A área de descarte de lixo conhecida como o antigo Bota-fora no Distrito Industrial de Araxá passará por um processo de recuperação e preservação. A iniciativa será executada por meio do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), do governo de Minas Gerais, que aprovou o projeto apresentado pelo Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável de Araxá (IPDSA).
Dentre os vários projetos mineiros inscritos, o município de Araxá foi contemplado. O anúncio foi oficializado em Uberlândia, no dia 10 de outubro, pelo Diretor-geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Marcelo da Fonseca. Na ocasião, estiveram presentes o Superintendente do IPDSA, Vinicius Martins, acompanhado pela Chefe da Divisão de Meio Ambiente, Roberta Neves, e pela Analista Ambiental, Juliana Silva.
O PRAD é uma ferramenta essencial para a restauração ambiental e recuperação de ecossistemas afetados pela degradação. Ele promove a recuperação da biodiversidade, melhora a qualidade do solo, controla a erosão, revitaliza os recursos hídricos e valoriza a paisagem.
Histórico
A área do antigo Bota-fora foi utilizada por mais de 10 anos para o descarte inadequado de resíduos de construção civil, recicláveis, lixo doméstico e materiais inservíveis, o que causou sérios danos ao meio ambiente.
Com o plano de recuperação aprovado, o próximo passo é buscar parcerias público-privadas para viabilizar a execução.
A Prefeitura de Araxá iniciou a obra de construção da ponte da Iara. O local é uma importante via de acesso para escoamento da produção agrícola da região.
A nova ponte terá uma estrutura reforçada para melhorar a mobilidade e trânsito pesado de caminhões, além de facilitar o transporte de mercadorias e o deslocamento de serviços essenciais para os produtores rurais.
Com investimento de R$ 1.109.999,99, a obra conta com uma estrutura mista de concreto armado e vigas metálicas, projetada para suportar o tráfego e eventuais deslizamentos de solo em suas cabeceiras, garantindo maior durabilidade e segurança ao longo dos anos.
A proposta, apresentada pelo senador Cleitinho (Republicanos-MG), busca ampliar a isenção do imposto para estados onde ainda não há essa autorização, como Minas Gerais, Pernambuco, Tocantins, Alagoas e Santa Catarina. A PEC se fundamenta na imunidade tributária, um princípio de natureza constitucional.
O senador argumenta que a medida promove a justiça social, uma vez que o pagamento do IPVA representa um peso significativo no orçamento das famílias de baixa renda que possuem veículos antigos. Cleitinho defendeu que a proposta aliviaria essa carga financeira sobre esses proprietários.
A PEC surge após a aprovação da reforma tributária, que incluía a incidência de IPVA sobre veículos terrestres, aéreos e aquáticos, mas concedeu imunidade tributária para tratores, máquinas agrícolas, aviões agrícolas, navios de pesca e plataformas de petróleo.
Se a PEC 72/23 for admitida pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara, uma comissão especial será criada para análise. Em seguida, a proposta será votada em dois turnos pelo plenário da Câmara dos Deputados. Caso seja aprovada, a PEC será promulgada pelo presidente do Congresso Nacional, tornando-se parte da Constituição.
Julgamento da maior ação ambiental da história começa dia 21. Indenização chega a R$ 230 bilhões
Está previsto para durar 12 semanas o julgamento da maior ação ambiental da história. Em plena capital britânica, o caso do desastre de Mariana promete levar às portas do tribunal familiares das vítimas, indígenas e quilombolas, além de representantes 2,2 milhões de afetados pelo rompimento da Barragem do Fundão, em 5 de novembro de 2015. A decisão judicial envolve indenização de US$ 44 bilhões, o equivalente a R$ 230 bilhões.
A ação é movida contra a BHP, multinacional de origem anglo-australiana, acusada da morte de 19 vítimas diretas do rompimento da barragem em Minas Gerais, e dos prejuízos causados a 620 mil vítimas representadas pelo escritório de advocacia Pogust Goodhead.
