CBMM convida toda a comunidade de Araxá a participar do projeto Pessoas que transformam

O meu desejo é de poder continuar a apoiar esse trabalho coletivo além de tentar angariar novos apoiadores espontâneos. Já conseguimos descobrir e ter apoio de ótimos profissionais de Araxá, para que possamos divulgar novas histórias. Acredito que a visibilidade de bons exemplos atrai naturalmente pessoas que compartilham dos mesmos valores, e tudo isso pode ajudar no processo maior de transformação social.

AS PESSOAS QUE TRANSFORMAM

Giuliano Fernandes, Gerente de Comunicação e Marketing da CBMM

Ao longo de mais de duas décadas trabalhando nos setores de tecnologia industrial e de materiais, vi por diversas vezes o excesso de valorização de algumas novas tecnologias em termos da moda, mas que ao longo do tempo não se provaram tão transformadoras e predominantes como se previa.

Um dos primeiros desses movimentos que marcou meu início de carreira quando eu ainda era um operário de fábrica, rodando turnos enquanto tentava me graduar como engenheiro de produção, foi o da reengenharia. A inspiração nesse movimento muitas vezes provocou o corte irracional de custos e de talentos humanos, causando sequelas e danos à sobrevivência e à própria capacidade de inovar dessas empresas, ao invés de benefícios maiores.

Ainda nessa época do final da década de 1990, um dos cursos da moda era a engenharia mecatrônica, levando muitos jovens a acreditarem que robôs e a automação substituiriam totalmente a força de trabalho humana nas fábricas e até em escritórios em poucos anos.

É óbvio que a tecnologia e novos métodos de gestão, se entendidos da maneira correta e utilizados de forma equilibrada, apoiam a evolução da sociedade desde que a conhecemos. O ponto principal é não cairmos na armadilha de tentarmos reduzir a importância e o centralismo do papel humano em cada nova disruptura tecnológica e, principalmente, na transformação e evolução da sociedade.

Hoje, atuo em uma empresa pioneira e líder em seu setor, capaz de constantemente mudar o mundo por meio de sua expertise na transformação de materiais e de suas aplicações inovadoras, e percebo que o elemento humano não é secundário, e sim protagonista nessa história.

Embora seja uma empresa que atua e tem sedes em várias regiões do planeta, a CBMM sempre deu atenção especial para a região de Araxá, cidade mineira na qual a empresa nasceu e criou fortes raízes.

Dentro desse contexto, ao observarem o exemplo maravilhoso daqueles que ajudam a transformar a sociedade com iniciativas inspiradoras em diferentes frentes, alguns de nossos funcionários resolveram criar uma iniciativa de reunir talentos internos e locais para contar essas boas histórias, não apenas para Araxá, mas para todo o país.

Dessa iniciativa, nasceu em 2020 a websérie PESSOAS QUE TRANSFORMAM, que traz simplicidade no nome, mas carrega muito significado.

Ao longo dos cinco primeiros episódios, emocionei-me e apoiei nossos funcionários a propagarem histórias reais de quem faz a diferença com ações ligadas ao esporte, à educação, à natureza e ao meio ambiente.

No episódio recém-lançado, gostei muito de ver o exemplo de uma iniciativa que nos ensina a importância de virtudes como o respeito e o espírito de coletividade. Em analogia ao seu próprio nome, o projeto da Associação Dínamo consegue gerar muita energia positiva para a transformação da sociedade por meio de uma grande paixão nacional: o futebol.

Energizados pelo impacto positivo dessa série e no mês em que comemoramos nosso aniversário de 66 anos, resolvemos dar mais um passo corajoso, convidando toda a comunidade de Araxá para participar dessa iniciativa, com sugestão de personagens ou grupo de pessoas locais que merecem ter suas histórias contadas pelo projeto PESSOAS QUE TRANSFORMAM.

Um grande abraço com o desejo de que fiquem todos em saúde!

