Os Jogos de Tóquio, marcados para começar no próximo dia 23, terão a delegação brasileira batendo recordes.
Serão 301 atletas em 35 modalidades, maiores números da história do país em uma edição realizada no exterior. Os atletas estarão divididos em oito bases exclusivas, na Vila Olímpica e também em duas vilas satélites.
O que tinha ‘apenas’ fuso e a alimentação como maiores desafios se tornou pequeno diante da pandemia, que exigiu mais dos atletas, treinadores e da organização em vários aspectos.
“Planejamos a missão para os Jogos de Tóquio durante anos. O fuso horário e os hábitos alimentares eram um grande desafio, mas sequer imaginávamos que teríamos um desafio ainda maior com a pandemia. É importante ter os atletas em sua melhor performance possível, mas tê-los seguros é essencial”, indica Marco La Porta, vice-presidente do COB e Chefe de Missão em Tóquio.
Ele lembra das boas chances do Brasil de chegar longe em algumas modalidades, realidade que, até algum tempo, era restrita.
“Antigamente, chegávamos aos Jogos com cinco a sete modalidades com chances de medalha. Hoje, passamos de dez. Estamos ansiosos para ver nossos atletas atingirem suas melhores performances durante os Jogos Olímpicos”, indica.
O Brasil marca presença em 70% das modalidades que estarão nos Jogos, com 18 atletas que já sabem o que é colocar no peito a medalha de ouro olímpica.
“Temos uma delegação de qualidade, com atletas que conquistaram resultados expressivos nos últimos anos e que vão fazer seu melhor para trazer alegria e orgulho para a população brasileira. Essa é uma das nossas metas aqui. Mais do que trazer medalhas, trazer alegria para todos que nos acompanham. Viemos aqui buscar a melhor representação esportiva para o nosso país”, garante Jorge Bichara, diretor de Esportes do COB.
A equipe brasileira será composta por 161 homens (53,5%) e 140 mulheres (46,5%). Ao todo, 79 atletas já se encontram em solo japonês até o fim desta terça-feira no Japão.
“The Crown’ e ‘The Mandalorian’ lideram indicações do prêmio”.
A Academia de Artes e Ciências Televisivas dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (13) os indicados à 73ª edição do Primetime Emmy Awards, o principal prêmio da indústria de televisão e streaming americana. A atual edição do Emmy marca a estreia de novos streamings na premiação –HBO Max e Peacock, serviço da NBCUniversal indisponível no Brasil.
Na edição passada do Emmy, a Netflix bateu recorde com 160 indicações em um mesmo ano, embora tenha sido “Watchmen”, da HBO, a produção mais lembrada, com 26 nomeações. Na noite de premiação, a emissora americana acabou superando o gigante do streaming –foram 30 conquistas contra 21.
Marcada para o dia 19 de setembro, a cerimônia de premiação acontecerá no Microsoft Theater, em Los Angeles, e terá um público limitado presente na noite de gala, formado por alguns indicados e seus acompanhantes. No ano passado, por causa da pandemia, a festa foi virtual. Cedric the Entertainer, humorista e ator da sitcom “The Neighborhood”, será o apresentador.
Confira, abaixo, a lista de indicados nas principais categorias. A lista completa está disponível no site do Emmy.
