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Quem quer pão? Setor de panificação movimenta R$ 105 bilhões por ano no Brasil

Os números deixam claro a paixão nacional pelo pãozinho nosso de cada dia; conheça aqui a história de como a padaria transformou a vida de muita gente e tornou-se obrigatória de norte a sul do país

Setor movimenta bilhões por ano e a tendência e crescer. Na foto, vitrine da Sto Chico Padaria, em São PauloWellington Nemeth
Tina BiniDaniela Caravaggido Viagem & Gastronomia
São Paulo

Pão francês, pão de sal, pão de água, carioquinha, pão de trigo e até pão “careca”. São inúmeros os nomes encontrados Brasil afora só para um tipo de pão – aquele vendido diariamente em padarias espalhadas pelo país. Quem os vê hoje tão fofinhos, com casquinhas crocantes e miolos macios nem imagina que as primeiras receitas, lá de 12.000 a.C., não tinham nada disso.

Diz a história que, naquela época, os pães eram feitos misturando a recém-criada farinha de trigo com bolota, um fruto do carvalho. A massa, então, era lavada em água fervente inúmeras vezes e assada na pedra quente ou sob as cinzas. O resultado era um pão seco, achatado e com sabor bastante amargo.

Mas, para a nossa sorte, a receita evoluiu junto com a sociedade. Primeiro veio o forno, depois o fermento e, enfim, as padarias. Acredita-se que, no Império Romano, havia cerca de 400 padarias e até escolas para ensinar a fazer pão.

De alimento à moeda de troca, com o passar dos séculos, os pães conquistaram papel cada vez mais importante na sociedade e se tornaram indispensáveis. E, apesar da queda do Império Romano ter esfriado um pouco os fornos, a panificação voltou com força total no século 12.

Padeiros italianos e franceses se destacaram com técnicas elaboradas e resultados cada vez mais irresistíveis. Mas desde quando esse hábito se tornou parte da vida dos brasileiros?

Os imigrantes e o novo hábito brasileiro

A primeira tentativa de plantio de trigo no país foi feita por volta de 1530, com o português Martim Afonso de Souza, mas não houve sucesso por alguns fatores, como o clima no Brasil, como explica Patrick Ambrogi, chef Boulanger, docente do Instituto Le Cordon Bleu São Paulo.

“O hábito de consumo do brasileiro não era o trigo, não o tínhamos como produto aqui nas Américas. Nossas bases de alimentação eram outras, como batata e mandioca. Passaram-se quase 400 anos após a primeira tentativa de plantio, até que essa relação com o produto fosse retomada. O movimento migratório de europeus para o Brasil foi fundamental para que isso acontecesse”, diz Ambrogi, complementando ainda que a virada do século 19 para o 20 foi o ponto-chave para essa relação de consumo de pão que temos hoje.

“A capacidade de plantio e o know how desses italianos, portugueses e espanhóis, entre outros, para transformar o trigo em farinha e posteriormente em pão foi o começo da inclusão na rotina desse alimento de base”, ressalta.

“Era uma coisa vinda de fora. No fim da Primeira Guerra Mundial, os brasileiros também viajavam para Europa e traziam referências de bons produtos que queriam passar a consumir. O domínio de técnicas desses imigrantes, já em solo brasileiro, colaborou para que tudo acontecesse dessa maneira”, completa.

Foram diversas padarias abertas por esses europeus, que deram o grande pontapé para que esse mercado crescesse a cada ano. É o caso da tradicional padaria paulistana Dona Deôla, que começou sua história em 1949, quando Dona Deolinda, imigrante portuguesa recém-chegada ao Brasil, abriu a “Padaria Do Lar” em um pequeno prédio na esquina da avenida Pompeia, na zona oeste da cidade.

Padaria do Lar foi aberta em 1949 pela imigrante portuguesa Deolinda, no bairro da Pompéia. Dona Deôla está localizada no mesmo endereço há 25 anos / Arquivo Pessoal

Com espírito empreendedor e a ajuda do marido, Antônio Emílio, ela fez do lugar uma referência de qualidade na região até 1957, quando decidiu abrir outro negócio e vender o ponto. Trinta e oito anos depois, o imóvel, até então alugado, voltou para as mãos da família.

Com o sobrado à disposição, os netos do casal fundador decidiram abrir uma nova padaria no local. Batizada em homenagem à Dona Deolinda, a primeira loja da Dona Deôla foi inaugurada com a presença da matriarca há 25 anos.

Dona Deôla, que há 25 anos está no mercado de panificação na capital paulista, vende cerca de 400 mil pães franceses por mês / Rodolfo Regini

Hoje está presente em cinco endereços em São Paulo, por onde circulam em torno de 240 mil clientes todos os meses. A rede foi a responsável por introduzir serviços e produtos que se tornaram símbolos das grandes padarias paulistanas, como os buffets de café da manhã e de sopas no inverno, além de produtos próprios para ocasiões especiais, como ovos de páscoa e panetones.

Na pandemia, conseguiu expandir ainda mais o seu negócio – conta com 800 funcionários no total. Abriu oito pontos de vendas, em hotéis, empresas e hospitais. Hoje, são 31 pontos que vendem números expressivos, incluindo o de 400 mil pães franceses por mês.

O mercado da panificação

E falando em pão francês, segundo o Sindipan-MT, 76% dos brasileiros comem o tradicional pãozinho no café da manhã. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP), são mais de 70 mil padarias espalhadas pelo Brasil.

Em 2021, o mercado de panificação e confeitaria faturou R$ 105,85 bilhões no país, um crescimento de 15,3% em relação a 2020, segundo o presidente da Associação, Paulo Menegueli.

“Mas como em todos os setores, o nosso de padarias teve de se adaptar rapidamente aos problemas causados pela pandemia. Fizemos uma readaptação, falamos a fundo sobre o que era ofertado, discutimos sobre precificação e isso nos deu uma força grande. Claro que muitos saíram prejudicados e ainda sofrem com os efeitos desse período, mas todos se ajudam muito. De maneira geral, conseguimos crescer e estamos sempre discutindo ações que possam ajudar a fortalecer o nosso mercado como um todo”, ressalta o presidente.

Cerca de 2,5 milhões de trabalhadores fazem parte do setor de panificação, sendo 920 mil com empregos diretos e 1,6 milhão de profissionais indiretos, segundo dados de 2020. Estima-se que 41 milhões de brasileiros entrem em padarias todos os dias para comprar pão.

São Paulo e sua forte tradição

De acordo com o Sindicato de São Paulo, Sampapão, só na cidade são vendidos 25 milhões de pãezinhos todos os dias. E é também na capital paulista que está concentrado hoje o maior número de padarias: cerca de 22 mil, o que representa quase 30% do mercado geral – seguida de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, respectivamente.

Há desde as centenárias, como a Santa Tereza – que muitos dizem ser a mais antiga do Brasil, localizada no centro –, até as recém-abertas, com uma proposta mais artesanal.

