A mentira é algo que permeia o nosso cotidiano de uma forma impressionante. Apesar de ser condenada como pecado e figurar grandes casos de corrupção, a mentira, por menor que seja, acaba sendo quase inevitável. No dia a dia, o hábito acaba tendo tamanha relevância, que pode ser vista nas várias expressões que denunciam a consumação do ato. Entre outros tantos, o termo “de araque” aparece sempre junto a algo que parece ser uma coisa, mas não é.
Para explicar a origem dessa expressão tão cotidiana, temos que primeiramente derrubar um antigo mito ligado à bebedeira. Nos vários botequins e festas, é comum ouvirmos que, sempre quando a bebida alcoólica é ingerida, o seu consumidor acaba deixando escapar algumas verdades escondidas. Esse parece não ser o caso do “arak”, uma bebida destilada árabe, fabricada a partir da seiva da palmeira ou do arroz e dotada de um altíssimo teor alcoólico.
Trazida ao Brasil pelos imigrantes árabes de origem não muçulmana, essa bebida logo foi conhecida pelo seu potencial em causar uma grande sensação de embriaguez. Como todos sabem, o bebum, além de deixar escapar muitas verdades, também confessa o seu estado tétrico quando começa a falar uma série de histórias “de araque”. E foi dessa forma que, a partir do aportuguesamento do termo “arak”, que a expressão aqui explicada, saiu dos copos para incorporar-se à linguagem usual.
Ao verificar a inesperada origem árabe do termo “de araque”, comprovamos a existência do grande mosaico que figura a cultura brasileira. Além de negros, índios e brancos, temos uma outra leva de civilizações que trouxeram consigo hábitos que determinam a construção dos nossos costumes. Sendo assim, temos mais uma lição para os pensadores “de araque” que negam ou criticam a multiplicidade que constrói a identidade do povo brasileiro.
Por Rainer Sousa Graduado em História Equipe Brasil Escola
Galês Bryn Perry recicla soro de leite que sobrou de fabricação de queijo para produzir bebida destilada.
Enquanto um trator passa fazendo barulho no meio de nossa entrevista, tenho que verificar se realmente escutei bem.
“Você realmente faz sua vodca a partir do leite de ovelha?”, reajo, demonstrando surpresa.
Não havia espaço para dúvidas. O jovem agricultor premiado Bryn Perry, de Haverfordwest, no condado de Pembrokeshire, no País de Gales, confirmou usar um método inovador de reciclagem de soro de leite restante da fabricação de queijo para produzir a bebida destilada.
E antes que você, leitor, reaja com um “eca”, Bryn reforça que sua Ewe Whey Vodka é muito saborosa.
O princípio é semelhante ao da Milk Stout (cerveja escura e cremosa que contém lactose), explica. Os açúcares do soro são fermentados para fazer um tipo de cerveja, que é então destilada para produzir a vodca.
Embora Bryn e sua mulher, Rebecca Morris, a descrevam como tendo um “toque cremoso que pode ser bebido pura”, ele diz que a bebida não é de forma alguma um “milkshake para adultos”.
“Você diz às pessoas que está fazendo vodca com soro de leite de ovelha, e elas imediatamente presumem que será uma bebida cremosa à base de leite”, diz ele.
“Na verdade, é bastante semelhante a uma vodca normal, mas mais suave — algo que você pode desfrutar com um pouco de stilton (queijo azul originário da Inglaterra) e uvas à beira-mar.”
Ele diz que a ideia lhe ocorreu por conta da angústia que sentia ao despejar galões de soro de leite pelo ralo.Não há justificativa ambiental, financeira ou moral para desperdiçar qualquer subproduto agrícola nos dias de hoje.— Bryn Perry
“Produzimos cinco variedades diferentes de queijo de ovelha, mas todos os dias jogamos fora metade de tudo o que coletamos na sala de ordenha.”
Depois que a coalhada é separada para uso nos queijos, o soro restante é transportado para a destilaria In The Welsh Wind, em Tan-y-Groes (vilarejo a cerca de 116 km da capital galesa de Cardiff), e então processado.
