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Briga de torcidas no México deixa pelo menos 22 feridos

Órgãos do governo ainda não confirmaram mortes durante o confronto; Querétaro e Atlas se enfrentavam pelo Campeonato Mexicano

Torcedores de Querétaro e Atlas se enfrentam nas arquibancadas do estádio La Corregidora, durante partida da 9ª rodada do Campeonato MexicanoFoto: Cesar Gomez/Jam Media/Getty Images

Pelo menos 22 pessoas ficaram feridas no sábado (5) após uma briga entre torcidas durante um jogo de futebol profissional no México entre Querétaro e Atlas, no estádio Corregidora, em Querétaro, informou a Coordenação de Proteção Civil do estado.

“Derivado dos acontecimentos registados na tarde deste sábado no estádio da Corregidora, o CEPC informa que até o momento não há registo de pessoas falecidas, 22 feridos, 9 deles transferidos para o Hospital Geral e destes, dois deles em estado grave” disse a entidade em comunicado.

Tanto a Liga quanto a Federação Mexicana de Futebol informaram que abriram investigações sobre o incidente, ocorrido durante a partida entre Gallos Blanco del Querétaro e Atlas.

Violência “inadmissível”

Mikel Arriola, presidente executivo da Liga Mexicana de Futebol, condenou os acontecimentos e disse que os responsáveis ​​serão “punidos”.

“Inadmissível e lamentável a violência no estádio Corregidora em Querétaro. Os responsáveis ​​pela falta de segurança no estádio serão punidos de forma exemplar. A segurança dos nossos jogadores e torcedores é prioridade! Continuaremos a relatar”, escreveu ele em sua conta no Twitter.

Torcedores do Querétaro agridem torcedores do Atlas durante briga generalizada em partida no estádio La Corregidora, no Mexico / Foto: Cesar Gomez/Jam Media/Getty Images

Times condenam a violência

O clube Atlas disse que “lamenta e desaprova” o ocorrido, e que o futebol deve ser um “aliado para promover valores e diversão para toda a família”. A equipe pediu às autoridades que “investiguem minuciosamente e cheguem às últimas consequências, determinando as responsabilidades dos envolvidos”.

Querétaro também condenou a violência no estádio e afirmou, em comunicado divulgado nas redes, que estão em “coordenação com as autoridades para que atuem vigorosamente contra qualquer responsável”.

FONTE CNN

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Prefeitura de Araxá lança nova etapa da campanha Adote um Cãomigo

Gravatas, lacinhos e um perfume para aquecer ainda mais o coração de quem ama animais. Os cachorrinhos do Canil Municipal já estão preparados para a nova etapa da campanha de adoção promovida pela Prefeitura de Araxá – Adote um Cãomigo.

Os animais vivem no Canil Municipal. Eles foram acolhidos em algum momento em que precisaram de tratamento e cuidados veterinários. A coordenadora do espaço, Leidy Marília Sales, diz que os cães disponíveis para adoção estão saudáveis, vermifugados e castrados. Os filhotes têm castração gratuita garantida. “São animais que viviam nas ruas e que passaram por alguma situação que exigiu a nossa intervenção. Aqui, eles ficam para se recuperar e aguardam um novo dono”, afirma.

Atualmente o Canil Municipal abriga 216 animais, dentre os quais há aqueles mais idosos ou com alguma limitação, como a cegueira, deficiência física ou paraplégico. Estes, conforme explica Leidy, são os que têm maior dificuldade para achar um lar.

“A campanha Adote um Cãomigo é feita para evitar o retorno desses animais para as ruas. Hoje temos recebido uma demanda muito grande de animais e a saída é pequena. Para se ter uma ideia, atendemos em média 90 cães mensalmente e a taxa de adoção está em cerca de 15 animais por mês”, fala. De acordo com ela, é preciso liberar espaço para que o canil possa atender outros animais.

A campanha Adote um Cãomigo acontece tanto de forma presencial – rua Camarões, nº 125, bairro Novo Horizonte – como também virtual. Neste caso, as fotos dos animais que estão disponíveis para adoção são divulgadas através das redes sociais da Prefeitura de Araxá.

Para adotar um cachorrinho, é preciso ter 18 anos, apresentar RG, CPF e assinar um termo de responsabilidade. Os interessados em adotar devem comparecer ao Canil Municipal de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h.

Assessoria de Comunicação

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Mais de 2.000 atendimentos já foram feitos pela Sala Mineira do Empreendedor em Araxá

Em um cenário de pandemia, o trabalho de consultoria e capacitação voltado aos empreendedores torna-se crucial para contornar os impactos e fortalecer os negócios. Desempenhando este papel desde maio de 2021, a Sala Mineira do Empreendedor já prestou 2.136 atendimentos em Araxá. Deste total, 1.650 foram voltados para microempreendedores individuais (MEI).

A Sala Mineira do Empreendedor é resultado de uma parceria entre a Prefeitura de Araxá, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Minas Gerais (Sebrae Minas), Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg) e Sindicato do Comércio de Araxá (Sindicomércio).

A unidade oferta atendimento exclusivo, gratuito e de qualidade aos empreendedores, por meio de orientações, serviços e capacitações que visam facilitar, desburocratizar e agilizar o acesso aos serviços necessários para a abertura e manutenção de sua empresa.

A maioria dos atendimentos foi para pessoas jurídicas, totalizando 1.702 empresas. “As demandas trazidas por pessoas físicas geralmente são em relação a orientações para formalização ou capacitação através dos cursos oferecidos. Ou seja, em um próximo atendimento, muitas delas acabam retornando à Sala Mineira para se tornarem pessoas jurídicas”, explica a agente de Desenvolvimento da Sala Mineira, Sebastiana Barbosa.

