com a CTK Biotech, desenvolveu ainda um novo teste de diagnóstico rápido (TDR) para detectar infecções anteriores por dengue que já foi inclusive aprovado pela Anvisa.
Porém, como ressalta Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, esse novo teste é uma ferramenta que facilita a aplicação somente daqueles que desejam se vacinar com a vacina, e não campanhas de vacinação em massa.
“Para campanhas de vacinação populacional fica muito complicado. Eu acho muito difícil que essa vacina possa participar do PNI, por exemplo. Mas, individualmente, na clínica privada, ajuda sim”, pontua Chebabo.
Campanha de vacinação contra a dengue em colégio de Foz do Iguaçu, no Paraná. — Foto: Reprodução / RPChttps://6e2f63abd5f81640ddc22c1486a90ac3.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
No ano de 2018, a vacina foi ofertada apenas para as pessoas que já haviam recebido a vacina nos anos anteriores, ou seja, somente para conclusão dos esquemas vacinais.
O g1 procurou a secretaria de saúde do Paraná para saber se o estado ainda planejava campanhas de vacinação contra a dengue, mas, segundo resposta do órgão, depois da recomendação da Anvisa, a secretaria disse que “ficou inviável” a continuidade da campanha, “uma vez que seria necessário a testagem sorológica prévia à vacinação”.
Assim, atualmente, a Dengvaxia está disponível somente no mercado privado de vacinação.
Por que não foi incluída no PNI?
Para Carla Domingues, epidemiologista e ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), essa decisão do governo paranaense foi “precipitada”.
“Um programa de vacinação exitoso para enfrentar um problema de saúde pública como é o caso da dengue deve ser pensado nacionalmente e uma ação feita em apenas alguns municípios de um único estado não tem impacto na diminuição da carga da doença”, explica.
Na época, o Ministério da Saúde tinha se posicionado afirmando que não iria implantar a vacina até que houvesse mais dados para subsidiar a tomada de decisão.
“Portanto, a decisão do Ministério foi adequada, pois era necessário ter mais evidências para a inclusão da vacina no PNI”, acrescenta.
Domingues também aponta que, à época, tendo em vista que os dados de eficácia da vacina não eram elevados, era fundamental entender qual seria o comportamento da vacina após o seu uso na população, principalmente porque ela não apresentava eficácia para o tipo 2 da dengue.
O g1 também entrou em contato com o governo federal perguntando se há uma previsão de incorporação da Dengvaxia no PNI e quais os resultados do estudo de custo-efetividade realizado em 2018, mas não obteve resposta do Ministério da Saúde.
Em nota enviada ao g1, a Sanofi Pasteur informou que não há estudos clínicos sendo conduzidos pela empresa para a avaliar o uso da vacina em indivíduos sem infecção prévia por dengue.
“De acordo com o uso indicado em bula, bem como recomendações externas, a testagem e vacinação continua sendo a abordagem recomendada para o uso de Dengvaxia”, disse a fabricante.
Aedes Aegypti, o mosquito da dengue, é a espécie invasora mais famosa do Brasil
2.TAK-003, da Takeda
Em abril do ano passado, a farmacêutica Takeda enviou à Anvisa a solicitação do registro de sua vacina tetravalente (que protege contra os quatro sorotipos) contra à dengue, a TAK-003.
Segundo a empresa, foi requerida prioridade na análise do dossiê enviado à agência regulatória, que apresenta os dados de eficácia e segurança da vacina.
“A estimativa do prazo de aprovação cabe à Anvisa, mas a companhia está comprometida a responder de forma ágil a todos os questionamentos que forem levantados”, afirmou a Takeda, em nota.
Segundo a Anvisa, o pedido de registro segue em análise. A agência solicitou ao laboratório a apresentações de informações necessárias para o seguimento do processo.
Quem poderá tomar?
Segundo a empresa, a proposta da vacina é ser indicada para prevenção da dengue em pessoas de 4 a 60 anos de idade. Portanto, não há distinção entre quem teve ou não a doença. Ela poderá ser aplicada em ambos os casos.