Nada disso seria possível sem a visão e talento de tantas pessoas especiais. É impossível citar todos, mas os represento através das Fernandas, Patrícias, Luísas, etc que fazem parte da minha vida diária.

Conforme antecipei na semana passada durante as transmissões da Rádio Cidade e da Jovem Pan, fica aqui o meu convite a todos os araxaenses: acompanhem o canal da CBMM no Facebook e nos ajudem a descobrir novas PESSOAS QUE TRANSFORMAM. Acredito que boas iniciativas merecem ser contadas.

Prefeitura repassa verba para a Apae para viabilizar atendimentos

O prefeito Robson Magela e o vice-prefeito Mauro da Silveira Chaves se reuniram, nesta segunda-feira (5), com funcionários da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) para destacar o repasse no valor de R$ 206.787,93. O recurso já creditado na conta da instituição vai permitir fluxo de caixa para efetuar o pagamento dos salários dos colaboradores em dia e viabilizar os serviços prestados à comunidade. 

A instituição se mantém com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), através do Governo Federal, que só são creditados após o dia 15 de cada mês, o que prejudica o pagamento da folha salarial em dia. Este é o segundo convênio feito pela Administração Municipal com a Apae neste ano. A instituição também está sendo contemplada este ano com um convênio de R$ 320 mil, que está sendo creditado em oito parcelas de R$ 40 mil. 

A coordenadora clínica da Apae, Miriam Karam Lemos, reforça que sem essa ajuda seria praticamente impossível a instituição continuar os atendimentos. “O recurso que recebemos do Governo Federal ficou defasado nos últimos anos. Por isso a importância desse dinheiro para o fluxo de caixa. Esse foi o primeiro prefeito a ter essa sensibilidade com a Apae, de contribuir para a manutenção do trabalho prestado pela instituição”, destaca Miriam. 

Para Ana Maria Afonso Agostine, diretora da Apae, o recurso vem em boa hora. “A gente vê nessa gestão uma sensibilidade maior, o que nos dá a confiança de continuar a trabalhar em prol do próximo”, diz Ana Maria. 

O prefeito Robson Magela fala da admiração pelo trabalho prestado pela Apae em Araxá. “Acredito que política boa é essa que pensa na população e investe nas pessoas. Por isso, assim que soubemos dessa situação que acaba prejudicando esses trabalhadores, logo buscamos uma forma de trazer uma solução”, reitera. 

O vice-prefeito Mauro Chaves reforça o compromisso da gestão, principalmente com a saúde e assistência social, destacando o trabalho realizado pela Apae. “Esse convênio é uma forma de reconhecer e valorizar a instituição”, pontua. PMA

Secretaria de Saúde informa que nenhuma pessoa recebeu vacina fora do prazo de validade

A Secretaria Municipal de Saúde de Araxá informa que não foram utilizadas doses da vacina AstraZeneca vencidas durante a Campanha de Vacinação Contra a Covid-19. Um levantamento baseado no cruzamento de dados oficiais do Governo Federal, publicado pelo jornal “Folha de S. Paulo”, aponta que duas doses do imunizante (uma do lote 4120Z005 e outra do lote 4120Z001) teriam sido aplicadas fora da validade no município.

O Setor de Imunização esclarece que os últimos vacinados com dose do lote 4120Z005 são trabalhadores de saúde que foram vacinados no dia 5 de março, quase 40 dias antes da data de validade da vacina marcada para o dia 14 de abril. Já os últimos pacientes imunizados com doses do lote 4120Z001, com vencimento no dia 29 de março, aconteceu no dia 17 do mesmo mês, 12 dias antes do prazo de validade, e também fazem parte do grupo prioritário de trabalhadores de saúde.

O município ressalta que todas as pessoas imunizadas contra a Covid-19 na cidade receberam o imunizante dentro do prazo de validade. A equipe da Secretaria Municipal de Saúde realizou a conferência dos dados no SIPNI (Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização) nesta sexta-feira (2) após publicação da reportagem e verificou uma falha de lançamento em duas doses, erro de digitação do lote e do registro de data de aplicação do imunizante.

