Plano-de-Saude

Prefeitura de Araxá vai credenciar planos de saúde para o servidor público

A Prefeitura de Araxá em breve vai credenciar prestadoras de serviços de planos de saúde básicos para atender servidores públicos municipais efetivos, estáveis, contratados e comissionados da Administração Direta e Indireta. A proposta foi aprovada pela Câmara Municipal nesta quinta-feira (3) e vai ser sancionada pelo prefeito Robson Magela.

De acordo com projeto, os planos de saúde básicos vão ser credenciados através de licitação, em conformidade da Lei Federal que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde, e suas alterações posteriores, bem como de acordo com as normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A adesão do servidor ao plano de saúde de sua escolha a ser contratado é facultativa.

A Prefeitura de Araxá vai subsidiar o plano de saúde integralmente ao servidor com vencimento de até R$ 2.016,00, e custeará parte mediante desconto em folha do servidor beneficiário de acordo com a faixa salarial.

– Até 2.016,00 (100%)
– De R$ 2.016,01 até R$ 3.360,00 (40%)
– De R$ 3.360,01 até R$ 4.893,00 (30%)
– De R$ 4.893,01 até R$ 6.272,00 (20%)
– A partir de R$ 6.272,01 (10%)

A prestadora de planos de saúde poderá ofertar serviços complementares aos servidores, bem como a adesão de dependentes, entendidos como cônjuges, companheiros, ascendentes ou descendentes, ficando neste caso a cargo do servidor beneficiado em sua integralidade.

Fica autorizada, ainda, a adesão dos agentes políticos, mediante desconto do valor integral em folha de pagamento e sem participação do erário público.

“É mais uma iniciativa de valorização ao servidor público por parte desta gestão. O plano de saúde é um dos principais planejamentos que as pessoas querem garantir para a sua vida e agora a Prefeitura de Araxá vai poder contribuir com esse benefício ao funcionalismo público”, destaca o prefeito Robson Magela.


Assessoria de Comunicação

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Prefeitura de Araxá intensifica manutenção de estradas rurais

A Secretaria Municipal de Agricultura e Pecuária está aproveitando a trégua do período chuvoso para intensificar o trabalho de recuperação e manutenção da malha rural de Araxá.

O secretário Fárley Pereira de Aquino, diz que uma equipe especial foi criada durante o período de maior incidência de chuvas para atender demandas emergenciais. “Fevereiro foi um mês que choveu bastante, mas mesmo assim a secretaria deu assistência aos usuários. A demanda maior foi em relação aos pontos de atoleiros. Vários deles que acabaram com seus veículos encravados solicitaram o nosso socorro”, explica.

Nesses locais, primeiro a equipe fez o escoamento da água empoçada e depois aplica uma cobertura de material sólido, como cascalho ou fresado de asfalto para aumentar a aderência. Agora, com o tempo mais firme, a equipe está retornando a esses pontos para fazer a manutenção, além de executar o patrolamento nas estradas mais esburacadas, fazer bolsões para escoamento da água e retirar os excessos de terra provocados por quedas de barrancos.

“Esse trabalho tem como objetivo reduzir os transtornos criado pelo grande volume de chuva nos últimos meses e facilitar a passagem de moradores, trabalhadores e estudantes, bem como o escoamento das produções agrícola e leiteira”, reforça o secretário.


Att.
Assessoria de Comunicação

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Prefeitura de Araxá anuncia nova coordenadora do setor de Odontologia da Secretaria de Saúde

A Prefeitura Municipal de Araxá informa a mudança na coordenação do setor de Odontologia da Secretaria Municipal de Saúde. A coordenadora Luciana Mesquita deixa o cargo, que será ocupado pela dentista e servidora da saúde, Ana Theresa Leite Scussel.

 O Prefeito Robson Magela e vereadores da Câmara Municipal de Araxá estiveram reunidos na última quarta-feira (2) para tratar sobre o atendimento do setor de odontologia do município.

Estiveram presentes no encontro, os vereadores Bosco Júnior, Zidane, Evaldo do Ferrocarril, Pastor Moacir Santos, Raphael Rios, Valtinho da Farmácia, João Veras, Wagner Cruz e Wellington da Bit.


Assessoria de Comunicação

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Prefeitura de Araxá concede desconto de 15% no pagamento à vista do IPTU 2022

A Prefeitura de Araxá concede desconto de 15% no pagamento à vista do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de 2022. Para garantir o desconto, o contribuinte deve pagar a parcela única até o dia 30 de junho. Há ainda a possibilidade de parcelamento do tributo, desde que o valor de cada parcela não seja inferior a 1 Unidade Fiscal da Prefeitura de Araxá (UFPA), atualmente em R$ 62. O vencimento da primeira parcela é 31 de março.

Os 58.803 mil carnês começaram a ser enviados pelos Correios nesta semana e também podem ser baixados através do site da Prefeitura de Araxá, acessando o link Imobiliário no campo “O que você precisa?” ( https://www.araxa.mg.gov.br/servico/imobiliario ).  Para isso, o contribuinte deve preencher o número da inscrição, logradouro ou o CNPJ/CPF.

