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Chorar as pitangas

CURIOSIDADES

De onde vem esse termo usado por quem lamenta algum infortúnio?

Em sua história, o Brasil se comportou como um rico mosaico de culturas onde influências diversas deram origem às várias facetas que hoje tentam definir a figura do brasileiro. Sem dúvida, é praticamente impossível alegar que nosso país seja portador de uma “cultura pura”. Povos oriundos das mais diversas partes do mundo deixaram aqui sua marca, compondo a formação de um amplo leque de hábitos, gestos e expressões que não reconhecem nenhum tipo de limitação.

No início do processo de colonização, apesar das várias situações de conflito, portugueses e indígenas estabeleceram um contato empreendedor de diversas trocas culturais. Com esse respeito, alguns historiadores chegam a levantar a hipótese de que as dificuldades enfrentadas pelos colonos lusitanos seriam bem maiores caso não buscassem os saberes acumulados pelas sociedades indígenas que há séculos desbravaram o território.

De fato, o desafio de se adaptar a um espaço desconhecido deve ter feito muitos colonos “chorar lágrimas de sangue”. No entanto, se um português fosse se queixar a um indígena por meio dessa expressão gastaria certo tempo para que essa metáfora fizesse algum sentido para o nativo. É justamente aí que o contato entre esses dois mundos distintos, no caso, indígena e português, possibilitou a criação de novas expressões que perpetuaram em nosso cotidiano.

Segundo a indicação de algumas pesquisas, como a do folclorista Câmara Cascudo, o termo “chorar as pitangas” foi cunhado por meio desse contato entre culturas diferentes. No caso, o “sangue” que compunha a expressão lusitana foi substituído por “pitanga”, que significa “vermelho” na língua tupi. Dessa forma, o termo acabou fazendo alusão à uma lamentação extensa, onde o reclamante passaria chorando até ficar com seus olhos avermelhados.

Foi assim que uma nova expressão foi desenhada para reclamar das várias intempéries ocorridas durante o longo e difícil processo de dominação do território brasileiro. Não se limitando ao passado colonial, ainda temos muitas pessoas que admitem “chorar suas pitangas” quando algum tipo de contratempo sobrevém.


Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

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A toque de caixa. CURIOSIDADE

Esta expressão tem origem em um antigo hábito desenvolvido entre as forças militares

Em uma guerra, um pequeno detalhe pode ser fundamental para que a linha que separa o triunfo e a derrota seja superada. Não por acaso, várias estratégias são utilizadas para que os soldados sigam, com a maior precisão possível, a recomendação de seus comandantes e realize alguma ação. Muitas vezes, dada a urgência de alguma medida, os militares eram orientados “a toque de caixa”.

Atualmente, essa expressão se remete a todo ato feito com agilidade e determinação. Nos tempos passados essa expressão se referia ao costume que os chefes militares tinham de utilizar o toque da caixa, uma espécie de tambor, para orientar os seus comandados. A invenção chegou até a Europa por meio da expansão dos muçulmanos, que já fazia uso desse instrumento para promover rituais religiosos e reuniões militares.

A presença destes tambores entre as fileiras dos exércitos árabes acabou alcançando a Península Ibérica, que foi conquistada pelos muçulmanos no século VIII. Geralmente, a forma pela qual o tambor era tocado indicava a realização de algum ato a ser desenvolvido no calor das batalhas. Sem dúvida, a propagação do som era bem mais eficiente se comparada ao envio de um mensageiro ou documento escrito.

Mesmo com a expulsão dos muçulmanos da Península Ibérica, a expressão acabou sendo empregada pelos portugueses que, mais tarde, se incumbiram de trazê-la às terras brasileiras. Hoje vivemos em um mundo que se move “a toque de caixa”, tendo em vista a facilidade dos meios de comunicação e a ampliação dos afazeres cotidianos. Apesar disso, não podemos nos esquecer que o descanso é fundamental para suportarmos as imposições do dia a dia.

Por Rainer Sousa
Graduado em História

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A origem das notas musicais

CURIOSIDADES

Na Idade Média, a questão da música foi assumindo uma importância muito grande entre os clérigos daquela época

Desde muito tempo, as diferentes civilizações não só vivenciam a experiência musical como também elaboram métodos e teorias capazes de padronizar um modo de se compor e pensar o universo musical. Na Grécia Antiga, já observamos formas de registro e concepção das peças musicais através de sistemas que empregavam as letras do alfabeto grego. Ao longo do tempo, várias foram as tentativas de sistematização interessadas em formular um modo de se representar e divulgar as peças musicais.