Um apoio que veio na hora certa, destaca Sebastiana. “Muita gente foi demitida por causa da pandemia e muitos profissionais não tinham como exercer suas atividades. E essas pessoas precisaram se reinventar para garantir uma renda. Então, surgiram muitos jardineiros, salgadeiros, eletricistas, pedreiros, dentre outros profissionais que viram a importância de se formalizarem para garantir a continuidade de benefícios assegurados ao contribuinte da Previdência Social. Além disso, recebemos pessoas que buscaram preparo, capacitação e orientação para planejar e abrir o seu negócio”, aponta Sebastiana.

A Sala Mineira do Empreendedor fica na sede do Sindicomércio, na rua Dr. Edmar Cunha, nº 260, no bairro Santa Terezinha.

Assessoria de Comunicação

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Queda de rocha em Capitólio que matou dez pessoas foi ‘evento natural’, conclui Polícia Civil; ninguém foi indiciado

Segundo a instituição, não foi verificada nenhuma ação humana específica que tenha provocado o tombamento.

A Polícia Civil informou nesta sexta-feira (4) que não identificou responsáveis ou culpados pelo desabamento de uma rocha no Lago de Furnas, em Capitólio, no Sul de Minas Gerais, que deixou dez pessoas mortas no dia 8 de janeiro. Todas as vítimas estavam em uma única embarcação.

Segundo a instituição, não foi verificada nenhuma ação humana específica que tenha provocado a queda do paredão. A polícia concluiu que a ocorrência foi um “evento natural” e pediu o arquivamento do inquérito.

“Nós averiguamos eventuais irregularidades do empreendimento, mas essas irregularidades não estão conexas com o tombamento da placa rochosa. Se houvesse (conexão), indiciaríamos responsáveis pelos dez homicídios, o que não ficou comprovado”, afirmou o delegado regional de Passos, Marcos Pimenta.

Pedra desliza sobre turistas em Capitólio — Foto: Redes Sociais/Reprodução

Pedra desliza sobre turistas em Capitólio — Foto: Redes Sociais/Reprodução

A Polícia Civil não indiciou ninguém, mas elaborou dez sugestões que serão encaminhadas aos órgãos e às instituições responsáveis pelo licenciamento e fiscalização da região para a melhoria da segurança em Capitólio. Segundo a instituição, outras pedras podem vir a cair.

“Tem rocha lá em que é necessário intervenção urgente”, afirmou o perito e geólogo Otávio Guerra.

Entre as sugestões, estão o mapeamento das zonas de risco, que já começou a ser feito, a redução do número de embarcações permitidas nos cânions, o uso obrigatório de coletes salva-vidas em toda a represa e a proibição de passeios turísticos após advertências da Defesa Civil (veja a lista completa ao final da reportagem).

Cerca de duas horas antes do acidente, no dia 8 de janeiro, a Defesa Civil de Minas Gerais tinha emitido um alerta sobre chuvas intensas e a possibilidade de ocorrências de cabeça d’água em Capitólio.

De acordo com o delegado Marcos Pimento, era responsabilidade do piloto averiguar as condições climáticas. Ele está entre as vítimas mortas na tragédia.

O pedido de arquivamento do inquérito será analisado agora pelo Ministério Público, que pode concordar, requisitar novas diligências ou optar por denunciar alguém.

Perito criminal de Passos, Rogério Shibata, delegado regional de Passos, Marcos Pimenta, e perito criminal Otávio Guerra — Foto: Flávia Cristini / TV Globo

Irregularidades

Uma empresa que atua na região de Capitólio tinha solicitado ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) autorização para a perfuração de um poço de 80 metros de profundidade, para verificar a disponibilidade de água.

No entanto, segundo o delegado Marcos Pimenta, a perfuração foi feita por outra empresa, com um CNPJ diferente, e com profundidade de 288 metros.

“Quando não se encontra água no poço, tem que fechar e comunicar ao Igam no prazo legal de 30 dias, e não houve por parte das empresas, por nenhum CNPJ, essa comunicação”, disse o delegado.

Além disso, um decreto municipal de Capitólio previa a existência de um píer para a fiscalização das embarcações. De acordo com o policial, esse píer chegou a existir, mas “desapareceu há alguns meses e não foi reposto”.

A polícia também identificou que apenas crianças e idosos utilizavam coletes salva-vidas e que a legislação permitia até 40 embarcações nos cânions, o que, para a instituição, é um número muito elevado. No dia da tragédia, foram contabilizadas oito embarcações e uma moto aquática.

No entanto, segundo a Polícia Civil, nenhuma dessas irregularidades contribuiu para a queda da rocha.

Sugestões da Polícia Civil

  • Realização de mapeamento de todas as zonas de risco (movimento de massas) por geólogos e/ ou outros profissionais especializados no ramo e sua demarcação em campo e em planta;
  • Redução no número de embarcações nos cânions, que deverão apenas contemplar o local, em velocidade baixa e sem uso de aparelho sonoro;
  • Implementação do selo de identificação nas embarcações;
  • Identificação de todos os turistas que utilizarem embarcações, sendo que o controle/ cadastro deverá ser armazenado/ disponibilizado nos respectivos píeres;
  • Uso obrigatório de colete salva-vidas em toda a represa e capacete na região dos cânions e áreas semelhantes;
  • Maior integração entre os órgãos/ instituições responsáveis pela concessão e fiscalização de empreendimentos turísticos;
  • Proibição de passeios turísticos na região quando houver comunicação de advertência pela Defesa Civil;
  • Fortalecimento das fiscalizações de engenharia, geologia e ambiental;
  • Exigência de estudo de risco e respectiva contenção para os empreendimentos turísticos;
  • Efetiva participação de Furnas e da concessionária Nascentes das Gerais na adoção de medidas preventivas de segurança.