Série dramática “The Boys” (Amazon Prime Video”) “Bridgerton” (Netflix) “The Crown” (Netflix) “O Conto da Aia” (Hulu) “Lovecraft Country” (HBO) “The Mandalorian” (Disney+) “Pose” (FX) “This Is Us” (NBC)
Ator em série dramática Billy Porter (“Pose”) Jonathan Majors (“Lovecraft Country”) Sterling K. Brown (“This Is Us)” Josh O’Connor (“The Crown”) Regé-Jean Page (“Bridgerton”) Matthew Rhys (“Perry Mason”)
Atriz em série dramática Jurnee Smollett (“Lovecraft Country”) Mj Rodriguez (“Pose”) Elisabeth Moss (“O Conto da Aia”) Emma Corrin (“The Crown”) Olivia Colman (“The Crown”) Uzo Aduba (“Em Terapia”)
Série de comédia “Ted Lasso” (Apple TV+) “Pen15” (Hulu) “O Método Kominsky” (Netflix) “The Flight Attendant” (HBO Max) “Black-ish” (ABC) “Hacks” (HBO Max) “Cobra Kai” (Netflix) “Emily em Paris” (Netflix)
Ator em série de comédia Jason Sudeikis (“Ted Lasso”) Michael Douglas (“O Método Kominsky”) Anthony Anderson (“Black-ish”) William H. Macy (“Shameless”) Kenan Thompson (“Kenan”)
Atriz em série de comédia Ainda Brian, Shil Allison Janey, “Mom” Jean Smart (“Hacks”) Kaley Cuoco (“The Flight Attendant”) Tracee Ellis Ross (“black-ish”)
Minissérie “WandaVision” (Disney+) “The Underground Railroad” (Amazon Prime Video) “O Gambito da Rainha” (Netflix) “Mare of Easttown” (HBO) “I May Destroy You” (HBO)
Ator em minissérie ou filme para TV Lin Manuel Miranda (“Hamilton”) Leslie Odom Jr. (“Hamilton”) Ewan McGregor (“Halston”) Hugh Grant (“The Undoing”) Paul Bettany (“WandaVision”)
Atriz em minissérie ou filme para TV Michaela Coel (“I May Destroy You”) Cynthia Erivo (“Genius: Aretha”) Anya Taylor-Joy (“O Gambito da Rainha”) Kate Winslet (“Mare of Easttown”) Elizabeth Olsen (“WandaVision”)
Filho de pai libanês, irmão do também músico Tunai, João Bosco começou a tocar violão aos doze anos, incentivado por uma família repleta de músicos. Suas primeiras influências foram Ângela Maria, Cauby Peixoto, Elvis Presley e Little Richard, integrou a banda X-Gare (inspirada na canção “She’s got it” de Richard).
Alguns anos depois, iniciou na Escola de Minas em Ouro Preto cursando Engenharia Civil. Apesar de não deixar de lado os estudos, dedicava-se sobremaneira à carreira musical, influenciado principalmente por gêneros como jazz e bossa nova e pelo tropicalismo. Foi em Ouro Preto, em 1967, na casa do pintor Carlos Scliar, que conheceu Vinícius de Moraes, com o qual compôs as seguintes canções: Samba do Pouso e O mergulhador – dentre outras.
Em 1970 conheceu aquele que viria a ser o mais frequente parceiro, com quem compôs mais de uma centena de canções: Aldir Blanc, O Mestre Sala dos Mares, O Bêbado e a Equilibrista, Bala com Bala, Kid Cavaquinho, Caça à Raposa, Falso Brilhante, O Rancho da Goiabada, De Frente pro Crime, Fantasia, Bodas de Prata, Latin Lover, O Ronco da Cuíca, Corsário, dentre muitas outras.
A primeira gravação saiu no disco de bolso do jornalO Pasquim: Agnus Sei (1972). No ano seguinte, assinou contrato com a gravadora RCA, lançando o primeiro disco, que levava apenas seu nome.
Em 1972 conheceu Elis Regina, que gravou uma parceria sua com Blanc: Bala com Bala; a carreira deslanchou depois da interpretação da cantora para o boleroDois pra lá, Dois pra cá.
Os índices de cobertura vacinal da gripe no Brasil estão baixos, apenas 46,3% do público-alvo foi vacinado. Agora, a população em geral pode se imunizar nos postos de saúde. Os cientistas da Universidade de Miami descobriram mais um motivo para não deixar de lado essa imunização: a proteção contra o vírus Influenza reduz o risco de derrame, sepse (infecção generalizada), internação em UTI (unidade de terapia internsiva) e trombose venosa profundo em pacientes infectados com a covid-19.
O estudo, apresentado no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas, foi feito com dois grupos de 37.377 pessoas de diversos lugares, como Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, Israel e Cingapura. Um grupo foi vacinado contra a gripe de duas semanas a seis meses antes de ser diagnosticado com covid-19, e o segundo não recebeu imunização.
Os dois grupos foram acompanhados por fatores que poderiam afetar o risco de covid-19 grave, incluindo idade, sexo, etnia, tabagismo e comorbidades como diabetes, obesidade e doença pulmonar obstrutiva crônica.