Na Idade Média, a questão da música foi assumindo uma importância muito grande entre os clérigos daquela época. Por um lado, essa importância deve ser entendida porque os monges tinham tempo e oportunidade de conhecer todo o saber musical oriundo da civilização clássica através das bibliotecas dos mosteiros. Por outro lado, também pode ser entendida porque o uso da música foi assumindo grande importância na realização das liturgias que povoavam as manifestações religiosas da própria instituição.

Foi nesse contexto que um monge beneditino francês chamado Guido de Arezzo, nascido nos fins do século X, organizou o sistema de notação musical conhecido até os dias de hoje. Nos seus estudos, acabou percebendo que a construção de uma escala musical simplificada poderia facilitar o aprendizado dos alunos e, ao mesmo tempo, diminuir os erros de interpretação de uma peça musical. Contudo, de que modo ele criaria essa tal escala.

Para resolver essa questão, o monge Guido aproveitou de um hino cantado em louvor a São João Batista. Em suas estrofes eram cantados os seguintes versos em latim: “Ut quant laxis / Resonare fibris / Mira gestorum / Famuli tuorum / Solve polluti / Labii reatum / Sancte Iohannes”. Traduzindo para nossa língua, a canção faz a seguinte homenagem ao santo católico: “Para que teus servos / Possam, das entranhas / Flautas ressoar / Teus feitos admiráveis / Absolve o pecado / Desses lábios impuros / Ó São João”. Mas qual a relação da música com as notas musicais hoje conhecidas?

Observando as iniciais de cada um dos versos dispostos na versão em latim, o monge criou a grande maioria das notas musicais. Inicialmente, as notas musicais ficaram convencionadas como “ut”, “ré”, “mi”, “fá”, “sol”, “lá” e “si”. O “si” foi obtido da junção das inicias de “Sancte Iohannes”, o homenageado da canção que inspirou Guido de Arezzo. Já o “dó” foi somente adotado no século XVII, quando uma revisão do sistema concebido originalmente acabou sendo convencionada.

Por Rainer Sousa
Mestre em História
Equipe Brasil Escola

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Dr. Alonso Garcia de Resende continuará à frente da diretoria da Unimed Araxá

Eleição da diretoria e dos conselhos da cooperativa foi realizada na última sexta (11)

A Unimed Araxá realizou na última sexta-feira (11) a eleição da diretoria executiva e dos conselhos de admistração, técnico-ético e fiscal. Com o registro e inscrição de chapa única, a assembleia geral ordinária, realizada no auditório da cooperativa, elegeu os membros por aclamação.

O médico cardiologista Alonso Garcia de Resende, continuará à frente da diretoria da Unimed Araxá, ocupando o cargo de diretor-presidente. “Trabalhamos com planejamento estratégico. Vamos manter uma gestão humanizada e com foco no futuro da cooperativa. Estamos investindo em melhorias para os nossos cooperados e também em novos serviços e mais qualidade nos atendimentos prestados aos nossos beneficiários. Vamos crescer com ética e muita vontade de fazer o melhor para a população de Araxá e da região”, diz Dr. Alonso.

Na diretoria executiva, além do diretor-presidente, foram mantidos o diretor administrativo, Mateus Frigero e o diretor financeiro, Rubens Assunção de Oliveira. 

Veja abaixo todos os membros eleitos:

Diretoria Executiva

Diretor-Presidente – Alonso Garcia de Resende

Diretor Administrativo – Mateus Frigero

Diretor Financeiro – Rubens Assunção de Oliveira

Conselheiros Vogais:

Flávio Fiqueiredo Dias

Luiz Felipe de Ávila Daher

Ricardo Gonçalves Brasil

Aylan Cesar de Melo

Carmine José Pinto Di Mambro

Carlos Eugênio Ribeiro Parolini

Conselho Técnico-Ético

Membros Efetivos:

Leonardo Tannus Malki

Yvely Bernadete Yunes Akel

Roberto da Rocha Almeida Neto

Membros Suplentes

Ana Cláudia Guimarães Pinto Martins
Margareth Mitiko Yao Watanabe

Luisa Meireles Ganime

Unimed Araxá

A Unimed Araxá atua na região há 32 anos. Tem atualmente 200 médicos cooperados das mais diversas especialidades, com aproximadamente 25 mil clientes, 650 empresas contratantes nas cidades de Araxá, Ibiá, Campos Altos, Perdizes, Pedrinópolis, Tapira e Pratinha, além de atender cerca de 15 mil beneficiários de intercâmbio.

