deputado-pastor-eurico-26112021161459053

Deputado apresenta projeto de lei para cancelar Carnaval em 2022

Parlamentar baseia-se em alerta da OMS sobre quarta onda para proibir realização da festa em todo o território nacional 

O deputado federal Pastor Eurico (Patriota-PE) protocolou na Câmara dos Deputados um projeto de lei que proíbe as festividades do Carnaval em 2022 em todo o território nacional em razão da pandemia do novo coronavírus. 

O deputado Pastor Eurico (Patriota-PE) na Câmara

O deputado Pastor Eurico (Patriota-PE) na Câmara

CLEIA VIANA/CÂMARA DOS DEPUTADOS

O texto do PL 4.183/2022 foi protocolado na quinta-feira (25), mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro disse em live que, “por mim, não teria Carnaval [em 2022]

O presidente ainda disse que a decisão não depende dele: “Só que tem um detalhe: quem decide não sou eu. Segundo o Supremo Tribunal Federal, quem decide são os governadores e os prefeitos. Não quero me aprofundar nessa que poderia ser uma nova polêmica”.

A polêmica, no entanto, estava instalada. Nas redes sociais, internautas se dividiram entre os que defendem o Carnaval e os que acham que é melhor adiar mais uma vez a festa. A discussão também ganhou contornos políticos, com acusações mútuas de falta de coerência entre a turma do “fique em casa” e a turma do “a economia primeiro”. 

Na Câmara, o texto aguarda despacho do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para começar a tramitação. Embora não haja indícios de que Lira vá pautar a matéria, o tema, que divide internautas, já chegou ao Legislativo.  

Justificativa

Na justificativa do projeto, o deputado Pastor Eurico cita o alerta da OMS (Organização Mundial de Saúde) para a quarta onda de contaminação. 

“Apesar do ritmo acelerado de vacinação proporcionado pelo nosso governo federal, a própria Organização Mundial da Saúde destaca que o Carnaval pode ser um risco de uma nova onda de contaminações de Covid-19. De acordo com Mariângela Simão, diretora-geral adjunta de acesso a medicamentos e produtos farmacêuticos da OMS, o mundo está entrando em uma quarta onda da pandemia do coronavírus. ‘Estamos vendo a ressurgência de casos de Covid-19 na Europa. Tivemos nas últimas 24 horas mais de 440 mil novos casos confirmados. E isso porque há subnotificação em vários continentes. O mundo está entrando em uma quarta onda, mas as regiões têm tido um comportamento diferente em relação à pandemia’, afirmou ela”, disse o deputado.

O parlamentar também se antecipa à discussão de se a Câmara pode legislar sobre o tema, e discorda do presidente Bolsonaro quanto a tratar-se de uma atribuição de governadores e prefeitos: “Ademais, é importante destacar que a aprovação deste projeto de lei não vai ferir a competência de outros entes federados legislarem sobre o tema. Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, as ações para combater o coronavírus são de competência compartilhada entre a União, estados, municípios e o DF. No caso de normas editadas por entes distintos, nossa Suprema Corte determinou que, em nome da segurança da população, serão adotadas as medidas mais restritivas”. 

FONTE R7

1-1

Ambientalistas denunciam recompensa por caça a tubarões em Ubatuba, litoral de SP

Após repercussão negativa, dono de marina que incentivou caça a tubarões afirma que foi mal interpretado. Ataques a banhistas na cidade chamaram a atenção após o registro de dois casos em novembro.

Ambientalistas denunciam recompensa por caça a tubarões em Ubatuba, litoral paulista — Foto: BBC/Getty Images

Ambientalistas de 50 órgãos denunciam a iniciativa de uma marina que oferece recompensa financeira para caça de tubarões em Ubatuba, no Litoral Norte de São Paulo. A cidade teve dois registros de banhistas feridos por tubarões em um espaço de menos de 15 dias. Apesar disso, os pesquisadores consideram os casos como raros e isolados.

O caso ganhou repercussão após a mensagem de um e-mail disparado pelo presidente do Tamoios Iate Clube viralizar nas redes sociais. Nela, a diretoria da empresa manifesta “preocupação com possíveis danos ao turismo” e anuncia “um prêmio pela captura ou eliminação do organismo causador dos ataques”.

A caça de tubarões é proibida por meio de portaria do Ministério do Meio Ambiente e considerada crime ambiental, com previsão de multa e prisão.

Na carta de repúdio contra a caça de tubarões, os ambientalistas destacam que a iniciativa pode provocar efeitos sérios e irreversíveis na vida marinha, que já é afetada negativamente por ações humanas, como a poluição.

“Os tubarões são essenciais para o equilíbrio do ecossistema marinho, sendo que diversas espécies de tubarões já se encontram vulneráveis, ameaçadas ou em risco de extinção, e atitudes como essa podem ampliar e causar imenso desequilíbrio ecológico desencadeando diversos problemas, inclusive aos seres humanos”, afirmam os ambientalistas.

Procurado pelo g1, o comodoro do Tamoios Iate Clube, José Jacyntho de Magalhães afirma que foi mal interpretado e que a mensagem não passava de uma ironia.

“Houve má interpretação do que se pretendia. Era uma brincadeira, ironia. Obviamente não vamos levar isso à frente”, afirmou.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Clube prometeu recompensa por captura de tubarões em Ubatuba; prática é criticada por ambientalistas — Foto: Reprodução

Clube prometeu recompensa por captura de tubarões em Ubatuba; prática é criticada por ambientalistas — Foto: Reprodução

FONTE G1

Filho diz que Chorão deixou dívida ‘impagável’ com gravadora, feita em 2005 e descontada até hoje

Herdeiro de direitos do Charlie Brown falou sobre trabalho com legado do pai e afirmou que, em 2016, guitarrista Thiago o trancou em um banheiro e ameaçou: ‘Vou tirar o nome da banda de você’.

Alexandre Abrão, filho de Chorão, parece ter mais dias de luta do que dias de glória ao administrar o legado do Charlie Brown Jr. A história conturbada do pai se repete com ele.

O capítulo mais recente é a saída dos guitarristas Marcão e Thiago Castanho de projetos envolvendo a antiga banda.

O filho diz que sempre concordou com as demandas dos ex-colegas do pai, e que Marcão e Thiago tentaram registrar marcas da banda e até entraram com um processo na justiça sem conversar com ele antes. Ao desabafar com o g1, Alexandre também revela outros desafios da sua atividade

  • Ele diz que o pai queria seguir carreira solo em 2005, quando a banda brigou, mas o presidente da gravadora EMI o impediu: ‘Tu é o Charlie Brown, não é o Chorão’.
  • Chorão comprou os direitos da banda dos outros músicos. Para levantar o dinheiro, fez uma dívida ‘impagável’ com a gravadora, diz o filho. Ele afirma que dívida é descontada até hoje.
  • Ele afirma que Thiago e Marcão romperam com ele em 2021 sem querer conversar, e que uma reconciliação depende dos dois.
  • Alexandre diz que, em 2016, foi trancado por Thiago em um banheiro, e o guitarrista colocou o dedo na sua cara e falou: ‘Vou tirar o nome do Charlie Brown de você’.
  • Segundo ele, o guitarrista fez a ameaça após ver que a turnê dos ex-músicos da Legião Urbana foi bem-sucedida sem a participação do filho de Renato Russo.
  • Ele diz que considera uma honra cuidar do trabalho do pai, mas que já viu isso como um fardo e que faz acompanhamento psicológico desde a morte do pai, em 2013.