Suíços produzem queijo vegano de castanha de caju
O casal levou um ano para encontrar a receita “perfeita” — Bryn recebeu um prêmio de agricultor “revelação” no País de Gales.
“O processo preciso é um segredo bem guardado — depois de todo o esforço que colocamos nele, não vamos contar a todos como é feito”, diz Bryn.
“Atualmente, usamos ovelhas holandesas porque elas têm a melhor produção de leite, mas estamos tentando cruzá-las com ovelhas nativas galesas, cujas patas são mais resistentes para nossas condições montanhosas”.
Bryn e Rebecca dizem que foram apenas os segundos na Europa a criar uma vodca a partir do leite de ovelha.
“Ouvi falar de alguém fazendo isso na Nova Zelândia, que acho que foi o primeiro no mundo na época. Quando comecei a pesquisar, não havia ninguém na Europa fazendo a mesma coisa, embora outra empresa tenha nos desbancado e lançado seu produto primeiro. De qualquer forma, ainda somos um nicho bastante específico.”
A vodca de Bryn faz parte de um esforço conjunto de produtores galeses para reutilizar subprodutos que seriam normalmente jogados fora.
A Pennotec, sediada em Y Ffôr, está desenvolvendo um processo para usar a polpa de maçã restante da produção de cidra como substituto de gordura em pratos prontos, bem como cascas de resíduos do processamento de frutos-do-mar como clarificador natural de água para uso em sistemas de filtros para piscinas e hidroterapia.
Enquanto isso, após dois anos de intensa pesquisa e experimentação, os irmãos Cameron abriram a Dyfi Distillery e usam aparas de sebes de fazendas locais para produzir extratos botânicos para seu gim.
E a destilaria Aber Falls está usando o resíduo da fabricação do uísque como fertilizante, enquanto os grãos usados são reciclados como ração para o gado.
Atualmente, a Ewe Whey Vodka está disponível apenas em mercados de agricultores ou diretamente da fazenda de Bryn e Rebecca, embora eles esperem poder vendê-la online a tempo do Dia das Mães, comemorado no próximo dia 8 de maio no Reino Unido.
Ouça guia do festival na voz de suas estrelas. Podcast g1 ouviu tem prévia do evento em entrevistas com Foo Fighters, Black Pumas, Alessia Cara, Pabllo Vittar, Marina Sena, Gloria Groove, Fresno e mais.
Falta uma semana para o Lollapalooza 2022. É pouco tempo para quem já esperou três anos até curtir o festival de novo – foram duas edições canceladas desde a mais recente, em 2019, por conta da pandemia.
O Lolla mais aguardado de todos os tempos vai começar na sexta-feira (25), até o domingo (27). O podcast g1 ouviu faz uma prévia do festival na voz de algumas das suas principais estrelas.
Rashid
No Lolla de 2019, Rashid estava começando seu show no Lolla quando começou uma tempestade de raios. O show teve que parar e não voltou. “Foi um momento muito frustrante. Acho que para todo artista, ainda mais de uma cena alternativa, começando e fazendo rap no Brasil, o palco do Lolla é um dos maiores sonhos profissionais”.
“Agora a minha expectativa novamente está lá em cima, porém já com a experiência de que ‘calma também as coisas podem não sair com planejado’. Mas a expectativa é sempre fazer um grande show e se divertir”.
Rashid — Foto: Kleber de Oliveira /
Gloria Groove
“Lollapalooza é a preparação da minha vida agora. Porque é o lugar onde eu escolhi para estrear esse novo show.”
“Ele tem uma importância gigante para marcar esse esse momento, e eu acredito que pode ser o show da minha vida.”
“O álbum (“Lady Leste”) engloba uma versatilidade grande de estilos, e eu acho que trazer isso para um palco pop do festival pode colocar em tudo em outro patamar.”