O infectologista Alberto Chebabo explica que, até o momento, os estudos que foram publicados sobre o imunizante da farmacêutica japonesa mostram que o problema que aconteceu com a vacina da Sanofi não ocorreu com a vacina da Takeda.
“O último segmento que está sendo avaliado pela vacina da Takeda é a faixa etária de 2 a 3 anos. Se eles realmente conseguirem mostrar que não houve, neste segmento, risco aumentado de doença grave na população não vacinada, não haveria necessidade de se fazer sorologia prévia. O que ajuda muito”, avalia Chebabo.
O estudo de fase 3, que analisou crianças e adolescentes de 4 a 16 anos, mostrou que a eficácia geral da vacina foi de 80,9%. Para os casos de hospitalizações, o índice foi ainda maior: 95,4% de eficácia. Apesar disso, segundo a pesquisa, a eficácia do imunizante variou de acordo com o sorotipo da dengue.
“A vacina da Takeda já concluiu seus estudos de fase 3. Já tem dados de até três anos de segmento desses indivíduos, com uma discrepância de uma eficácia maior para um tipo de dengue do que outro, mas que pode cumprir um papel importante no controle da doença”, analisa Kfouri.
3.Vacina da dengue do Butantan
O Instituto Butantan vem desenvolvendo uma vacina contra a dengue há mais de 10 anos, em parceria com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês).
O estudo sobre o imunizante avançou para fase 3 em 2016 e hoje está na etapa de acompanhamento.
O Instituto Butantan está desenvolvendo – com parceria internacional – um imunizante contrra a dengue há mais de 10 anos. — Foto: Governo de São Paulo/Divulgação
No teste clínico de fase 2, tanto a vacina liofilizada (em pó) desenvolvida pelo Instituto quanto a formulação original do NIH, induziram a produção de anticorpos e de células de defesa em pessoas com ou sem contato prévio com todos os sorotipos da dengue.
Quem poderá tomar?
Assim, a vacina, que também é tetravalente, deve proteger pessoas com e sem contato prévio com o vírus. Essa sua imunogenicidade, ou seja, a capacidade da vacina de gerar uma resposta imune, foi analisada durante um ano por meio de testes de neutralização do vírus e se manteve alta em todos os participantes.
A vacina está sendo produzida com os quatro tipos do vírus da dengue atenuados, ou seja, enfraquecidos. A expectativa é que uma dose seja suficiente, já que, segundo os estudos, a dose adicional não induziu diferenças significativas.
Veja a diferença entre as doenças dengue, zika, chikungunya e mayaro
“Os estudos mostram uma eficácia importante e uma segurança em reduzir os eventos adversos graves pós vacina, que foi o problema da vacina da Sanofi”, destaca Chebabo.
De acordo com o Butantan, as reações mais comuns foram leves, como dor de cabeça, fadiga, erupção cutânea e mialgia (dor muscular).
“Esses estudos do Instituto ainda precisam evoluir. A gente precisa da fase 3 para ter essas respostas com certeza, mas já temos uma resposta imune importante”, acrescenta.
Segundo o Butantan, a pesquisa deve ser finalizada até 2024.
“Essa é uma vacina experimental. Ela tem uma tecnologia diferente de produção, mas os dados de segurança no curto prazo e sua resposta imune são bastante adequados”, salienta Renato Kfouri, da SBIm.
Os voluntários da pesquisa estão sendo avaliados por 5 anos. De acordo com o Instituto, esse período é importante para que seja garantida a segurança e imunogenicidade da vacina e envolve todos voluntários do estudo, independentemente de pessoas infectadas ou não pelo vírus dengue.
Após o término do estudo de fase III, os dados serão analisados por uma comissão independente e só então o resultado dessa análise será submetido à aprovação da Anvisa.
“Estamos tentando agilizar todas essas etapas para entregar a vacina o quanto antes”, disse o Butantan, em nota.
4.Quando uma vacina deve estar disponível no PNI?
A ex-coordenadora do PNI, Carla Domingues, acredita que, neste momento, não é possível fazer uma previsão clara de quando teremos uma vacina disponível contra a dengue que seja eficaz e que apresente todas as condições de segurança e qualidade para que possa ser incluída no programa.