FONTE G1.COM

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Putin está mesmo isolado na invasão à Ucrânia? O que dizem especialistas sobre a posição do presidente russo

Estudiosos analisam se existe uma alienação internacional e doméstica em relação ao líder e comentam o posicionamento da China em relação sobre o conflito, os efeitos das sanções econômicas contra a Rússia e a votação da resolução na Assembleia da ONU.

Presidente russo, Vladimir Putin — Foto: Sputnik/Aleksey Nikolskyi/Kremlin via Reuters

Durante semanas, Vladimir Putin, presidente da Rússia, negou que estaria planejando invadir a Ucrânia, e alegou que a movimentação das suas tropas perto da fronteira se tratava de exercício militar. Ele também não escondeu a convicção de que a Otan e a União Europeia estavam cada vez mais próximas dos ucranianos — o que diretamente, para ele, é um risco ao governo russo.

Agora, enquanto a Rússia invade a Ucrânia, países do Ocidente se unem para aplicar sanções econômicas que possam frear os avanços de Putin e enviam armas para apoiar o Exército ucraniano. Na mesma linha, empresas privadas também impõem restrições ou encerram as prestações de serviços na Rússia.

A questão é: Vladimir Putin está mesmo isolado na invasão à Ucrânia? A seguir, especialistas ouvidos pelo g1 analisam:

  • O posicionamento da China em relação sobre o conflito;
  • Efeitos das sanções econômicas contra a Rússia;
  • A votação na Assembleia da ONU.

Putin está sozinho nessa guerra?

Tanto Tanguy Baghdadi, especialista em relações internacionais, quanto Denilde Oliveira Holzhacker, professora de relações internacionais da ESPM, concordam que Vladimir Putin está isolado internacionalmente. Quanto ao apoio da população russa, ainda é difícil avaliar. Não restam dúvidas de que ele é um líder de grande poder, mas, como o presidente controla a imprensa e as opiniões que circulam no país, pouco se sabe sobre a avaliação dos russos em relação à invasão na Ucrânia.

“Há uma sinalização de que ele não tenha um apoio interno, mas com certeza ele teve apoio dos grandes milionários. Agora, com as sanções, isso pode estar sendo perdido porque o impacto para a pessoa física tem sido muito alto”, opina Denilde.

Ela também observa que não existe um aliado direto na guerra, nem mesmo a China. “É um conflito que é liderado e está sendo feito pelas forças russas. Para a leitura do Putin pode significar que ele tenha essa alienação, mas também não tem uma oposição direta da China contra ele”.https://e24ae3a26cc4d72eca255ea07a806a64.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Na avaliação de Baghdadi, Putin não está isolado internamente. “Ele continua tendo um apoio bastante grande doméstico. Muitos continuam considerando que a culpa da guerra é da Ucrânia, dos Estados Unidos e da Otan. É importante contar que ele é sim um político popular dentro da Rússia“. Apesar disso, o especialista acredita que isso possa mudar com o decorrer da guerra.

Qual o posicionamento da China em relação ao conflito?

Embaixador da China na ONU fala na Assembleia Geral

Embaixador da China na ONU fala na Assembleia Geral

China manteve sua imparcialidade durante a votação na ONU (leia mais abaixo). O que não significa que o país não esteja, também, defendendo seus próprios interesses. Os chineses são, inclusive, uma das apostas de especialistas como possíveis mediadores diplomáticos para lidar com o conflito.https://e24ae3a26cc4d72eca255ea07a806a64.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Mas, afinal, quais seriam os interesses da China? Estabilidade. Tanguy Baghdadi comenta que, do ponto de vista chinês, “o respeito à soberania tem que existir porque senão há instabilidade, e instabilidade é ruim para todo mundo”. Com a premissa de que “é preciso crescer economicamente”, o país mira em manter suas parcerias internacionais e encontrar formas negociáveis para o fim da guerra.

“A China teria muito interesse em participar de alguma forma. Talvez não diretamente, mas agindo nos bastidores, demonstrando que é uma grande potência ponto de vista econômico e político, e apoia uma solução de paz”, aposta Tanguy.

Efeitos das sanções na estratégia russa

Inicialmente, estudiosos que acompanham política e economia internacional entenderam que as sanções econômicas já conhecidas, aplicadas em países como Cuba, Venezuela ou Síria, não eram eficazes para frear os avanços de Putin na Ucrânia.

À medida que mais restrições e bloqueios foram sendo feitos, a opinião de alguns analistas mudou. Baghdadi caracteriza as novas sanções como “nucleares”. “São sanções muito pesadas, muito fortes. Por exemplo, que impedem a Rússia de ter acesso a uma parte das reservas internacionais do país. Países ocidentais também tiraram a Rússia do sistema Swift. Essas são sanções impedem a Rússia de manter o valor da sua moeda”.https://e24ae3a26cc4d72eca255ea07a806a64.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

O ponto crucial para Baghdadi e para Denilde é que o impacto dessas novas sanções é imediato e causa, a curto prazo, um isolamento e um sufocamento econômico. Elas também atingem civis e elites locais, que podem ajudar a pressionar o presidente russo a cessar-fogo.

“Elas [sanções] sinalizam que as formas de atuação dos países da Europa vão ser de não entrar em uma confrontação direta, mas pressionar por vias econômicas”, diz Denilde.

Há também o posicionamento de empresas privadas que se colocaram contrárias à guerra. Tanguy Baghdadi destaca a decisão das empresas de serviços financeiros Visa e Mastercard em encerrar operações na Rússia. Assim como a Boeing e a Airbus, que pararam de prestar assistência para Moscou. “Com o espaço aéreo europeu fechado, nem mesmo as aeronaves russas, para voos comerciais, conseguem ir para a Europa”, ressalta Baghdadi.