Desde 2017 a Unimed Araxá tem seu hospital próprio, que conta com o que há de mais moderno e eficiente na área e que também integra um Centro de Diagnóstico por Imagens e um moderno laboratório de análises clínicas. Mais recentemente inaugurou sua Clínica Multidisciplinar que tem atendimento exclusivo de profissionais como psicólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos. Junto ao prédio central, oferece ainda equipe integrada e programas de saúde voltados à melhoria de qualidade de vida, promoção da saúde e prevenção de doenças no Espaço Viver Bem.

A rede credenciada de serviços é composta ainda por seis hospitais, 15 laboratórios, 33 clínicas, além de aproximadamente 300 colaboradores de forma direta. 

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Araxá reabre inscrições de credenciamento de proprietários de vans para transporte escolar na zona rural

A Secretaria Municipal de Educação reabriu inscrições para o credenciamento de proprietários de vans (pessoas físicas) com interesse em realizar o transporte escolar de alunos da zona rural. O objetivo é atender todos os estudantes residentes em fazendas, chácaras e ranchos do município. Ao todo, 13 linhas devem ser preenchidas no novo credenciamento.

O cadastro deve ser realizado entre os dias 14 a 25 de março exclusivamente por meio do site da Prefeitura de Araxá, pelo link ( https://municipiovirtual.com.br/araxavan/cadastro ). Inicialmente são exigidas informações pessoais, como número de documentos, endereço e informações de contato.

As vans que farão o transporte rural serão equipadas por um GPS cedido pelo Município, que irá fazer o monitoramento das rotas desses veículos, visando a economia do dinheiro público e maior transparência ao serviço prestado.

No dia 28 de março, às 14h, no auditório da Prefeitura de Araxá, acontece o sorteio que vai definir a ordem dos selecionados que irão prestar o serviço.

Os 13 primeiros sorteados serão convocados para apresentação da documentação e assinatura do contrato. Caso haja alguma desistência ou desclassificação por falta de documentos ou critérios, o próximo da lista do sorteio será convocado e assim, sucessivamente, até definir os 13 motoristas.

Assessoria de Comunicação

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Retalhos da Vida” será apresentado neste fim de semana pelo projeto Arte, Cultura e Educação da AAL

Além da peça teatral, a programação será encerrada com a exibição de um documentário com um olhar diferente sob o cenário cultural de Araxá.

O Projeto Arte, Cultura e Educação da Academia Araxaense de Letras entra na fase final. A programação continua com a apresentação da peça teatral Retalhos da Vida, na APAE, dia 18 de março às 15h, no Calçadão no dia 19 às 10h e no Parque do Cristo no dia 20 às 10h. Na produção o grupo Deu Na Telha vai trabalhar o folclore popular com seus causos e lendas. Com raízes no teatro popular, os atores vão atuar no formato de arena com um contato mais próximo com o público. “A linguagem do espetáculo utiliza a popular linguagem dos causos. A personagem principal é uma contadora de história e ela revela a história de Araxá que ao mesmo tempo será encenada ao fundo. É um espetáculo com base no teatro de rua, linguagem simples e musical. Teremos música ao vivo no espetáculo, misturando o circo com a comédia popular”, contou o ator e integrante do Grupo Deu na Telha, Caio Ranieri.As oficinas idealizadas pelo artista Ton Lima irão trabalhar arte de rua nos espaços públicos com jovens do Bairro Urciano Lemos. Elas acontecem nos dias 19 e 26 de março na Praça da Juventude.

Fechando a programação, no dia 30 de março as 20h, durante uma live pelo Youtube, será apresentado um documentário sobre a cultura de Araxá, produção do repórter cinematográfico Jander Lucio Bento. Segundo ele, o documentário registrou manifestações artísticas que aconteceram na cidade em diversos momentos. “Com uma linguagem moderna e edição dinâmica, poderemos ver os trabalhos de arte, literatura, música, dança, fotografia e grafite representados de forma inclusiva sob um olhar diferente do cenário cultural de Araxá”, adiantou Jander Lucio.

Para o vice-presidente da Academia, Hermes Honório da Costa, a diversidade de artistas envolvidos no projeto revelou mais uma vez a riqueza da cultura araxaense, que teve nesse momento, a AAL como grande incentivadora. “Aprendemos muito com esta iniciativa e esperamos que outros projetos surjam e que nossa arte fique sempre em evidência”, destacou Hermes.

O projeto conta com recursos da Lei Aldir Blanc, em parceria com Governo de Minas e o Governo Federal e todas as apresentações acontecem de forma gratuita.