A epidemiologista destaca que é preciso avaliar se o investimento em uma nova vacina irá trazer maiores ou menores resultados para a saúde, com estudos de custo-efetividade.
“Este é o método mais empregado para ajudar na tomada de decisão pelos gestores, já que permite comparar os custos e a efetividade de uma ou mais intervenções ou mesmo não fazer nenhuma intervenção com a que está sendo proposta”.
Kfouri lembra que a dengue é uma doença que precisa de uma estratégia combinada de prevenção e que não é somente com as vacinas que controlaremos seu vetor e teremos níveis “mais aceitáveis” da enfermidade.
“A doença tem uma dinâmica diferente em cada ano, temos anos de epidemias com mais de 1,5 milhão de casos, outros muito tímidos, e tudo isso torna uma complexidade para a introdução no país”, ressalta o infectologista.
Por isso, ele acredita que é pouco provável que, mesmo o imunizante da Takeda, que não necessita de sorologia prévia, seja incluído no PNI, mas defende uma estratégia de vacinação no Brasil que leve em conta perspectivas regionais e o cenário epidemiológico local.
“Talvez com esquemas para algumas faixas etárias, pois não haverá vacina para todo mundo. Talvez vacinas para algumas regiões do país, classicamente com mais casos do que outras. Os estudos de introdução da vacina da dengue no programa devem levar em conta todos esses aspectos”.
Já Alberto Chebabo também ressalta que essa é uma questão de custo-benefício, mas destaca que, vacinas que não exigem uma sorologia prévia são muito mais fáceis de serem incluídas no PNI.
“Se você tiver uma vacina que não precise fazer sorologia, que ela se mostre segura, é muito mais vantajoso incorporar e fazer uma vacinação em massa na população brasileira”, diz.
Porém, assim como Kfouri, ele destaca que a dengue deve ser entendida como uma enfermidade importante de ser combatida, pois a doença pode provocar quadros graves e apresenta uma alta taxa de mortalidade.
“A gente precisa de uma vacina. O combate ao mosquito é muito díficil, temos ciclos de infestação. Isso é muito comum. Apenas combater o vetor não é suficiente. A vacina teria um papel muito importante nesse controle”.
Vacina da dengue é contraindicada para quem nunca teve a doença, diz Anvisa
Monique e o ex-vereador Jairinho foram denunciados pelo Ministério Público do Rio por homicídio triplamente qualificado pela morte do menino Henry, de 4 anosO menino Henry Borel ao lado da mãe, Monique MedeirosFoto: Reprodução/Redes Sociais
A Justiça do Rio de Janeiro concedeu, nesta terça-feira (5), prisão domiciliar para a professora Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, de 4 anos. A decisão foi da juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal da Capital, e se baseou no pedido da defesa de Monique.
Entre as justificativas, a magistrada cita os relatos de violência prisional sofridos pela ré. Em depoimento, no dia 9 de fevereiro, a mãe de Henry relatou que sofria ameaças dentro da cadeia e que foi intimidada por presas, uma agente carcerária e advogados antes e depois de ser presa.
Apesar do relato de intimidações, a juíza ressaltou na decisão que não houve comprovação das denúncias.
“Ocorre que, mesmo em ambiente carcerário, multiplicaram-se as notícias de ameaças e violação do sossego da requerente, que, não obstante, não tenham sido comprovadas, ganharam o fórum das discussões públicas na imprensa e nas mídias sociais, recrudescendo, ainda mais, as campanhas de ódio contra ela dirigidas” diz o documento.
A determinação a juíza é de que Monique seja monitorada através do uso de uma tornozeleira eletrônica e não mantenha nenhum tipo de comunicação com terceiros, ou seja, a ré fica proibida de usar internet e celular.
Segundo a defesa, o alvará de soltura deverá ser expedido na quarta-feira (6), após a realização de processos burocráticos.