O grupo é especializado em causas internacionais coletivas de grande escala ligadas a questões ambientais, que incluem, apenas no caso do Brasil, o rompimento da Barragem de Brumadinho e o afundamento de bairros em Maceió.
A partir da próxima segunda-feira (21), o tribunal ouvirá os dois lados da querela judicial – sendo dois dias para cada um. A oitiva de testemunhas do lado da BHP tomará as três semanas seguintes.
A gigante da mineração escalou integrantes da cúpula para prestar contas à Justiça inglesa, como Peter Beaven, diretor financeiro da BHP até 2021, e Christopher Campbell, vice-presidente de Estratégia da empresa até 2011.
A partir de 18/11, o tribunal começará a tomar o testemunho dos autores da ação. Os advogados das vítimas do desastre ambiental escalaram especialistas em questões técnicas e também na legislação brasileira para falar ao juiz inglês.
A complexidade do julgamento envolve aspectos de geotecnia, licenciamento, responsabilidade civil, direito ambiental, direito societário e legitimidade dos municípios.
A pressão da opinião pública também tem papel importante no julgamento, acompanhado de perto pela imprensa britânica, tanto pelo ineditismo quanto pela gravidade do caso.
O prestigiado The Guardian, por exemplo, dedicou alentada reportagem ao caso, destacando o profundo impacto ambiental do rompimento da barragem do Fundão, que liberou 44,5 milhões de metros cúbicos de lama tóxica – o equivalente a 13 mil piscinas olímpicas, e mais 13 milhões de metros cúbicos nos dias que se seguiram à tragédia.
Os rejeitos percorreram 675 quilômetros, atingindo o Rio Doce e o Oceano Atlântico, até alcançar o litoral do Espírito Santo e sul da Bahia – num dos desastres mais devastadores e que ainda hoje, 9 anos depois, afeta a população atingida.
A Prefeitura de Araxá, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, adquiriu 25 novas poltronas para equipar as salas de medicação e coleta de exames. Elas visam proporcionar mais conforto e melhorar a qualidade do atendimento aos pacientes durante os procedimentos médicos.
Do total, 15 poltronas foram destinadas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), enquanto as outras 10 foram distribuídas entre as AMEs Unileste e Uninorte, com cada unidade recebendo cinco poltronas.
O investimento foi de R$ 29.800,00, provenientes de recursos próprios do município. —
As 48 escolas e os seis anexos da rede municipal de ensino em Araxá estão passando por uma importante renovação de seus mobiliários. Os novos itens incluem móveis e eletrodomésticos, como carteiras, conjuntos de refeitório, geladeiras, máquinas de lavar e ar-condicionado. O investimento é de cerca de 5 milhões de reais.
A iniciativa tem o objetivo de melhorar a estrutura física das escolas e proporcionar maior conforto para alunos e professores. A previsão é de que até novembro todas as unidades sejam contempladas.
As escolas municipais rurais Eunice Weaver (Itaipu), José Bento (Boca da Mata), Antônio Augusto de Paiva (Mourão Rachado), Francisco Primo de Melo (Bosque dos Ipês) e Padre Inácio (Miguelinho), além das escolas Professora Leonilda Montandon (Caic), Professor Nelson, Pio XII e Lia Salgado, contarão com a troca total do mobiliário. Nas demais, a substituição será feita conforme a necessidade de cada instituição.
Além disso, os Cemeis Olga Cunha (Central) e Dona Petrosa, e todos os laboratórios de informática das escolas, receberão ar-condicionado. De acordo com a secretária de Educação, Zulma Moreira, o investimento em infraestrutura escolar é fundamental para a valorização da educação.
“Os novos mobiliários refletem diretamente na qualidade de ensino oferecida às crianças e adolescentes da cidade. As próximas entregas continuarão contemplando outras unidades de ensino, dentro do cronograma previsto, sempre com o objetivo de elevar o padrão de atendimento nas escolas municipais”, destaca.