As duas falhas de lançamento foram registradas em dois cartões de vacina do grupo de trabalhadores de saúde, um motorista de ambulância (erro no registro da data de aplicação do imunizante) e uma cuidadora de idosos (erro de digitação do lote). A Secretaria Municipal de Saúde entrou em contato com as pessoas e solicitou cópia dos cartões de vacina para verificação dos dados junto ao sistema. Com as falhas identificadas, o município realizará a notificação da ocorrência no sistema para correção dos dados. PMA

Marisa Monte refaz crônicas e declarações de amor e esperança na requintada atmosfera ‘déjà vu’ do álbum ‘Portas’


O primeiro disco solo de músicas inéditas da artista em uma década sintetiza o universo particular de obra autoral iniciada há 30 anos com o álbum ‘Mais’.

Marisa Monte refaz crônicas e declarações de amor e esperança na requintada atmosfera ‘déjà vu’ do álbum ‘Portas’
Arte de Marcela Cantuária

Resenha de álbum

Título: Portas

Artista: Marisa Monte

Edição: Phonomotor Records / Sony Music

♪ Eis o que você – leitor admirador de Marisa Monte – quer saber de verdade sobre Portas: o álbum lançado às 21h desta quinta-feira, 1º de julho de 2021, soa tão interessante quando dèjá vu.

Aos 54 anos, completados hoje, a cantora e compositora gravita com requinte ao redor de universo musical particular que começou a gerar há 30 anos com o álbum Mais (1991).

Descontado o primeiro disco de intérprete, MM (1989), marcado pelo esplendor vocal dessa cantora que ditou padrões ao longo dos anos 1990, o que Marisa Monte basicamente tem feito são crônicas e declarações de amor com cancioneiro de grande apelo pop(ular).

Em Portas, álbum cuja capa expõe arte inédita de Marcela Cantuária, a compositora refaz essas crônicas, abrindo parcerias com Marcelo Camelo e Chico Brown sem dar um passo estético adiante em obra já sólida. É como as 16 faixas do álbum Portas sintetizassem os caminhos trilhados pela artista ao longo dos 30 anos que separam Portas do definidor álbum Mais.

Parceiro de Marisa Monte em cinco das 16 músicas inéditas do disco, inclusive no soul Calma, faixa lançada em 10 de junho como single em que a cantora vislumbra a alvorada com aliciante pegada pop, Chico Brown aparece ocupar com naturalidade no álbum o lugar do pai, Carlinhos Brown, pela primeira vez ausente como compositor da discografia de Marisa desde o disco Verde anil amarelo cor-de-rosa e carvão (1994).

Tanto que um espírito tribalista parece pairar sobre três das cinco canções compostas por Marisa com Chico, sobretudo na sedutora Fazendo cena e Em qualquer tom, valsa que versa sobre o amor com palavras do dicionário musical (“São tantos acordes acordando aqui na gente / Tanta harmonia, tão assim tão de repente / A delirar no amor morar”).

Tanto Em qualquer tom e Fazendo cena quanto Medo do perigo – a outra canção de clima tribalista feita por Marisa com Chico Brown – têm os toques acústicos do violão e do piano do neto de Chico Buarque em arranjos mais enxutos.

Na contramão dessa economia, a canção Déjà vu – a quinta parceria de Marisa com Chico Brown – foi formatada com solo de guitarra e com a opulência das cordas orquestradas pelo maestro Arthur Verocai. As cordas e sopros entram com vigor no refrão para reforçar o convite feito pelos versos “Vem, vamos lá / Vem viver / Vem sonhar / Pela estrada de estrelas do mar”.

Arranjadas em atmosfera clássica tanto por Verocai como por Marcelo Camelo, as cordas são uma das marcas sonoras do álbum Portas.