Quais são as estratégias militares de Putin? Veja perguntas e respostas sobre a guerra na Ucrânia

Votação na Assembleia Geral da ONU

Assembleia Geral da ONU sobre invasão da Ucrânia — Foto: Reuters/Carlo Allegri

Assembleia Geral da ONU sobre invasão da Ucrânia — Foto: Reuters/Carlo Allegrihttps://e24ae3a26cc4d72eca255ea07a806a64.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Na quarta-feira (2), foi aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) uma resolução contra a invasão russa na UcrâniaForam 141 votos a favor, 5 contra e 35 abstenções. Sendo os países que votaram contra Belarus, Coreia do Norte, Eritreia, Rússia e Síria.

O destaque da votação, no entanto, não são os votos que foram contrários a resolução, já que, como descreveu Denilde, “são países liderados por ditadores, com histórico de estarem em situações de crise e conflito. Reflete em uma questão mais simbólica do que efetiva.”

A atenção fica em cima das abstenções da índia e da China, que mantêm a imparcialidade. A China, como explicam os especialistas, costuma se abster nessas votações, o que não traz surpresas. E os indianos, ao mesmo tempo que têm relações comerciais de produtos militares com a Rússia, sustentam bons laços com países ocidentais. A análise, então, é que os dois países demonstram que é preciso encontrar outros caminhos, diplomáticos, para encerrar o conflito.

Lembrando que a Venezuela, aliada da Rússia, perdeu o direito ao voto na Assembleia Geral por falta de pagamento de sua adesão à ONU. Segundo o jornal venezuelano “El Universal”, a divida é de cerca de 40 milhões de dólares.https://e24ae3a26cc4d72eca255ea07a806a64.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

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Butantan divulga primeiros resultados de vacina única de influenza e Covid-19

Na fase de testes em animais, a candidata a vacina levou à formação de anticorpos reagentes às três cepas do vírus influenza e ao novo coronavírus

Rovena Rosa/Agência Brasil
Lucas Rochada CNN
em São Paulo

O Instituto Butantan divulgou nesta quinta-feira (3) os primeiros resultados de uma vacina única contra a Covid-19 e contra a gripe. Na fase de testes em animais, a candidata a vacina teve “resultados muito promissores” ao induzir a formação de anticorpos reagentes às três cepas do vírus influenza (H1N1, H3N2 e B) e ao novo coronavírus.

Segundo o Butantan, os testes em humanos podem começar em até um ano. O imunizante conta com duas formulações: a da Butanvac, vacina em desenvolvimento pelo Butantan contra a Covid-19, e a da vacina da influenza, que já é produzida pelo laboratório para abastecer o Programa Nacional de Imunizações (PNI).

“Os primeiros resultados são muito promissores. Ela funciona para produção de anticorpos contra a influenza e para produção de anticorpos contra Covid-19”, afirmou o diretor de Produção do Butantan, Ricardo Oliveira, em um comunicado.

Os estudos iniciais estão em uma etapa chamada prova de conceito, quando se coletam resultados de análises feitas em amostras não humanas. Segundo Oliveira, os ensaios clínicos, que consideram a participação de voluntários, podem começar em até um ano.

A previsão considera o desenvolvimento da Butanvac, que iniciou os testes em humanos exatamente um ano após a conclusão da etapa da prova de conceito.

“O que facilita o processo é que estamos misturando produtos bem conhecidos pelo Butantan: a vacina da influenza, que temos conhecimento de muitos anos, e a Butanvac, que apesar de recente, usa a mesma plataforma da influenza”, explica Oliveira.

Resposta imune

O pesquisador do Centro BioIndustrial do Butantan, Paulo Lee Ho, afirma que a vacina combinada deu indícios de uma resposta imune mais robusta e duradoura do que as vacinas atuais. Segundo ele, os resultados positivos podem estar associados a uma substância adicionada à vacina para potencializar a resposta imunológica, chamada tecnicamente de adjuvante.

“Os resultados são excelentes porque a gente vê que funciona, e estamos vendo que a resposta está muito melhor porque estamos incluindo um adjuvante, que produz uma proteção muito mais eficaz contra os dois antígenos [moléculas desconhecidas pelo organismo que levam à produção de anticorpos]”, afirmou.

Segundo o pesquisador, a introdução do adjuvante produzido pelo próprio Butantan, chamado de IB160, que é muito semelhante aos usados na vacina contra influenza sazonal, tem como vantagem exigir uma quantidade menor de antígenos na composição da vacina. Esse fator aumentaria a capacidade de produção de doses com o mesmo quantitativo de antígenos produzidos.

“[A inclusão do adjuvante] melhora a resposta não só em quantidade, mas em qualidade de anticorpos. O estudo indica que essa inclusão pode aumentar o tempo de produção desses anticorpos e que a resposta imune pode durar muito mais, ser mais efetiva sem alterar a segurança”, ressaltou Paulo.