De acordo com a Secretaria Municipal de Fazenda, Planejamento e Gestão, a previsão de arrecadação este ano é de cerca de R$ 28 milhões. O contribuinte inadimplente fica impossibilitado de emitir a Certidão Negativa de Débitos e o Alvará de Funcionamento, realizar transação de imóvel (como venda ou posse de herança), entre outros.

É possível a isenção do IPTU nas condições de que o imóvel tenha área construída inferior a 200 m², a renda familiar do proprietário do imóvel seja igual ou inferior a dois salários mínimos, o proprietário seja aposentado, que este seja o único imóvel e que a família resida no próprio imóvel.

Para mais informações, o contribuinte pode entrar em contato no Setor de Tributos pelos telefones (34) 3691-7032 e 3691-7033.

Assessoria de Comunicação

Área de anexos

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Geração solar no Brasil atinge 14 GW, potência equivalente à usina de Itaipu

Marca leva em conta parques centralizados e a geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos

Painéis de energia solar em Porto Feliz (SP)13/02/2020REUTERS/Amanda Perobelli

O Brasil acaba de chegar à marca histórica de 14 gigawatts (GW) de capacidade instalada de energia solar fotovoltaica, a mesma potência da usina hidrelétrica binacional de Itaipu, informou a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

A marca leva em conta parques centralizados e a geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos, a chamada geração distribuída.

De acordo com a entidade, a fonte solar já trouxe ao Brasil, desde 2012, mais de R$ 74,6 bilhões em novos investimentos, R$ 20,9 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 420 mil empregos. Evitou também a emissão de 18 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.

“As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos atualmente, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores”, afirma Rodrigo Sauaia, presidente da Absolar.

Segundo análise da entidade, o setor espera um crescimento acelerado este ano nos sistemas solares em operação no Brasil, especialmente os sistemas de geração própria solar, em decorrência do aumento nas tarifas de energia elétrica e da entrada em vigor da Lei nº 14.300/2022, que criou o marco legal da geração própria de energia (geração distribuída).

“Trata-se, portanto do melhor momento para se investir em energia solar, justamente por conta do novo aumento já previsto na conta de luz dos brasileiros e do período de transição previsto na lei, que garante até 2045 a manutenção das regras atuais aos consumidores que instalarem um sistema solar no telhado até janeiro de 2023”, explica Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar.

O Brasil possui 4,7 GW de potência instalada em usinas solares de grande porte, o equivalente a 2,4% da matriz elétrica do País. Atualmente, as usinas solares de grande porte são a sexta maior fonte de geração do Brasil e estão presentes em todas as regiões, com empreendimentos em operação em dezenove estados brasileiros e um portfólio de 31,6 GW já outorgados para desenvolvimento.

A geração própria de energia totaliza 9,3 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale a mais de R$ 49,5 bilhões em investimentos, R$ 11 bilhões em arrecadação e cerca de 278 mil empregos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil.

A tecnologia solar é utilizada atualmente em 99,9% de todas as conexões de geração própria no País, liderando com folga o segmento.

Ao somar as capacidades instaladas das grandes usinas e da geração própria de energia solar, a fonte solar ocupa o quinto lugar na matriz elétrica brasileira. A fonte solar já ultrapassou a potência instalada de termelétricas movidas a petróleo e outros combustíveis fósseis na matriz.

FONTE CNN

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Demência é ligada à menopausa prematura para as mulheres, diz estudo

Interrupção do ciclo menstrual antes dos 40 anos está associado a risco 35% maior de desenvolver demência, de acordo com dados analisados de 153 mil mulheres

Getty Images
Sandee  LaMotteda CNN

Entrar na menopausa antes dos 40 anos está associado a um risco 35% maior de desenvolver demência mais tarde na vida, de acordo com um estudo preliminar.

A menopausa prematura, como é chamada, ocorre quando os ovários de uma mulher param de produzir hormônios e o ciclo menstrual termina até os 40 anos. Isso é cerca de 12 anos antes do início típico da menopausa, que é aos 52 anos nos Estados Unidos, de acordo com o Departamento de Saúde e Serviço Humano dos EUA para a Saúde da Mulher.

“O que vemos neste estudo é uma associação modesta entre a menopausa prematura e um risco subsequente de demência”, disse o Dr. Donald Lloyd-Jones, presidente da American Heart Association. Ele não participou do estudo.

Por que as mulheres passam pela menopausa prematura? A menos que a mulher tenha sido submetida a uma cirurgia para remover seus ovários e útero, “isso tem a ver com um envelhecimento biológico mais rápido de todos os tecidos do corpo, incluindo o envelhecimento prematuro de nossos órgãos e suas funções”, disse Lloyd-Jones, que é professor de medicina preventiva e pediatria na Feinberg School of Medicine da Northwestern University, em Chicago.