Para o prefeito Robson Magela, o investimento reforça o compromisso de fazer com que a educação de Araxá continue sendo referência em todo o estado. “Araxá tem hoje a segunda melhor educação de Minas Gerais. E vamos continuar investindo pesado para crescer ainda mais. Um ensino de qualidade prepara a todos para um futuro de oportunidades e sucesso”, ressalta. —
Mulheres tentam emplacar candidatura no Senado, sempre comandada por homens; Eliziane Gama e Soraya Thronicke montam plano
As senadoras Eliziane Gama (PSD-MA) e Soraya Thronicke (Podemos-MS) tentam emplacar para a próxima eleição da Mesa Diretora do Senado uma mulher na cabeça da chapa que vai disputar a Presidência da Casa. A coalizão estudada pelas senadoras tenta romper os 200 anos de comando exclusivo masculino no Senado.
“Temos 200 anos de Senado, e a gente nunca conseguiu ter uma mulher brasileira presidindo a Casa”, lamentou Eliziane, em entrevista ao R7. “Nós chegamos a ter uma mulher como presidente da República, mas há 12 anos sequer temos uma mulher como titular da Mesa do Senado. Então, esse é um cenário que vai ser mudado.”
Até o momento, o cargo mais alto que uma mulher chegou na Casa foi o de primeira vice-presidente, em 2012, com a então senadora Marta Suplicy (PT-SP). Antes disso, apenas duas mulheres ocuparam espaços de poder na Mesa Diretora: Júnia Marise Azeredo Coutinho (PRN-MG) e Serys Marly Slhessarenko (PT-MT).
Entre 1993 e 1994, Júnia foi a terceira secretária da Casa. Três anos depois, ela ocupou o posto de terceira vice-presidente da Mesa por uma legislatura.
Serys foi segunda vice-presidente do Senado entre 2009 e 2010. Ela foi a primeira mulher a assumir provisoriamente a presidência da Casa, em 2010, durante licença do então presidente José Sarney.
As mulheres conquistaram o direito ao voto no Brasil há menos de 100 anos, e há apenas 45 anos começaram a ocupar cadeiras no Senado. Na história do país, apenas 30 mulheres foram eleitas senadoras.
Eliziane e Soraya fizeram um acordo para que, até fevereiro de 2025 — quando ocorre a eleição da Mesa —, quem conseguir o maior apoio assuma a cabeça da chapa e tenha o aval da outra, apesar de o Podemos já ter comunicado que Soraya será candidata. Partido de Eliziane, o PSD é a maior bancada da Casa, com 15 senadores.
O PSD também é o partido do atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O senador mineiro, contudo, indica, nos bastidores, que deve apoiar o senador Davi Alcolumbre (União-AP) para o posto. Alcolumbre comandou o Senado entre 2019 e 2021 e apoiou Pacheco para sucedê-lo no início de 2021.
As questões partidárias ainda estão indefinidas. Apesar do interesse do PSD em manter a presidência do Congresso, o partido pode não necessariamente apoiar Eliziane. A articulação política para os cargos da Mesa Diretora costuma priorizar candidatos com maiores chances de sucesso, em vez de focar na representatividade feminina ou de outras minorias.
Eliziane diz estar otimista
Segundo Eliziane, apenas uma “ação bem planejada e muito bem discutida” pode mudar a realidade feminina na Casa. A senadora, que está licenciada do mandato para comandar a Secretaria da Juventude no Estado do Maranhão, disse que retornará ao posto nas próximas semanas e que a proposta de uma candidatura feminina para a Presidência do Senado “tem a simpatia da maioria das mulheres da Casa”.
“Estou muito otimista, eu acho que a gente está mais próximo de ter uma mulher na presidência da Casa”, avaliou, ressaltando também sentir uma “sensibilidade”, com relação ao tema, em partidos como o PT e o MDB.
A ideia de Eliziane é, em um primeiro momento, trabalhar com essas legendas e, depois, abrir o diálogo com partidos considerados mais conservadores. A senadora disse já ter conversado, também, com o presidente do PSD, Gilberto Kassab, que se comprometeu fazer uma reunião para debater o tema com ela após as eleições municipais deste ano.