  • 1 de 16Vacinação de crianças contra a Covid-19 em Porto Alegre (RS)Crédito: Cristine Rochol/PMPA
  • 2 de 16Vacinação de crianças com a Coronavac em São PauloCrédito: Governo do Estado de São Paulo
  • 3 de 16Vacinação de crianças contra a Covid-19 no Recife (PE)Crédito: Iggor Gomes/PCR
  • 4 de 16Vacinação de crianças contra a Covid-19 em Jundiaí (SP)Crédito: Pedro Amora/Prefeitura de Jundiaí
  • 5 de 16Recife, em Pernambuco, começa a vacinar crianças contra a Covid-19Crédito: Reprodução/Lula Carneiro/PCR
  • 6 de 16Vacinação de crianças contra a Covid-19 no Distrito FederalCrédito: Sandro Araújo/Agência Saúde DF
  • 7 de 16Vacinação de crianças contra a Covid-19 em São Luís (MA)Crédito: Prefeitura de São Luís
  • 8 de 16São Paulo iniciou vacinação de crianças contra a Covid-19 no dia 14 de janeiroCrédito: Governo do Estado de São Paulo
  • 9 de 16Vacinação de crianças contra a Covid-19 em Vitória, no Espírito SantoCrédito: Gabriel/Werneck/PMV
  • 10 de 16Crianças recebem vacina contra a Covid-19 em Maricá (RJ)Crédito: Prefeitura de Maricá
  • 11 de 16Vacinação contra a Covid-19 em Taguatinga, no Distrito FederalCrédito: José Cruz/Agência Brasil
  • 12 de 16Vacinação de crianças contra a Covid-19 em Fortaleza, no CearáCrédito: Marcos Moura/Prefeitura de Fortaleza
  • 13 de 16Vacinação de crianças contra a Covid-19 no Rio de Janeiro (RJ)Crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil
  • 14 de 16Início da vacinação de crianças contra a Covid-19 em Fortaleza, no CearáCrédito: Divulgação
  • 15 de 16Início da campanha de vacinação de crianças contra a Covid-19 em Aracaju, no SergipeCrédito: Divulgação
  • 16 de 16Salvador, na Bahia, dá início à vacinação de crianças contra a Covid-19Crédito: Divulgação
  • FONTE CNN
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Entenda o que é endemia e os impactos de mudanças na classificação da Covid-19

Encerramento da situação de emergência declarada em 2020 pode trazer impactos para a gestão da pandemia no país

Mudanças na classificação da Covid-19 poderão trazer a flexibilização de medidas como o uso de máscarasMarcelo Camargo/Agência Brasil
Lucas Rochada CNN
São Paulo

O Ministério da Saúde afirmou à imprensa, nesta quinta-feira (3), que avalia a possível reclassificação da pandemia de Covid-19 no país como uma situação de endemia. De acordo com a pasta, a avaliação é conduzida em conjunto com outros ministérios e órgãos, levando em conta o cenário epidemiológico e o comportamento do vírus no país.

Em entrevista à CNN, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o governo estuda o impacto dessa mudança, e que se baseia no cenário de redução dos casos graves da doença no país. A informação também foi publicada pelo presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais nesta quinta-feira.

“O Ministério da Saúde é quem tem mais autoridade para dispor acerca desse tema a nível nacional e tem a autoridade que é conferida pela lei, essa lei de 2020, a lei que disciplinou a pandemia no Brasil. O artigo primeiro, parágrafo segundo, dá esse prerrogativa a mim, o ministro da Saúde, para rebaixar o grau de pandemia para endemia e eu farei isso baseado em critérios técnicos”, disse Queiroga à imprensa nesta sexta-feira (4).

O que representa uma possível mudança na classificação

Um possível encerramento da Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), com a mudança na classificação do cenário epidemiológico no país de pandemia para endemia, poderá trazer impactos diretos ao enfrentamento da Covid-19 no país.

“Quando falamos de uma epidemia ou de uma pandemia, estamos falando de uma situação de emergência de saúde pública. Em uma emergência sanitária, temos a flexibilização de alguns regramentos que dizem respeito a processos de compra e licitação, exatamente para que se tenha maior velocidade e se consiga atender a população naquela emergência”, explica Chrystina Barros, pesquisadora em gestão de saúde.

Na avaliação da especialista, diante da saída do caráter de urgência, as políticas públicas devem continuar focadas em garantir condições de diagnóstico, atendimento e vigilância epidemiológica. A pesquisadora alerta que é necessário cuidado em relação à mensagem central que pode ser compreendida pela população com a mudança pelo Ministério da Saúde da classificação da doença.

“Nós precisamos ter cuidado para que ao dar o alerta agora de uma endemia, de uma doença que faça parte do nosso dia a dia ao invés de uma pandemia, isso não traga o relaxamento das medidas de vigilância. Isso não pode trazer o relaxamento da população em um momento em ainda enfrentamos surtos e ondas referentes a novas cepas, ainda é tempo de atenção”, destaca.

decisão poderá flexibilizar um conjunto de medidas não farmacológicas, que são aquelas preconizadas desde o início da pandemia para a prevenção da Covid-19, incluindo o uso de máscaras de forma obrigatória.

A epidemiologista e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Ethel Maciel, afirma que o conceito de transição de pandemia para endemia está em estudo por grupos de pesquisa em todo o mundo.

“Ainda não temos um consenso mundial de quais seriam os indicadores de casos e de mortes para a definição de endemia em relação à Covid-19. O vírus vai continuar entre nós, ainda vamos ter casos e óbitos. Porém, muito provavelmente essas mortes vão acontecer entre as pessoas vulneráveis, em geral idosos e pessoas que têm outras comorbidades, e não em pessoas vacinadas e que são imunocompetentes”, disse.

Atendimento médico em hospital durante a pandemia de Covid-19
Caráter emergencial permite celeridade na contratação de profissionais em casos de urgência / Breno Esaki/Agência Saúde DF

O encerramento da situação de emergência também pode prejudicar a aplicação de vacinas autorizadas para uso emergencial no país, como a Coronavac e a Janssen. A resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de 10 de março de 2021, afirma que em caso de suspensão da situação de emergência pelo Ministério da Saúde, a autorização será automaticamente suspensa.

O ministério da Saúde articula junto à Anvisa possíveis mudanças na resolução para evitar a suspensão do uso dos imunizantes no país.

Como se define um cenário epidemiológico

A pesquisadora Chrystina Barros, membro do Comitê de Combate ao Coronavírus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), explica que na área da epidemiologia, campo de estudo da relação entre saúde e doença, os agravos são definidos de acordo com a prevalência, ou seja quando acontecem, número de casos e incidência em determinada região.

“Se numa área geográfica delimitada existe um aumento do número de casos, tem-se um surto. Se isso se estende a uma área maior, falando de cidades e estados, tem-se uma epidemia. Se isso alcança continentes, nós falamos de uma pandemia”, afirma.