Arte de Marcela Cantuária exposta no encarte do álbum ‘Portas’, de Marisa Monte — Foto: Reprodução
Arte de Marcela Cantuária exposta no encarte do álbum ‘Portas’, de Marisa Monte — Foto: Reprodução

Presente nos créditos de três das 16 músicas do disco, sendo duas compostas com Marisa, Marcelo Camelo parece ter entrado no universo particular da parceira conterrânea. Nem tanto na música que assina sozinho, Espaçonaves, samba de cadência suave, evocativa da bossa nova.

Das duas parcerias de Camelo com a artista, Você não liga se diferencia por embutir, na cadência de samba-rock, ecos do suingue matricial de Jorge Ben Jor, compositor e músico referencial para Marisa, a ponto de ter tido três músicas regravadas na discografia solo da cantora entre 1994 e 2011. Sal, a outra composição de Marisa com Camelo, é canção bonita, assim como a maior parte do repertório do álbum Portas.

A alta concentração de músicas belas tem força para anular qualquer argumento dos detratores do disco. Mesmo que Portas ofereça a rigor mais do mesmo, não importa porque, sim, são bonitas as canções.

Promovida com clipe que tem estreia programada para domingo, 4 de julho, no programa Fantástico (TV Globo), a música-título Portas é canção feita por Marisa com Arnaldo Antunes e Dadi Carvalho no tempo de delicadeza que pauta a maior parte da obra dos artistas.

Fundamental na arquitetura dos álbuns Mais e Verde anil amarelo cor-de-rosa e carvão, Arto Lindsay coproduziu a faixa em Nova York (EUA), assim como fez com o single Calma.

Outra música do trio formado por Marisa com Arnaldo e Dadi, A língua dos animais parece ter incorporado a natureza do espírito novo baiano. A faixa começa lírica, quase etérea, até ser bafejada pelo sopro do trio de metais orquestrados pelo trombonista Antonio Neves para iluminar o refrão dos versos “Vou sair para passear ao sol / Vou pisar / No capim”.

Primeiro álbum solo gravado por Marisa Monte com músicas inéditas em dez anos, Portas reverbera as boas vibrações do antecessor O que você quer saber de verdade (2011). O álbum soa leve e qualquer eventual traço de melancolia nas letras é dissipado por essa leveza.

Em sintonia com o espírito solar do disco, Marcelo Camelo orquestra com suavidade as cordas ouvidas em Quanto tempo, canção de Marisa com Pedro Baby e Pretinho da Serrinha.

Mesmo soando dèjá vu, o disco tem frescor, evidenciado no sopro da flauta de Melanie Charles sobre a suave cama percussiva que embala Praia Vermelha, música envolvente que marca a retomada da parceria de Marisa com Nando Reis, compositor até então ausente da discografia de estúdio da cantora desde o álbum Infinito particular (2006).

Segunda das três parcerias de Marisa com os irmãos Lúcio Silva e Lucas Silva, a apaixonada balada Totalmente seu também sobressai no disco, mesmo sem atingir o nível sublime da primeira, Noturno (Nada de novo na noite), lançada há cinco anos no álbum Silva canta Marisa (2016) em gravação feita com a participação da cantora. É o toque do piano de Silva que conduz o arranjo de Totalmente seu.

Parceria de Marisa com Arnaldo Antunes, Vagalumes tem letra que é pura poesia (quase) concreta do titã tribalista. O arranjo evoca com sutileza um clima de fado.

Samba que poderia ter figurado no álbum Universo ao meu redor (2006), dedicado por Marisa ao gênero, Elegante amanhecer exalta a Portela enquanto emula a cadência nobre da obra dos bambas da velha guarda da agremiação carnavalesca carioca, à qual Marisa é ligada pela herança do pai, Carlos Monte, de longa atuação na direção da escola. Parceiro de Marisa na criação do samba, o bamba imperial Pretinho da Serrinha toca as percussões da faixa.

Fechando Portas, Pra melhorar – música composta e gravada por Marisa com Seu Jorge e com Flor, filha do artista – se impõe ao fim do álbum como um dos grandes possíveis hits do disco. Turbinada com o vocal soul de Flor, Pra melhorar é música que tem tudo para ganhar coro de multidões quando voltarem os shows presenciais.