O vice-presidente da entidade, Júlio Dinis, atua na área desde 1976, quando chegou de Portugal com sua família. Aos 13 anos, começou a trabalhar como balconista na padaria Marli, no bairro da Penha.

Anos depois se tornaria um dos sócios do local, junto com seu irmão. Viu de perto a evolução do mercado e se adaptou a ele em todas as fases, mas destaca que o que nunca mudou foi o fato de o bom e velho pãozinho sempre ser o protagonista.

“As padarias evoluíram muito, assim como a cultura da alimentação. Antigamente, raramente as pessoas comiam fora. Com o passar dos anos, o mercado foi mudando, e as padarias, se adaptando. É um setor muito camaleônico. Mas comer um pãozinho pela manhã já é cultural, não à toa os números de venda de pão na pandemia aumentaram e fomos considerados como serviço essencial. É um setor que abre mais cedo e fecha mais tarde”, destaca.

Geralmente as padarias na cidade abrem às 6h e fecham apenas às 22h. Mas e se falarmos que tem algumas que nem sequer fecham? É o caso da Bella Paulista, que nasceu em 2002 e é um dos grandes exemplos de padarias paulistanas.

Acompanha o ritmo da cidade: funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano. Diariamente, passam por lá mais de 5 mil pessoas – aos fins de semana, esse número aumenta. São 210 funcionários para atender a clientela.

Bella Paulista, exemplo clássico de padaria paulistana: oferece todos os tipos de refeições durante 24h/ Divulgação

Ao ser inaugurada, na região da Avenida Paulista, importante centro empresarial da América Latina, a padaria ocupou um imóvel na esquina das ruas Luis Coelho e Haddock Lobo, onde anteriormente funcionava um supermercado.

Destacou-se por ter consumido o maior investimento já feito na construção de uma padaria. Seus sócios – todos com experiências anteriores no ramo de panificação – foram chamados de loucos, mas em pouco tempo a Bella Paulista transformou-se numa das maiores referências para o mercado, agregando o conceito de conveniência ao simples ato de vender pães.

O movimento é incessante. O entra-e-sai começa bem cedinho, pela manhã, quando chegam os primeiros clientes para um café da manhã nas mesas ou balcões – que se confundem também com aqueles que curtiram até de manhã algum lugar da cidade. Em seguida, começam a aparecer os apressados executivos da região para devorar um caprichado sanduíche, uma salada leve ou um dos pratos do dia no almoço. E assim caminha o dia todo até recomeçar o ciclo.

“Essa é a nossa rotina. Temos opções para todos os gostos e hábitos, mas se tivermos que falar o que mais é vendido, com certeza é o pão na chapa com manteiga ou requeijão. Por dia, são mais de 400. Não tem jeito, está enraizado no paulistano esse hábito”, ressalta Émerson dos Santos, gerente da Bella Paulista.

O boom das padarias artesanais

O chef e professor do Le Cordon Bleu, Patrick Ambrogi, considera padarias produtos muitos promissores mesmo depois de tantos anos em atividade. Há 15 anos, o mercado só tem saldos positivos e movimenta bilhões de reais – uns mais, outros menos, mas sempre fechando no “azul”.

São Paulo, por ter sido a porta de entrada desses imigrantes europeus, acabou sendo a grande referência para esse setor, mas, claro, que hoje são encontradas padarias no Brasil inteiro.

“Temos dois grandes mercados de padarias. Um é formado por verdadeiros centros de conveniência, que oferecem inúmeros produtos e precisam de agilidade para atender a suas demandas. E outro, mais recente, de padarias artesanais, que vendem produtos que precisam de mais tempos de produção, com fermentação lenta, natural, e uma produção em menor escala. Essas últimas estão em um processo de redescobrimento do negócio, voltando às origens”, aponta.

Patrick Ambrogi, chef boulanger do Le Cordon Bleu São Paulo / Ricardo Dangelo

“Ainda que a gente observe o mercado em plena expansão, tem muito espaço para crescimento e muitas lacunas para serem preenchidas. Existe a possibilidade de evoluir o produto, não se pode estacionar. Temos um consumidor cada vez mais informado, que sabe o que está consumindo e está atento a tudo”, reflete o professor.

Se por um lado as padarias mais antigas se adaptaram aos novos hábitos e se tornaram um local que “vende de tudo”, outras nasceram justamente tentando resgatar a essência de padaria como um local para se consumir o seu produto originário: o pão.

E foram elas, principalmente, que tiveram um grande crescimento nos últimos anos. É o caso da Sagrado Boulangerie, dos sócios Fábio Freitas e Thaís Cerdeira, que começou com uma operação móvel em Alphaville.

Sagrado começou suas atividades em 2015, com uma operação móvel em Alphaville / Marcio Schimming

Engana-se quem pensa que a história dos empresários sempre teve a ligação com o produto. A decisão de abrir um negócio nesse ramo, em 2015, foi estratégica.

Enquanto ela trazia na bagagem um vasto conhecimento no mercado de franquias do segmento de dermocosméticos, ele vinha da área de finanças. Na época, Fábio era alto executivo de um dos maiores grupos empresariais do país.

“Queríamos investir em algo inovador e pensamos em um produto em que teríamos faturamento diário. Logo pensamos no pão, apesar de não termos nenhum tipo de história com o alimento. Naquele momento, Thais resolveu fazer um curso de panificação e também se especializar na área. Queríamos entender a fundo o que seria esse projeto em termos operacionais”, conta Fábio.

“Fizemos uma avaliação e o que brilhou nossos olhos foi a possibilidade de pensar em um modelo de negócios para levar o produto até o cliente, o que teria um valor agregado muito importante. Começamos assim, com uma operação móvel. Com o passar do tempo, vimos que o que tinha valor não era só a experiência, mas sim o nosso produto. Não trabalhávamos com químicos, usávamos os melhores ingredientes, com farinhas especiais, ricas em proteína, e o sucesso foi quase imediato”, completa.

A partir de 2016, ambos resolveram largar seus respectivos empregos e dar atenção exclusiva ao projeto. Pensaram em qual caminho seguir para expansão e iniciaram montando uma loja de fábrica. Participaram até de um programa de televisão e conseguiram um investidor. Saíram de uma operação de quatro funcionários para 98.

Hoje são 19 unidades da Sagrado, sendo cinco unidades móveis, 13 lojas físicas, um container e 15 toneladas de farinha por mês.

Sagrado Bolangerie de Barueri. A rede hoje tem hoje cinco unidades móveis, 13 lojas físicas, um container / Divulgação

“A Sagrado vem dobrando desde 2019. A primeira operação de food truck já deu retorno em seis meses. Em função disso, tomamos a decisão de continuar com o pé no acelerador. O projeto gera um retorno anual que é investido no crescimento e desenvolvimento dele próprio. O mercado de panificação está em plena transformação e as pessoas estão buscando se alimentar de forma nutritiva”, completa.

E é nessa linha que a St Chico também viu seu negócio aumentar, principalmente na pandemia. A primeira unidade abriu em 2018, no Baixo Pinheiros, bem pequena e com cara de empório francês.