A pesquisadora explica que, embora a definição de pandemia seja uma atribuição da Organização Mundial da Saúde (OMS), os países devem realizar o monitoramento das informações epidemiológicas para entender o comportamento da doença a nível nacional.

“Essa classificação tem que seguir critérios geográficos e quantitativos que mostrem a evolução do número de casos da doença na história de saúde da população ao longo de um tempo”, diz.

Como se define caráter emergencial

No dia 3 de fevereiro de 2020, o Ministério da Saúde reconheceu a Covid-19 como emergência sanitária internacional e elevou o nível da resposta brasileira para Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN).

A medida, publicada no Diário Oficial da União, estabeleceu o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE-nCoV) como mecanismo nacional da gestão coordenada da resposta à emergência no âmbito nacional.

Dentre as atribuições do centro de operações, estão a articulação com gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) de todo o país, acionamento de equipes de saúde, incluindo a contratação temporária de profissionais, e a aquisição de bens e contratação de serviços em regime de urgência.

Entenda a classificação epidemiológica

Diferentes nomes técnicos são adotados para definir a situação epidemiológica de uma doença: surto, epidemia, endemia e pandemia. As nomenclaturas estão associadas ao alcance de um agravo e aos impactos para as populações.

As epidemias são definidas pelo aumento no número de casos de uma doença em diversas regiões, ainda sem atingir uma escala global.

“Epidemia é quando uma doença apresenta um crescimento abrupto, além do que é esperado”, diz. “Não chamamos de epidemia quando são doenças sazonais, como a dengue, que os casos crescem todos os anos na mesma época”, explica Carlos Magno, professor da faculdade de Medicina da Unesp (Universidade Estadual Paulista).

Uma doença se torna uma pandemia quando atinge níveis mundiais. Considerando o espalhamento de um agente causador em diversos países ou continentes, afetando um grande número de pessoas. A declaração de pandemia é feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que classificou a Covid-19 desta forma no dia 11 de março de 2020.

O conceito de endemia, por sua vez, considera a presença de uma doença de forma recorrente em uma região, mas sem apresentar aumentos significativos no número de casos. “Quando uma epidemia acontece de maneira constante ao longo do tempo no mesmo local, é chamada de endemia”, afirma Magno.

Já os surtos são caracterizados pelo aumento repentino de uma doença em uma localidade específica, como exemplo, temos os surtos de Ebola que atingem localidades restritas de países da África.

Cuidados básicos ajudam a prevenir a Covid-19

  • 1 de 7Cuidados básicos ajudam a prevenir a Covid-19 e a gripe. Mantenha a utilização de máscarasCrédito: Getty Images
  • 2 de 7Higienize as mãos com água e sabão com frequênciaCrédito: Fran Jacquier/Unsplash
  • 3 de 7Utilize álcool gel quando estiver na ruaCrédito: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
  • 4 de 7Mantenha os ambientes ventiladosCrédito: Daniel Hansen/Unsplash
  • 5 de 7Evite tocar os olhos e a boca constantementeCrédito: Getty Images/Westend61
  • 6 de 7Evite aglomerações e locais fechados, quando possívelCrédito: Rovena Rosa/Agência Brasil
  • 7 de 7Busque a vacinação contra a Covid-19 e contra a gripeCrédito: Thamyres Ferreira/MS
  • FONTE CNN
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Pelo menos 33 países autorizam entrada de refugiados da Ucrânia

Brasil publicou na quinta-feira (3), no Diário Oficial da União, a portaria que prevê visto humanitário por 180 dias

Organização das Nações Unidas (ONU) informou que mais de 1 milhão de pessoas já deixaram a UcrâniaAttila Husejnow/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
Giulia Alecrimda CNN
em São Paulo

Ao menos 33 países estão autorizando a entrada de pessoas que estão fugindo da guerra na Ucrânia. A primeira manifestação de abrigo veio da União Europeia, bloco que reúne 27 países membros aptos a receber refugiados. Ainda não está claro por quanto tempo a aliança europeia emitirá a permissão de entrada, mas haverá possibilidade de emprego, moradia e assistência médica.

De acordo com um levantamento exclusivo da Agência CNN, além dos países membros, outros seis anunciaram a entrada, são eles: Brasil, Estados Unidos, Canadá, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Austrália.

O Brasil publicou na quinta-feira (3), no Diário Oficial da União, a portaria que prevê visto humanitário por 180 dias, com possibilidade de solicitar residência por tempo indeterminado Os imigrantes também poderão trabalhar, nos termos da legislação vigente.

Os Estados Unidos anunciaram na quinta-feira a emissão do Status de Proteção Temporária (TPS) por 18 meses para quem tiver adentrado o país até 1º de março.

Canadá até o momento foi o único país que informou que não teria limite de quantas pessoas poderiam aplicar para o visto, além de informar a possibilidade de residência por mais de dois anos.

Reino Unido, que deixou a União Europeia oficialmente no dia 1° de janeiro de 2021, não chegou a autorizar vistos para qualquer imigrante, mas sim para pais, irmãos, filhos e avós de residentes ucranianos no Reino Unido encontrarem suas famílias.

Os Emirados Árabes Unidos haviam, inicialmente, suspendido a entrada de ucranianos, mas depois de críticas dos aliados do Oriente Médio, resolveram voltar atrás e anunciar que os refugiados seriam aptos para vistos.

Por fim, a Austrália divulgou que já analisou “centenas” de pedidos de visto nos últimos dias. Residentes ucranianos que já viviam no país e que estavam próximos de ter o visto vencido, ganharão uma extensão automática de mais seis meses.

A Organização das Nações Unidas (ONU) informou que mais de 1 milhão de pessoas já deixaram a Ucrânia.