Alexandre – Hoje eu fico praticamente 100% do tempo focado no Charlie Brown. É 24 horas por dia, 7 dias por semana, não tenho feriado nem final de semana. Como a gente lida com entretenimento, música, vídeo, rede social, é sempre uma coisa madrugada adentro e de manhã cedo continua.

g1 – O que era o projeto que envolvia o Marcão e o Castanho antes de vocês se desentenderem?

Alexandre – Estava continuando um projeto que eu criei lá em 2014, de devolver o Charlie Brown Jr aos palcos com os músicos. Eu sinto falta dos fãs do Charlie Brown, da energia que os meninos tinham no palco em conjunto.

Porque o Charlie Brown não era o trabalho do meu pai, era a vida dele. Dando continuidade ao legado dele, continua a história dele também. A banda em si acabou em 2013, mas o legado é eterno. Quanto mais eu trabalhar e levar o Charlie Brown de volta, mais tempo meu pai vai ser lembrado.

Alexandre Abrão, filho de Chorão — Foto: Divulgação

Alexandre Abrão, filho de Chorão — Foto: Divulgação

g1 – Justo agora, quando os eventos começaram a voltar, vocês brigaram. O que que aconteceu? Por que eles saíram?

Alexandre – Para ser sincero, não sei. Falam que eu não fui uma coisa, não fui outra, que eu fui mesquinho. Mas a verdade é que eu nunca fui contatado por eles para absolutamente nada. Ninguém falou: ‘Preciso que você faça isso, senão vou sair.’

Em julho, o Thiago e o Marcão deram entrada no INPI [Instituto Nacional de Propriedade Industrial] com marcas que meu pai já tinha: “CBJR”, “C.Brown Jr.”

Até “Charlie Brothers”, que meu pai não tinha. Pô, “Charlie Brothers” (risos)

Eram coisas assim: “Charlie Brown 30 anos”, Charlie Brown isso e aquilo. Eu falei: ‘gente, o que que tá acontecendo?’

Ao mesmo tempo, comecei a ter uma discussão com o empresário da época, o Branco. Ele vinha botando uma pressão em cima de mim para eu licenciar o nome do Charlie Brown Jr. para ele. Trabalho com licenciamento desde 2013, sei que não é assim.

A banda sempre foi feita através do escritório do meu pai. Sou sócio do escritório do meu pai desde antes de ele falecer.

g1 – Se o nome “Charlie Brown Jr” não está registrado no INPI, apenas estes termos relacionados, o que fez do seu pai, e agora você, donos da banda?

Alexandre – Em 2005, quando teve a ruptura do Charlie Brown e saiu o Champignon, Marcão e Pelado, meu pai queria fazer um projeto solo chamado Chorão Skate Vibe. Só que ele tinha um contrato muito pesado com a EMI [a gravadora EMI foi comprada e incorporada pela Universal em 2012; já a editora EMI, que cuida de direitos das músicas, foi comprada e incorporada pela Sony em 2018].

O Maynard, que era presidente da gravadora, falou: ‘Pô, você vai fazer projeto solo o caral**! Tu é o Charlie Brown, tu não é o Chorão’. Aí meu pai comprou dos outros músicos os direitos artísticos, de marca, de imagem. Através disso ele virou o dono da banda.https://94a9a444973747a001cf58abc7dd8bd7.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Desde que meu pai faleceu, uma das pessoas que trabalhava com o meu pai falava: ‘O Chorão tem uma dívida impagável com a EMI’. Até hoje essa dívida impagável está aí. A gente paga de pouquinho em pouquinho, porque retém os direitos artísticos. Isso é uma coisa que ninguém sabia.

Documentário 'Chorão: Marginal Alado' mostra relação com fãs, solidariedade e intimidade

00:00/00:00

Documentário ‘Chorão: Marginal Alado’ mostra relação com fãs, solidariedade e intimidade

g1 – Vocês pagam ainda essa dívida com parte dos direitos que a obra do Chorão arrecada?

Alexandre – Na verdade não paga. A EMI simplesmente retém e a gente não vê esse dinheiro. As pessoas falam: ‘Ah, chove dinheiro’. Não é assim.https://94a9a444973747a001cf58abc7dd8bd7.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Meu pai, para comprar [os direitos dos outros músicos], tomou uma dívida da EMI de advanceds [termo que se usa no mercado musical para falar de pagamentos adiantados de gravadoras aos músicos]. Para quitar a compra com o Marcão, o Champignon e o Pelado.

O Thiago já tinha saído da banda antes. Com essa ruptura, para fazer voltar o Charlie Brown, ele chamou o Thiago de volta. Porém, como contratado. Todos os músicos que entraram no Charlie Brown Jr desde 2005 eram contratados.

g1 – Então vocês estão pagando até hoje dívida de ‘advanced’ de gravadora?

Alexandre – Não só dívida de ‘advanced’ da EMI. A gente paga todos os problemas jurídicos. Porque o Charlie Brown tem problemas jurídicos da época do meu pai. Tem diversos processos.

g1 – Já faz muito tempo para ainda ter dívida com gravadora. Você tem uma previsão de quando termina ou quanto falta para pagar?

Alexandre – Eu cuido da parte bacana da coisa. Que fica aqui até não sei que horas editando vídeo para entrar no YouTube, no Instagram e no telão do show. A parte do dinheiro, para mim, sinceramente não faz muita diferença.

g1 – Você vê alguma possibilidade de eles voltarem ou já está trabalhando com a perspectiva de não ter o Thiago e o Marcão?

Alexandre – Não depende de mim, depende de eles atenderem o telefone ou me ligarem. Porque eles me processaram e eu continuei tentando falar. Quando fui tentar falar com eles, três dias depois eles foram no público e falaram: ‘A gente está saindo’.

‘Gente, vocês estão me processando e mesmo assim eu estou aqui. Vamos conversar.’

Tudo que eles pediram eu abri um pouco as pernas. ‘Eu quero cachê de tanto’. Tá bom. ‘Eu quero ter a possibilidade de fazer uma marca Charlie Brown Jr. com meu nome, para fazer merchandising.’ Tá bom, não tem problema. ‘Eu quero isso, aquilo’. Beleza.

Eu quero muito fazer a turnê para comemorar os 30 anos da vida do meu pai. Eu sou uma pessoa que não gosta de briga, mas não depende de mim.

Integrantes da banda Charlie Brown Jr. posam para foto em 1997. Na foto, o guitarrista Thiago Castanho, o vocalista Chorão, o baixista Champignon, o baterista Renato Pelado e guitarrista Marcão. — Foto: Julio Vilela/ Estadão Conteúdo

Alexandre – Hoje eu fico praticamente 100% do tempo focado no Charlie Brown. É 24 horas por dia, 7 dias por semana, não tenho feriado nem final de semana. Como a gente lida com entretenimento, música, vídeo, rede social, é sempre uma coisa madrugada adentro e de manhã cedo continua.

g1 – O que era o projeto que envolvia o Marcão e o Castanho antes de vocês se desentenderem?