“É um alerta vermelho em muitos níveis quando uma mulher passa pela menopausa prematura, pois indica que pode haver alguns problemas genéticos, ambientais ou de comportamento de saúde subjacentes nos quais realmente precisamos nos concentrar”, acrescentou.

Menopausa antes dos 45 anos

A pesquisa, que não foi publicada, mas será apresentada esta semana na conferência de 2022 da American Heart Association, examinou dados de mais de 153 mil mulheres que participaram do UK Biobank, um estudo em andamento que examina informações genéticas e de saúde de meio milhão de pessoas que vivem no Reino Unido.

“O escopo e a amplitude dos dados são importantes e impressionantes, mas não nos dão os detalhes de que precisamos para entender as implicações completas do estudo”, disse Lloyd-Jones.

O estudo foi ajustado para idade, raça, peso, escolaridade e renda, uso de cigarro e álcool, doenças cardiovasculares, diabetes e atividades físicas. E descobriu que as mulheres que entraram na menopausa antes dos 45 anos tinham 1,3 vezes mais chances de serem diagnosticadas com demência precoce aos 65 anos.

A menopausa precoce, que ocorre entre os 40 e os 45 anos, é categorizada separadamente da menopausa prematura antes dos 40 anos, mas ambas podem ser causadas por muitos dos mesmos fatores: histórico familiar; distúrbios autoimunes, incluindo síndrome de fadiga crônica; HIV e Aids; quimioterapia ou radioterapia pélvica para tratamento de câncer; cirurgia para remover os ovários e útero; e fumar.

“A menopausa funcional devido à cirurgia é menos arriscada do que a menopausa biológica que ocorre precocemente, pois, novamente, pode ser um alerta vermelho que outros tecidos estão envelhecendo mais rapidamente, então uma mulher precisa realmente consultar seu médico e ter um plano para otimizar todo o seus fatores de saúde”, disse Lloyd-Jones.

Papel do estrogênio

Quando as mulheres entram na menopausa, os níveis de estrogênio despencam, o que pode ser uma das razões para as descobertas do estudo, disse o autor da pesquisa Wenting Hao, doutorando na Universidade Shandong, em Jinan, na China.

“Sabemos que a falta de estrogênio a longo prazo aumenta o estresse oxidativo, o que pode aumentar o envelhecimento cerebral e levar ao comprometimento cognitivo”, disse Hao, em nota.

O estresse oxidativo ocorre quando as defesas antioxidantes do corpo não conseguem acompanhar uma superabundância de radicais, ou átomos instáveis que podem danificar as células. Os radicais livres ocorrem naturalmente no corpo como um subproduto do metabolismo celular, mas os níveis podem ser aumentados pela exposição ao fumo, toxinas ambientais, pesticidas, corantes e poluição do ar.

“No entanto, acho que a menopausa prematura é um sinal mais significativo do que apenas o estrogênio”, disse Lloyd-Jones. “Assim como diabetes gestacional ou pré-eclâmpsia deveriam ser um sinal, a menopausa prematura diz que esta é uma mulher que está no caminho mais rápido para ter um problema de coração ou no cérebro”.

“Vamos controlar tudo o que pudermos controlar sobre a dieta, atividade física, peso e tabagismo com mudanças no estilo de vida e, se necessário, medicação”, acrescentou Lloyd-Jones.

Existem várias maneiras pelas quais as mulheres que passam pela menopausa precoce podem reduzir o risco do declínio cognitivo, disse Hao.

“Isso inclui exercícios de rotina, participação em atividades de lazer e educacionais, não fumar e não beber álcool (e) manter um peso saudável”, disse Hao. “Estar ciente desse risco aumentado pode ajudar as mulheres a praticar estratégias para prevenir a demência e trabalhar com seus médicos para monitorar de perto seu estado cognitivo à medida que elas envelhecem”.

FONTE CNN

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Tropas dos Estados Unidos serão enviadas para Leste Europeu em meio à crise na Ucrânia

Envio de 3.000 soldados dos Estados Unidos será para a Polônia, Alemanha e Romênia, como anunciou o Pentágono

General do Exército dos EUA, Christopher Donahue, e da Polônia, Wojciech Marchwica, a frente de avião que trouxe soldados norte-americanos para a PolôniaOmar Marques/Getty Images
Natasha Bertrand, Barbara Starr e Jeremy Herbda CNN
Atlanta

O presidente Joe Biden aprovou formalmente o envio de 3.000 soldados dos Estados Unidos para a Polônia, Alemanha e Romênia, anunciou o Pentágono nesta quarta-feira (2), em um movimento para reforçar os países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) na Europa Oriental com dezenas de milhares de tropas russas acumuladas ao longo da fronteira com a Ucrânia.

Os desdobramentos para a Leste Europeu, que foram relatados pela CNN, são uma demonstração de apoio aos aliados da Otan que se sentem ameaçados pelos movimentos militares da Rússia perto da Ucrânia e pela ameaça de uma invasão, disseram autoridades dos EUA.