“Foi feita a justiça, é necessário que a gente diferencie a acusação da Monique com as circunstâncias do processo. Ela responde pela omissão, diferentemente do Jairinho que responde pela ação. Ela já foi interrogada. Jairinho não foi interrogado porque pediu a produção de provas. Por essa razão a juíza levou em consideração esse fato e disse que não havia razão para ela se manter presa preventivamente e decretou outras medidas, basicamente a prisão domiciliar e a colocação da tornozeleira”, afirmou o advogado da mãe de Henry, Hugo Novais.
Sobre Dr. Jairinho, a juíza manteve a prisão preventiva do ex-vereador. Na justificativa, foi considerado que “não há nenhum elemento novo” que qualificam a modificação da situação atual.
Presos desde abril de 2021, Monique e Jairinho foram denunciados pelo Ministério Público pela prática de homicídio qualificado (por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima e impingiu intenso sofrimento, além de ter sido praticado contra menor de 14 anos), tortura, coação de testemunha, fraude processual e falsidade ideológica.
O menino Henry morreu no dia 8 de março de 2021, depois de ele ter sofrido torturas no apartamento em que o casal e a criança moravam na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
Poliesportivo Márcio Vieira Borges recebe grafite em homenagem a personalidades locais que se tornaram referência na região e no Brasil
Quem passa pelas proximidades do Ginásio Poliesportivo Márcio Vieira Borges já notou que ele está mais alegre e bonito. Agora, o espaço conta com uma bela obra em suas paredes externas, que homenageia personagens locais da história recente. A revitalização da fachada se deu pela parceria da Prefeitura de Araxá com a CBMM e foi realizada pelo artista plástico Ton, morador do município. Para o Secretário Municipal de Esportes, José Antunes Soares Júnior (Dedé), essa revitalização é o piloto do projeto Memomural, encabeçado pela prefeitura da cidade. “É uma forma que encontramos de homenagear, tanto no âmbito esportivo como no meio social, pessoas que tiveram um papel importante no dia a dia, contribuindo de alguma forma como cidadãos e que merecem ser lembradas, como agradecimento por tudo o que realizaram”.
Painel do Ginásio Márcio Vieira Borges
No local, já é possível admirar um belo grafite com quatro rostos de pessoas que fizeram história na região. De um lado, Divino Benedito Honorato da Silva, o Tigrão, personagem folclórico de Araxá, que contaminou o centro da cidade por muitos anos com sua alegria e mora na memória afetiva de muitas pessoas, e dois jogadores de futebol de Araxá: José Eurípedes de Paula, o Zé Mica, memorável atleta dos primórdios do futebol araxaense, e Marco Antônio da Silva, o Salton, atleta que jogou em vários times mineiros e no São Paulo Futebol Clube, ambos ex-funcionários da CBMM. Do outro lado, em homenagem às atletas do projeto “Meninas de Ouro”, Camila Brait, atleta da seleção brasileira de vôlei, que representou o projeto nos Jogos Olímpicos de Tóquio e compôs o time que disputou a final com os Estados Unidos e trouxe a medalha de prata para o Brasil. Camila, que é natural de Sacramento, é uma grande incentivadora e madrinha de projetos que fomentam o esporte, especialmente o vôlei, para crianças de comunidades carentes. “É um projeto feito com muito amor e carinho. Através do esporte, a gente prepara todas as crianças para terem uma vida cheia de realizações e sucesso. A gente precisa acreditar e ter esperança sempre, que coisas boas sempre irão acontecer. Ir atrás e realizar todos os sonhos que tivermos.”
No dia 5 de abril, aconteceu a entrega simbólica da obra no Ginásio Poliesportivo Márcio Vieira Borges com presença de autoridades locais, além dos familiares dos homenageados.