Pra melhorar é sopro forte de esperança de dias melhores. Um alento que reforça a sensação de que, em essência, ao voltar ao disco, Marisa Monte refaz crônicas e declarações de amor e esperança na requintada atmosfera dèjà vu do álbum Portas.

MARISA MONTE

Jovem que estudou em casa sem energia elétrica na BA e tirou 980 na redação do Enem passa em medicina na UFRB

O jovem morador de Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, que estudou em uma casa simples, emprestada da amiga, sem energia elétrica e sem internet, foi aprovado em medicina na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) após quatro anos de preparação.

Matheus de Araújo Moreira Silva, de 25 anos, quase atingiu a nota máxima na prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2020 com 980 pontos (veja no vídeo abaixo). As aulas do tão sonhado curso de medicina começaram na segunda-feira (28), inicialmente de forma remota.

“Para mim foi surreal, foram oito anos fazendo Enem. Há quatro anos que eu tento fazer medicina, então é um bom tempo estudando”, disse em entrevista ao G1.

Matheus de Araújo Moreira Silva fez o processo seletivo da UFRB por quase um mês. Agora, o jovem vai realizar o maior sonho: será o primeiro médico da família e da comunidade quilombola da qual faz parte.

“Minha família e minha comunidade quilombola de Antônio Cardoso (cidade onde nasceu) estão super felizes, porque é o primeiro médico da família, então eles estão em êxtase, em festa, por isso tudo, porque eles viram o meu esforço durante esse período todo. Estão muito, muito alegres”, disse.
“Eu só vou acreditar quando passar essa pandemia e eu puder me mudar para Santo Antônio de Jesus, que é onde tem o polo que eu vou fazer Medicina”, contou.

Com a aprovação desejada, Matheus pensa em conseguir formas de se manter no curso e conseguir se formar. A primeira estratégia pensada foi a realização de uma “vaquinha” virtual. Ele também procura um estágio para conseguir uma fonte de renda.

“Eu pretendo agora montar uma vaquinha para a manutenção do curso até eu conseguir uma residência universitária e, nesse momento que eu vou ter aulas remotas, quero achar um horário para eu conseguir um estágio, para conseguir um dinheiro e me manter”.

Entretanto, os problemas futuros, embora pensados agora, ficam em segundo plano, quando o jovem lembra que vai lutar para salvar vidas.

“Eu estou bastante honrado em poder fazer o curso que eu irei possibilitar mudanças de vida de várias pessoas. É um sonho se concretizando”, afirmou .

Sonho realizado
Estudante de escola pública, o jovem sempre desejou estudar medicina desde que concluiu o ensino médio, em 2013.

Em 2015, ele foi aprovado no curso de enfermagem na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).

No entanto, depois de dois anos ele trancou a faculdade, o que ele considera uma “uma decisão da vida”. A partir de 2018 decidiu se dedicar aos estudos para passar em Medicina.

Desafios com ajuda de uma amiga

O jovem, morador de um bairro periférico de Feira de Santana, filho de pais analfabetos, precisou superar algumas barreiras para seguir a carreira que desejava. Matheus estudava na biblioteca municipal da cidade, mas com a pandemia, o local precisou ser fechado.

Ele parou os estudos por um período. Matheus contou que em casa, com os pais e mais quatro irmãos, não era possível se concentrar nos estudos. Foi aí que entrou uma ajuda fundamental.

Em julho do ano passado, uma amiga de Matheus emprestou uma casa simples para que ele pudesse estudar. Porém, o local não tinha energia elétrica e ventilação adequada. Além disso, o novo espaço não havia internet. Ele precisou assinar um pacote de internet pelo celular.

Para o Enem, Matheus estudou sozinho, cerca de seis horas por dia, de segunda a sexta, e também nos finais de semana, por meio de apostilas e videoaulas online.