As parlamentares pretendem se reunir com líderes partidários, em novembro, para construir uma pauta de interesse da Casa como proposta da candidatura. “A pauta feminina vai estar na ordem do dia”, afirmou Eliziane.
Em agosto deste ano, Eliziane e Soraya se reuniram, fora da agenda, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para apresentar a proposta da candidatura feminina. A senadora relatou que foi um “gesto importante” e que o chefe do Executivo recebeu a proposta como “um bom sinal” e “desejou sorte”.
Especialistas falam em reflexo da sociedade
A cientista política e especialista em relações institucionais Andresa Porto explicou que, diferentemente dos senadores, as senadoras enfrentam diversos desafios estruturais e culturais que dificultam a ascensão delas a posições de lideranças.
“Temos um cenário político ainda em processo de transformação quanto à representação de gênero e raça”, disse. “As senadoras enfrentam uma série de desafios estruturais e culturais que dificultam sua ascensão a posições de liderança, graças, primeiramente, às redes de poder masculinas. Temos no Brasil uma cultura partidária tradicional, majoritariamente comandada por homens, e falta de representação de mulheres em instâncias decisórias dos partidos.”
A doutora em ciência política Marcela Machado reforçou que a ausência de uma mulher na presidência do Senado não é por falta de articulação das senadoras, mas por uma cultura política dominada por homens, que dificulta o acesso das mulheres aos espaços de poder.
“A questão é que a cultura política predominante, dominada por homens, limita o acesso das mulheres às redes de poder necessárias para alcançar cargos de liderança. Isso perpetua estereótipos que subestimam as capacidades das mulheres, especialmente quando ocupam posições de gestão e liderança”, opinou.
Embora a presença de uma mulher na Presidência do Senado não garanta que as pautas femininas ganhem mais destaque, as especialistas apontam que a liderança feminina é frequentemente associada à redução de conflitos.
“A presença de uma mulher na presidência do Senado certamente encorajaria outras mulheres a buscar posições de liderança, desafiando normas culturais e estereótipos de gênero e promovendo uma sociedade mais igualitária”, concluiu Andresa Porto.
O Brasil lidera o ranking global de focos de incêndio no mês de setembro. De acordo com dados do Programa Queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), entre 1º e 25 de setembro, foram registrados 77,3 mil incêndios em todo o território nacional, o que representa 31% do total mundial. Isso significa uma média de 3 mil incêndios por dia no país. Diante da crise de queimadas, o governo articula medidas para combater e prevenir os incêndios.Leia tambémInventaram uma mentira e eu só tenho gratidão ao trabalho dos bombeiros, diz LulaGoverno vai comprar avião de combate a incêndios, diz chefe da Casa CivilIbaneis diz que deixará ‘divergências’ com Lula de lado para discutir queimadasOs números do Brasil são mais que o dobro do segundo colocado no ranking de queimadas, Angola, que contabilizou 34 mil focos de incêndio, correspondendo a 13% do total. Em seguida, estão a Bolívia, com 28 mil focos (11%), e a República Democrática do Congo, com 20 mil focos (8%). Setembro já superou o número de focos de incêndio registrados em agosto e se tornou, até o momento, o mês com o maior número de queimadas deste ano.No Brasil, a Amazônia é a região mais afetada, concentrando 50% das áreas atingidas pelo fogo no país. Entre os estados, Mato Grosso lidera o ranking de focos de incêndio no mês, com 18,8 mil registros, seguido pelo Pará, com 16,6 mil, e Tocantins, com 6,5 mil. O município com o maior número de queimadas no período é São Félix do Xingu, no Pará, localizado a 1.050 quilômetros de Belém, que registrou 39,3 mil focos de incêndio.Na semana passada, o presidente Lula assinou uma medida provisória liberando R$ 514 milhões para combater queimadas, especialmente na Amazônia. Os recursos vão para o Ministério do Meio Ambiente, para fortalecer o monitoramento e combate aos incêndios com o apoio do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), incluindo