Nasceu como um lugar focado em pães artesanais – feitos apenas com ingredientes brasileiros pelas mãos da chef e padeira Helena Mil-Homens. Os pequenos produtores do país também tiveram seu papel na essência da padaria: podiam vender seus produtos, como geleias, queijos, vinhos, entre outros.

St Chico Padaria é comandada por quatro sócios e trabalha com ingredientes brasileiros selecionados pela chef e padeira Helena Mil-Homens / Wellington Nemeth

Em 2020, pouco antes do início da pandemia, a segunda unidade da padaria foi inaugurada também no bairro de Pinheiros. O que poderia ser um momento de apreensão logo se tornou comemoração. O resultado foi um salto de números expressivo: saíram de 100kg de farinha por mês para 1.500kg, e de cinco para 12 funcionários.

O faturamento do pão, que antes era de 30%, saltou para 80%, e o fornecimento para 2B2 aumentou 200%.

“Nesse período as padarias puderam ficar abertas. Muitas acabaram diminuindo por conta de outros serviços que ofereciam, mas a St Chico já nasceu com essa essência de não ter uma mega-operação e uma produção em menor escala. As pessoas passaram a consumir ainda mais pão, leite, doce. Elas se permitiram a isso em um momento tão difícil, além de terem mais tempo para analisarem e escolherem o produto que iriam consumir”, ressalta Helena.

“Eu sou muito estudiosa e perfeccionista e hoje temos um produto muito bom. Fico muito feliz quando os meus sócios e os clientes comentam sobre a qualidade do que é produzido. A gente conseguiu montar uma cadeia de sustentabilidade que valoriza o pequeno produtor. É um negócio quase familiar que todo mundo abraça e sustenta a causa. Os consumidores estão cada vez mais atentos a todos esses processos”, completa.

Maria Tereza Silvério e Helena Mil-Homens são duas dos quatro sócios da St Chico / Wellington Nemeth

Já em Minas Gerais, o segundo estado que mais abriga padarias segundo a Abip, o conceito de “artesanal” é algo já enraizado. Felipe Santiago, empresário do setor de restaurantes, idealizou a Bagueri no estado durante a pandemia. Com duas unidades em Belo Horizonte, trouxe a marca em outubro de 2021 para o bairro de Higienópolis, em São Paulo. 

“Sempre quis ter uma padaria. Sou do ramo e faço parte de um grupo que possui diferentes restaurantes na cidade (Udon, Pizzaria Olegário, Eva Cucina). Na pandemia, tivemos que fechar tudo, mas as padarias tiveram autorização para ficarem abertas. Então, enxerguei a oportunidade de colocar em prática essa vontade minha. Como já tinha o projeto na minha cabeça, juntei os arquitetos, construtores e abri logo duas unidades”, ressalta.

A chegada em São Paulo aconteceu naturalmente. O imóvel onde está a padaria apareceu em momento oportuno, e com base no sucesso da abertura na cidade natal, resolveu apostar. A fórmula já estava pronta e sua bagagem cultural contribuiu para que o negócio fosse um sucesso.

“Em Minas, produtos artesanais fazem parte da nossa cultura. Sempre tivemos queijos maravilhosos, que eram desconhecidos e hoje são premiados. Muitos locais têm produtos que só são encontrados neles. O mercado está aquecido, mas todos têm procurado se aperfeiçoar: insumos, ambiente, atendimento e produto final são pontos essenciais para que o negócio funcione bem”, completa.

A Bagueri conta hoje com cinco funcionários em cada unidade e vende cerca de 300 pãezinhos por dia. Apesar de iguais na essência, Felipe destaca a diferença entre os públicos que a frequentam.

“Percebo que o paulistano arrisca mais na hora de experimentar. O hábito de consumo também é diferente. Enquanto em São Paulo a parada para o cafezinho é mais rápida, no ritmo da cidade, em BH as pessoas passam mais tempo dentro da loja conversando. Mas posso dizer que ambas as cidades são maravilhosas e estou muito feliz com as escolhas”, finaliza.

Com duas unidades em Belo Horizonte, Bagueri abriu no bairro de Higienópolis em São Paulo no fim de 2021 / Ana Mello

O sonho de viver de pão

Não é necessário ter uma pesquisa oficial para perceber que o pão, no período de pandemia, foi um dos alimentos mais consumidos pelos brasileiros.

A falta de trigo nas prateleiras do mercado, as fotos nas redes sociais das pessoas produzindo seus próprios pães e diversas pessoas começando a vender seus produtos como forma de alternativa para uma renda extra estreitaram ainda mais a relação deste alimento com os brasileiros.

No Rio de Janeiro, a advogada Marta Carvalho, de 43, viu seu negócio se consolidar neste período. O que antes era um sonho – viver de pão – acabou se tornando realidade.

Ela, que sempre gostou muito de cozinha, fazia pães para levar em encontros com amigos. Sempre elogiada e incentivada por todos a começar a vender suas produções, começou a considerar a possibilidade principalmente após ser surpreendida por um casal francês em uma dessas ocasiões.

“Havia levado meus pães para uma festa. Eles estavam entre os convidados. Os vi comendo e olhando um para o outro. Perguntaram para a minha amiga onde ficava essa padaria, pois nunca tinham comido um pão tão bom. Foi então que me apresentaram”, conta.

Marta começou, então, fazendo fornadinhas para os amigos. Em 2017, havia feito um curso em São Francisco – grande referência na panificação – por hobby. Em 2019, aproveitou uma reforma na sua casa para montar seu ateliê.

Começava ali a sua marca: Martoca. Já estava insatisfeita com a profissão e resolveu que não seria mais advogada. Mas foi na pandemia que tudo tomou uma proporção maior.

Marta era advogada e abandonou a profissão para vender seus pães no Rio de Janeiro / Arquivo Pessoal

“O pão foi o conforto para muitas pessoas na pandemia. Todos estavam muito angustiados e acho que esse alimento foi um dos representantes desse aquecimento no coração das pessoas. Eu ainda sou sozinha, tenho um limite de volume, mas consigo viver só de pão. Não ganho como ganhava como advogada, mas se antes da pandemia precisava tirar um pouquinho da poupança, hoje já penso em abrir uma loja física”, conta.

Marta conta com um funcionário para fazer suas entregas – vende de 100 a 150 pães por semana. Localizada no Jardim Botânico, atende via Instagram e Whastapp, oferecendo inúmeros tipos de pães, com fornadas saindo às terças, quintas e sextas.

Pães da Martoca / Arquivo Pessoal

O pão como aprendizado

Apesar de o pão ser um dos alimentos mais consumidos pelo brasileiro e ter um preço considerado acessível para muitos, há quem não o tenha como opção.

Por muito tempo foi o caso de Maria Angélica, de 31 anos, que cresceu em uma realidade difícil. Nasceu em Limeira, interior de São Paulo, e morou em Francisco Morato até 2010, quando se mudou para Marília para tentar uma vaga na Universidade Estadual Paulista (Unesp). Com ajuda de todos à volta, pagou um cursinho pré-vestibular e foi aprovada em 2011 no curso de pedagogia.