Há cerca de dois anos, ele passou a dar aulas de reforço escolar para pessoas do próprio bairro, para gerar renda e pagar as apostilas e plataformas de preparação para o Enem.

Com a pandemia dando sinais de que não iria passar, o jovem passou a estudar de máscara, mesmo sozinho na casa emprestada, para simular o cenário encontrado pelos candidatos no dia da realização da prova.

Matheus Silva foi enfático ao ser questionado sobre os planos caso não passe em medicina: “O ano da minha aprovação é esse”.

Na oportunidade, ele também chegou a lançar uma “vaquinha” virtual para arrecadar dinheiro para comprar um notebook e outros materiais de estudos. Após a repercussão da reportagem, o jovem ganhou o objeto desejado por meio de doação.

“Você tem que acreditar nos seus sonhos, porque se você não acreditar, ninguém vai acreditar. Tem uma frase que sempre utilizo: a educação modifica vidas, assim como Jesus modifica o nosso interior. Focar, acreditar e ter fé, que em algum momento, a vitória vai chegar”, disse na época, Matheus.

Embraer entrega primeiro jato de edição criada em parceria com a Porsche
Edição é limitada a 10 pares de jatos executivos e carros esportivos

A Embraer anunciou nesta quarta-feira (30) a entrega da primeira aeronave Phenom 300E da edição limitada Duet, desenvolvida em colaboração com a Porsche, a um cliente não divulgado em Fort Lauderdale, na Flórida, Estados Unidos.

Segundo a fabricante brasileira, o Duet “marca a primeira colaboração entre líderes nos mercados de aviação e automotivos, combinando o jato executivo single-pilot mais rápido e de maior alcance com o Porsche 911 Turbo S, referência no mercado de carros esportivos”.

A Embraer e a Porsche trabalharam em conjunto, tanto no solo quanto no ar, combinando elementos de design de forma exclusiva nesta parceria. Apenas dez pares de jatos executivos e carros esportivos serão produzidos. “Projetamos o Duet em colaboração com a Porsche para apresentar uma experiência de viagem sem igual para aqueles que desejam algo totalmente original, alinhado à nossa visão de oferecer a melhor experiência em aviação executiva”, afirma em nota o presidente e CEO da Embraer Aviação Executiva, Michael Amalfitano. “O Phenom 300E já é o jato leve mais vendido do mundo e continuamos a superar todos os limites para agregar ainda mais valor e trazer novas experiências aos nossos clientes”, acrescentou.

Governo do Japão cogita proibir a presença de público na Olimpíada


Primeiro-ministro japonês está preocupado com pico de casos de covid-19 nos últimos dias, que pode piorar com início dos Jogos.

Mesmo depois de permitida pelas autoridades japonesas, a presença de público nos Jogos de Tóquio pode sofrer novas restrições. Faltando três semanas para o início do torneio, o primeiro-ministro do país, Yoshihide Suga, afirmou nesta quinta-feira (1º) que avalia uma redução ou até a proibição dos torcedores no evento, que começa no dia 23. O líder japonês mostra preocupação com o aumento de casos de covid-19 registrados no país, tendência que pode ser acelerada com a chegada de milhares de atletas, patrocinadores e jornalistas.

“Existe a possibilidade de não haver espectadores. Em qualquer caso, agiremos tendo a segurança e a proteção do povo japonês como nossa principal prioridade”, afirmou Suga. O primeiro-ministro afirmou ainda que novas decisões serão tomadas em consenso entre os governos japonês e metropolitano, o Comitê Olímpico Internacional e o Comitê Organizador.

Especialistas apontam que a variante delta pode desencadear um rápido ressurgimento das infecções durante os Jogos. Nesta quarta-feira, a capital japonesa registrou 673 novos, reafirmando a tendência de alta. O estado de emergência foi suspenso no dia 20 de junho.