“Ao mesmo tempo, eu sinto que eu me preparo para isso a vida inteira. Eu sempre quis ser uma artista de grandes shows e festivais. Lollapalooza para mim é uma confirmação de que ‘Lady Leste’ é a era que eu sempre quis fazer – só não tinha antes a condição de amarrar isso tudo.”
Gloria Groove — Foto:
Pabllo Vittar
“Eu me sinto muito honrada, espero poder representar o Norte e o Nordeste com muita força e muita garra e mostrar essa cultura que é tão rica para todo o Brasil. Estou muito ansiosa mesmo de fazer minhas coreografias, de cantar as músicas e de sentir toda essa vibração nortista no palco do Lolla.”
“Vai desde ‘Vai passar Mal’ a ‘Batidão Tropical’, também (o remix com) Lady Gaga. Vou passear por todos os meus quatro álbuns e levar um pouquinho do “I am Pabllo Tour” para o palco do Lolla, com troca de look, coreografias, arranjos e vocais.”
“Eu lembro da primeira vez que fui como espectadora, e me diverti tanto. Lembro do show da MØ, do Duran Duran e do BaianaSystem, que assisti bem na grade. Voltar agora em 2022 é um sonho realizado.”
“A gente que é artista vai num show e vê a entrega do cantor, com toda aquela luz e a galera gritando… a gente se imagina lá. Graças a Deus esse ano é minha vez. Eu vou arrasar, não vou perder essa oportunidade”, promete.
Pabllo Vittar durante apresentação no festival ‘Corona Capital’, na Cidade do México, neste domingo (21) — Foto: Eduardo Verdugo/AP
Marina Sena
“A gente está preparando um showzão. Alugamos um lugar agora em que a gente vai ensaiar o show como ele é mesmo, cada detalhe, cada fala, cada coisa, cada movimento, cada luz, cada tudo, para ficar realmente um espetáculo bem amarradinho. E bem teatral. Vai ser pequeno, 45 minutos de show. Mas a gente vai tentar fazer eu ser gigante nesse tempo.”
“Eu estou com duas bailarinas no meu show normalmente. Mas no Lollapalooza vai ter mais balé. A gente nunca ensaiou o show como ele é, porque não deu tempo – não tem como, você é engolido pelas demandas. Então você vai ensaiando no show, basicamente, já fazendo.”
“Agora a gente vai parar e entender cada detalhe do show, para ficar tudo bem amarradinho, tal qual uma diva pop tem que agir. Então vai ser bem mais especial, bem mais pensado.”
“E a partir desse show do Lollapalooza os próximos já vão vir com esse mesmo peso. Mas acho que é realmente no Lollapalooza que o show vai subir uns 10 degraus”.
Marina Sena no clipe de ‘Cabelo’ — Foto: Divulgação/Fernando Tomazhttps://d3c074a4f8ec82cfe4e61b3f72abee49.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Foo Fighters
A banda vai tocar no festival logo após lançar no Brasil “Terror no Estúdio 666”. É um filme de horror-zoeira, inspirado na mansão com fama de mal assombrada onde eles gravaram o disco mais recente, “Medicine at midnight”.
Em entrevista sobre o filme, o g1 aproveitou para perguntar se haveria algum elemento do longa no telão ou durante o show. “A gente nem tinha pensado nisso. É uma ideia muito boa mesmo”, respondeu Dave Grohl em tom de brincadeira.
Eles viajaram na ideia e até sugeriram pegar emprestado o Eddie, boneco do Iron Maiden. Dave anda que poderia ter sangue jorrando no público, ainda em clima de piada.
Foo Fighters — Foto:
Black Pumas
O Black Pumas toca no mesmo dia dos Foo Fighers. Com cinco anos de existência e shows lotados, o duo texano faz um som que transita pelo rock, soul e R&B, numa embalagem mais moderna. Há quem chame de soul-psicodélico.
O público pode esperar algo mais complexo do que muita coisa do pop atual. “Escrevo de forma mais complexa, mas apenas porque não sigo a estrutura que ouvimos no TikTok. É menos pop”, disse o vocalista Eric Burton.