Mas qual é a relação da jovem professora com a panificação?

“Eu falo que o pão fez parte da minha história e teve papel fundamental para eu chegar aonde estou hoje. Quando eu era criança, queria comer um pãozinho e nem sempre conseguia, mas sempre tive a certeza de que mudaria a minha realidade. Batalhei muito pra isso”, conta.

No fim de 2019, Maria Angélica terminou o mestrado e aprendeu a fazer pão de fermentação natural. Um professor de sua faculdade, que tinha o pai padeiro, experimentou a receita da aluna e se surpreendeu, falando que ela deveria investir nessa carreira.

Em 2020, a professora, já formada, começou o emprego como substituta em uma escola. A pandemia veio e os cortes no local também, fazendo com que ela buscasse uma alternativa fora das salas de aula. Foi assim que o “Pão das Angélica” começou a se tornar realidade em sua vida.

Professora Maria Angélica uniu suas duas paixões e encontrou no pão uma forma de renda na pandemia / Arquivo Pessoal

“Foi neste momento que retomei a jornada dos pães. Tinha muito pouco e no auge da pandemia tive a ideia de fazer uma vaquinha virtual para investir na profissão. Arrecadei cerca de R$ 5 mil. O valor foi suficiente para eu comprar uma batedeira, um forno simples e ainda ajudar na minha mudança para uma casa um pouco maior”, conta.

Maria Angélica, então, começou a fazer parcerias e eventos, além de vender para muitas pessoas da região onde morava. Seleciona cuidadosamente os produtos e toca o negócio sozinha até hoje. A situação começou a melhorar e a professora voltou a dar aulas. Mas é claro que o pão não podia ficar fora desta história.

“Fiz uma proposta à escola de levar um projeto de panificação às crianças. A gastronomia tem um poder enorme de motivação, de desenvolver as percepções, a forma de olhar, analisar, entre outros inúmeros benefícios. Eles aceitaram e escrevi o projeto. Levei à sala de aula desde a história do pão, como é o processo de produção, até a parte prática, onde as crianças puderam entender as diferenças de farinha e fazer seus próprios pães na escola. Sim, montamos uma padaria na escola”, comemora.

A hoje padeira e professora se enxerga em muito dos seus alunos, mas fica feliz por ter ressignificado o pão em sua vida. Pão, este, que de personagem candidato a vilão de sua história, tornou-se protagonista em sua vida.

Pães da Angélica podem ser comprados pelo Instagram da professora / Reprodução/ Instagram
FONTE CNN

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Comissão avalia periodicamente a qualidade nutricional da merenda escolar em Araxá

A avaliação da merenda escolar ofertada pelas creches e escolas municipais de Araxá é realizada durante todo o ano letivo. Uma comissão composta por técnicas e nutricionistas faz, periodicamente, visitas às instituições para averiguação da qualidade do preparo e armazenamento dos alimentos que chegam aos alunos, com o objetivo de oferecer uma refeição ainda mais saudável e segura.

Atualmente, sete profissionais, incluindo técnicas em nutrição e nutricionistas da Secretaria Municipal de Educação, têm contato direto com as merendeiras que preparam a refeição. A alimentação é elaborada seguindo uma cartilha padrão das escolas municipais que especifica a qualidade nutricional e a quantidade ideal para suprir as necessidades de todas as faixas etárias.

A secretária Zulma Moreira afirma que todo esse trabalho e cuidado mostra que a Prefeitura de Araxá está no caminho certo. “Os alunos recebem uma merenda com cardápio variado diariamente, contendo carne, verduras, frutas e legumes. Além disso, o cuidado das servidoras com os alimentos, desde o armazenamento até a refeição das crianças e a limpeza dos refeitórios, é enorme”, acrescenta.

A nutricionista Verônica Silva Oliveira comenta sobre a dedicação das profissionais da área para que as crianças recebam a merenda como merecem. “A atual equipe hoje se empenha para suprir todas as necessidades da merenda escolar. Nós, da equipe de nutrição, acompanhamos de perto todas as etapas da merenda escolar, desde a compra dos gêneros, a distribuição entre as escolas, a preparação até a hora da merenda”, diz.


Assessoria de Comunicação

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Confira dicas para melhorar seu currículo e chamar atenção dos recrutadores

Documento é a porta de entrada para emprego; saiba o que fazer para chamar atenção dos recrutadores

Freepik
Aline Macedodo CNN Brasil Business*

O currículo é a porta de entrada para um novo emprego. Ser breve, claro nas informações e descrever bem quais são os objetivos profissionais pode ser crucial na hora da seleção.

CNN Brasil Business reuniu dicas do que fazer para acertar no currículo e, consequentemente, melhorar as chances de conquistar uma nova posição profissional. Confira:

  • 1 de 10Confira dicas para melhorar o currículo e chamar a atenção dos recrutadoresCrédito: Foto: Unsplash / Bram Naus
  • 2 de 10Seja diretoSeja claro e objetivo em seu currículo. Tente sintetizar tudo em, no máximo, duas páginasCrédito: Foto: StartupStockPhotos/Pixabay
  • 3 de 10ContatoInforme de forma clara e no início do currículo seus contatos, como celular e e-mail. Indique também seu endereçoCrédito: Firmbee.com
  • 4 de 10Objetivo profissionalEm duas linhas, no máximo, descreva quais os cargos que possui interesse ou a área em que pretende atuarCrédito: John Schnobrich/Unsplash
  • 5 de 10Experiência profissionalDetalhe as empresas em que trabalhou. Coloque o nome da corporação, a data de entrada e saída (ou a palavra atual, se ainda estiver empregado). Informe atividades que eram realizadas. Trabalho voluntário também deve ser destacadoCrédito: Unsplash/Jess Bailey
  • 6 de 10Pontos fortes para vagaDestaque as habilidades que você tem e que são requisitos para a vaga que deseja concorrerCrédito: Ken Tomita no Pexels
  • 7 de 10Formação acadêmicaInforme seu grau de escolaridade, seguido das datas de início e término. Isso vale para cursos e especializaçõesCrédito: Daniel Thomas / unsplash
  • 8 de 10Proteja seus dados pessoaisEvite informar RG, CPF e número da carteira de trabalho no currículo, pois eles são solicitados somente no momento de contrataçãoCrédito:
  • 9 de 10FormatoO ideal é enviar o currículo em formato de PDF, que permite incluir links como o do LinkedinCrédito: Freepik
  • 10 de 10ReviseRevise seu currículo antes de enviar para a empresa. Erros gramaticais podem acabar com as chances de ser chamado para a vagaCrédito: Unsplash/ John Schnobrich

As dicas são de Bianca Machado, gerente comercial da Catho, Tiago Mavichian, CEO e fundador da Companhia de Estágios e da consultoria de recursos humanos Michael Page.