Foi verificada a incidência de 15 efeitos adversos até 120 dias após o teste PCR positivo para covid-19. Os problemas analisados foram: sepse; derrames; trombose venosa profunda ou DVT; embolia pulmonar; insuficiência respiratória aguda; síndrome do desconforto respiratório agudo; dor articular; insuficiência renal; anorexia; ataque cardíaco; pneumonia; visitas de emergência; internação hospitalar; admissão na UTI; e morte.
As análises concluíram que os indivíduos sem vacinas contra a gripe tiveram 20% mais de chances de ficarem em estado grave da covid e precisar de atendimento em UTI.
Além disso, os não-imunizados tiveram 58% mais de probabilidade de precisarem de pronto-atendimento; 58% mais chance de sofrer um AVC; 45% mais possibilidade de desenvolver sepse e 40% mais de apresentar uma trombose venosa profunda.
O ensaio deixou claro, ainda, que a proteção contra o influenza não diminui os riscos de morte por covid-19 e uma vacina não substitui a outra. Os cientistas concluíram que as duas imunizações são importantes.
Os autores do estudo dizem que são necessárias mais pesquisas para provar e entender melhor o possível vínculo. Porém, no futuro, a vacina contra a gripe pode ser usada para ajudar na proteção em países onde a vacina contra covid-19 está em falta.
“Apenas uma pequena fração do mundo foi totalmente vacinada contra a covid-19 até o momento e, com toda a devastação que ocorreu devido à pandemia, a comunidade global ainda precisa encontrar soluções para reduzir a morbidade e a mortalidade. Ter acesso a dados em tempo real de milhões de pacientes é uma poderosa ferramenta de pesquisa. Juntamente com perguntas importantes, permitiu que minha equipe observasse uma associação entre a vacina contra a gripe e a menor morbidade em pacientes covid-19”, explicou Devinder Singh, autor sênior do estudo e professor de cirurgia plástica na Faculdade de Medicina da Universidade de Miami Miller.
“Independentemente de diminuir efeitos adversos associados a covid-19, simplesmente ser capaz de conservar os recursos globais de saúde mantendo o número de casos de gripe sob controle é motivo suficiente para defender esforços contínuos para promover a vacinação contra a gripe”, acrescentou o médico no congresso online que a pesquisa foi apresentada
Com vasos de plantas e cartas com corações desenhados, crianças e adolescentes da Casa Lar e Casa Abrigo receberam o prefeito Robson Magela e o vice-prefeito e secretário de Governo, Mauro Chaves, na última sexta-feira (9). Eles foram conhecer de perto o trabalho desenvolvido das unidades de acolhimento da Fundação da Criança e do Adolescente de Araxá (FCAA) e se emocionaram com as histórias de vida dos acolhidos.
Um dos garotos, de apenas 11 anos, foi responsável por apresentar as unidades e fez questão de mostrar todos os espaços e as atividades desenvolvidas – sala de escritório, sala para trabalho para Assistência Social e Psicólogos, salas de convivência, refeitório, cozinha, quartos e berçários. Todos impecavelmente arrumados e organizados. O local também conta com um espaço lúdico com uma extensa área verde, parquinho e brinquedoteca.
“Quando souberam da visita do prefeito Robson e do vice Mauro, as crianças fizeram questão de se arrumar, colocar a melhor roupa e preparar essas cartinhas como forma de agradecimento”, conta a presidente da FCAA, Taciana Almeida.
Hoje, existem 12 acolhidos pela Casa Lar e 17 pela Casa Abrigo. A equipe técnica é composta por assistente social, psicólogo, advogado, pedagogo e enfermeiro. “Uma equipe qualificada, capacitada e o mais importante, que trabalha por amor. Reflexo disso, a gente vê no comportamento dessas crianças que nos receberam com muito afeto e carinho”, reforça o vice-prefeito Mauro Chaves. PMA
Ela explica que o afastamento do convívio familiar deve ser excepcional e provisório. “Enquanto estas crianças estão nas unidades provisórias de acolhimento, também é feito um trabalho social com as famílias de origem para viabilizar um ambiente familiar saudável, visando a reintegração. Excepcionalmente, deve haver a colocação da família substituta, por meio de adoção, guarda ou tutela”, destaca.