Serviço:

Teatro

Presencial: APAE dia 18 – 15h

                   Calçadão dia 19- 10h

                   Cristo dia 20 – 10h

Oficinas

Presencial:  19 e 26 de 9 às 11h30 – na Praça da Juventude no Bairro Urciano Lemos

Documentário

Live dia 30 às 20 h

Mariana Carneiro

Jornalista –  MTB 19.990/MG

(34) 9 9118-5658

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CURIOSIDADE Chá de Cadeira

O “chá de cadeira” era um hábito que reafirmava a importância das autoridades imperiais.

Em 1808, a chegada da Família Real em terras brasileiras estabeleceu uma série de mudanças na cidade do Rio de Janeiro. Preocupados em preservar a distinção de seu cargo, os membros da Corte Lusitana estabeleceram uma série de medidas e práticas que simbolizavam sua posição superior. Além disso, novos hábitos de consumo, padrões estéticos e rotinas viriam a conceber a cidade do Rio de Janeiro enquanto capital do Império Português.

Dada a Independência do Brasil, a distinção entre os membros da elite e a população menos favorecida ganhou outros tantos elementos. Nessa época, a impontualidade servia como um artifício que atestava a importância de uma autoridade. Por isso, mesmo que não houvesse contratempo, os nobres e altos membros da burocracia deixavam as pessoas esperando horas e horas por uma audiência. Isso significava que falar com “senhor fulano” ou o “doutor beltrano” era um privilégio único.

Geralmente, enquanto esperava pela oportunidade de serem ouvidos, os súditos tomavam xícaras e mais xícaras de chá que auxiliavam naquele interminável exercício de paciência. Provavelmente, foi por conta desse hábito nada respeitoso que as pessoas começaram a dizer que tomaram um “chá de cadeira” enquanto esperavam ter uma reivindicação atendida. De fato, esses padrões estavam bem distantes da lendária pontualidade associada aos britânicos.

Nos dias de hoje, podemos ver que esse hábito acabou tendo outras implicações interessantes. É comum observamos as pessoas dizendo que os órgãos governamentais não cumprem os prazos oficialmente estabelecidos ou que demoram em atender alguma demanda da população. Além disso, sempre temos um amigo, familiar ou conhecido famoso pela sua falta de pontualidade. Ou seja, o chá de cadeira virou um hábito entranhado na cultura de nosso país.

Por Rainer Sousa
Graduado em História

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A preço de banana

CURIOSIDADES

Quando falamos sobre comida, nem sempre imaginamos a dimensão histórica e cultural que um simples fruto pode ter. No caso da banana, o uso e o fácil acesso a esse gênero alimentício se mostram como uma das mais típicas características da economia natural e agroexportadora do continente americano. No século XX, vários países da América Central ficaram conhecidos como sendo parte integrante da chamada “República das Bananas”.

Essa relação entre a banana e o continente americano, na verdade, é bastante antiga. Ao chegarem ao Novo Mundo, os colonizadores europeus logo perceberam que as bananeiras abundavam em nossas terras. O clima quente e úmido fazia com que o fruto estivesse sempre disponível, sem que fosse necessário um planejamento rigoroso ou o emprego de técnicas agrícolas mais elaboradas. Ainda hoje, ela serve como base alimentar de muitas famílias habitantes de países americanos mais pobres.

Seguindo a lógica de exploração do sistema mercantilista, os comerciantes do Velho Mundo tinham pouco interesse em explorar comercialmente uma riqueza de tão fácil obtenção. O grande lance era investir em gêneros agrícolas que tivessem preços elevados e que, por isso, garantiam uma polpuda margem de lucros à burguesia mercantil europeia. De fato, a pobre banana era o indício cabal de que a antiga lei da oferta e da procura tinha lá suas razões.

Com o passar do tempo o preço da banana acabou sendo naturalmente incorporado ao nosso vocabulário financeiro. Toda vez que encontramos um produto “a preço de banana”, temos a certeza que pagaremos bem pouco naquele bem que tanto desejamos. Em tempos de pouca grana, nada melhor que pagar valores módicos que nos lembrem o precinho convidativo de um cacho de bananas!


Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

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CURIOSIDADEA Eficácia do Riso

Ao escutar uma piada, daquelas que nos fazem disparar a rir, são produzidos na boca uma série de sons vocálicos que duram de 1/16 segundos e repetem a cada 1/15 segundo. Enquanto os sons são emitidos, o ar sai dos pulmões a mais de 100 Km/h.

Uma gargalhada provoca aceleração dos batimentos cardíacos, elevação da pressão arterial e dilatação das pupilas.