Artistas que realizaram a obra
O responsável pela obra no Ginásio Márcio Vieira Borges é o artista Antônio Carlos Lima, mais conhecido como Ton Lima, paulistano residente em Araxá, desenhista, caricaturista, arte educador, grafiteiro, tatuador e professor de artes. “Fico muito grato pela possibilidade de visibilidade do projeto. O pessoal do bairro está gostando muito, os homenageados e suas famílias se sentiram representados, e é muito importante que nós possamos ter essa oportunidade de produzir e registrar a memória local através desses murais permanentes, permitindo que as pessoas recontem essas histórias a partir das suas memórias afetivas.” Com mais de 25 anos de experiência nas artes visuais e mais de dois mil trabalhos realizados, Ton foi um dos pioneiros na arte em grafite, um dos fundadores do Núcleo de Cultura periférica (N.C.P) e da Casa de Hip Hop de Ribeirão Preto. Participou de diversos projetos artísticos em eventos de produção mural no Brasil como o Street of Styles (Curitiba), Festival Tinta Loka (São Paulo), Skoll Hip Hop (Ribeirão Preto), Mural Sete Passos para Mudar o Mundo (ONU), Festival João Rock (Ribeirão Preto), dentre outros.
Para a execução do painel de 204,10 m², Ton Lima contou com outros três artistas de longa história no graffiti nacional: Mark Silva, paulistano também residente em Araxá, Fhero e Kim, grandes representantes do graffiti mineiro, residentes em Belo Horizonte e Uberlândia, respectivamente.
A realização do projeto tem o apoio da CBMM nessa primeira obra, em parceria com a Prefeitura Municipal de Araxá por meio da Secretaria de Esportes, e presenteia os moradores com um dos maiores painéis de graffiti da cidade, inserindo Araxá no panorama da “street art” nacional e oportunizando a cidade a ter sua memória “escrita” em suas paredes. Álvaro Rezende, analista de Relacionamento com a Comunidade da CBMM enfatiza a importância da revitalização do espaço. “A CBMM, que é grande apoiadora de projetos esportivos, se orgulha de participar da primeira obra do Memomural. Dar vida ao ginásio, que já abrigou tantos eventos importantes para a cidade, é valorizar as iniciativas locais voltadas para o esporte, a prática de atividades físicas e a promoção da qualidade de vida.”
O prefeito de Araxá, Robson Magela, também destacou a importância da parceria. “É muito importante essa iniciativa e parceria entre a CBMM e a Prefeitura Municipal de Araxá, pois temos vários ginásios na cidade e estamos passando por um momento de reforma e revitalização deles. E poder homenagear as pessoas que fizeram parte da história de Araxá é também muito importante. A CBMM, parceira da Administração Municipal, não mediu esforços para que pudéssemos tornar tudo isso realidade. Então, agradeço à CBMM por essa sensibilidade em poder fazer, juntamente com a Prefeitura Municipal de Araxá, a entrega desse espaço esportivo para a população.”
Projeto Memomural
O painel do Ginásio Poliesportivo Márcio Vieira Borges é a primeira obra do projeto Memomural, que contempla oito ginásios poliesportivos de Araxá com a produção de murais temáticos de grande proporção, retratando personalidades da história da cidade. De acordo com o secretário de esportes de Araxá, o projeto promove, além da restauração das edificações, a democratização da cultura e a preservação da memória de Araxá, eternizada em produções artísticas arrojadas e contemporâneas que valorizam a história local e as pessoas nascidas na cidade e região. A escolha dos personagens e iconografias tem o apoio de historiadores e pesquisadores da história de Araxá.
As obras, com composições temáticas distintas, serão realizadas por 10 artistas convidados, de competência comprovada em produção de murais “street art”, com experiência nacional e internacional. Eles utilizam a técnica de “graffiti fine art”, verdadeiras galerias a céu aberto, presentes em muitas cidades brasileiras, e irão retratar figuras públicas de representatividade cultural, artística, social e esportiva da cidade de Araxá. Histórias contadas por meio da narrativa visual artística que levarão conhecimento histórico à população.