Alexandre – Estava continuando um projeto que eu criei lá em 2014, de devolver o Charlie Brown Jr aos palcos com os músicos. Eu sinto falta dos fãs do Charlie Brown, da energia que os meninos tinham no palco em conjunto.

Alexandre Abrão, filho de Chorão — Foto: Divulgação

Alexandre Abrão, filho de Chorão — Foto: Divulgação

g1 – Justo agora, quando os eventos começaram a voltar, vocês brigaram. O que que aconteceu? Por que eles saíram?

Alexandre – Para ser sincero, não sei. Falam que eu não fui uma coisa, não fui outra, que eu fui mesquinho. Mas a verdade é que eu nunca fui contatado por eles para absolutamente nada. Ninguém falou: ‘Preciso que você faça isso, senão vou sair.’

Em julho, o Thiago e o Marcão deram entrada no INPI [Instituto Nacional de Propriedade Industrial] com marcas que meu pai já tinha: “CBJR”, “C.Brown Jr.”

Ao mesmo tempo, comecei a ter uma discussão com o empresário da época, o Branco. Ele vinha botando uma pressão em cima de mim para eu licenciar o nome do Charlie Brown Jr. para ele. Trabalho com licenciamento desde 2013, sei que não é assim.

A banda sempre foi feita através do escritório do meu pai. Sou sócio do escritório do meu pai desde antes de ele falecer.

g1 – Se o nome “Charlie Brown Jr” não está registrado no INPI, apenas estes termos relacionados, o que fez do seu pai, e agora você, donos da banda?

Alexandre – Em 2005, quando teve a ruptura do Charlie Brown e saiu o Champignon, Marcão e Pelado, meu pai queria fazer um projeto solo chamado Chorão Skate Vibe. Só que ele tinha um contrato muito pesado com a EMI [a gravadora EMI foi comprada e incorporada pela Universal em 2012; já a editora EMI, que cuida de direitos das músicas, foi comprada e incorporada pela Sony em 2018].

O Maynard, que era presidente da gravadora, falou: ‘Pô, você vai fazer projeto solo o caral**! Tu é o Charlie Brown, tu não é o Chorão’. Aí meu pai comprou dos outros músicos os direitos artísticos, de marca, de imagem. Através disso ele virou o dono da banda.https://94a9a444973747a001cf58abc7dd8bd7.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Desde que meu pai faleceu, uma das pessoas que trabalhava com o meu pai falava: ‘O Chorão tem uma dívida impagável com a EMI’. Até hoje essa dívida impagável está aí. A gente paga de pouquinho em pouquinho, porque retém os direitos artísticos. Isso é uma coisa que ninguém sabia.

Documentário 'Chorão: Marginal Alado' mostra relação com fãs, solidariedade e intimidade

00:00/00:00

Documentário ‘Chorão: Marginal Alado’ mostra relação com fãs, solidariedade e intimidade

g1 – Vocês pagam ainda essa dívida com parte dos direitos que a obra do Chorão arrecada?

Alexandre – Na verdade não paga. A EMI simplesmente retém e a gente não vê esse dinheiro. As pessoas falam: ‘Ah, chove dinheiro’. Não é assim.https://94a9a444973747a001cf58abc7dd8bd7.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Meu pai, para comprar [os direitos dos outros músicos], tomou uma dívida da EMI de advanceds [termo que se usa no mercado musical para falar de pagamentos adiantados de gravadoras aos músicos]. Para quitar a compra com o Marcão, o Champignon e o Pelado.

O Thiago já tinha saído da banda antes. Com essa ruptura, para fazer voltar o Charlie Brown, ele chamou o Thiago de volta. Porém, como contratado. Todos os músicos que entraram no Charlie Brown Jr desde 2005 eram contratados.

g1 – Então vocês estão pagando até hoje dívida de ‘advanced’ de gravadora?

Alexandre – Não só dívida de ‘advanced’ da EMI. A gente paga todos os problemas jurídicos. Porque o Charlie Brown tem problemas jurídicos da época do meu pai. Tem diversos processos.

g1 – Já faz muito tempo para ainda ter dívida com gravadora. Você tem uma previsão de quando termina ou quanto falta para pagar?

Alexandre – Eu cuido da parte bacana da coisa. Que fica aqui até não sei que horas editando vídeo para entrar no YouTube, no Instagram e no telão do show. A parte do dinheiro, para mim, sinceramente não faz muita diferença.

g1 – Você vê alguma possibilidade de eles voltarem ou já está trabalhando com a perspectiva de não ter o Thiago e o Marcão?

Alexandre – Não depende de mim, depende de eles atenderem o telefone ou me ligarem. Porque eles me processaram e eu continuei tentando falar. Quando fui tentar falar com eles, três dias depois eles foram no público e falaram: ‘A gente está saindo’.

‘Gente, vocês estão me processando e mesmo assim eu estou aqui. Vamos conversar.’

Tudo que eles pediram eu abri um pouco as pernas. ‘Eu quero cachê de tanto’. Tá bom. ‘Eu quero ter a possibilidade de fazer uma marca Charlie Brown Jr. com meu nome, para fazer merchandising.’ Tá bom, não tem problema. ‘Eu quero isso, aquilo’. Beleza.

Eu quero muito fazer a turnê para comemorar os 30 anos da vida do meu pai. Eu sou uma pessoa que não gosta de briga, mas não depende de mim.

Integrantes da banda Charlie Brown Jr. posam para foto em 1997. Na foto, o guitarrista Thiago Castanho, o vocalista Chorão, o baixista Champignon, o baterista Renato Pelado e guitarrista Marcão. — Foto: Julio Vilela/ Estadão Conteúdo
Integrantes da banda Charlie Brown Jr. posam para foto em 1997. Na foto, o guitarrista Thiago Castanho, o vocalista Chorão, o baixista Champignon, o baterista Renato Pelado e guitarrista Marcão. — Foto: Julio Vilela/ Estadão Conteúdo

g1 – Mas você acha possível fazer a turnê sem eles? Porque eles não conseguem fazer sem você, e não sei se você consegue fazer sem eles.
Alexandre – Eu gosto de trabalhar as coisas bacanas. Tem uma história linda do meu pai, do Champignon, do Marcão, do Thiago.
Eu boto no Google, e em vez de aparecer uma coisa legal, aparece: ‘Membros do Charlie Brown arrumam barraco com filho do Chorão’. Primeiro, eu não quero ficar como ‘filho do Chorão’. Eu fico atrás. Eu sou uma pessoa tímida. Fiquei oito anos para começar a falar sobre a vida pessoal com um repórter.

Minha vida é minha vida. Eu fico aqui, jogo meu videogame, tomo meu café, gosto de Elton John. Eu tô aqui quietinho. É muito triste ver que, por causa deles, de eles estarem fazendo isso, o nome do Charlie Brown Jr. está sendo puxado junto para essa briga.