Os adultos riem em média 20 vezes por dia, e as crianças até dez vezes mais. Rir é um aspecto tão inerente à existência humana que esquecemos como são interessantes esses ataques repentinos de alegria.

Por que as pessoas riem quando escutam uma piada? Segundo o escritor húngaro Arthur Kostler (1905-1983), o riso é um reflexo de luxo, que não possui utilidade biológica.

Entretanto a Natureza não investe em algo inútil, acredita-se que o impulso de rir possa ter contribuído para a sobrevivência no decurso da evolução.

A gelotologia que pesquisa sobre o riso, aponta que esta é a mais antiga forma de comunicação.

Os centros da linguagem estão situados no córtex mais recente, e o riso origina-se de uma parte mais antiga do cérebro, responsável pelas emoções como o medo e a alegria. Razão pela qual o riso escapa ao controle consciente. Não se pode dar uma boa gargalhada atendendo a um comando, muito menos é possível reprimi-la.

O riso pode apresentar um aspecto físico, cognitivo e emocional. Acontecimento este que não reduz o senso de humor a uma única região do cérebro.

Rir, achar algo engraçado, é um processo complexo, que requer várias etapas do pensamento.

Por Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola

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CURIOSIDADE

Bebidas Energéticas

Bebidas energéticas, geralmente, possuem em sua composição, além de carboidratos:

– Taurina: é um aminoácido que participa de funções fisiológicas importantes, como a excreção rápida de produtos tóxicos no organismo. Não se conhece bem os efeitos de seu consumo sobre nossa saúde em longo prazo.

– Glucoronolactona: é um carboidrato que possui função desintoxicante e auxilia na metabolização de substâncias.

– Cafeína: acelera a cognição, diminuindo a fadiga e aumentando o estado de vigília.

– Inositol: esse isômero da glicose previne o acúmulo de gordura no fígado e melhora a comunicação cerebral, a memória e a inteligência.

– Vitaminas: as principais encontradas nos energéticos são a niacina, B6, B12, riboflavina e ácido pantotênico. Sua presença está relacionada à reposição das doses recomendadas.

A união desses componentes resulta em uma bebida agradável ao paladar e que proporciona energia e ausência de sono para diversas atividades: desde horas extras de estudo à maior disposição para curtir uma festa. Uma única latinha é capaz de garantir esses efeitos por até três horas, dependendo do organismo da pessoa. Assim, não é difícil compreender o porquê de seu consumo, entre 2006 e 2010, ter aumentado mais de 300%, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (ABIR).

Apesar desses efeitos, os energéticos devem ser consumidos esporadicamente e com moderação, já que mascaram a fadiga do indivíduo, provocam insônia e podem aumentar significantemente a frequência cardíaca. Além disso, níveis muito elevados de cafeína podem desencadear em crises epilépticas, derrame cerebral e até mesmo morte. A bebida também é capaz de acelerar a perda de cálcio e magnésio pelo organismo, resultando em câimbras e, em longo prazo, osteoporose; e tem alto poder de provocar dependência, o que pode vir a ser um problema significativo.

Ingeridas ou misturadas juntamente com bebidas alcoólicas, essas bebidas podem provocar a desidratação, já que a cafeína e o álcool são substâncias diuréticas. Essa mistura também pode intensificar os efeitos do álcool, mas mascarando seu estado de embriaguez, já que a pessoa se sente bem menos sonolenta do que usualmente aconteceria. Isso permite com que a pessoa não tenha dificuldade em beber muito além da conta, criando uma maior tendência a comportamentos de risco.

Considerando o exposto, fica a dica: nunca consuma mais de duas latinhas de energético em um mesmo dia e evite misturar essa bebida com as alcoólicas. Caso o faça, defina anteriormente, e de forma sensata, a quantidade máxima dessas substâncias que irá tomar, e cumpra esse compromisso, ingerindo bastante água nos intervalos. Nesta situação, não dirija!

Mulheres grávidas jamais devem usar energéticos, já que tal ato pode provocar aborto espontâneo ou nascimento de bebê de baixo peso.

As bebidas energéticas não cumprem o mesmo objetivo que as bebidas esportivas, também chamadas de isotônicos. Estas bebidas à base de água, sais minerais e carboidratos têm a função de repor líquidos, eletrólitos e carboidratos que costumam ser perdidos, principalmente, através do suor, durante atividades físicas intensas, como corridas competitivas.
 

Por Mariana Araguaia
Bióloga, especialista em Educação Ambiental
Equipe Brasil Escola