A gratidão foi correspondida. Ao falar sobre a visita, emocionado, o prefeito Robson Magela destacou o trabalho feito pela instituição. “Estudos sociais já comprovam que o convívio familiar é o melhor lugar para o desenvolvimento da criança e do adolescente. Os abrigos devem ser apenas temporários. Mas é muito importante que enquanto essas crianças e adolescentes passam esse tempo aqui, os serviços que funcionam na Casa Lar e na Casa Abrigo favoreçam o desenvolvimento pleno e saudável dos acolhidos. E foi isso que vi, muito afeto, zelo, cuidado e carinho”, reiterou.
Além de Araxá, os municípios associados ao circuito são: Alpinópolis, Capitólio, Carmo do Rio Claro, Cássia, Claraval, Delfinópolis, Guapé, Ibiraci, Itaú de Minas, Passos, Pratápolis, São João Batista do Glória, São José da Barra, Piumhi, São Roque de Minas, Ilicínea, Tapira e Vargem Bonita.
Uma cidade histórica, rica em belezas naturais e famosa pelas águas termais. Araxá se destaca pelas águas terapêuticas, gastronomia típica e natureza inconfundível que atrai visitantes de todas as partes do país. Para aprimorar o cenário turístico na cidade, o prefeito Robson Magela assinou, na última quarta-feira (7), o termo associativo do Município de Araxá ao Circuito Turístico Nascentes das Gerais e Canastra. A adesão permite à cidade receber recursos estaduais e federais para aplicação no turismo.
Na ocasião, também participaram o secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo, Juliano Cesar da Silva, o superintendente de Turismo, Ricardo Ruas, o presidente da Associação do Circuito Turístico Nascentes das Gerais e Canastra, José Eduardo de Almeida, o vice-presidente da associação, Luiz Carlos Pádua, e o gestor do circuito, Kleyber da Silveira.
“Araxá sempre foi referência quando o assunto é o turismo e perdemos isso nos últimos anos. A adesão ao circuito resgata a nossa essência. Essa é apenas uma das inúmeras ações que a Administração Municipal está fazendo para o desenvolvimento econômico, social e cultural da cidade” reforça o prefeito Robson Magela.
De acordo com o superintendente Ricardo Ruas, a associação do município ao circuito irá promover o desenvolvimento turístico local e regional. “Temos uma localização privilegiada, precisamos explorar nessa época de pandemia o turismo regional. Araxá é uma das portas de entrada para a Canastra, temos certeza que vamos ganhar muito”, destaca.
Com a adesão de Araxá, o Circuito Turístico Nascentes das Gerais e Canastra passa a englobar 19 cidades mineiras. O objetivo é fomentar e promover ações que impactam diretamente os municípios associados. “É muito importante para nós a participação de Araxá no circuito, estamos orgulhosos e podemos sentir pela administração que essa felicidade é recíproca. Temos inúmeros municípios, com suas particularidades, cada um tem sua gastronomia, riquezas naturais e isso é um diferencial para os turistas”, destaca o presidente José Eduardo de Almeida. PMA
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) Turístico garante aos municípios parte de recursos arrecadados no Estado para investimentos em gestão e preservação do patrimônio cultural que atrai turistas.
O circuito funciona como um interlocutor entre o município e o Estado. “Para pleitear um projeto no Ministério do Turismo, por exemplo, os municípios precisam comprovar que estão organizados e associados a algum circuito, agora é possível pleitear ICMS Turístico para receber recursos do Estado. Portanto, é muito importante, quando o poder público possui essa visão ampla de desenvolvimento, explica, o Gestor do Circuito, Kleyber da Silveira.
Os dejetos são coletados e transformados em biogás para o sistema de aquecimento do prédio e em adubo para o jardim. Os estudantes podem usar a Ggool para comprar café, lámen, frutas e livros.
Instalada em uma universidade em Ulsan. na Coreia do Sul, a chamada privada BeeVi está associada a uma moeda virtual chamada Ggool. Usar o banheiro pode render 10 Ggools por dia.
O Prouni (Programa Universidade para Todos), do Ministério da Educação, oferece 134.329 bolsas, sendo 69.482 integrais e 64.847 parciais, para 10.821 cursos em 952 instituições de ensino superior da rede privada. A consulta para conhecer as opções de cursos já está aberta na página do programa (http://prouniportal.mec.gov.br/).
O MEC publicou nesta sexta-feira (9) as informações sobre as bolsas disponíveis para que os interessados em disputar uma vaga. Os quatro estados com maior oferta de bolsas são São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Paraná.