Quer referências? “Sou fã de folk music, de Bob Dylan e Neil Young, e também de Marvin Gaye, Al Green, Aretha Franklin, Otis Redding e Wilson Pickett. São todos artistas que me identifico e tento levar para o Black Pumas.” Leia mais sobre os Black Pumas.
Eric Burton e Adrian Quesada, do duo Black Pumas — Foto: Jody Domingue
Fresno
“O que a gente fez não foi nem montar um setlist. A gente montou uma banda. A gente vai ser uma banda maior no Lolla, vai tocar com uma formação maior, que já testou, mas agora vai ser a primeira vez que vai botar todo mundo no palco. É com naipe de metais, percussão, uma doideira”, diz o vocalista Lucas Silveira.
“Então todas as músicas, até as que já são mais batidas, que todo mundo conhece, vão estar sendo executadas numa versão diferente. Isso sim eu acho que faz o cara que está passando lá olhar e falar: ‘Putz, isso aqui é Fresno, mano, que doido’.” Fresno no Lollapalooza.
Clarice Falcão
“Eu acredito muito em fazer um show espontâneo. Pelo menos é o que eu tenho feito com essa turnê. Até o meu primeiro show, ‘Monomania’, era bem teatral, todo roteirizado. Cada fala era totalmente pensada, e eu gostei muito de fazer. Mas eu tenho tido muito prazer em fazer um show espontâneo, em que você não sabe o que vai acontecer. Entender o público, entender qual é a ‘vibe’ da galera, responder as coisas. Alguém grita um negócio… Enfim, eu estou empolgada para sentir o público do Lolla, sabe?”
Clarice Falcão no show ‘Em conserto’ — Foto: Michelle Castilho / Divulgação Circo Voador
Lagum
A banda mineira de pop suave e “good vibes” toca no dia mais roqueiro do Lollapalooza – o domingo, que tem os Foo Fighters como atração principal. Eles vão dar uma turbinada no show, conta o vocalista Pedro Calais:
“A gente pretende fazer um show mais enérgico, com certeza. Mesmo os nossos reggaes, as coisas mais pop, samba… nos nossos shows elas têm sempre uma pitada mais enérgica, porque a gente toca com guitarra, com bateria, que é diferente do estúdio quando a gente usa violões, um beatzinho e vai para uma coisa mais tranquila. Mas esse show vai ser focado para ser o mais enérgico possível.
Lagum toca no Lollapalooza Brasil 2022 no domingo (27) — Foto: Divulgação/Webber Pádua
Alessia Cara
A cantora canadense vai tocar os hits que a transformaram em uma das maiores revelações recentes do pop e do r&b, como “Here”. Mas ela também vai mostrar o seu amor brasileiro pela bossa nova. “Eu não quero entregar, mas pode ser que tenha um pouco aí para o público brasileiro. Como não poderia? Claro, eu amo tanto essa música (brasileira). Vai ter algo, definitivamente. Então eu acho que entreguei (risos). Mas não vou dizer o que é…”, ela provoca.
Alessia Cara — Foto: Shervin Lainez / Divulgação
LP
A cantora de voz imponente do hit “Lost on you” vai mostrar que o ukulele, aquele pequeno instrumento de corda havaiano, não serve apenas para fazer indie-folk fofinho (o fofolk). “Eu não acho que ninguém que canta como eu canto toca ukulele. Mas acho que é um contraste interessante. O instrumento falou para minha alma, me fez sentir alegria. A delicadeza dele é de partir o coração. Na minha opinião é um instrumento profundo. Mesmo que não pareça”.
LP — Foto: Divulgação / Instagram oficial da artista
Uso de energias como a solar e a eólica ganharam forçam em meio ao combate às mudanças climáticas
Com a urgência em combater as mudanças climáticas, as energias renováveis foram ganhando força e espaço no debate público. Cada vez mais, países anunciam que aumentarão o uso de fontes renováveis em suas matrizes, na chamada transição energética.