De acordo com a determinação atual, cerca de 10 mil espectadores poderão assistir os jogos e eventos em cada local. O número pode variar de acordo com a capacidade das arenas. O importante é apenas metade dos espaços sejam ocupados. A organização dos Jogos foi alvo de críticas depois da autorização da presença de públicos. Estrangeiros continuam proibidos de assistir às competições nas arenas.

Na semana passada, o imperador Naruhito, do Japão, se mostrou “extremamente preocupado” com a possibilidade de aumento da contaminação por covid-19 durante a disputa da Olimpíada e a Paraolimpíada. A informação foi dada pelo chefe da Agência da Casa Imperial, na última quinta-feira (24). Embora seja patrono honorário da Olimpíada de Tóquio, Naruhito não possui poder político. Mas sua figura é bastante respeitada.
[17:14, 02/07/2021] Miguel Ziú: Embraer entrega primeiro jato de edição criada em parceria com a Porsche
Edição é limitada a 10 pares de jatos executivos e carros esportivos

A Embraer anunciou nesta quarta-feira (30) a entrega da primeira aeronave Phenom 300E da edição limitada Duet, desenvolvida em colaboração com a Porsche, a um cliente não divulgado em Fort Lauderdale, na Flórida, Estados Unidos.

Segundo a fabricante brasileira, o Duet “marca a primeira colaboração entre líderes nos mercados de aviação e automotivos, combinando o jato executivo single-pilot mais rápido e de maior alcance com o Porsche 911 Turbo S, referência no mercado de carros esportivos”.

A Embraer e a Porsche trabalharam em conjunto, tanto no solo quanto no ar, combinando elementos de design de forma exclusiva nesta parceria. Apenas dez pares de jatos executivos e carros esportivos serão produzidos. “Projetamos o Duet em colaboração com a Porsche para apresentar uma experiência de viagem sem igual para aqueles que desejam algo totalmente original, alinhado à nossa visão de oferecer a melhor experiência em aviação executiva”, afirma em nota o presidente e CEO da Embraer Aviação Executiva, Michael Amalfitano. “O Phenom 300E já é o jato leve mais vendido do mundo e continuamos a superar todos os limites para agregar ainda mais valor e trazer novas experiências aos nossos clientes”, acrescentou.

MARINHA REAL TRAVOU GUERRA PARA ACABAR COM TRÁFICO DE ESCRAVOS

Em 1807, a Marinha Real Britânica estabeleceu o Esquadrão da África Ocidental, depois que o Parlamento da Grã-Bretanha aboliu o comércio de escravos, com o intuito de eliminar de vez os traficantes de escravos que existiam no Atlântico.

Com base em Portsmouth, na Inglaterra, a operação começou com 2 pequenos navios, sendo uma fragata de 32 canhões HMS Solebay e o navio de brigadeiro da classe Cruizer HMS – visto que as atribuições antiescravistas não eram prioridades para a Marinha, que também estava envolvida nas Guerras Napoleônicas.

Com a vitória britânica contra os franceses, em 1915, a Marinha conseguiu investir mais recursos em sua operação antiescravista. Foi designado um esquadrão inteiro para a tarefa, que consistiu em 1 sexto de toda a frota da Marinha Real e de fuzileiros navais para policiar as águas da África Ocidental.

A grande limpeza

No entanto, trabalhar no Esquadrão da África significava quase uma sentença de morte, visto que naquela época o país era apelidado de “o túmulo do homem branco”, devido aos confrontos violentos com escravos e nativos.

Ainda é impossível estimar quantos homens do esquadrão morreram na África Ocidental, seja por confrontos diretos , seja pelas doenças. Todo o sacrifício foi feito para livrar os escravos das atrocidades que eram submetidos.

Nos navios negreiros, morriam cerca de 10 a 12 pessoas diariamente, todas em grilhões como se fossem animais. Para que não tivessem a embarcação apreendida, era comum que muitos traficantes jogassem sua “carga humana” no oceano quando viam um dos navios da Marinha Real se aproximando.

Enquanto isso, a sociedade britânica acompanhava as histórias de libertação dos escravos pela Marinha com orgulho, incentivando outros países a seguir o exemplo – apesar de toda a desgraça e morte envolvidas.