Sobre a CBMM
Líder mundial na produção e comercialização de produtos de Nióbio, a CBMM possui mais de 400 clientes, em 50 países. A companhia fornece produtos e tecnologia de ponta aos setores de infraestrutura, mobilidade, aeroespacial, saúde e energia. Fundada em 1955, em Araxá, Minas Gerais, a CBMM apoia iniciativas que visam o desenvolvimento socioeconômico, cultural e esportivo nos locais onde atua, buscando beneficiar essas comunidades e auxiliar na formação das próximas gerações. Para mais informações, visite: cbmm.com/pt/media-center
A Fundação Cultural Calmon Barreto (FCCB), como parte das ações emergenciais destinadas ao setor de cultura, abriu a seleção pública para premiar projetos culturais de artistas da cidade por meio da Lei Municipal Calmon Barreto 2. Nesta edição serão destinados R$ 250.000,00 para 70 propostas.
Serão dois editais em vigência, que já estão disponíveis no site da Fundação Cultural Calmon Barreto. O primeiro contemplará exclusivamente setor musical com 40 propostas premiadas em R$ 4.000,00 cada. As inscrições devem ser realizadas entre os dias 4 e 13 de abril, das 8h às 17h.
Já o segundo edital é voltado para as artes integradas (exceto música), onde 30 projetos serão premiados com R$ 3.000,00 cada. As inscrições são entre os dias 13 e 20 de abril, no mesmo horário.
“Neste ano dividimos os editais em dois. Nos levantamentos realizados, percebemos que a maioria dos cadastros realizados na fundação são relacionados à música. Além disso, o edital separado apenas para os músicos também foi a forma de dar uma atenção especial a essa classe”, destaca a presidente da FCCB, Cynthia Verçosa.
Em ambas as inscrições, o envelope deverá ser entregue lacrado e a documentação não será analisada ou conferida pelo agente recebedor. Outro ponto de atenção, é que o artista que deseja pleitear os recursos deve estar inscrito no Cadastro de Agente Cultural no segmento específico que deseja desenvolver os projetos, até na data de término das inscrições do edital requerido.
”É importante ler o edital com atenção e verificar quais são as normas e os documentos exigidos. O envelope passa por duas comissões de análise. A primeira é a de documentação, que se caso tiver alguma inconsistência, o projeto é eliminado na primeira etapa. A segunda comissão é a artística, que conta com um avaliador de uma Organização da Sociedade Civil (OSC), um membro do Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC) e pela Fundação Cultural Calmon Barreto”, explica Cynthia.
Para esclarecimento de dúvidas ou atualização de cadastros, o telefone para contato é o (34) 9.9313-0061.
O prefeito Robson Magela anunciou uma minirreforma administrativa no Governo Municipal nesta segunda-feira (4). A medida vai promover mudanças no comando de quatro pastas da gestão pública. As Secretarias de Governo, de Saúde, de Ação Social e a Procuradoria Geral do Município terão novos gestores a partir desta quarta-feira (6). A nova estrutura acontece devido ao prazo de desincompatibilização para as disputas das eleições deste ano e de acordo com o perfil público de cada gestor. Algumas mudanças em cargos administrativos também vão ocorrer.
O vice-prefeito Mauro Chaves deixa o cargo de secretário de Governo devido ao prazo eleitoral. A pasta será ocupada pelo até então Procurador-Geral do Município, Eurico Hélio da Silva (Rick Paranhos). Quem passa a ocupar o cargo de Procurador-Geral é o advogado Jonathan Renaud de Oliveira Ferreira, que trabalha há mais de 10 anos no setor público e estava na Superintendência Jurídica do Gabinete do Prefeito.
Já a secretária de Saúde, Lorena de Pinho Magalhães, deixa a pasta e assume a assessoria especial de Saúde. A Secretaria de Saúde será comandada pela dentista, servidora efetiva há 22 anos e gestora em Saúde, Cristiane Gonçalves Pereira, que estava à frente da Secretaria de Ação Social e foi uma das responsáveis pela implantação de importantes programas, como por exemplo, o Renda Básica.
Com mais de 15 anos de experiência no setor social, o vereador e empresário Wagner Cruz assume a Secretaria de Ação Social. Ele tem projetos e trabalhos reconhecidos por meio de importantes entidades assistenciais.