A ideia é reduzir a participação dos combustíveis fósseis — gás natural, carvão e petróleo —, que emitem gás carbônico quando são usados para gerar energia.
Como a demanda da sociedade por energia não cairia junto com a redução de uso desses combustíveis, é necessário encontrar substitutos mais amigáveis ao meio ambiente, e aí entram as energias renováveis.
O Brasil é um dos países de referência no uso de fontes renováveis em sua matriz elétrica. Dados de 2020 do Ministério de Minas e Energia apontam que pouco mais de 80% da matriz é renovável, com o domínio ainda sendo da chamada fonte hidráulica.
O que é uma energia renovável?
Segundo Virgina Parente, professora do IEE-USP, a definição mais comum para uma fonte renovável é que ela “não se altera e não se perde” ao gerar a energia. Entretanto, isso não se aplicaria à biomassa, por exemplo, ou à água usada em hidrelétricas.
Por isso, a definição mais precisa para esse grupo, de acordo com a especialista, é a de uma fonte “usada em velocidade menor do que a natureza consegue repor no horizonte humano”. Essa é chamada taxa de sustentabilidade, e ela garante que, enquanto houver demanda, a fonte não se esgotará.
Ou seja, a definição de uma fonte renovável depende do contexto. O bagaço de cana é uma das principais formas de biomassa usadas para gerar energia, mas se o uso ficasse tão intenso que a cana não pudesse ser plantada em nenhum lugar, a fonte se esgotaria em algum momento e, portanto. não seria mais renovável.
Além disso, Parente afirma que ser uma energia renovável não é sinônimo de ser uma fonte de energia limpa. Primeiro, ela considera que “não existe hoje uma fonte de energia limpa” se levarmos a definição ao pé da letra.
Para a fonte ser limpa, é preciso que ela não emita gases poluentes não só na geração de energia, mas em todas as etapas do processo, da fabricação dos equipamentos usados na geração, no transporte da fonte e na eliminação de resíduos produzidos.
“Não existe tecnologia de geração de energia que não tenha uma externalidade negativa ambiental ou social. Existem só energias que não são emissoras de gases de efeito estufa no momento da geração, e as renováveis tendem a emitir bem menos, ou não emitir, gases de efeito estufa na produção de energia”, diz.
A grande exceção nessa área é a energia nuclear. O processo de geração depende do urânio, que é enriquecido e cujos átomos são separados para gerar energia, no processo de fissão nuclear.
Por ser um minério, o urânio tem uma velocidade de reposição na natureza menor que a de uso, e portanto a energia nuclear não é renovável, mas é limpa no momento da geração. Todos os combustíveis fósseis são não renováveis e “sujos”.
Confira os tipos de energia renovável:
1 de 8As energias renováveis se tornaram uma tendência nas últimas décadas, vistas como uma das ferramentas essenciais no combate às mudanças climáticas. Confira os sete tipos de energia renovável que existem atualmente, e como elas funcionamCrédito: Getty Images
2 de 8A energia hidráulica é gerada a partir da água de rios, quando ela movimenta uma turbina. Em geral, ela é produzida nas chamadas usinas hidrelétricas. As usinas podem ser de dois tipos: as com reservatório (como a de Itaipu) e as de fio d’água, que não possuem reservatório e o volume depende do regime de chuvas (como a de Belo Monte)Crédito: Washington Alves/Reuters
3 de 8No caso da energia eólica, a produção ocorre quando o vento move pás de grandes turbinas. As mais comuns são as turbinas onshore – em solo – mas já existem também as offshore, localizadas em mares e oceanosCrédito: Foto: Laurel and Michael Evans / Unsplash
4 de 8A energia solar é dividida em dois tipos: a fotovoltaica (mais comum) e a heliotérmica. Na fotovoltaica, a luz solar incide em painéis, ou placas, que conseguem converter o calor em energia. Já nas heliotérmica, o sol incide em espelhos que direcionam a luz para um ponto com água. A água vira vapor, que, então, gira uma turbina e gera eletricidadeCrédito: Amanda Perobelli/Reuters