Refugiados deixam a Ucrânia

  • 1 de 7Refugiados da Ucrânia chegam a abrigo temporário em Korczowa, na PolôniaCrédito: Sean Gallup/Getty Images
  • 2 de 7Refugiados choram e se abraçam após encontrar parentes do outro lado da fronteira da Ucrânia com a PolôniaCrédito: Attila Husejnow/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
  • 3 de 7Pessoas esperam por refugiados em estação de trem nas proximidades da fronteira entre Rússia e UcrâniaCrédito: Janos Kummer/Getty Images
  • 4 de 7Refugiada ucraniana cruza a pé a fronteira da Ucrânia com a PolôniaCrédito: Attila Husejnow/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
  • 5 de 7Refugiados acampam perto da fronteira entre a Ucrânia e a PolôniaCrédito: Beata Zawrzel/NurPhoto via Getty Images
  • 6 de 7Abrigo de refugiados ucranianos na PolôniaCrédito: Agnieszka Majchrowicz/Anadolu Agency via Getty Images
  • 7 de 7Estação de trem na Polônia registra alto fluxo de refugiados vindos da UcrâniaCrédito: Agnieszka Majchrowicz/Anadolu Agency via Getty Images

FONTE CNN.

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Embrapa prepara caravana para economia de US$ 1 bilhão em fertilizantes

Com o impacto da guerra na Ucrânia no mercado de fertilizantes, empresa também trabalha para reduzir em 25% a dependência do Brasil de importações até 2030

Produtor aplica fertilizante27/05/2021REUTERS/Pascal Rossignol
Pauline Almeidada CNN
no Rio de Janeiro

Com o impacto da guerra na Ucrânia no mercado de fertilizantes, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vai lançar uma caravana de apoio técnico aos produtores rurais.

O objetivo é aumentar de 60% para 70% a eficiência no uso de fertilizantes e economizar US$ 1 bilhão no uso desses produtos na próxima safra.

As informações foram confirmadas à CNN pelo presidente da Embrapa, Celso Moretti.

“Qual é o impacto em termos de economia? Economizar US$ 1 bilhão em fertilizantes para a próxima safra”, afirmou.

“Para aplicar adubo, primeiro você precisa fazer uma análise do solo para ver o que está faltando e nem sempre isso acontece. Nós vamos dar todas essas orientações técnicas nas principais regiões produtoras do Brasil”, explicou.

De acordo com Moretti, essa é a ação que a Embrapa montou para reagir “em curtíssimo prazo” ao conflito no Leste Europeu. Os técnicos da instituição vão fornecer treinamento para produtores, cooperativas e associações.

A caravana batizada de FertBrasil veio de outra iniciativa semelhante realizada entre 2013 e 2014, quando uma praga se espalhou pelo Cerrado do país, com forte impacto nas cadeias de algodão e soja.

O projeto deve começar junto com o anúncio de um plano nacional de fertilizantes pelo governo federal.

Em entrevista à CNN nesta semana, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse que o lançamento deve acontecer até o dia 17 deste mês.

Segundo o presidente da Embrapa, a produção agropecuária brasileira alimenta 800 milhões de pessoas no mundo, mas consome 8,5% do mercado de fertilizantes para isso.

O país é o quarto em uso de fertilizantes, atrás apenas de Estados Unidos, China e Índia — todos produtores dos insumos.

Moretti destacou que, em 2021, o Brasil importou 85% dos fertilizantes, cerca de 43 milhões de toneladas, sendo que 73% deles são empregados nas cadeias de soja, milho e cana-de-açúcar.

A Rússia, responsável pelos ataques à Ucrânia, é a principal fornecedora para o Brasil, com mais de 20% das importações. Uma das maiores necessidades é em relação ao potássio, sendo que 50% dele vem da Rússia e da aliada Belarus.

Diminuição da dependência

A Embrapa também tem um plano em andamento para diminuir a dependência do Brasil em relação ao mercado internacional.

A meta é reduzir em 25% a demanda por fertilizantes importados até 2030. “Nós não temos uma vara de condão para mudar isso do dia para a noite”, avaliou o presidente da Embrapa, Celso Moretti.

A instituição de pesquisa age em cinco frentes: biofertilizantes, organominerais, fertilizantes nanoestruturados, agricultura de precisão e condicionadores de solo com pó de rocha.

Entre os biofertilizantes, está um desenvolvido por pesquisadores da própria Embrapa, que descobriu duas bactérias que atuam no fósforo no solo — uma delas faz o fósforo se movimentar mais na terra enquanto a outra tem impacto nas raízes das plantas.

Na safra de 2020/2021, o Brasil contou com 300 mil hectares de plantações com essa tecnologia, número que saltou para 3 milhões de hectares no período 2021/2022.

No caso dos organominerais, um fertilizante mineral é combinado com fontes orgânicas, como esterco de animais.

Já os nanoestruturados fazem uma liberação controlada, mais lenta, das substâncias necessárias às plantas, enquanto a agricultura de precisão trabalha com um levantamento detalhado dos pontos da propriedade rural que necessitam de mais ou de menos adubo.

O último ponto, da “rochagem”, ainda está em estudo e deve apresentar resultados finais em dois anos.

Moretti destaca a importância do agronegócio, que representa 26% do PIB brasileiro. Segundo ele, é possível combinar pesquisa e tecnologia no campo para diminuir a dependência e reduzir custos.

Na década de 1990, por exemplo, a Embrapa descobriu uma bactéria que auxilia a captação de nitrogênio na plantação de soja.

Em 2021, a tecnologia ajudou o Brasil a economizar R$ 28 bilhões e ainda evitar o uso de nitrogênio vindo do petróleo, impedindo a emissão do equivalente a 100 milhões de toneladas de gás carbônico, estratégia que ainda contribui para conter as mudanças climáticas.