O secretário de imprensa do Pentágono, John Kirby, disse que os desdobramentos incluíam cerca de 2.000 soldados que seriam enviados dos Estados Unidos para a Polônia e a Alemanha. Além disso, aproximadamente 1.000 soldados atualmente alocados na Alemanha serão realocados para a Romênia. Kirby disse que as medidas, que aconteceriam nos próximos dias, não são permanentes e enfatizou: “Essas forças não vão lutar na Ucrânia”.

A medida é o sinal mais significativo até o momento de que os Estados Unidos estão se preparando para a perspectiva do presidente russo Vladimir Putin lançar uma invasão da Ucrânia, já que a Rússia não mostrou sinais de desescalada após várias rodadas de negociações diplomáticas com os EUA e a Otan.

Uma autoridade informou que Biden assinou as tropas adicionais após uma reunião na manhã de terça-feira (1) na Casa Branca com o secretário de Defesa Lloyd Austin e o presidente do Joint Chiefs, general Mark Milley.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a Matthew Chance, da CNN, em um comunicado exclusivo na quarta-feira, que “os EUA de fato continuam a aumentar a tensão na Europa”. Peskov disse que os desdobramentos são “a melhor prova de que nós, como Rússia, temos uma razão óbvia para estarmos preocupados”.

Biden disse a Kaitlan Collins da CNN na quarta que a decisão foi “totalmente consistente” com o que os EUA disseram à Rússia durante as discussões.

“É totalmente consistente com o que eu disse a Putin no início”, disse Biden em uma breve conversa na Sala Leste da Casa Branca. “Enquanto ele estiver agindo de forma agressiva, vamos garantir que nossos aliados da Otan e da Europa Oriental estejam lá e o Artigo 5º é uma obrigação sagrada”.

Ao mesmo tempo em que os EUA se preparavam para enviar tropas para a Europa, a Casa Branca disse nesta quarta que não estava mais descrevendo uma possível invasão russa da Ucrânia como “iminente”, sugerindo que a palavra enviou uma mensagem não intencional.

“Eu usei isso uma vez. Acho que outros usaram isso uma vez. E então paramos de usá-lo porque acho que enviou uma mensagem que não pretendíamos enviar, que era que sabíamos que o presidente Putin havia tomado uma decisão”, disse White.

Na semana passada, secretária de imprensa da Câmara, Jen Psaki, disse que uma invasão da Ucrânia por tropas russas continua “iminente”, uma descrição que provocou raiva em Kiev. Autoridades ucranianas, incluindo o presidente Volodymyr Zelensky, discordaram, argumentando que as descrições podem causar pânico e turbulência econômica.

Um funcionário ucraniano disse à CNN que Kiev saudou o reforço do flanco leste da Otan, mas “espera que seja acompanhado de suprimentos contínuos de armas defensivas para a Ucrânia, incluindo defesas aéreas sofisticadas”.

Mais tropas dos EUA podem ser enviadas

Kirby enfatizou que esses movimentos adicionais de tropas não significam que os EUA acreditam que Putin decidiu invadir a Ucrânia ou qualquer outro país, mas “se ele invadir a Ucrânia, obviamente haverá consequências por isso”.

“Queremos ter certeza de que ele sabe que qualquer movimento contra a Otan sofrerá resistência e desencadeará o Artigo 5º, e estaremos comprometidos com a defesa de nossos aliados”, disse Kirby.

Na semana passada, os EUA colocaram 8.500 soldados nos EUA em alerta elevado caso uma Força de Resposta da Otan seja convocada e as forças dos Estados Unidos sejam necessárias rapidamente. Mas os EUA e a Otan já têm dezenas de milhares de outras tropas na Europa para recorrer a quaisquer desdobramentos adicionais para aliados do Leste Europeu.

Kirby disse que as tropas que estão sendo destacadas estão separadas das 8.500 tropas americanas em alerta máximo. O Pentágono “não está descartando a possibilidade de que haja mais” movimentos de tropas americanas nos próximos dias, disse Kirby.

A implantação dos EUA na Polônia consiste em cerca de 1.700 soldados de uma equipe de combate da brigada de infantaria da 82ª Divisão Aerotransportada baseada em Fort Bragg, na Carolina do Norte. Há cerca de 300 militares do 18º Corpo Aerotransportado em Fort Bragg, desdobrando-se na Alemanha. E os EUA estão transferindo um esquadrão Stryker de cerca de 1.000 soldados da Alemanha para a Romênia, disse Kirby.

As tropas operarão bilateralmente com seus países anfitriões, uma vez que a Otan ainda não ativou a força de resposta multinacional.

CNN informou na semana passada que os EUA e vários aliados estavam em discussões para enviar mais milhares de tropas para os países da OTAN do Leste Europeu antes de qualquer potencial invasão russa da Ucrânia como uma demonstração de apoio diante da agressão contínua de Moscou.

Um diplomata letão disse à CNN na quarta-feira que a Letônia, que faz fronteira com a Rússia e a Bielorrússia, “está pronta e disposta a receber mais tropas dos EUA – tem sido um tópico de discussão de longa data com o Pentágono e essas discussões ainda estão em andamento”.