5 de 8A energia oceânica pode ser gerada a partir de diversas formas, mas sempre nos oceanos. É possível gerar energia a partir do movimento das ondas, pela variação de temperatura entre a superfície e o fundo do mar, pelas correntes oceânicas, por um processo de osmose entre a água salgada e a doce ou pelo movimento das marés. As ondas e marés são, hoje, as principais formas, com a ideia de usá-las para mover turbinas e, então, gerar energiaCrédito: Picasa/Coppe-UFRJ/Divulgação
6 de 8Ainda mais no campo das ideias do que com uso prático, o chamado hidrogênio verde é uma energia renovável que deve ganhar força nos próximos anos, como substituto de combustíveis fósseis nos setores de transporte e indústria. Produzido a partir da água, ele é colocado em células, que realizam um processo químico que gera energia e produz vapor d’águaCrédito: Getty Images/Santiago Urquijo
7 de 8A biomassa, termo que se refere a qualquer tipo de matéria orgânica, pode ser usada na geração de energia. É possível aproveitar os gases gerados na decomposição dessa matéria, como no caso do lixo orgânico, como fonte de energia, ou então queimar a biomassa, usá-la para aquecer a água e usar o vapor para mover turbinas, gerando eletricidade. No Brasil, a principal biomassa usada como fonte elétrica é o bagaço de cana-de-açúcarCrédito: Marcelo Teixeira/Reuters
8 de 8A energia renovável geotérmica é a mais distante da realidade brasileira. Isso acontece porque, nesse tipo, a energia é gerada a partir do uso de água quente e vapor localizados no subsolo de áreas vulcânicas ou de encontro de placas tectônicas, que, então, passam por um gerador e são convertidas em energia elétricaCrédito: Getty Images/ Brian Bumby
Energias renováveis no Brasil
Os últimos dados agregados sobre as matrizes elétrica e energética do Brasil foram divulgados em 2021, com referência ao ano de 2020. Na matriz elétrica, a fonte hidráulica correspondia a 65,2%, seguida pela biomassa (9,1%), eólica (8,8%), gás natural (8,3%) e as demais.
Já a matriz energética é menos renovável, já que nesse caso considera-se qualquer tipo de geração de energia, incluindo nos combustíveis de veículos. Com isso, a mais usada é a de petróleo e derivados (33,1%), seguido por derivados de cana-de-açúcar (19,1%) e hidráulica (12,6%)
Em ambos os casos, porém, a participação da energia renovável é superior à medida global. Levantamento da Agência Internacional de Energia (AIE) aponta que, em 2019, as renováveis tinham cerca de 25% de participação na matriz elétrica mundial, e de menos de 15% na energética. No caso brasileiro, a participação é de 83% e 46%, respectivamente.
A fonte hidráulica, com as usinas hidrelétricas, dominam a matriz elétrica há muitos anos, mas as fontes solar e eólica tem ganhado espaço conforme seus custos reduziram, refletindo o alto potencial do Brasil. A expectativa é que, em 2021, ambas tenham crescido, na esteira da crise hídrica.
Das fontes renováveis, a de energia oceânica e o hidrogênio verde são usados apenas em projetos ainda experimentais. Isso ocorre devido aos altos custos e falta de tecnologia, mas o país possui grande potencial nas duas áreas.
A única energia renovável impossibilitada no território brasileiro é a geotérmica, já que ela só pode ser usada em locais com atividade vulcânica ou de encontros de placas, o que não é o caso do Brasil.
Dar eficiência e agilidade ao licenciamento ambiental e reduzir o percentual da taxa no bolso do empreendedor. O projeto de municipalização do Licenciamento Ambiental, de autoria da Prefeitura de Araxá, dará celeridade e simplificará a avaliação e a fiscalização de licenças, beneficiando diretamente a economia local.