FONTE CNN

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Lucro da Vale atinge R$ 121,2 bilhões em 2021, alta de 353% ante 2020

Em 2020, o resultado da mineradora foi afetado pelos efeitos da pandemia de Covid-19, que reduziu sua produção

Receita da Vale chegou em US$ 13,1 bilhões no 4º trimestre de 202107/08/2017 REUTERS/Ricardo Moraes

mineradora Vale divulgou seus resultados para o fechamento do ano de 2021 nesta quinta-feira (24), com registro de forte crescimento. No quarto trimestre, os ganhos da gigante brasileira somaram US$ 5,4 bilhões, uma alta de 634% em relação a igual período do ano anterior.

Em 2021 como um todo, o lucro líquido da mineradora somou US$ 22,4 bilhões, uma alta de 360% em relação a 2020. A companhia considera os resultados em dólar como dados oficiais de seu balanço. Em reais, o lucro foi de R$ 121,2 bilhões, com alta de 353% na comparação com 2020.

A receita da companhia somou US$ 54,5 bilhões, alta de 38% no relativo anual. Em reais, foram R$ 293,5 bilhões, avanço de 42% na mesma comparação. No intervalo entre outubro e dezembro, a receita da Vale chegou em US$ 13,1 bilhões.

No ano passado, o preço médio do minério de ferro vendido pela Vale foi de US$ 140,50 a tonelada, valor 30% superior ao registrado no ano anterior. No quarto trimestre, porém, o valor caiu a US$ 106,8 por tonelada, abaixo dos US$ 126,70 do trimestre anterior.

As vendas de minério de ferro, seu carro-chefe, foram de 277,5 milhões de toneladas, expansão de 8,9%.

A Vale investiu no ano passado US$ 5,28 bilhões, aumento de 18% em um ano. Para 2022, a projeção da companhia é de que os aportes ficarão um pouco superiores, em US$ 5,8 bilhões. O aumento, contudo, é explicado porque investimentos acabaram sendo postergados em razão da pandemia.

A base de comparação com o ano de 2020, no entanto, é baixa. Em 2020, o resultado da mineradora foi afetado pelos efeitos da pandemia de Covid-19, que reduziu sua produção, e também por despesas relativas às consequências da tragédia de Brumadinho (MG), que deixou mais de 270 mortos no início de 2019.

Novas despesas

O forte lucro da Vale veio apesar de uma provisão adicional que teve que realizar para a descaracterização (encerramento do seu uso) de barragens de armazenamento de rejeitos – que podem se romper, como ocorreu nas tragédias de Mariana (da subsidiária Samarco) e de Brumadinho.

Além disso, a empresa teve que realizar uma nova provisão relacionada à Fundação Renova, órgão criado para administrar os pagamentos das indenizações referentes à tragédia de Mariana, ocorrida em 2015, com 18 mortes.

No documento que acompanhou o balanço, o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, afirma que, apesar da pandemia e da volatilidade dos mercados, a empresa conseguiu “atingir significantes marcos na criação de valor sustentável”. “Estamos também recuperando nossa capacidade de produção em minério de ferro e metais básico”, diz.

Em relatório recente, os analistas do BTG Pactual afirmaram que os ganhos da Vale estão em trajetória de ascensão, movimento que deve ser apoiado pela expectativa de preços do minério de ferro em níveis mais altos com a recuperação da produção da aço da China.

Em seu demonstrativo financeiro, a Vale destacou que as perspectivas para a commodity seguem positivas diante da recuperação da economia.

No ano passado, a Vale produziu 315,6 milhões de toneladas de minério de ferro, aumento de 5,1% em relação a 2020. Para este ano, a projeção da mineradora é de o volume fique entre 320 milhões e 335 milhões de toneladas.

A Vale esclareceu que, após o forte período de chuvas que abateu Minas Gerais nas primeiras semanas do ano, suas operações já funcionam normalmente.

Dividendos

Diante de seu alto ganho financeiro e sem um grande projeto de investimento à vista, a Vale atendeu a uma grande expectativa de investidores e anunciou uma distribuição de dividendos a seus acionistas de US$ 3,5 bilhões, com o pagamento que será realizado em março desse ano. O valor, de acordo com a companhia, será pago já no início do mês de março.

FONTE CNN

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“Dinheiro esquecido”: é possível consultar se familiar falecido tem saldo a receber

Segundo Banco Central, forma de resgate por herdeiro ainda está em discussão

Pessoa consulta site, recebe mensagem negativa e pede para fazer nova consulta a partir do mês de maio.CAIO ROCHA/FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO
Fabrício Juliãodo CNN Brasil Business
em São Paulo

A consulta ao Sistema Valores a Receber (SVR) lançado pelo Banco Central (BC) também pode ser feita com CPF de pessoa falecida. À CNN, o chefe do Departamento Institucional do Banco Central, Carlos Eduardo Gomes, explicou que familiares podem verificar se parentes já falecidos têm valores a serem resgatados.

“A pessoa consegue com o CPF e a data de nascimento essa informação [saber da existência de dinheiro esquecido]. O que estamos discutindo internamente e procurando é a viabilidade jurídica e técnica para dar mais informações para esse herdeiro”, afirmou Carlos Eduardo Gomes.

“O BC está estudando o assunto e, em breve, pretende divulgar informações sobre esse caso em específico”, acrescentou.

Para saber se algum membro da família que já morreu tinha algum dinheiro parado na conta, basta informar seu CPF e data de nascimento no site do Sistema Valores a Receber e fazer a consulta.

Como informou o diretor do BC, a entidade monetária deve comunicar o procedimento para resgate de valores de pessoa falecida.

O que é o SVR?

Trata-se de uma plataforma que possibilita aos brasileiros consultar valores “esquecidos” em bancos ou instituições financeiras e realizar o resgate do montante nas datas estipuladas pelo Banco Central (BC).

Segundo Carlos Eduardo Gomes, chefe do Departamento Institucional do BC, o objetivo do Sistema Valores a Receber (SVR) é ser um canal de comunicação que facilita o encontro do sistema financeiro com os clientes.

“Existem instituições financeiras que não conseguem encontrar o cliente seja porque ele mudou de telefone, de endereço ou de cidade. Então pretendemos beneficiar esse encontro e a pessoa que tem um valor a receber”, afirmou.

As consultas podem ser feitas no endereço valoresareceber.bcb.gov.br, onde é possível consultar os recursos que estavam parados.

Como consultar?

Para realizar a consulta, os usuários devem informar o CPF, no caso de pessoas físicas, ou o CNPJ, em caso das empresas. Também será necessário informar a data de nascimento (para PF) ou de criação da empresa (para PJ).

Aqueles que tiverem valores a receber no momento da consulta podem confirmar o montante e solicitar a sua transferência na data que for informada pela plataforma, cujo início está programado para 7 de março.

Já pessoas que tiveram a sinalização de que não possuem valores a resgatar, podem fazer a consulta novamente a partir de 2 de maio, quando o BC dará início a uma nova fase do SVR.

O que é considerado “dinheiro esquecido”?