Porque o Charlie Brown não era só briga. Ele tem muita história de amor e superação.
g1 – Mas o Chorão também teve essa relação difícil com os músicos. Tanto que eles saíram e voltaram. Você acha que, de alguma forma, está repetindo a relação do seu pai e entrando nesse ciclo do qual ele mesmo não conseguiu sair?

Alexandre – Realmente, meu pai sempre levou o Charlie Brown Jr como uma coisa muito dele. ‘É do meu jeito e vai ser do meu jeito’. Eu não penso assim. Menos de um mês depois que meu pai faleceu, numa reunião na casa da ex-mulher do Thiago para falar sobre o futuro da banda, eu falei: os caras são músicos, é isso que eles sabem fazer. Tem que tocar.
Estamos editando um livro que meu pai começou. Sempre que brigava com alguém, ele falava: ‘Não quero mais o cara no livro’. Ia lá e riscava o rosto das fotos. Uma dessas pessoas foi o Heitor. Eu não concordo. Peguei o telefone e falei:’ Heitor, meu pai te tirou, mas quero te colocar, porque você faz parte da história’.
Charlie Brown era a vida do meu pai, e sempre vou continuar trabalhando dessa forma. Seja com eles de preferência, ou seja sem eles.
g1 – Há um peso de ter ficado com esse legado? Para você é uma coisa difícil, nem sempre boa?
Alexandre – Tem coisa que é legal e coisa que é chata. Mas sempre que alguém vem falar de Charlie Brown comigo é uma honra. Se eu estou aqui hoje trabalhando com as coisas do meu pai, se ele foi quem foi, foi por causa dos fãs, dos amigos, das brigas, disso tudo.


Pode ser visto, sim, como um fardo para alguns. Eu, inclusive, já pensei dessa maneira. Desde o falecimento do meu pai eu faço acompanhamento psicológico, obviamente. Mas tudo que envolve Charlie Brown Jr, mesmo que for pesado, é parte de mim.

O problema é que o Thiago sempre foi uma pessoa muito pesada.

Em 2016, o cara me trancou dentro de um banheiro, e o cara que trabalhava para ele, segurança, ficou segurando a maçaneta para eu não sair. E o cara botou o dedo na minha cara para falar: ‘eu vou te processar. Vou tomar o nome do Charlie Brown de você’.

E eu sempre tentei relevar. Inclusive quando eu fui falar com ele de novo em 2019, foi tipo: Thiago, eu não quero falar de Charlie Brown, você era amigo do meu pai, eu quero ter uma relação saudável com você. Dessas conversas vim percebendo que ele queria voltar a tocar.
Sempre foi prometido: qualquer contrato que for feito você vai ter acesso. Qualquer número bancário, vai ter acesso. Sempre foi assim, pelo menos comigo. Meu pai não. Meu pai era: fechei aqui, show tal, tá aqui sua passagem aérea, te vejo lá.
Fico chateado, porque me mostra o Thiago de verdade. Porém, de novo, o cara era amigo do meu pai, que também tem sua história. Vou continuar tratando ele bem, com carinho.


E se a turnê do Legião Urbana foi extremamente bem-sucedida sem o Renato Russo e fez ele entrar naquela mentalidade de ‘ eu vou tirar o bagulho de você’…. (suspira) Eu não posso fazer nada. Eles me processaram sem falar comigo, anunciaram uma ruptura sem eu saber. Estou tipo mulher do outro, sempre sabendo depois.

Me surpreendeu o Marcão ter entrado nessa. O Marcão sempre falou: o Chorão é o dono do Charlie Brown e o Xande representa o Chorão. Falava: ‘Thiago, para com essas ideias’.
O Marcão, inclusive, não estava falando com o Thiago quando ele voltou. Tem umas trocas de e-mails os dois batendo boca engraçado. ‘Ah, porque eu sou Charlie Brown desde 1993’. E o Marcão fala que é desde 1992. Aí eu penso: ‘Tá, o Charlie Brown era o Chorão, e eu sou de 90. Então eu sou Charlie Brown desde 1990’ (risos).

Notas de Thiago e Marcão:

Os guitarristas divulgaram duas notas no Instagram quando saíram do projeto com Alexandre. “Infelizmente, o ego, a vaidade e a ganância falaram mais alto que uma parceria coerente e honesta, fazendo com que a gente tome a decisão de nos desligar da tour anunciada e de qualquer outro projeto que esteja vinculado ao Alexander, filho do Chorão, e suas empresas”, diz a 1ª nota.

“Diferente do que foi contado, NÃO se trata de querermos o nome, mesmo sabendo que ele não pertence a essas pessoas! Vale lembrar que não existe o registro do nome Charlie Brown Jr no INPI, o que assim não dá direito a ninguém se dizer dono de tal “marca” como no texto é mencionado. Não iremos aceitar ameaças e coações da empresa e representantes ligados ao Alexandre, filho do Chorão. Temos o direito de tocar nossas músicas com quem e como a gente quiser!”, diz a 2ª nota.

FONTE G1

barragem-brumadinho-mg-frame-2146

Brumadinho: MP recorre da decisão que fez com que ex-presidente da Vale e outros 15 deixassem de ser réus

A tragédia matou 270 pessoas em Brumadinho. Nesta sexta-feira, a Polícia Federal indiciou 19 pessoas por homicídio doloso.

Tragédia matou 270 pessoas em 2019 — Foto: Reprodução/TV Globo

O Ministério Público de Minas Gerais (MP) recorreu da decisão judicial que extinguiu o processo criminal que corria no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) sobre a tragédia que matou 270 pessoas em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em 25 de janeiro de 2020.

O rompimento da barragem de Córrego do Feijão, da mineradora Vale, também provocou a poluição do Rio Paraopeba, prejudicando o abastecimento de água de dezenas de cidades da região.

A decisão, tomada em outubro, fez com que o ex-presidente da Vale, Fabio Schvartsman, e outras 15 pessoas – funcionárias da mineradora e da empresa de consultoria TÜV SÜD – deixassem de ser réus por homicídio qualificado, por crimes contra fauna e flora, além de crime de poluição em um dos episódios mais trágicos da história do país.

Segundo o MP, a denúncia para que eles fossem julgados pelo Tribunal do Júri “já havia sido aceita pela Justiça de Brumadinho, mas foi questionada em outras instâncias sob a alegação de que haveria elementos no caso que seriam de competência da Justiça Federal”.

O STJ aceitou o argumento da defesa de Schvartsman que a tragédia afetou sítios arqueológicos, que são de responsabilidade da União. Além disso, a acusação do MP de irregularidades em documentos enviados pela Agência Nacional de Mineração (ANM), que também é de âmbito federal.

Segundo o recurso do MP, o STJ “desconsiderou que os supostos e alegados crimes conexos, que justificaram o declínio da competência para a Justiça Federal, sequer foram atribuídos” aos réus.

O órgão ainda defende que a decisão contraria “a garantia constitucional fundamental do Tribunal do Júri”.

Inquérito

Nesta sexta-feira (26), a Polícia Federal indiciou 19 pessoas a Vale e a TÜV SÜD, no inquérito que investiga o rompimento da barragem.