O projeto foi aprovado pela Câmara Municipal nesta semana e agora segue à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável para habilitar Araxá na emissão da licença ambiental. Todo empreendimento que utiliza ou modifica recursos naturais precisa desse licenciamento.
De acordo com Vinícius Martins, chefe da Divisão de Meio Ambiente do Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável de Araxá (IPDSA), alguns empreendimentos são mais simplificados e outros mais complexos, e por isso são classificados pelo porte ou potencial poluidor.
“Até então, empreendimentos até a classe 4 só conseguiam esse licenciamento no órgão estadual. Isso significava muitas vezes o requerente ter que viajar para outra cidade ou esperar por meses, já que o órgão estadual também recebe demandas de todos os municípios de Minas”, explica.
Alguns exemplos de empreendimentos classe 4 são postos de gasolina, usinas de concreto, estações de tratamento de esgoto, centrais de recebimento de resíduos e extrações de areia.
Vinícius destaca que no licenciamento ambiental feito em âmbito local o empreendedor vai tratar das questões dentro do seu próprio município e não precisará se deslocar até outras cidades para tratar do seu empreendimento.
Entre os benefícios da municipalização do licenciamento ambiental está a maior participação das pessoas nas questões ambientais, redução em 25% da taxa que é cobrada em nível estadual, eficiência e agilidade no processo de emissão do documento, maior ênfase a situações ambientais locais e fiscalização mais efetiva e atuante.
“Ainda existem duas classes de empreendimentos, que são a 5 e 6, que continuam sendo licenciadas pelo Estado. Já o licenciamento ambiental municipalizado até a classe 4 vai possibilitar uma linha direta com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente. Dessa forma, conseguiremos dar mais celeridade também a essas classes de empreendimentos”, explica.
Contar aos mais novos a história de Araxá e promover a educação patrimonial. É com este objetivo que o projeto Por um Museu Humanizado – Construindo Cidadania, desenvolvido pela Fundação Cultural Calmon Barreto (FCCB), está oportunizando o acesso de alunos do ensino fundamental de escolas públicas aos museus da cidade.
O projeto acontece duas vezes por mês de maneira alternada nos museus Dona Beja e Sacro.
A primeira visita foi com alunos da Escola Estadual Maria de Magalhães no Museu Dona Beja. Após o tour, o monitor promove um bate-papo sobre a história do museu visitado e a importância que ele tem para Araxá.
“Essa iniciativa é importante e buscar despertar nos alunos o conhecimento sobre a riqueza histórica de Araxá. Muita coisa mudou de antigamente em relação a hoje. E trazer isso aos mais novos é necessário, pois foi por meio do antigo que a gente caminhou para a modernidade”, destaca a coordenadora dos museus e idealizadora do projeto, Graça Maria Melo da Silva.
Com Araxá entre as cidades mais seguras do país, a Administração Municipal vai fortalecer ainda mais a segurança pública do município. O prefeito Robson Magela assinou três convênios que totalizam R$ 250mil, nesta quinta-feira (17). Uma parceria com a 2ª Companhia do Corpo de Bombeiros Militar, o Presídio Regional de Araxá e a 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil para implantação de projetos e ações voltadas à comunidade.
“Essa parceria com os órgãos de segurança do município é muito importante para a cidade. Temos uma excelente estrutura e um trabalho reconhecido nacionalmente. Somos e seremos sempre parceiros dessas instituições, pois desenvolvem um trabalho fundamental para a sociedade”, destaca o prefeito.
O vice-prefeito Mauro Chaves reitera que os convênios visam oferecer para a população uma segurança efetiva e de alto nível. “É um orgulho para Araxá poder contar com órgãos de segurança como parceiros da prefeitura e, sobretudo, com o resultado que foi alcançado nos últimos anos”, acrescenta.