Sobre o impacto da guerra na Ucrânia na produção brasileira, o presidente da Embrapa acredita em efeitos mais intensos a partir da safra de verão, que começa a ser plantada em outubro, caso os ataques persistam.

“É difícil fazer qualquer previsão. Isso vai depender da extensão do conflito”, pontuou.

O governo brasileiro vem agindo com o que chama de “diplomacia de fertilizantes”, em busca de outros fornecedores como alternativa à Rússia e Belarus, como Canadá, Irã e Catar.

fonte CNN

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Diversificação de negócios da CBMM se reflete em crescimento em 2021
Companhia amplia aportes em Programa de Tecnologia e avalia investimentos em startups
para acelerar desenvolvimento de tecnologias com Nióbio e ampliar mercado

Em linha com as megatendências globais de eletrificação, urbanização, sustentabilidade e transformação digital, a CBMM reforça seus planos para um crescimento acelerado pautado em novas aplicações na siderurgia e na diversificação de seus mercados de atuação. Para isso, em 2021, a companhia investiu ainda mais na estratégia direcionada a novos negócios, buscando acelerar a entrada de tecnologias aplicadas de Nióbio no mercado global, especialmente no segmento de baterias.

Para suportar os planos de crescimento, a CBMM concluiu o maior ciclo de investimento em planta industrial de sua história, em Araxá (MG), com a expansão da unidade concluída em 2021. Foram investidos R$ 3 bilhões somente na última fase de ampliação, elevando a capacidade produtiva de seu complexo industrial de 100 mil toneladas para 150 mil toneladas de produtos de Nióbio, nível superior à atual demanda do mercado mundial. A ampliação está em linha com a estratégia da companhia de sempre antecipar suas jornadas de crescimento de demanda através da tecnologia e inovação para a geração de valor para a sociedade.

Esse crescimento pautado pela diversificação reflete-se em resultados positivos também para Minas Gerais. Em 2021, a CBMM contribuiu com o recolhimento de mais de R$ 4 bilhões para os cofres públicos. Esses valores se dividem em parcelas principalmente relacionadas à cadeia de impostos arrecadados em razão da comercialização somente de produtos de Nióbio já acabados e contribuições; além da parcela de R$ 1,5 bilhão destinada à Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), conforme previsto em contrato vigente entre as partes.

Dentro da estratégia de acelerar crescimento via novos negócios, apenas no ano passado, a empresa investiu em duas startups – na inglesa Echion e na norte-americana Battery Streak. Os investimentos visam acelerar novos desenvolvimentos em materiais para baterias de íons de lítio. Em 2021, o volume de vendas de produtos de Nióbio para aplicação em baterias somou 50 toneladas, para 2022, a previsão é que esse número alcance 500 toneladas.

Os aportes no Programa de Tecnologia também seguiram uma curva ascendente e totalizaram R$ 195 milhões em 2021, um crescimento de mais de 38% em relação a 2020. Deste montante, R$ 60 milhões foram destinados ao Programa de Baterias. O restante foi concentrado em programas também relevantes, como o de aços avançados para projetos de infraestrutura e mobilidade mais sustentáveis, além de novas aplicações nos setores de energia e eletroeletrônico. Para 2022, a expectativa é que os investimentos em pesquisa, desenvolvimento e novas tecnologias avancem mais de 40%, chegando a R$ 278 milhões.

A combinação entre os investimentos robustos realizados pela CBMM e a retomada da economia global após a pandemia de Covid-19, especialmente dos setores siderúrgico e aeronáutico, refletiu-se em um aumento de 64% na receita líquida da Companhia em 2021 no comparativo com 2020, que somou R$ 11,4 bilhões. Já o lucro líquido foi de R$ 4,5 bilhões, número 78% superior ao registrado no ano passado.

Já com relação ao EBITDA, a CBMM alcançou a marca de R$ 7,6 bilhões, um incremento de 47% frente ao ano anterior. Esse resultado é reflexo da disciplina operacional, além do aumento da receita de vendas, especialmente na Ásia (excluindo a China), que apresentou crescimento de 40%, e na Europa, que contou com volume de vendas 20% superior ao registrado em 2020.

O volume de vendas total de produtos de Nióbio teve aumento de 17%, totalizando 85 mil toneladas, crescimento em linha com o mercado, que somou 110 mil toneladas em 2021, ante 95 mil toneladas em 2020. A China manteve-se como principal mercado da CBMM, com 40% do volume de vendas, seguida dos demais países asiáticos, como Japão, Coreia do Sul e Índia, que representaram uma fatia de 22%. A Europa absorveu 19% das vendas da empresa, enquanto as Américas, principalmente EUA e Brasil, somaram 14%. Outras regiões como o Oriente Médio e a África representaram os 5% restantes.

Para os próximos anos, as perspectivas da empresa são otimistas. Sempre à frente do mercado, a CBMM pretende dobrar seu volume de vendas de 2021 até 2030, alcançando 185 mil toneladas de produtos de Nióbio. Além disso, nos próximos nove anos, a empresa prevê que 40% de sua receita seja representada por produtos fora da siderurgia. Atualmente, esses produtos representam 10% da receita da Companhia.

Sobre a CBMM
Líder mundial na produção e comercialização de produtos de Nióbio, a CBMM possui mais de 400 clientes, em 50 países. Sediada no Brasil, com escritórios e subsidiárias na China, Países Baixos, Singapura, Suíça e Estados Unidos, a companhia fornece produtos e tecnologia de ponta aos setores de infraestrutura, mobilidade, aeroespacial e energia. Em 2019, investiu na 2DM, empresa dedicada ao Grafeno e, em 2021, nas startups Echion e Battery Streak. Os investimentos visam novos desenvolvimentos em materiais para baterias de íons de lítio. Para mais informações, visite o media center.

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