A busca pode ser feita por tipo de bolsa (integral e parcial), modalidade (presencial e a distância), curso, turno, instituição e localidade do campus.
O prazo para as inscrições começa na próxima terça-feira (13). As inscrições serão realizadas exclusivamente pela internet, na página do Prouni, até as 23h59 do dia 16 de julho. O cronograma completo também pode ser consultado na página do programa.
O Prouni é um programa de acesso ao ensino superior que oferece bolsas de estudo integrais e parciais (50%) em instituições particulares de ensino para quem não tem ensino superior
Quem tem direito
Para concorrer às bolsas integrais, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até 1,5 salário mínimo (R$ 1.650). Para as bolsas parciais (50%), a renda familiar bruta mensal, por pessoa da família, deve ser de até 3 salários mínimos (R$ 3.300).
O candidato também precisa ter realizado o último Enem e ter alcançado, no mínimo, 450 pontos de média nas notas. Além disso, o estudante não pode ter tirado zero na redação ou ter feito o Enem na condição de treineiro.
Veja os critérios para participar do Prouni
Candidato preciso atender a pelo menos uma das seguintes condições
– Ter cursado o ensino médio completo em escola da rede pública ou em escola da rede privada, desde que na condição de bolsista integral da respectiva instituição. Esta condição é válida tanto para quem cursou todo o ensino médio em escola privada, como para quem teve apenas uma parte dos estudos realizados em escola privada, sendo a outra parte em escola pública;
– Ser pessoa com deficiência;
– Ser professor da rede pública de ensino, no efetivo exercício do magistério da educação básica e integrar o quadro de pessoal permanente de instituição pública. Para quem comprova ser professor da rede pública não é aplicado o limite de renda exigido aos demais candidatos.
A Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos registrou 39.333 denúncias de violência contra idosos no país apenas no primeiro semestre deste ano. O número corresponde a 215 por dia e representa mais de 26% do total de relatos recebidos pelo Disque 100, Ligue 180 e aplicativos de Direitos Humanos. O montante pode ser até maior porque, na pandemia, as vítimas estão confinadas por mais tempo com os agressores.
“A partir de 2019, houve uma reformulação no Disque 100 e o aprimoramento das denúncias. Na comparação com 2020, houve aumento, mas isso não significa que todas são verídicas. A dificuldade é encaminhar o relato para o munícipio e ele ter como apurar. Às vezes, quando chega, já foi superada, por isso a importância da criação de uma rede de proteção mais rápida”, afirma Antonio Costa, secretário nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa.
Segundo o relatório da Ouvidoria, em 6 meses, foram registradas 156.777 violações de Direitos Humanos: física, patrimonial, psíquica, de liberdade, entre outras. Em só uma denúncia, pode haver diferentes violações. A psíquica tem mais de 31 mil registros e a de integridade física, outros 30 mil.
Ao longo de 2020, foram quase 88 mil registros de violência contra pessoas idosas, ainda de acordo com a Ouvidoria, ficando atrás apenas de violência contra mulher (105 mil) e contra crianças e adolescentes (95 mil).
A violência psicológica é uma das formas mais comuns e é caracterizada por constrangimento, humilhação, tortura, ameaça ou coação. Ela prejudica a autoestima do idoso e pode desencadear depressão e outros distúrbios nervosos. A quarentena pode até ter agravado o cenário.
“Mais de 80% dos casos acontecem nas residências. A maioria é negligência, pela ausência de uma ação. Na pandemia, o idoso está isolado, não tem apoio da rede social, às vezes não tem alimento adequado e nem atendimento médico. Há um aumento contínuo do número de casos ao longo dos anos”, destaca Simone Fiebrantz Pinto, que é presidente do Departamento de Gerontologia da SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia).
Vivendo na pele
Identificar a violência nem sempre é fácil, ainda mais quando ocorre dentro das casas. De acordo com o relatório da Ouvidoria, em quase 21 mil denúncias a violação aconteceu na casa da vítima e também do suspeito.
Os agressores são, na grande maioria, filhos e filhas responsáveis por cuidar dos pais (13.125 registros). Mas há também casos de cônjuges, cuidadores profissionais e familiares.
Maioria dos agressores são filhos ou filhas dos idosos ou netos
Algumas das dicas para identificar que o idoso não está bem são: observar o comportamento dele, se houve mudança na rotina, até mesmo ida à padaria ou passear com o cachorro, se está acuado, isolado, com medo de falar, se desvia o olhar quando está acompanhado por familiares e até a presença de hematomas.