As pessoas físicas foram indiciadas por homicídio doloso (dolo eventual) duplamente qualificado pelo emprego de meio que resultou em perigo comum e de recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima, por 270 vezes.

Elas também foram indiciadas – assim como a Vale, responsável pela barragem, e a TÜV SÜD, responsável pela auditoria da estrutura – por crimes ambientais de poluição e contra a fauna terrestre e aquática, a flora, os recursos hídricos, unidades de conservação e sítios arqueológicos, além do crime de apresentação de declaração falsa perante a Agência Nacional de Mineração (ANM).

O que dizem as empresas

A Vale afirmou que “colaborou continuamente com as investigações da Polícia Federal” e que “aguarda ser formalmente cientificada da conclusão do inquérito para a devida manifestação por intermédio de seu advogado, David Rechulski”.

“A Vale informa, ainda, que compreende que as autoridades que presidem investigações são livres na formação de suas próprias convicções, no entanto, reafirma que sempre norteou suas atividades por premissas de segurança e que nunca se evidenciou nenhum cenário que indicasse risco iminente de ruptura da estrutura B1”, disse a empresa.

A TÜV SÜD falou que não pode comentar porque ainda não teve “a oportunidade de avaliar esse relatório”.

FONTE G1

humane-society-intern_fran-

Coreia do Sul avalia proibir consumo de carne de cachorro

Defensores dos direitos dos animais aplaudem proposta, enquanto grande maioria da população apoia a proibição do comércio de carne canina. Por outro lado, tradicionalistas defendem que prato é receita típica sul-coreana.

O governo da Coreia do Sul anunciou nesta quinta-feira (25) que planeja criar um comitê de aconselhamento para discutir uma possível proibição do consumo de carne de cachorro no país.

A comissão de 20 membros será composta por especialistas, membros de organizações privadas e autoridades do governo, informou o Ministério da Agricultura sul-coreano, e deverá chegar a um consenso sobre a questão até abril de 2022.

Por um lado, o projeto é exaltado por ativistas e donos de animais de estimação. Os tradicionalistas, por outro, alegam que a carne é uma receita típica sul-coreana e que as pessoas devem ser livres para consumi-la.https://ea49c5fd0506e5ce8f2b21d36a4b37c7.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

O tema entrou na agenda governamental depois que o presidente Moon Jae-in sugeriu, em setembro, que seria hora de impor uma proibição à venda e ao consumo da carne de cachorro.

Presidente sul-coreano Moon Jae-in e primeira-dama Kim Jeong-sook brincam com cachorros em foto de 2018 — Foto: Cortesia/Presidência da Coreia do Sul

Presidente sul-coreano Moon Jae-in e primeira-dama Kim Jeong-sook brincam com cachorros em foto de 2018 — Foto: Cortesia/Presidência da Coreia do Sul

Moon, que é um adorador de animais, disse que comer cães tem se tornado cada vez mais controverso na comunidade internacional. E isso não é recente. Em 1988, por exemplo, o governo fechou todos os restaurantes que serviam carne de cachorro em Seul durante os Jogos Olímpicos, a fim de evitar uma imagem negativa da culinária local.

Queda brusca de popularidade

Ainda que a carne de cachorro faça parte da culinária coreana há séculos, sua popularidade tem caído drasticamente nos últimos anos.

Em 2019 foram contabilizados menos de cem restaurantes servindo cachorros em Seul, e a indústria relatou que as vendas tiveram queda de até 30% em um ano. O maior abatedouro de cães do país, em Seongnam, fechou em 2018. O último grande mercado de carne canina, na cidade de Daegu, fechou no início deste ano.

Todos os anos, porém, são criados até 1,5 milhão de cães para fins de alimentação em fazendas espalhadas pelo país. A maioria é consumida nos meses quentes e úmidos do verão, em meio à crença de que comer carne de cachorro aumenta a resistência e a virilidade dos homens.

Cachorros que virariam comida na Coréia do Sul chega para ser adotados em San Francisco, na Califórnia — Foto: AP

Cachorros que virariam comida na Coréia do Sul chega para ser adotados em San Francisco, na Califórnia — Foto: APhttps://ea49c5fd0506e5ce8f2b21d36a4b37c7.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Segundo uma pesquisa de opinião pública divulgada em 2020 pela ONG de defesa dos direitos dos animais Sociedade Humana Internacional (HSI), 84% dos coreanos não comem ou não querem comer cachorro, e 60% disseram apoiar uma proibição do comércio.

“Na última década, com cada vez mais pessoas tendo cães de estimação em casa, os animais são vistos como parte da família, e não como alimento. A maioria dos jovens na Coreia sente-se horrorizada e enojada com a ideia de comer cachorro”, afirma Nara Kim, que dirige a campanha “End dog meat” (Pare com a carne de cachorro), da HSI.

“Além do aumento no número de donos de animais, cresceu também a conscientização das questões de bem-estar animal e, especificamente, o sofrimento animal que ocorre nas fazendas e nos matadouros”, diz Kim.

A mídia coreana demorou para informar a sociedade sobre a real situação das fazendas de cães. Mas quando os ativistas da HSI começaram a levar repórteres até esses locais, os telespectadores ficaram chocados não só com as condições, mas ao verem animais que consideram de estimação esperando para ser abatidos.

Alimento tradicional ou animal de estimação?

Segundo a ativista Nara Kim, a indústria da carne de cachorro na Coreia do Sul busca convencer a população de que os animais criados para comer são diferentes dos de estimação. “Quase como um animal diferente, sem alma. Quando as pessoas veem que isso não é verdade, isso tem um grande impacto”, destaca.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Enquanto pesquisas mostram que cada vez menos coreanos apreciam a carne de cachorro, Kim reafirma que o alimento não pode mais ser considerado parte da cozinha tradicional.

“É mais correto dizer que é um hábito ultrapassado, principalmente para homens idosos que gostam de acreditar que influencia em questões de saúde”, afirma. “Como coreana, é meio que um insulto e uma vergonha que o Ocidente pense que a carne de cachorro é uma tradição coreana.”

Nos últimos seis anos, a HSI cooperou com 18 criadores de cães que queriam deixar esse mercado e os ajudou na transição para um negócio diferente, enquanto encontrava um lar para seus cães, inclusive na Europa.

Kim se diz “cautelosamente otimista” de que a medida planejada pelo governo saia do papel, embora preveja uma forte resistência da indústria.

“Apenas criadores de grandes fazendas estão ganhando dinheiro com isso. As pequenas e médias não são lucrativas e certamente os fazendeiros com os quais conversamos regularmente sabem que esta é uma indústria em extinção e que é hora de deixá-la para trás, ainda que as associações de carne de cão não estejam cooperando”, diz.

Há quem apoie

Ainda que menor nos últimos anos, ainda há um certo grau de apoio ao consumo de carne de cachorro na sociedade sul-coreana. Young-chae Song, professor do Centro de Criação e Colaboração Global da Universidade Sangmyung de Seul, argumenta que, com cada vez menos adeptos ao prato, não seria necessário aprovar uma lei para proibi-lo.https://ea49c5fd0506e5ce8f2b21d36a4b37c7.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

“A demanda é tão baixa agora que o mercado deve decidir quais restaurantes devem sobreviver e continuar servindo carne de cachorro. E qualquer um que queira deve ter permissão para isso”, afirma.