Segundo o comandante da 2ª Companhia do Corpo de Bombeiros Militar, capitão Thiago Augusto Pereira, é por meio das parcerias firmadas com a Gestão Municipal que a corporação se fortalece, tornando possível a prestação de um serviço com maior qualidade para a população. “Esse convênio permite, através de repasses financeiros, a aquisição de equipamentos mais modernos e tecnológicos. Isso é revestido em benefícios para a população”, explica.
A delegada de Proteção e Orientação à Família, Paula Lobo Rios Dib, explica que a 1ª edição do projeto voltado para a comunidade já foi realizada, e agora com o apoio da prefeitura será possível atender um número maior de pessoas. “Com essa parceria, conseguiremos disponibilizar uma estrutura maior para expandir o projeto e teremos mais profissionais e espaço para conseguir atingir mais pessoas”, destaca.
A Prefeitura de Araxá vai repassar R$ 279.703,00 para o Serviço de Obras Sociais (SOS). Na tarde desta quinta-feira (17) o prefeito Robson Magela assinou dois convênios.
O primeiro convênio, no valor R$ 249.703,00, é de recursos ordinários da Prefeitura de Araxá, para manutenção das atividades da instituição.
O segundo, no valor de R$ 30.000,00, foi indicado pelo vereador Pastor Moacir e vai auxiliar a aquisição de alimentos para montagem de cestas básicas;
O presidente da instituição, Cícero Ricardo de Paiva, ressaltou que o momento é de gratidão. “Se não fosse essa parceria com o Poder Público, a gente já teria fechado as nossas portas”, disse.
Assim como Pessoas Jurídicas, agora Pessoas Físicas podem ajudar a transformar a realidade de crianças, adolescentes e idosos. E o melhor, apenas informando a intenção de destinar parte do seu Imposto de Renda (IR) ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FMDCA) ou ao Fundo Municipal dos Direitos e Proteção ao Idoso de Araxá (Fundipi).
De acordo com a secretária municipal de Ação Social, Cristiane Gonçalves Pereira, até então em Araxá somente Pessoas Jurídicas poderiam deduzir parte do seu IR para destinar a fundos assistenciais.
“Essa regularização junto à Receita Federal para permitir que pessoas físicas também pudessem doar foi possível graças à união de forças”, explica Cristiane. Ela acrescenta que essa iniciativa foi uma mobilização conjunta entre a Prefeitura de Araxá, por meio da Secretaria Municipal de Ação Social, Câmara Municipal, Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente e do Idoso e Ministério Público.
As doações são feitas na declaração completa emitida à Receita Federal. Para isso, basta assinalar a opção de doar parte do seu imposto ao FMDCA e/ou ao Fundipi, sendo possível destinar aos dois fundos.
Pessoas físicas podem doar até o limite de 3% do total devido à União. Já Pessoas Jurídicas podem destinar até 1% de seu imposto sobre a renda apurada com base no lucro real. Depois, é só gerar e imprimir o Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) e quitar até o dia 29 de abril.
Entidades assistidas – A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Araxá (CMDCA), Ana Rita Flores, diz que no ano passado foram aprovados 21 projetos de entidades sociais de Araxá. Foram mais de R$ 8 milhões repassados do FMDCA para essas instituições.
“É um recurso que financia projetos importantes para esse público. E agora, com a perspectiva de haver uma arrecadação maior, será possível ampliar a aplicação desses recursos, investindo em mais projetos”, explica Ana Flores.
Filhotes foram soltos as pressas por conta das cheias inesperadas do Rio Branco. Tartarugas brancas são consideradas raras.
Os filhotes de tartarugas brancas nasceram no dia 4 de março, no tabuleiro de manejo de reprodução Santa Fé. Em seguida, foram levados para a base do PQA. Até então, haviam duvidas sobre a soltura no rio ou a transferência para Boa Vista.
O caso é considerado raro, segundo o coordenador do PQA. Inicialmente acreditava-se que o filhotes eram albinos, mas depois o Ibama verificou que, na verdade, eram tartarugas brancas, também consideradas raras na natureza.
Tartarugas brancas foram soltas no Rio Branco — Foto: Divulgação/Ibama