Estima-se que, entre 1808 e 1860, o Esquadrão da África Ocidental tenha capturado mais de 1,6 mil navios de tráfico de escravos, bem como libertado mais de 150 mil africanos.

Ainda que o Esquadrão não tenha sido capaz de eliminar o comércio por conta própria, tendo que estabelecer o Tratado de Webster-Ashburton, em 1842, que garantia a ajuda dos Estados Unidos, o simples fato de existir e ser levado a sério pelas autoridades já foi o suficiente para impedir a continuação da prática.

Brasileiro entra para lista de quem pode votar no Oscar 2022: “Grande surpresa”


Documentarista João Atala fala sobre a experiência que terá junto a outros sete brasileiros selecionados pela Academia

O documentarista João Atala é um dos oito brasileiros convidados entre os 395 nomes de 50 países que podem votar nas premiações do Oscar. Em entrevista à CNN, ele conta como será a experiência e analisa o momento atual do cinema nacional.

“É muito importante a diversificação da academia e, para os brasileiros, é importante compor um número maior para trazer a visão que nosso país tem, da nossa cultura, arte, do nosso povo nesse cenário diverso. Ter nossa voz ouvida, trabalhar para que eles deem o prêmio de melhor documentário a um filme que não seja americano”, afirma Atala, que já chegou perto da cerimônia em 2020, quando “Democracia em Vertigem”, documentário no qual trabalhou, foi indicado.

O documentarista revela como recebeu o convite. “Acho que ninguém que entra para esse seleto grupo nunca espera, ainda mais com documentários, que viajam para festivais do gênero. É uma felicidade que nunca esperei que fosse acontecer na minha vida. É uma grande surpresa. Muito feliz que meu trabalho foi reconhecido”.

O cinema nacional encarou momentos duros nos últimos anos, diz. “O cinema brasileiro vinha muito bem, tínhamos muitos filmes em Cannes em 2019, ano em que o Ministério da Cultura foi fechado. A gente sofreu essa paralisação da Ancine, o cinema brasileiro parou, a pandemia chegou para fazer esse arremate final na nossa classe. No entanto, seguimos fortes, acreditamos que a Ancine vai voltar”, afirma o documentarista

Após hiato de nove anos, Caetano Veloso prepara novo álbum com inéditas

O isolamento do primeiro ano de pandemia levou o cantor a compor novamente (Foto: Fernando Young/Divulgação)
Depois de nove anos de hiato, Caetano Veloso vai lançar um álbum com músicas inéditas. Esse é o primeiro projeto musical do cantor desde Abraçaço, lançado em 2012.

Em fevereiro de 2020, o artista usou as redes sociais para anunciar que tinha voltado a compor. Na publicação, ele falou que sentiu uma “onda incontrolável” que o levou a compor novamente.

Um mês depois, em março, sua mulher e empresária, Paula Lavigne, confirmou a informação. Em post nas redes sociais ela disse: “Caetano está em casa, aproveitando para compor as músicas de seu próximo disco”.

Um ano depois, o álbum está quase pronto. Neste mês, o cantor, compositor e músico amazonense Vinicius Cantuária revelou, em vídeo publicado no Instagram do jornalista Rubens Beghini, que gravou algumas faixas para o álbum de Caetano.

Parceria antiga, Vinícius esteve em outros discos e shows do Caetano entre 1978 e 1983, como integrante D’a outra banda da Terra. Na publicação, o amazonense disse que é um privilégio participar do projeto e que se sente muito honrado.

Em abril, o percussionista Marcelo Costa postou uma foto com Caetano no estúdio. Na legenda, Costa reproduz versos da música Pardo, “nego, nenhum orixá poderá desmanchar o que houve lá”. Tudo indica que a faixa vai estar presente no álbum. É importante lembrar que Caetano deu esta canção para a cantora Céu gravar em seu álbum mais recente, APKÁ!, de 2019.