Segundo o BC, o sistema de consulta procura valores que estejam nas seguintes condições:

  • Contas correntes ou poupança encerradas com saldo disponível
  • Tarifas cobradas indevidamente, desde que previstas em Termos de Compromisso assinados pelo banco com o BC
  • Parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que previstas em Termos de Compromisso assinados pelo banco com o BC
  • Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários de cooperativas de crédito
  • Recursos não procurados de grupos de consórcio encerrado

fonte CNN

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Cerca de 100 brasileiros ainda estão na Ucrânia e 80 já saíram, diz Itamaraty

Polônia e Romênia são os principais destinos dos brasileiros que conseguiram deixar território ucraniano

Segundo o Itamaraty, foi criado um grupo de trabalho para encontrar brasileiros na UcrâniaMarcello Casal Jr /Agência Brasil

João Pedro Malarda CNN

em São Paulo

Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou neste domingo (27) que cerca de 100 brasileiros registrados na lista da embaixada em Kiev, capital da Ucrânia, ainda constam como presentes no território do país, enquanto cerca de 80 conseguiram se deslocar para países fronteiriços.

Segundo o Itamaraty, a embaixada brasileira segue “prestando assistência consular a todos os nacionais brasileiros que ainda estejam no país”. O Plano de Contingência do ministério prevê a possibilidade de resgate “quando as condições permitirem”.

Até o momento, os principais países de destino dos brasileiros que saíram da Ucrânia são a Polônia e Romênia. “Nos primeiros dias, ante a falta de condições de segurança, estamos implementando a evacuação segura e ordenada”, diz o Itamaraty.

A estimativa do ministério era que, antes do conflito, cerca de 500 brasileiros viviam na Ucrânia. Foi criado um grupo de trabalho para localizar e contatar os brasileiros no país, a partir do apoio da embaixada na Polônia, permitindo a verificação da situação de cada um, condições de segurança nos locais onde estão e possibilidade de evacuação.

Também há a atuação de funcionários da embaixada do Brasil em Chernivtsi, uma cidade da Romênia localizada próxima à fronteira com a Ucrânia. Um diplomata da embaixada se deslocou para a fronteira para auxiliar o traslado dos brasileiros para a capital romena, Bucareste, em um ônibus.

“A Embaixada também estabeleceu posto avançado na fronteira com a Moldávia (caminho entre Kiev e Romênia) para recepcionar os brasileiros que porventura cheguem de forma avulsa àquela região fronteiriça”, informou o ministério.

Já na Polônia, a embaixada em Varsóvia está em contato direto com brasileiros localizados no em torno da cidade ucraniana de Lviv, o motivo é que “naquela área ônibus providenciados pela embaixada brasileira para traslado à capital. Ademais, representantes do governo brasileiro se encontram na fronteira em contato regular com autoridades poloneses”.

O Itamaraty afirma que o governo brasileiro aguarda manifestação de interesse dos brasileiros para retorno ao Brasil, com duas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) colocadas à disposição para esse processo.

Mais cedo, o Ministério de Relações Exteriores afirmou que oito funcionários foram deslocados para a cidade polonesa de Varsóvia para prestar auxílio a brasileiros que saíram da Ucrânia.

Em comunicado enviado à CNN, a assessoria do Itamaraty disse que os servidores já “estão a caminho”. A recomendação é que brasileiros próximos à fronteira entre Ucrânia e Polônia entrem em contato com o plantão do Itamaraty em Varsóvia, pelo número de telefone +48608094328.