“Não é muito diferente das tradições alimentares em outros países. Estive recentemente em Taiwan e vi pessoas passeando com porcos de estimação, mas os taiwaneses ainda comem carne de porco. Para mim, alguns animais podem ser tanto de estimação quanto comida, e se minha família ou amigos me convidassem para ir a um restaurante de carne de cachorro, eu iria.”

FONTE G1

dji-0881

Mercúrio usado em garimpo no rio Madeira causa lesões nos órgãos de quem se alimenta todos os dias por peixes contaminados

Especialistas alertam que atividade ilegal prejudica vida aquática e impacta diretamente a saúde de populações tradicionais.

Dragas atracadas no Rio Madeira, no interior do AM. — Foto: Silas Laurentino

O mercúrio usado na atividade ilegal de garimpo no rio Madeira é capaz de causar lesões nos órgãos das pessoas que se alimentam todos os dias com peixes contaminados, pois apresentam sintomas mais crônicos do minério do corpo.

O minério despejado nos rios entra na cadeia alimentar dos animais e afeta diretamente a saúde das populações tradicionais, as principais consumidoras desse pescado.

O alerta foi feito por pesquisadores após a invasão de centenas de garimpeiros na região, nas proximidades da cidade de Autazes, distante 113 Km de Manaus. Eles formaram uma “vila flutuante” no local para exploração ilegal de ouro.

O médico e pesquisador em Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Paulo Cesar Basta, explicou ao g1 que o mercúrio usado pelos garimpeiros afunda no leito do rio e, consequentemente, é consumido por peixes.

“No fundo do rio, ele sofre um processo de transformação química mediada por microrganismo. Ele se transforma numa forma química ainda mais tóxica, o metil mercúrio, e entra na cadeia alimentar desse pescado”, disse.

Mercúrio fica acumulado no corpo humano

Os povos tradicionais da Amazônia possuem o hábito alimentar muito marcado pelo consumo de pescado. Conforme Basta, as comunidades que comem os peixes contaminados todos os dias também estão sob alto risco de contaminação.

“Quando esse povo tradicional come o peixe contaminado, ele vai ser absorvido no nosso trato gastro intestinal e vai entrar na corrente sanguínea, sendo absorvido pelo corpo. Do jeito que o mercúrio acumula no peixe, ele também acumula no corpo do ser humano”, explicou.

“Se você come diariamente, duas ou três vezes, peixe contaminado pelo mercúrio, o corpo não tem tempo de eliminar, e ele vai acumulando. Nisso, ele vai provocando lesões em órgãos, principalmente no cérebro, rins, fígado, e no coração”.

 Foram coletados peixes nos rios Branco, Mucajaí e Uraricoera para diagnosticar se animais têm contaminação por mercúrio em Roraima  — Foto: Arquivo pessoal

Foram coletados peixes nos rios Branco, Mucajaí e Uraricoera para diagnosticar se animais têm contaminação por mercúrio em Roraima — Foto: Arquivo pessoalhttps://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Quais os principais sintomas nos seres humanos

De acordo com o pesquisador, em adultos cronicamente contaminados, a pessoa vai ter desde sintomas sensitivos, até os motores, e também podem causar alterações comportamentais.

Dentre as alterações nos órgãos de sentido mais comuns estão: diminuição da sensibilidade nas mãos e pés, deficiência na sensação de calor ou frio, zumbido no ouvido, paladar com gosto metálico, olfato prejudicado e a visão começa a tubular.

No campo motor, as pessoas podem sofrer com tremores nas mãos e pés, fraqueza, dificuldade para segurar copo, subir escada e até ter tontura. As alterações também comprometem a memória, aprendizado e comportamento, com sintomas de depressão e ansiedade, por exemplo.

São alterações que muitas vezes são subclínicas e podem ser confundidas com sintomas de outras doenças.

Em um grau mais grave, que leva a mortalidade, a maior recorrência é em crianças. “A mulher grávida, por intermédio do sangue do cordão umbilical, pode transmitir o mercúrio para o bebê que está em formação na barriga dela. Se as taxas de contaminação da mãe forem muito altas, a criança pode nascer com sintomas graves, como má formação, paralisia cerebral e até vir a óbito”, alerta.

Perturbação da vida aquática

O biólogo Jansen Zuanon, especialista em peixes da Amazônia e doutor em Ecologia, afirma que a invasão de garimpeiros no rio Madeira prejudica a vida aquática por diversas razões, desde a pertubação dessa fauna quanto pela contaminação direta da mesma.

“No momento em que ela retira os sedimentos do fundo do rio, sugado por uma mangueira, triado ou filtrado por minérios tóxicos, ele joga um líquido pra dentro da água, onde vão se formando o que a gente chama de “arrotos de draga”, que são aqueles montes de seixo e areia que ficam acumulados no rio”, disse.

Nesse processo, ele suspende o sedimento do fundo do rio, e acaba deixando a água ainda mais turva. Ele revolve toda a camada onde os peixes usam para a alimentação, e ainda causa esse problema pra navegação, por conta desse acúmulo de areia e seixo ao longo do rio.

Dragas e balsas atracaram no meio do rio Madeira, no Amazonas, para exploração ilegal de ouro. — Foto: REUTERS/Bruno Kelly

Dragas e balsas atracaram no meio do rio Madeira, no Amazonas, para exploração ilegal de ouro. — Foto: REUTERS/Bruno Kelly

Problemas na reprodução e mortalidade precoce de peixes

O mercúrio metálico, que é a forma que os garimpeiros usam pra amalgamar o ouro, não é tão prejudicial. O problema é que, quando ele está no fundo do rio, em condições de pouco oxigênio, ele se transforma em um composto que é o metil mercúrio.

“Esse metil mercúrio é absorvido por pequenos animais aquáticos e ele entra na cadeia alimentar. Então a cada vez que um animal come outros que estão contaminados, ele vai acumulando mercúrio no seu próprio corpo. Isso faz com que os grandes peixes carnívoros, por exemplo, os grande bagres, piranhas, tucunarés, acumulem muito mercúrio”, disse.

Há evidências científicas de que o mercúrio prejudica diretamente os peixes, principalmente atrapalhando na reprodução, causando mortalidade precoce, deformações e tumores.

“Também há relatos de problemas neurológicos, e os peixes acabam morrendo mais rapidamente, porque não consegue se esconder ou se defender de predadores”.

Quanto a diminuição de populações de peixes, não há estatísticas suficientes para essa afirmação.

“A gente não acompanha como está sendo a quantidade de filhotes que estão nascendo, a idade dos peixes da população que está sendo afetada, se estão morrendo mais cedo ou mais tarde. Se eu não sei o que está acontecendo, não quer dizer que não esteja. Normalmente nossas análises são muito focadas no ser humano”, explicou.