“O primeiro responsável por cuidar do idoso é a família, o segundo, a comunidade e, em terceiro, o estado. Às vezes é um porteiro que nota ou um atendente. O emagrecimento pode indicar que ele está com depressão por conta das agressões sofridas. Quando pensamos em maus-tratos vem a questão física, que é a mais vísivel. Mas a maior é a psicológica”, explica a presidente de gerontologia da SBGG.
A maioria das vítimas na terceira idade são mulheres, mas as idades variam bastante. Das denúncias recebidas, 6.861 eram de pessoas entre 70 e 74 anos.
Gráfico mostra a idade das vítimas denunciadas em relatório da Ouvidoria
Uma assistente social, que atua desde 2011 em postos de saúde da zona leste de São Paulo e prefere não ser identificada, contou ao R7 que já presenciou muitos casos de denúncias, mas faz uma ressalva: “Sempre tem que analisar para conhecer melhor aquela família, o que está nas entrelinhas. É um trabalho em rede, de formiguinha. Todos temos uma história e precisamos ir a fundo”.
A profissional já foi até ameaçada de morte pelo filho de uma idosa, que era usuário de drogas: “Me olhou e disse ‘vou te matar’, que era para eu tomar cuidado. Eu respondia que não tinha medo dele. Agredia a mãe, tinha medida protetiva, mas, por ser filho, ela o deixava entrar”.
Importância das denúncias
Ela se sente triste ao ver os parentes discutindo na frente do idoso. “O que mais dói é quando a gente vê os filhos brigando para não cuidar dos pais, acamados, sem qualquer constrangimento. E o pai ou mãe ouvindo tudo, escorre até lágrima e pensam: ‘sou um fardo'”, revela.
A assistente social coleciona histórias que nem sempre têm final feliz. “Tinha uma idosa que não podia ficar sozinha e a filha disse: ‘por que tenho que cuidar dela se ela nunca cuidou de mim? Faço papel de mãe desde os 7 anos’. Ou uma senhora que tinha um relacionamento com um jovem, que era bancado por ela. Chegou toda machucada no posto e se negou a fazer o B.O”, lembra.
A violência contra os idosos pode ser denunciada pelo Disque 100, em delegacias, pelo 190, ao Ministério Público, SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), aplicativos de Direitos Humanos e pelo WhatsApp (61) 99656-5008. A identidade do denunciante não será revelada.
Segundo a assistente social, as visitas domiciliares dos agentes de saúde são essenciais para o estudo de caso, verificação da rotina, da aparência dos idosos, para entender o motivo das faltas nas consultas, se estão com a higiene em dia, entre outros fatores.
“Por estar mais tempo juntos em casa na pandemia, a violência fica mais nítida. As pessoas têm medo de denunciar, mas confiam nos agentes comunitários de saúde e relatam. Mas, muitas vezes, não querem ir para a delegacia para não prejudicar o filho ou parente”, explica a assistente social.
Nem sempre a violência deixa marcas nos idosos, mas há casos com hematomas
De acordo com a médica Simone Pinto, na consulta é possível verificar sinais de maus-tratos. “Médicos podem ver se há desnutrição, fraturas, hematomas. Fazer uma avaliação física do cabelo, dentes, notar sinais de negligência. Sempre se direcionar ao idoso e notar se o familiar interfere na fala, qual o tom de voz. Os olhares dos pacientes dão dicas”, alerta.
Para notar os sinais de violência, nem sempre aparentes, é preciso que todos estejam preparados e atentos. Os vizinhos, amigos e a comunidade também fazem parte da rede de proteção. A saúde do idoso é problema de todos.
A violência contra o idoso é crime e a pena pode chegar a um ano de reclusão, além de multa.
Deficiências
Até mesmo a surdez pode ser um gatilho para a violência doméstica. “Estamos todos confinados e o cuidador tem que repetir várias vezes o que diz, isso leva ao esgotamento mental, ao estresse com a repetição. Isso gera xingamentos, exclui o idoso da cena e, às vezes, gera violência física”, ressalta a presidente de gerontologia da SBGG.