Veja imagens do ataque da Rússia contra a Ucrânia

  • 1 de 75Explosão é vista na capital ucraniana de Kiev na quinta-feira, 24 de fevereiroCrédito: Gabinete do Presidente da Ucrânia
  • 2 de 75Diversas explosões foram registradas na Ucrânia após invasão de tropas russas na madrugada de quinta-feira (24)Crédito: Ministério do Interior da Ucrânia
  • 3 de 75Fumaça sai da região que abriga o Ministério da Defesa da Ucrânia em KievCrédito: Reuters
  • 4 de 75Engarrafamento registrado em Kiev, capital da UcrâniaCrédito: Reprodução/Reuters
  • 5 de 75Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, convoca cidadãos para luta armada e pede doações de sangue nesta quinta-feira (24)Crédito: CNN / Reprodução
  • 6 de 75Moradores de Kiev deixam a cidade após ataques de mísseis das forças armadas russas e de Belarus, em 24 de fevereiro de 2022, em Kiev, na UcrâniaCrédito: Getty Images
  • 7 de 75Tanques em Mariupol após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenar a invasão da UcrâniaCrédito: 24/02/2022 REUTERS/Carlos Barria
  • 8 de 75Tanques entram em Mariupol após presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenar invasão da UcrâniaCrédito: 24/02/2022 REUTERS/Carlos Barria
  • 9 de 75Longa fila de carros em Kiev, tentando sair da Ucrânia, na manhã desta quinta (24)Crédito: Reuters
  • 10 de 75Espaço aéreo na Ucrânia foi completamente fechado após invasão de tropas russas no paísCrédito: CNN / Reprodução
  • 11 de 75Pesssoas esperam trens em estação enquanto tentam deixar Kiev, capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, após a Rússia iniciar um ataque em larga escala ao paísCrédito: Getty Images
  • 12 de 75Estrutura danificada por um míssil em 24 de fevereiro de 2022, em Kiev, na Ucrânia. Explosão ocorreu devido a um ataque em larga escala realizada pela RússiaCrédito: Chris McGrath/Getty Images
  • 13 de 75Civis de Donetsk e Luhansk, regiões com predominância de separatistas russos, em Donbass, estão se instalando em campos em Rostov, na Rússia, após a evacuação da região em 21 de fevereiro de 2022Crédito: Sefa Karacan/Anadolu Agency via Getty Images
  • 14 de 75Pessoas esperam ônibus em rodoviária em tentativa de deixar Kiev, a capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022. A Rússia iniciou um ataque à Ucrânia, e expolosões vêm sendo relatadas em diversas regiões do paísCrédito: Pierre Crom/Getty Images
  • 15 de 75Caminhões do exército russo passam por um posto policial em Armyansk, no norte da Crimeia, em 24 de fevereiro de 2022, após operação militar na UcrâniaCrédito: Sergei Malgavko/TASS via Getty Images
  • 16 de 75Veículos militares deixam a cidade de Armyansk, no norte da Crimeia, após ataque russo na UcrâniaCrédito: Sergei Malgavko/TASS via Getty Images
  • 17 de 75Tanque militar ucraniano próximo da escadaria Potenkin, no centro de Odessa, na Ucrânia, após operação militar russa em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
  • 18 de 75Veículos militares após operação militar da Rússia, em Kramatorsk, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, no que foi classificado como maior ataque militar entre países da Europa desde a Segunda Guerra MundialCrédito: Aytac Unal/Anadolu Agency via Getty Images
  • 19 de 75O bispo da Eparquia Católica Ucraniana da Sagrada Família de Londres junta-se a protesto realizado por ucranianos contra a invasão russa em Downing Street, no centro de Londres, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Yui Mok/PA Images via Getty Images
  • 20 de 75Protesto em Berlim na Alemanha em apoio aos ucranianos e pedindo o fim da operação militar russa no país, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Abdulhamid Hosbas/Anadolu Agency via Getty Images
  • 21 de 75Pessoas fazem filas para sacar dinheiro nos caixas eletrônicos com medo dos ataques russos em Odessa, Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
  • 22 de 75Mulher chora após entrar na Polônica, na fronteira entre o país e a Ucrânia, após bombardeio russo. Espera-se que o conflito crie uma onda de refugiados ucranianos que buscarão asilo na PolôniaCrédito: Dominika Zarzycka/NurPhoto via Getty Images
  • 23 de 75Primeiros imigrantes ucranianos começam a entrar na Polônia, após ataque russo no paísCrédito: NurPhoto via Getty Images
  • 24 de 75Foguetes militares cruzam o céu durante entrada de repórter da CNN na RússiaCrédito: CNN
  • 25 de 75Pessoas formam filas nos supermercados em Kiev, Ucrânia, com medo do desabastecimento devido aos ataques russos no país, que já mataram mais de 40 soldados ucranianosCrédito: Future Publishing via Getty Images
  • 26 de 75Carros fazem fila em um posto de gasolina em Kiev, capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Future Publishing via Getty Images
  • 27 de 75Metrô de Kharkiv virou abrigo improvisado, como flagrou equipe de CNNCrédito: CNN
  • 28 de 75Um foguete foi registrado dentro de um apartamento após bombardeio de tropas russas em Piatykhatky, Kharkiv, nordeste da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Future Publishing via Getty ImagVyacheslav Madiyevskyy/ Ukrinform/Future Publishing via Getty Images
  • 29 de 75Bombeiros ucranianos chegam para resgatar cidadãos após ataque aéreo atingir um prédio residencial em Chuhuiv, Kharkiv Oblast, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
  • 30 de 75Um apartamento danificiado após um ataque aéreo russo em um prédio residencial em Chuhuiv, Kharkiv Oblast, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
  • 31 de 75Militares jogam itens em um incêndio do lado de fora de um prédio de inteligência em Kiev, capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Chris McGrath/Getty Images
  • 32 de 75Avião militar dos EUA decola de base aérea em Ramstein, no estado alemão de Renânia-Palatinado, em 24 de fevereiro de 2022. Otan está fortalecendo suas tropas orientais.Crédito: dpa/picture alliance via Getty Images
  • 33 de 75Fumaça escura sobe de um aeroporto militar, em Chuguyev, perto de Kiev, segunda maior cidade da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito:
  • 34 de 75Posto de controle na região de Kiev danificado por disparos de artilhariaCrédito: 24/02/2022 Serviço de Imprensa do Serviço de Guarda Ucraniano/Divulgação via REUTERS
  • 35 de 75Bombeiros tentam apagar incêndio em prédio residencial na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
  • 36 de 75Manifestantes protestam em Berlim contra invsão da Ucrânia pela RússiaCrédito: 24/02/2022REUTERS/Christian Mang
  • 37 de 75Helicópteros militares russos durante voo-teste na região de RostovCrédito: 19/01/2022REUTERS/Sergey Pivovarov
  • 38 de 75Bombeiros chegam para apagar fogo em edifício de apartamentos em Chuhuiv no leste da UcrâniaCrédito: Justin Yau/Sipa USA via Reuters – 24.fev.22
  • 39 de 75Equipes de resgate no local de queda de avião das Forças Armadas da Ucrânia na região de KievCrédito: 24/02/2022Serviço de Imprensa do Serviço de Emergências da Ucrânia/Divulgação via REUTERS
  • 40 de 75Centenas de moradores de um prédio residencial danificado por um míssil se reúnem em um abrigo antibomba no porão de uma escola em Kiev, em 25 de fevereiro de 2022.Crédito: Getty Images
  • 41 de 75Uma criança brinca no parquinho enquanto civis são vistos do lado de fora de um prédio residencial da região de Kiev, atingido durante intervenção militar russa, em 25 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
  • 42 de 75Guardas de fronteira ucranianos que serviam no ponto de passagem de Chongar e entregaram suas armas, em 25 de fevereiro de 2022.Crédito: FSB/TASS via Getty Images
  • 43 de 75Um homem olha pela janela de um apartamento danificado em um bloco residencial atingido por um ataque de mísseis matinal, em 25 de fevereiro de 2022, em Kiev.Crédito: Getty Images
  • 44 de 75Um homem caminha com seu cachorro na frente de um bloco residencial danificado por um ataque de mísseis matinal, em 25 de fevereiro de 2022, em Kiev.Crédito: Getty Images
  • 45 de 75Um quarto queimado e danificado de um apartamento é visto em um bloco residencial atingido por um ataque de mísseis matinal em 25 de fevereiro de 2022 em Kiev.Crédito: Getty Images
  • 46 de 75Ucraniano recolhe seus pertences após o quarto ser danificado por um míssil, em Kiev, 25 de fevereiro de 2022.Crédito: Getty Images
  • 47 de 75Um edifício residencial é danificado por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
  • 48 de 75Um veículo blindado circula no bairro de Zhuliany, em Kiev, durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
  • 49 de 75Bombeiros trabalham em um prédio residencial atingido por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
  • 50 de 75Uma visão do edifício danificado em Kiev, que foi atingido por um recente bombardeio durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
  • 51 de 75Cidadãos ucranianos chegam à Romênia cruzando a fronteira de Siret, em 26 de fevereiro de 2022, depois que a Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images

FONTE CNN

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Tamanho da riqueza de Putin é incerto, mas pode ultrapassar US$ 200 bilhões

Embora se acredite que Putin detenha bilhões de dólares em riqueza pessoal, pouco se sabe sobre a quantia exata ou onde ela possa estar

Presidente russo Vladimir PutinAlexei Nikolsky/TASS
Allison Morrowda CNN

Os Estados Unidos e seus aliados europeus anunciaram na sexta-feira (25) novas sanções ao presidente russo, Vladimir Putin, em um raro movimento visando a riqueza pessoal de um líder estrangeiro.

Mas o impacto dessas sanções pode ser amplamente simbólico. Embora se acredite que Putin detenha bilhões de dólares em riqueza pessoal, pouco se sabe sobre a quantia exata ou onde ela possa estar.

Putin não deixou quase nenhum rastro em papel para seus ativos – principalmente propriedades – que estão escondidos atrás de esquemas financeiros complexos organizados por seus confidentes, de acordo com um relatório de 2016, “Panama Papers”, do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos.

Entre os luxos ligados aos amigos e familiares de Putin, mas nunca diretamente a ele, estão um megaiate de US$ 100 milhões e um palácio do Mar Negro supostamente construído para uso pessoal do presidente.

No papel, o líder russo parece um humilde burocrata. Em 2018, Putin apresentou uma declaração de renda oficial que mostra que ele possui um apartamento de 74 metros quadrados em São Petersburgo, junto com dois carros da era soviética e um caminhão off-road.

O Kremlin diz que sua renda anual é de cerca de US$ 140 mil – um valor não tão modesto na Rússia, embora que dificilmente poderia manter Putin ostentando vários relógios de luxo.