FONTE G1

10076302_x240-1-Copia

Nova variante leva Anvisa a recomendar suspensão do desembarque de passageiros vindos de 6 países africanos

Barra Torres afirmou que nenhuma medida restritiva contra o coronavírus é totalmente eficaz, mas o governo brasileiro deve fazer tudo o que estiver ao seu alcance para impedir a entrada de nova variante B.1.1.529.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nota técnica nesta sexta-feira (26) recomendando que o governo brasileiro adote medidas de restrições para voos e viajantes vindos de parte da África, em decorrência da identificação de nova variante do SARS-CoV-2, identificada como B.1.1.529.

Os países identificados na nota técnica alvo das medidas são, especificamente, África do SulBotsuanaEswatiniLesotoNamíbia e Zimbábue.

A Anvisa informa, contudo, que a efetivação das medidas sugeridas depende de portaria interministerial editada conjuntamente pela Casa Civil, pelo Ministério da Saúde, pelo Ministério da Infraestrutura e pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

“É uma variante que possui características mais agressivas e que, obviamente, requer das autoridades sanitárias mundiais medidas imediatas. É exatamente o que fizemos há poucos minutos. Já enviamos nossas notas técnicas para os ministérios da Casa Civil, Saúde, Infraestrutura e Justiça no sentido que voos vindos desses países, são países localizados no sul do continente africano, sejam temporariamente bloqueados, não venham para o Brasil”, explicou o diretor Antonio Barra Torres à GloboNews.

Barra Torres afirmou que nenhuma medida restritiva contra o coronavírus é totalmente eficaz, mas o governo brasileiro deve adotar medidas neste momento para que o Brasil não viva novas ondas de coronavírus.

“A prevenção deve ser feita agora. Quando se perde o tempo de prevenção, entramos no tratamento. Tratamento é aquilo que já vimos: são UTIs lotadas, famílias sendo ceifadas. Não há sentido em aguardar esse tipo de coisa. É claro que, se surgirem informações outras que nos levem a rever esse assessoramento, faremos”, afirmou Barra Torres.

“Mesmo com tudo feito, por algum mecanismo, por alguma brecha, essa variante pode acabar se materializando em nosso país. Temos que faze tudo o que estiver ao nosso alcance”, disse.

'Está sendo discutido internamente', diz Rodrigo Cruz sobre recomendação da Anvisa para restringir entrada de viajantes de 6 países africanos

‘Está sendo discutido internamente’, diz Rodrigo Cruz sobre recomendação da Anvisa para restringir entrada de viajantes de 6 países africanos

Na quinta-feira (26), a Anvisa fez outra recomendação sobre fronteiras: a agencia pede que o governo exija o certificado de vacinação de todos os que entrarem no Brasil. A decisão depende de portaria interministerial, mas André torres, ministro da Justiça, disse ser contra.

Sobre o pedido em relação às medidas de restrições aos seis países africanos citados na nota técnica desta sexta, o governo federal ainda não divulgou posicionamento.

Rodrigo Cruz, secretário-executivo do Ministério da Saúde, disse que os ministérios estão discutindo o assunto e que a pasta ainda não tem uma posição finalizada sobre o tema.

“Por conta de um decreto, essa posição é tomada por um colegiado de ministros. Ministro da Saúde, ministro da Justiça, ministro da Infraestrutura e ministro da Casa Civil, sempre ouvindo Anvisa. Ouve-se a Anvisa e essa decisão é tomada. Está sendo discutido internamente e não há um posicionamento fechado. Assim que tivermos, ele será breve, será comunicado a todos os senhores”, disse Cruz.

O que se sabe sobre a B.1.1.529

Covid: o que se sabe sobre nova variante detectada na África do Sul

Covid: o que se sabe sobre nova variante detectada na África do Sul

A variante B.1.1.529, identidifaca pela primeira vez na África do Sul, preocupa países da Europa, EUA, Ásia, além do Brasil, uma vez que já tem 50 mutações — algo nunca visto antes —, sendo mais de 30 na proteína “spike” (a “chave” que o vírus usa para entrar nas células e que é o alvo da maioria das vacinas contra a Covid-19).

Os cientistas ainda não têm certeza da eficácia das vacinas contra a Covid-19 existentes contra a nova variante.

O virologista Tulio de Oliveira, diretor do Centro para Resposta Epidêmica e Inovação na África do Sul, que anunciou a descoberta da nova variante na quinta-feira (25), afirmou na ocasião que a B.1.1.529 carrega uma “constelação incomum de mutações” e é “muito diferente” de outros tipos que já circularam.

“Esta variante nos surpreendeu, ela deu um grande salto na evolução [e traz] muitas mais mutações do que esperávamos”, afirma Oliveira, que é brasileiro. Mas ainda é cedo para dizer o quão transmissível ou perigosa é a variante — e seu efeito sobre as vacinas já desenvolvidas”, disse.

Restrições no mundo

No começo do mês, mais de 30 mil visitantes foram confinados na Disneylândia de Xangai após um caso de Covid-19 ser registrado no parque de diversões (veja no vídeo abaixo). A multidão só foi liberada após todas as pessoas serem testadas.

Disneylândia de Xangai reabre depois de confinar mais de 30 mil visitantes

Disneylândia de Xangai reabre depois de confinar mais de 30 mil visitantes

Ao menos 4 países já anunciaram restrições a voos de nações africanas devido à B.1.1.529 até o momento. Outras nações, como Singapura e Japão, também anunciaram que vão adotar medidas.

FONTE G1

2021-01-20t141811z-458031910-rc2qbl9bxp2o-rtrmadp-3-health-coronavirus-who-vaccines

OMS declara a B.1.1.529 como ‘variante de preocupação’ e dá o nome de ‘ômicron’

Nova variante do coronavírus foi originalmente descoberta na África do Sul. Ao menos 9 países e/ou territórios já anunciaram restrições a voos de nações africanas.

OMS — Foto: Denis Balibouse/Reuters

Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a B.1.1.529 como uma “variante de preocupação” e escolheu como nome “ômicron“. Com essa classificação, a nova variante foi colocada no mesmo grupo de versões do coronavírus que já causaram impacto na progressão da pandemia: alfa, beta, gama e delta (leia mais abaixo sobre as classificações das variantes).

A omicron foi originalmente descoberta na África do Sul. Ela é considerada de preocupação pois tem 50 mutações, sendo mais de 30 na proteína “spike” (a “chave” que o vírus usa para entrar nas células e que é o alvo da maioria das vacinas contra a Covid-19).

Ainda não se sabe se ela é mais transmissível ou mais letal: a própria OMS diz que precisará de semanas para compreender melhor o comportamento da variante.

Ao menos 9 países e/ou territórios já anunciaram restrições a voos de nações africanas devido à B.1.1.529 até o momento.

Origem da variante

A variante B.1.1529 foi reportada à OMS pela primeira vez em 24 de novembro de 2021, pela África do Sul. A situação epidemiológica no país tem sido caracterizada por três picos de casos notificados, sendo que o último era com a variante delta.

Nas últimas semanas, as infecções do coronavírus têm aumentado abruptamente, o que coincide com a detecção da nova variante B.1.1529. O primeiro caso confirmado da B.1.1529 foi de uma amostra coletada em 9 de novembro de 2021.

De acordo com OMS, a variante apresenta um “grande número de mutações”, sendo que algumas delas trazem preocupação.