FONTE CNN

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Itamaraty vê agravamento de conflito na Ucrânia e divulga novas medidas para brasileiros

Ministro Carlos França ainda redireciona operações da embaixada brasileira em Kiev para Lviv e Chisinau, na Moldávia

Refugiados da Ucrânia chegam a abrigo temporário em Korczowa, na PolôniaCrédito: Sean Gallup/Getty Images

O ministro de Relações Exteriores, Carlos França, encaminhou nesta quarta-feira (2) um telegrama, ao qual a CNN teve acesso, para cinco embaixadas com novas tarefas para auxiliar os brasileiros que estão na Ucrânia ou que conseguiram deixar o país.

De acordo com o ministro, isso foi feito “diante do agravamento da situação”. A circular telegráfica foi enviada às embaixadas da Ucrânia, Polônia, Romênia, Hungria e Eslováquia.

“Dou instruções. À luz do agravamento da situação na Ucrânia, sobretudo com a possibilidade da intensificação de ataques a Kiev, e da necessidade de adaptar as ações do governo brasileiro à nova realidade, determinei novas medidas, de natureza emergencial, com o objetivo de intensificar os esforços da diplomacia brasileira na assistência aos nacionais brasileiros que desejam deixar o território ucraniano ou que estão em trânsito em países vizinhos”, afirma o ministro no texto obtido pela CNN.

França informa que decidiu redirecionar as operações da embaixada brasileira em Kiev, capital ucraniana, para outras duas cidades: Lviv, localizada no oeste da Ucrânia para onde estão indo brasileiros que tentam fugir pela Polônia, e Chisinau, na Moldávia, por onde passam os brasileiros que decidem sair da Ucrânia com direção à Romênia. Funcionários que ainda continuarem em Kiev vão trabalhar remotamente.

Para o governo, essa transferência vai tornar mais rápido, eficiente e presente o atendimento a brasileiros que necessitem de apoio para sair da Ucrânia. Vários brasileiros têm se manifestado em redes sociais sobre a dificuldade de se comunicar com a embaixada brasileira.

Nas novas orientações, o ministro roga às embaixadas que não deixem de fazer as despesas humanitárias necessárias, como auxiliar brasileiros com transporte, alimentação e alojamento. E que deem visibilidade a todas as ações.

O chanceler reitera também o papel do Grupo de Trabalho (GT) criado recentemente para coordenar as ações do governo, como o contato direto por telefone e Whatsapp com os brasileiros da região .

No caso dos jogadores de futebol brasileiros, estabelece interlocução com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O grupo é integrado por coordenador e diplomatas das áreas consular, política, de imprensa, Agência Brasileira de Cooperação, Assessoria Especial de Relações Federativas, Congresso Nacional e um representante do Ministério da Defesa, que participam remotamente.

Transferência

Com a transferência das atividades da embaixada em Kiev, o Itamaraty informa que o embaixador Norton de Andrade Mello Rapesta, a ministra-conselheira Elda Maria Gaspar Alvarez e o oficial de chancelaria Clovis Gomes de Aguiar Filho deverão se deslocar a Chisinau, onde ficará instalado o equipamento de comunicação do posto.

O primeiro secretário André Tenório Mourão permanecerá em Lviv e atuará em coordenação com a força-tarefa criada para apoiar a retirada dos brasileiros da zona de conflito. O chanceler informa no telegrama que providências relativas a passagens e diárias destes servidores estão sendo tomadas.

“Combinado com os destacamentos oriundos das embaixadas em Varsóvia e Bucareste, às quais muito agradeço, os postos de atendimento em Lviv e Chisinau tornarão a presença consular brasileira mais intensa e visível em pontos fundamentais das rotas de saída de território ucraniano”, afirma o ministro.

“Aos demais Postos, rogo mobilizar todos os recursos materiais e humanos necessários para a melhor prestação possível de apoio aos brasileiros em suas respectivas jurisdições. Com os reforços orçamentários recentemente recebidos, e conforme orientações já transmitidas, rogo alugar transporte, providenciar alojamento e alimentação aos brasileiros evacuados, bem como quaisquer outras despesas de natureza humanitária que se façam necessárias. Rogo, ainda, disponibilizar nas redes sociais e na página oficial do Posto informações atualizadas de interesse imediato dos nacionais, sobretudo dados de contato (telefone de plantão ou correio eletrônico) que permitam o fácil acesso aos serviços consulares pelo Posto”.

Leia a íntegra do telegrama obtido pela CNN:

CIRCULAR-TELEGRÁFICA

Expedida hoje, 2/3, para as embaixadas do Brasil na Ucrânia, Polônia, Romênia, Hungria e Eslováquia.

Brasileiros na Ucrânia.
Assistência consular. Novas medidas.

Dou instruções. À luz do agravamento da situação na Ucrânia, sobretudo com a possibilidade da intensificação de ataques a Kiev, e da necessidade de adaptar as ações do governo brasileiro à nova realidade, determinei novas medidas, de natureza emergencial, com o objetivo de intensificar os esforços da diplomacia brasileira na assistência aos nacionais brasileiros que desejam deixar o território ucraniano ou que estão em trânsito em países vizinhos.