“A coleção de relógios visível de Putin vale múltiplos de seu salário oficial”, disse Bill Browder, um investidor na Rússia que se tornou um crítico feroz do presidente, à CNN em 2018. “A riqueza veio como resultado de extorsão e roubo maciço de fundos estatais”.

Estimativa de US$ 200 bilhões

Browder testemunhou perante o Senado dos EUA, em 2017, que estima que a riqueza do líder russo gira em torno de US$ 200 bilhões em ativos, o que o tornaria uma das pessoas mais ricas do planeta.

Uma teoria sobre a riqueza de Putin sugere que ele armou forças contra os oligarcas russos, ameaçando-os de prisão ou coisa pior, a menos que lhe dessem dinheiro ou participações em suas empresas.

Ainda assim, rastrear sua riqueza provou ser quase impossível. A revista Forbes, que considera investigar a sorte pessoal da elite mundial como parte de sua missão principal, disse que descobrir o patrimônio líquido de Putin é “provavelmente o enigma mais evasivo na caça à riqueza”.

Mas só porque o público em geral não tem uma boa noção de onde os ativos de Putin estão escondidos “podemos supor que as agências de inteligência dos EUA e da União Europeia (UE) e agências de aplicação da lei estão rastreando seus ativos há anos”, disse Ross S. Delston, um especialista em lavagem de dinheiro.

“Se o governo dos EUA, junto com a UE, levasse à sério a busca de seus ativos, haveria muitos alvos a serem atingidos”, diz Delston. “Eles estariam em todo o mundo… certamente dentro dos limites da própria UE e dos EUA.”

Mas o congelamento dos bens de Putin o impediria de continuar o ataque à Ucrânia? Quase certamente não.

“Não estamos falando em parar nada”, diz Delston. “Estamos falando em puni-lo”.

O que não quer dizer que as sanções sejam inúteis. Elas podem prejudicar a fortuna total de Putin, mas também minam sua credibilidade no cenário mundial.

Ao enfatizar o quão raro é para os Estados Unidos atingir pessoalmente um chefe de Estado com sanções, o Departamento do Tesouro dos EUA disse que “o presidente Putin se junta a um grupo muito pequeno que inclui déspotas como Kim Jong Un, Alyaksandr Lukashenko e Bashar al- Assad”.

Além disso, disse Delston, o impacto real das sanções não será indolor para Putin.

“Pessoas de alta renda tendem a se apegar aos seus ativos, mesmo que tenham muito em reserva”, finalizou.

fonte CNN

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Prefeitura de Araxá realiza terceira etapa das cirurgias de catarata no dia 19 de março

A Prefeitura de Araxá já tem a data para mais uma etapa das cirurgias gratuitas de catarata. As próximas avaliações acontecem no dia 18 de março e as cirurgias no dia 19, com o objetivo de diminuir a demanda reprimida existente no Sistema Único de Saúde (SUS). Desta vez, a previsão é contemplar mais 46 pacientes que já estão sendo contatados pela Secretaria Municipal de Saúde.

“A próxima etapa, que começa no dia 18, será comandada pela médica Karina Teixeira e a sua equipe médica. Nesta etapa serão atendidas também as demandas de pacientes da microrregião”, explica a coordenadora do Setor de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde, Marta Aparecida Alves.

Na última semana, a Secretaria de Saúde deu andamento ao procedimento em outros 46 pacientes. As cirurgias foram realizadas pelo médico oftalmologista Lisandro Liboni, que foi credenciado através de licitação. De acordo com Marta, Liboni foi credenciado juntamente com outros três médicos que farão os procedimentos ao longo de 2022. Ao todo, o Município realizará 465 cirurgias para correção da catarata este ano.

Assim como na primeira etapa, em cada paciente o procedimento é realizado em um olho (cirurgia unilateral), uma vez que não é recomendável realizar a cirurgia bilateral no mesmo dia.


Assessoria de Comunicação

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CRONOGRAMA SERVIÇOS URBANOS – SEGUNDA: 28 DE FEVEREIRO

Limpeza, Capina e Manutenção
– Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 horas)
– Av. Washington Barcelos
– Av. Amazonas
– Av. Divino Alves Ferreira
– Av. Antônio Carlos
– Praça Dom Bosco
– Praça Arthur Bernardes
– Bairros Vila Guimarães e Serra Morena

Contato da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos: 3661-2687


Assessoria de Comunicação

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Prefeito de Petrópolis recomenda que pousadas recusem hóspedes no carnaval

Recomendação de Rubens Bontempo (PSB) se aplica ao centro histórico da cidade, ainda afetado pela lama

Rubens Bontempo, prefeito de Petrópolis no centro e chefes da operação emergencial, aos lados, conversam com jornalistas.Pedro Duran
Pedro Duranda CNN
Petrópolis

O prefeito de Petrópolis, Rubens Bontempo (PSB), recomendou nessa quinta-feira (24) que as pousadas localizaras no centro histórico da cidade, que ele chamou de “coração de Petrópolis”, não recebam turistas no carnaval.

A medida visa melhorar a mobilidade do município, ainda muito afetada pelo trânsito de máquinas pesadas, viaturas dos bombeiros, exército e polícia e pela lama e entulho acumulados nas ruas e calçadas.

“Eu acho que todo mundo aqui percebeu como a gente perdeu a mobilidade, não é? Eu aconselho, recomendo de fato, que as pousadas não fiquem disponibilizando seus leitos no centro histórico. Agora, proibir eu não tô proibindo, estou recomendando. Estariam fazendo grande serviço à população”, disse Bontempo.

O prefeito do município ressaltou que em locais onde a chuva não afetou o comércio, como os distritos de Itaipava, Secretário e Pedro do Rio, não vê problemas na continuação das atividades turísticas. Segundo ele, a cidade teve cerca de 100 km2 de áreas afetadas pelas chuvas.

Os comerciantes da cidade se queixam da impossibilidade de acionar seguradoras para recuperar o que foi perdido pelas enchentes. Na prática, eles não receberam repasses diretos de recursos por parte dos governos municipal, estadual e federal.

O governador Cláudio Castro (PL) disponibilizou uma linha de crédito para empresários afetados. Eles também receberão isenção de impostos, como ICMS. Mas alguns perderam mercadorias, equipamentos e estoque pra lama.

Na conversa com jornalistas, o prefeito reconheceu os problemas financeiros, mas disse que a prioridade é cuidar da cidade.

“Sei que todos estão precisando de recursos mas é dessa maneira que nós vamos conseguir limpar primeiro nossa cidade e oferecer uma cidade melhor num curto espaço de tempo. Então às vezes a gente tem que dar um passo pra trás pra poder caminhar um pouco pra frente”, afirmou Bontempo.

Cerca de 12 mil trabalhadores atuam na limpeza de Petrópolis. A força-tarefa que inclui moradores de cidades vizinhas, profissionais contratados emergencialmente e funcionários municipais pode ficar até dois meses em ação, na estimativa do prefeito.

FONTE CNN