Segundo o prefeito, as mudanças foram realizadas dentro do perfil administrativo de cada gestor. “Nós temos acompanhado o desempenho, a capacidade técnica e de gestão de cada um dos nossos secretários e assessores. E as mudanças que realizamos nesta minirreforma administrativa é de acordo com a obrigatoriedade da legislação eleitoral e essa análise técnica que realizamos desde o início do governo. Todos são excelentes profissionais e com as novas funções vão contribuir ainda mais com o Município”, destaca Robson.
Desincompatibilização
O prazo para desincompatibilização de cargos para quem irá concorrer às Eleições de 2022 terminou no último sábado (2). Os prazos são definidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que adotou a medida para evitar o abuso de poder econômico ou político nas eleições por meio do uso de estrutura ou recursos aos quais o ocupante do cargo tem acesso. Caso não saia no prazo determinado pelo TSE, o pré-candidato se torna inelegível.
O vice-prefeito Mauro Chaves solicitou em tempo hábil a exoneração do cargo de secretário de Governo para se afastar do posto e se tornar elegível. De acordo com ele, o sentimento após deixar a pasta é o de dever cumprido.
“Após 15 meses de governo, nós desenvolvemos diversos projetos com a permissão do prefeito, trabalhamos efetivamente com todos os secretários e tivemos uma relação estreita com o Legislativo. Tenho certeza que o Rick Paranhos fará um belo trabalho, pois é uma pessoa que já comprovou isso durante o trabalho que desenvolveu no comando da Procuradoria Geral do Município. Continuo como vice-prefeito e estarei contribuindo no dia a dia com o prefeito Robson Magela para atender evidentemente toda a população”, destaca Mauro.
O desenho do mascote é inspirado em lenços de cabeça tradicionais da cultura árabe. La’eeb foi apresentado dentro de um “mascote-verso” que, segundo a Fifa, é um “mundo paralelo onde vivem mascotes de torneios, onde ideias e criatividade formam a base de personagens que vivem na mente de todos”.
“Ele pertence a um mascote-verso paralelo que é indescritível — todos são convidados a interpretar o que parece. La’eeb encoraja todos a acreditarem em si mesmos como ‘Agora é tudo’. Ele vai trazer a alegria do futebol para todos”, disse Khalid Ali Al Mawlawi, vice-diretor geral de marketing, comunicações e experiência em torneios do Comitê Supremo de Entrega e Legado.
“Temos certeza de que os fãs de todos os lugares vão adorar esse personagem divertido e brincalhão. La’eeb desempenhará um papel vital ao envolver torcedores jovens e velhos na experiência da Copa do Mundo da Fifa no Qatar”, completou Al Mawlawi.
De acordo com a Fifa, o novo mascote estará “animando a ação durante o torneio”, e uma série de GIFs e figurinhas virtuais poderão ser baixadas através de canais oficiais da entidade.
Animal foi capturado pela polícias Militar e Ambiental sem apresentar resistência e o incidente não deixou feridos
Uma família do município de Santa Rita do Passa Quatro, no interior de São Paulo, foi surpreendida com a visita inusitada de uma onça parda na manhã desta sexta-feira (1º).
“Por volta de 5h15, ouvimos um barulho como se alguém tivesse pulado dentro de casa, meus cachorros começaram a latir desesperadamente. Logo ouço meu pai chamando meus cachorros e nada de eles entrarem, latiam sem parar. Meu irmão me acorda, ‘Leticia, tem uma onça dentro de casa’, relatou a moradora Leticia Porteiro, em uma publicação no Facebook.
A família buscou a Polícia Militar, que isolou o local e acionou a Polícia Ambiental para o resgate. O animal foi capturado pelo Corpo de Bombeiros de Porto Ferreira e profissionais do Departamento de Serviços Municipais da prefeitura sem apresentar resistência e o incidente não deixou feridos.
Após avaliação por médico veterinário, a onça foi solta em um local de preservação ambiental. “Tendo em vista o animal se apresentar em excelente condições físicas, foi conduzido à área rural em local com área de grande remanescente de vegetação nativa, afastada da presença de aglomerações urbanas, onde foi realizado sua soltura”, informou a nota da PM.
O animal adulto tem cerca de 70 centímetros de altura e 1,20 metros de comprimento.