2.A exemplo de outras chancelarias, decidi redirecionar as operações da embaixada em Kiev para as cidades de Lviv – para onde conflui a maior parte dos nacionais em direção à Polônia -, e Chisinau, na Moldávia, por onde passam boa parte dos brasileiros que decidem sair da Ucrânia com direção à Romênia. A medida visa a tornar mais rápido, eficiente e presente o atendimento a brasileiros que necessitem de apoio do governo brasileiro para sair da Ucrânia. Combinado com os destacamentos oriundos das embaixadas em Varsóvia e Bucareste, às quais muito agradeço, os postos de atendimento em Lviv e Chisinau tornarão a presença consular brasileira mais intensa e visível em pontos fundamentais das rotas de saída de território ucraniano.

3.Para tanto, o chefe do Posto, embaixador Norton de Andrade Mello Rapesta, a ministra-conselheira Elda Maria Gaspar Alvarez e o oficial de chancelaria Clovis Gomes de Aguiar Filho deverão deslocar-se a Chisinau, onde ficará instalado o equipamento de comunicação do Posto; o primeiro secretário André Tenório Mourão permanecerá em Lviv e atuará em coordenação com a força-tarefa que criei para apoiar a retirada dos brasileiros da zona de conflito. Providências relativas a passagens e diárias estão sendo tomadas. Os funcionários locais de Brasemb Kiev permanecerão na capital, em regime de trabalho remoto, até que as condições de segurança permitam a retomada da rotina.

4. Aos demais Postos, rogo mobilizar todos os recursos materiais e humanos necessários para a melhor prestação possível de apoio aos brasileiros em suas respectivas jurisdições. Com os reforços orçamentários recentemente recebidos, e conforme orientações já transmitidas, rogo alugar transporte, providenciar alojamento e alimentação aos brasileiros evacuados, bem como quaisquer outras despesas de natureza humanitária que se façam necessárias. Rogo, ainda,
disponibilizar nas redes sociais e na página oficial do Posto informações atualizadas de interesse imediato dos nacionais, sobretudo dados de contato (telefone de plantão ou correio eletrônico) que permitam o fácil acesso aos serviços consulares pelo Posto.

5. Quando cabível, peço mobilizar os consulados-honorários da jurisdição para igualmente estender rede de apoio aos brasileiros e facilitar travessias. É essencial que todas as ações dos postos na região de fronteira tenham visibilidade, de forma a facilitar a identificação, pelos brasileiros, da presença diplomática e, assim, agilizar a prestação de assistência.

6.O Grupo de Trabalho Brasileiros na Ucrânia seguirá como unidade coordenadora das ações do governo brasileiro na área consular e dará orientações específicas aos Postos. O GT é integrado por coordenador e diplomatas das áreas consular, política, de imprensa, ABC, AFEPA e representante do Ministério da Defesa (participação remota). Elenco, a seguir, algumas das medidas em implementação pelo GT:
– contatos permanentes com os postos da região e equipes nas regiões de fronteira, para monitorar situação dos brasileiros;
– instruções sobre assistência consular aos brasileiros que se encontram na zona de conflito na Ucrânia e aos que lograram sair do país;
– orientação e assistência consular direta a nacionais na região, por WhatsApp, telefone e e-mail;
– contatos diretos por telefone ou e-mail com os brasileiros, para confirmação e atualização de dados (localização, número e perfil dos brasileiros nos grupos, dados de contato, número de passaporte);
– transmissão de informações a brasileiros (mediante contatos por WhatsApp, e-mail e telefone) sobre situação de segurança e condições de transporte em cidades e regiões na Ucrânia e países fronteiriços;
– contatos por telefone com agentes fronteiriços ucranianos e romenos com vistas a facilitar a entrada de brasileiros;
– acompanhamento, monitoramento e apoio logístico para o estabelecimento e funcionamento de escritórios de apoio em Chisinau/Moldova e base de apoio em Lviv;
– custeio de hospedagem de brasileiros na região de Lviv (75 km da fronteira com a Polônia);
– envio de recursos para apoiar os nacionais brasileiros desvalidos (pequenos auxílios, recursos para repatriação, aluguel de veículos para transporte, etc);
– interlocução com a CBF para apoio aos jogadores(as) brasileiros(as);
– interlocução permanente com o Ministério da Defesa, o Ministério da Saúde e a ANVISA para organizar voo de repatriação MRE-MD em aeronave da FAB (KC-390);
– elaboração de dois boletins diários informativos (manhã e tarde) sobre situação política, assistência consular, cooperação humanitária e imprensa. Resumo do boletim é encaminhado pela AFEPA a setores do Congresso Nacional;
– elaboração de respostas a perguntas encaminhadas pela imprensa sobre a situação dos brasileiros na Ucrânia;
– elaboração de alerta para o Portal Consular;
– elaboração de respostas a pedidos de informação do Congresso Nacional e entidades sobre assistência prestada a nossos conacionais na região;
– elaboração de resumo sobre preparativos para a prestação de cooperação humanitária à Ucrânia; e
– intercâmbio de informações diárias em grupo consular latino-americano e compilação de pedidos de apoio para repatriação de nacionais de terceiros países.