“Evidências preliminares sugerem uma alta no risco de reinfecção com esta variante, em comparação com as outras versões do coronavírus. O número de casos da B.1.1.529 aparenta estar crescendo na maioria das províncias da África do Sul”, afirma a OMS.

OMS convoca reunião de emergência após nova variante detectada na África do Sul

OMS convoca reunião de emergência após nova variante detectada na África do Sul

Classificação das variantes

A OMS classifica as variantes do novo coronavírus em 3 categorias: VOC (variante de preocupação), VOI (variante de interesse) e VUM (variante sob monitoramento). São elas:

  • VOC (variantes de preocupação): alfa (detectada pela primeira vez no Reino Unido), beta (detectada na África do Sul), gama (no Brasil, também conhecida como P.1), delta (na Índia) e ômicron (também detectada na África do Sul);

São consideradas VOC as que demonstram estar associadas a uma ou mais das seguintes alterações em um grau de significância para a saúde pública global:

  1. Aumento da transmissibilidade ou alteração prejudicial na epidemiologia da COVID-19; ou
  2. Aumento da virulência ou mudança na apresentação clínica da doença; ou
  3. Diminuição da eficácia das medidas sociais e de saúde pública ou diagnósticos, vacinas e terapias disponíveis.
  • VOI (variantes de interesse): lambda (detectada pela primeira vez no Peru) e mu (na Colômbia);

É considerada VOI aquela variante que foi identificada como causadora de transmissão comunitária, de múltiplos casos ou de clusters (agrupamentos de casos) de COVID-19 ou foi detectada em vários países.

  • VUM (variantes sob monitoramento): 7 cepas que não recebem nome de letras do alfabeto grego

Constelação de mutações

O virologista Tulio de Oliveira, diretor do Centro para Resposta Epidêmica e Inovação na África do Sul, que anunciou a descoberta da nova variante na quinta-feira (25), afirma que a B.1.1.529 carrega uma “constelação incomum de mutações” e é “muito diferente” de outros tipos que já circularam.

“Esta variante nos surpreendeu, ela deu um grande salto na evolução [e traz] muitas mais mutações do que esperávamos”, afirma Oliveira, que é brasileiro. Mas ainda é cedo para dizer o quão transmissível ou perigosa é a variante — e seu efeito sobre as vacinas já desenvolvidas

FONTE G1

hospital_covid_19-1

Senado aprova piso salarial de R$ 4,7 mil para enfermagem; texto segue para Câmara

A proposta indica ainda um piso mínimo de R$ 3,3 mil para os técnicos de enfermagem e de R$ 2,3 mil para os auxiliares de enfermagem e para as parteiras

Breno Esaki/Agência Saúde DF

O Senado aprovou na quarta-feira (24) um projeto que institui o piso salarial de R$ 4.750 para os enfermeiros do Brasil. A proposta indica ainda um piso mínimo de R$ 3.325 para os técnicos de enfermagem e de R$ 2.375 para os auxiliares de enfermagem e para as parteiras. Aprovada, a proposta segue para a análise da Câmara dos Deputados.

A proposta do senador Fabiano Contarato (Rede-ES) recebeu voto favorável da relatora, senadora Zenaide Maia (Pros-RN), que apresentou o substitutivo aprovado em Plenário.

O projeto inclui o piso salarial na Lei 7.498, de 1986, que regulamenta o exercício da enfermagem, estabelecendo um mínimo inicial para enfermeiros no valor de R$ 4.750, a ser pago por serviços de saúde públicos e privados, para uma jornada de trabalho de 30 horas semanais.

Em relação à remuneração mínima dos demais profissionais, o projeto fixa a seguinte gradação: 70% do piso nacional dos enfermeiros para os técnicos de enfermagem e 50% do piso nacional dos enfermeiros para os auxiliares de enfermagem e as parteiras.

fonte CNN

21042_3C94A189B44E04AB

Eclipse lunar parcial poderá ser visto na América do Sul nesta sexta-feira (19)

Fenômeno ocorre se a Lua estiver passando por uma porção da sombra da Terra; eclipses parciais podem ser vistos a olho nu

Eclipse solar fotografado em São Paulo, no dia 14/12/2020Foto: JOCA DUARTE/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Mariana Toro Naderda CNN

Nesta sexta-feira (19) ocorre um eclipse lunar parcial, que terá visibilidade nas Américas do Sul e do Norte, Europa e Ásia, segundo a Nasa.

Em 26 de maio, houve um eclipse lunar total, que também pôde ser visto na Ásia e nas Américas. Ao longo do próximo ano haverá dois eclipses lunares – com uma diferença: ambos serão totais.

Um deles acontecerá no dia 16 de maio e o outro no dia 8 de novembro do próximo ano. O eclipse lunar desta sexta-feira deve ser duração de cerca de 3 horas.

O que é esse fenômeno, o que o causa e qual a sua frequência? Aqui estão as respostas para essas e outras perguntas.

O que é um eclipse lunar?

A Lua orbita a Terra cerca de uma vez a cada 29 dias e meio, explica o astrofísico e ex-cientista da Nasa Fred Espenak em seu site.

Portanto, conforme ela gira ao redor do planeta, sua posição em relação ao Sol faz com que ela mude de fase.  Geralmente ouvimos falar de quatro fases lunares: lua nova, quarto minguante, quarto crescente e lua cheia.

Um eclipse lunar só pode ocorrer quando a Lua está cheia. E ocorre se a Lua estiver passando por uma porção da sombra da Terra.

Tipos de eclipses lunares

Existem três tipos de eclipses lunares:

  • Eclipse penumbral (em que a Lua passa pela sombra externa da Terra, que bloqueia parte dos raios do Sol, mas não todos).
  • Eclipse parcial (em que uma parte da Lua passa pela sombra interna ou limiar da Terra, onde bloqueia a luz solar direta).
  • Eclipse total (em que a Terra bloqueia toda a luz do Sol e impede que ela alcance a Lua).

Todos eles podem ser observados?

Depende. Os eclipses penumbrais são difíceis de observar porque são muito sutis, diz Espenak.

No entanto, eclipses parciais podem ser vistos a olho nu. Os mais impressionantes são os eclipses totais, já que a Lua parece vermelha.

Ao contrário de quando se trata de um eclipse solar, os eclipses lunares podem ser observados com segurança, sem a necessidade de proteção.

Eclipse anular do Sol visto da China

Eclipse anular do Sol visto da China em 2020 / Foto: Costfoto/Barcroft Media via Getty Images (21.jun.2020)

Quais são as diferenças?

Já sabemos que o eclipse lunar acontece quando a Lua passa pela sombra da Terra e isso bloqueia a chegada dos raios solares.

Já o eclipse solar ocorre quando a Lua passa entre a Terra e o Sol, o que só é possível na fase de Lua Nova.

Com que frequência eles ocorrem?

Os eclipses se repetem durante o ciclo de Saros, período que dura aproximadamente 18 anos e 11 dias, segundo a Nasa.

De duas a quatro vezes por ano, a Lua passa por uma parte das sombras da penumbra ou limiar da Terra e é assim que ocorrem os eclipses, de acordo com Espenak.

FONTE CNN