Nestes casos, a prótese auditiva é a solução, mas há também dificuldades de adaptação ao aparelho, com necessidade de idas constantes ao fonoaudiólogo. No entanto, uma vez adaptados, os idosos ganham autonomia.
Outros tipos de deficiências, como visual e motora, acarretam em dependência total do idoso ao cuidador familiar ou profissional. “Em quase 50% dos casos os agressores são os filhos e, em 10%, os netos. Em muitos, não há divisão de tarefas e o cuidador fica sobrecarregado. Isso é um fator de risco para a agressão. É preciso cuidar também de quem está cuidando”, diz a especialista.
Mas nem todo idoso tem um temperamento fácil de lidar e aceita ajuda externa. Muitos refletem a violência sofrida, questões do passado e precisam antes fortalecer os vínculos familiares.
“A violência é complexa, multifacetada. Uma senhora relatou que sofria violência por parte da filha, chegou toda roxa. Houve uma investigação do caso e descobrimos que era agressão mútua. Ela batia na filha, que revidava. Em outro caso, a idosa tem dificuldade de andar, mas é geniosa e afasta as pessoas. Sempre que recebe ajuda, pede para a pessoa não ir mais porque não fez as coisas do jeito dela”, conta a assistente social.
Para entender a violência, segundo os especialistas, é preciso investigar a origem do problema. Muitas vezes a agressão é apenas a ponta do iceberg.
A Finlândia está entre os melhores países do mundo em educação. No ranking do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) realizado desde 2000, a Finlândia aparece em segundo lugar na alfabetização em leitura empatada com o Canadá entre os países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Fica atrás da Estônia e de países que não fazem passe da organização, como China, Cingapura, Macau e Hong Kong.
Com 520 pontos, a Finlândia está no sexto lugar em educação entre todos os países e regiões participantes (veja o ranking completo, em inglês). O Brasil ficou em 57º no ranking. Mas, afinal, o que faz deste país frio, expremido no extremo norte da Europa entre Noruega e Suécia a oeste e a Rússia a leste, ser uma referência internacional e quais lições podemos aprender com eles?
A educação na Finlândia é um direito de todos os cidadãos e por essa razão o ensino é gratuito até a universidade. Os estudantes pagam pelo material e transporte, se necessário. Mesmo as escolas particulares são gratuitas: o governo subsidia o ensino e todas elas devem seguir as orientações do ministério da Educação.
Como destaca o governo do país no site oficial, “os resultados obtidos pelo sistema de educação não vieram da noite para o dia”, mas fruto de um esforço de décadas. Após a Segunda Guerra Mundial, para combater a fome e a miséria, as escolas passaram oferecer refeições para todas as crianças. A educação é vista como uma forma de combater as desigualdades sociais e como uma forma de alavancar a economia.
Comparativo Brasil x Finlândia no Pisa (2018):
LEITURA Finlândia: 520 pontos Brasil: 413 pontos Média dos países: 487 pontos
MATEMÁTICA Finlândia: 507 pontos Brasil: 384 pontos Média dos países 489 pontos
CIÊNCIAS Finlândia: 522 pontos Brasil: 404 pontos Média dos países: 498 pontos
Escola
Na Finlândia, as crianças são obrigadas a ir para a escola a partir dos 7 anos de idade até os 15 anos. A educação básica tem duração de 9 anos. As aulas são marcadas pela multidisciplinaridade, com a participação ativa dos alunos e desenvolvimento de habilidades socioemocionais e tecnológicas.
As salas de aula têm no máximo 30 alunos. Durante os seis primeiros anos do ensino fundamental, uma professora é responsável por cada classe. Nos últimos três anos do ensino médio, cada matéria é de responsabilidade de um professor. Caso necessário, os alunos também recebem assistência especial para problemas de fala, de leitura e escrita, ou outras necessidades especiais.https://www.youtube.com/embed/oZkPgsGLnP4
O foco é no bem-estar dos estudantes. Os professores respeitam a individualidade, o ritmo e a maneira de aprender de cada um. As provas são raras, existe uma diversidade dos métodos de avaliação. Não existe prova de avaliação nacional.
A partir dos 16 anos, no ensino médio, os estudantes podem optar se continuam ou não os estudos, a maioria continua na escola seguindo itinerários de acordo com sua aptidão. Após três anos, os jovens podem participar do Exame Nacional de Matrícula, necessário para quem quiser cursar uma faculdade.