FONTE CNN

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Alta dos preços e paralisia do comércio são ameaça ao Brasil, dizem economistas

Assim como o resto do mundo, o país deve sofrer com a disparada nos preços das commodities, bem como com uma falta de fertilizantes importados da Rússia

Foto: Pexels
Thais Herédiado CNN Brasil Business
em São Paulo

As sanções tomadas pelos países para inviabilizar o uso das reservas internacionais do Banco Central da Rússia surpreenderam analistas econômicos no mundo todo.

O bloqueio das operações de bancos russos no sistema swift já era esperado, mas a asfixia do sistema financeiro do país governado por Vladimir Putin é medida inédita e com efeitos ainda incalculáveis.

Nesta terça-feira (1), o mundo observou mais surpresas. As maiores empresas globais, em diversos setores, foram anunciando, uma a uma, a decisão de romper relações, negócios e operações com a Rússia. Uma escalada de pressão com penalidades também nunca vistas antes.

“Essa decisão é inacreditável. Eu nunca vi nada parecido e o que chama atenção é que são ações descentralizadas, de maneira universal, todas fazendo por conta própria, assumindo os riscos e os custos. Isto tudo é um nó de grandes proporções para a economia russa, uma operação abafa”, disse à CNN o economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados.

O primeiro efeito deste conjunto de ações é a disparada nos preços das commodities, como estamos vendo.

O petróleo WTI foi o destaque, chegando a subir 10% e passando de $100 dólares o barril pela primeira vez desde 2014. O tipo Brent, referência mundial e da Petrobras, subiu mais de 8% nesta terça-feira (1), cotado acima dos $105 dólares.

Agência Internacional de Energia decidiu liberar parte de suas reservas de emergência para garantir fornecimento à Europa e tentar segurar as cotações. A entidade age como um contraponto à Opep, que representa os maiores produtores do mundo.

“É como se fosse uma OCDE do petróleo”, disse à coluna David Zylbersztajn, ex-presidente da ANP, agência reguladora do setor no Brasil.

“Neste momento, tudo que se fala sobre o que vai acontecer com os preços do petróleo é na base da opinião. Neste segmento, o certo é que todo mundo, em geral, erra. Não há um modelo consagrado de previsão aceito no mercado. Isso se acentua em momentos de instabilidade. Cenário sobre petróleo é de prudência e atenção — não é um mercado estável, confortável”, afirmou Zylbersztajn.

Na abertura do mercado internacional desta quarta-feira (2), os preços dos dois tipos continuaram subindo. A cotação do WTI se aproximava dos $110 dólares, do Brent, passando da marca nas primeiras horas do dia.

“O preço petróleo hoje está totalmente enviesado para a questão geopolítica. Cada vez que há mais dúvida sobre longevidade da guerra e de consequências, os preços vão explodindo. O petróleo ainda é a principal commoditie do mundo e tem o poder de levar todas as outras atrás dele, na alta e na queda. Isso vai virar uma enorme inflação”, alarmou Adriano Pires, presidente do Centro Brasileiro de Infraestrutura.

Comércio Internacional

Entre as sanções de empresas privadas contra a Rússia, a adesão das responsáveis pelo transporte marítimo no mundo levantou muitas bandeiras amarelas sobre o impacto no comércio internacional.

Além do preço das commodities — que provoca aumento dos custos do frete — a economia global corre o risco de enfrentar uma paralisação. Em menos de dois anos do abalo inicial promovido pela pandemia do novo coronavírus.

O Brasil vai sentir o impacto dos choques de duas formas, para o bem e para o mal. Preços maiores aumentam receita dos exportadores, mas o cenário de instabilidade e incertezas não garante ganhos para país.

“Todos nós seremos afetados, direta ou indiretamente. O comércio vai paralisar e nós vamos sentir aqui também. Os países devem começar a selecionar para quem vender para garantir como receber”, disse à CNN o presidente da Associação Brasileira dos Exportadores, José Augusto de Castro.

“Para o Brasil, a Rússia é pequena para exportação, mas dependemos da importação dos fertilizantes. Sem eles, a produtividade da lavoura cai muito. Nós vamos ter que enfrentar a guerra sem estar na guerra, com preço alto dos produtos e inflação”, acrescentou.

O economista José Roberto Mendonça de Barros adiciona uma ressalva que considera crucial na leitura do cenário atual. O tempo, a extensão da guerra, a escalada da resposta da Rússia, a asfixia da economia russa. Cada um desses fatores pode levar um desfecho diferente.

“É crucial deixar claro qual o horizonte de tempo que estamos falando. Convém separar o que pode acontecer no curto prazo. Tudo indica que não há alternativa que não a paralisia do comércio internacional”, avaliou.

Neste curto prazo, do ponto de vista financeiro ou comercial, a Rússia está sufocada. Todas essas ações acontecendo ao mesmo tempo provocam choque e respostas inclusive no plano moral, não apenas dos negócios”, completou.

Na visão de Mendonça de Barros, o conjunto do agronegócio brasileiro será afetado, mas ainda é prematuro prever os desfechos enquanto a guerra se desenrola.

“Ainda assim, mesmo sabendo que o agronegócio pode ser impactado, não será nada comparado com o que vai acontecer com o custo de vida dos brasileiros. Teremos abalo no PIB deste ano, na inflação e a resposta que será demandada do BC. É um momento de muita incerteza”, afirmou.

FONTE CNN

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Entenda o que acontece se a Rússia cortar o fornecimento de gás à Europa

Instituição com sede em Bruxelas alerta que a Europa deve se preparar para um eventual corte do fluxo de gás russo; região importa cerca de 40% do seu gás natural da Rússia

Usina de gás natural em Berlim, Alemanha: Rússia fornece cerca de metade do insumo da maior economia da EuropaSean Gallup/Getty Images

Se a Rússia interromper o fornecimento de gás à Europa para retaliar as sanções punitivas por sua invasão da Ucrânia, a região ainda poderá sobreviver no próximo inverno. Mas não será fácil ou barato.

Essa é a conclusão de um relatório publicado na segunda-feira pela Bruegel. A instituição com sede em Bruxelas alertou que os preparativos “devem ser feitos para o término completo de todos os fluxos de gás russo para a Europa”.

“Se a UE for forçada ou estiver disposta a arcar com o custo, deve ser possível substituir o gás russo já para o próximo inverno sem que a atividade econômica seja devastada, as pessoas congelem ou o fornecimento de eletricidade seja interrompido”, disseram os pesquisadores da Bruegel. “Mas no terreno, dezenas de regulamentos terão que ser revisados, procedimentos e operações usuais revisitados, muito dinheiro gasto rapidamente e decisões difíceis tomadas”.

Graças às importações recordes de gás natural liquefeito de países como os Estados Unidos nos últimos meses, a Europa deve ser capaz de durar até o verão sem graves faltas de energia, mesmo que a Rússia corte intencionalmente seus suprimentos de gás – ou se a infraestrutura principal for danificada em meio aos combates na Ucrânia.

No entanto, a Bruegel diz que o bloco precisa começar a pensar em como reabastecer seus estoques, dos quais os países da Europa dependem para manter as luzes acesas e aquecer as casas.

A Europa importa cerca de 40% do seu gás natural da Rússia. A Alemanha, a maior economia do bloco, está particularmente exposta: a Rússia fornece cerca de metade de seu gás natural.

Áustria, Hungria, Eslovênia e Eslováquia obtêm cerca de 60% de seu gás natural da Rússia, enquanto a Polônia obtém 80%.

O carvão e o clima

Se as importações russas cessarem, a Europa precisará reduzir a demanda por gás em pelo menos 400 terawatts-hora, ou cerca de 10% a 15% da demanda anual, segundo a Bruegel. O grupo disse que isso é “possível”, mas exigiria mudanças nas políticas. Algumas opções incluem aumentar o uso de combustíveis alternativos, como carvão, retardar a desativação de usinas nucleares ou reduzir a demanda de players industriais.

Este cenário também pressupõe que a UE “pode ​​adquirir quantidades sem precedentes de GNL, que os participantes do mercado tenham incentivos suficientes para comprar e armazenar gás a preços elevados e que o gás seja então distribuído sem problemas entre os países”.

A maior utilização de carvão, em particular, teria grandes consequências para o clima. Um importante relatório apoiado pela ONU publicado na segunda-feira descobriu que o aquecimento global está a caminho de transformar a vida na Terra como a conhecemos, com efeitos mais perturbadores e generalizados do que os cientistas esperavam 20 anos atrás.

A Europa está começando a planejar com antecedência. No domingo, o chanceler alemão Olaf Scholz, que tomou a decisão de suspender a certificação do gasoduto Nord Stream 2 da Rússia na semana passada, disse que o país construirá dois novos terminais de GNL.

“Precisamos fazer mais para proteger o suprimento de energia do nosso país”, disse Scholz.

A Alemanha também está considerando a possibilidade de estender a vida de suas três usinas nucleares restantes, que devem ser fechadas este ano.

A Bruegel diz que o gerenciamento de custos, bem como a coordenação entre governos e empresas, será um desafio à medida que a Europa tenta reabastecer seu suprimento de gás. Os preços na Europa estão abaixo dos recordes atingidos em dezembro, mas continuam elevados.

Adicionar cerca de 70 terawatts-hora de gás ao armazenamento da UE antes do próximo inverno custaria pelo menos € 70 bilhões (US$ 79 bilhões), em comparação com € 12 bilhões (US$ 13,5 bilhões) nos anos anteriores, segundo a Bruegel.

FONTE CNN