a contratação de brigadistas e uso de viaturas e aeronaves.Play VideoPF e outras forças de segurança investigam se incêndios florestais são criminosospor BrasíliaPlayMudoVoltar 10 segundosAvançar 10 segundosFullscreenCompartilharA Polícia Federal entrou com investigação nos casos dos incêndios. Até o início da semana, foram instaurados 85 inquéritos para apurar indícios de crimes ambientais.Nesta quarta-feira (25), o presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), Rodrigo Agostinho, defendeu a necessidade de mudanças nas leis para tornar mais duras as penas contra quem provoca incêndios, desmatamento e grilagem de terras. Segundo Agostinho, a legislação atualmente trata crimes ambientais como de menor potencial ofensivo, o que dificulta o combate às infrações. “A legislação brasileira, infelizmente, é insuficiente”, afirmou durante uma sessão temática no Senado que discutiu os incêndios florestais e as mudanças climáticas.Agostinho destacou que a atual legislação, como o Código Penal de 1940, não protege o meio ambiente, já que é concentrado mais na proteção à vida e ao patrimônio privado. “A maior parte dos crimes ali previstos podem ser transacionados em troca de uma simples cesta básica. Então, isso de fato precisa ser enfrentado, obviamente que não apenas no crime do incêndio florestal, do art. 41, mas a gente precisa ter coragem de fazer essa revisão”, afirmou.Ele também mencionou a necessidade de o Brasil investir em tecnologia, expandir a estrutura de combate a incêndios florestais e adaptar recursos, como aeronaves agrícolas, para enfrentar as mudanças climáticas.Agostinho alertou que essas mudanças são uma realidade, e que isso vai exigir do país medidas de adaptação, mitigação e monitoramento constantes. “Essa crise, infelizmente, não é a última. Infelizmente as mudanças climáticas vieram e vieram para ficar. Nós teremos que investir muito em adaptação, muito em mitigação. Nós teremos que ter estruturas tanto de monitoramento quanto de ação propriamente ditas”, disse.O presidente do instituto também destacou que a maioria dos incêndios é provocada pela ação humana. Ele alertou para uma tendência em que as pessoas utilizam o fogo de maneira irresponsável e criminosa, incluindo atos de vandalismo para destruir propriedades públicas e privadas.Em regiões específicas, como o sul da Amazônia e o Matopiba (formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), o fogo é usado como prática para abrir novas áreas para cultivo, o que agrava o problema do desmatamento.“A gente tinha uma média de 12% a 15% de incêndios em floresta dentro do bioma amazônico e hoje chega a 35%, o que mostra uma tendência de as pessoas preferirem a degradação florestal ao corte raso.”
A indústria brasileira enfrentará a necessidade de qualificar 14 milhões de profissionais entre 2025 e 2027, de acordo com o Mapa do Trabalho Industrial, divulgado nesta sexta-feira (11) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). O estudo, elaborado pelo ONI (Observatório Nacional da Indústria), destaca tanto a formação de novos trabalhadores quanto a requalificação daqueles que já estão no mercado, com o objetivo de acompanhar as demandas do setor.
Segundo a especialista em mercado de trabalho do ONI, Anaely Machado, a projeção reflete o contexto de crescimento moderado da economia brasileira, impulsionado por reformas estruturais e pela recuperação pós-pandemia. “Estimamos que será necessário qualificar 14 milhões de trabalhadores em ocupações industriais e correlatas”, afirmou Machado
O documento prevê um crescimento médio do PIB de 1,91% entre 2025 e 2027, com a indústria avançando a uma taxa ligeiramente superior, de 1,93% ao ano. Durante esse período, espera-se a criação de 610 mil novas vagas na indústria, além da substituição de profissionais que deixarão o mercado de trabalho.
Requalificação e novas competências
Dos 14 milhões de profissionais, 2,2 milhões serão novos ingressantes no mercado de trabalho, enquanto 11,8 milhões precisarão ser requalificados. A requalificação desses trabalhadores envolve o desenvolvimento de competências em três áreas principais:
Hard skills (habilidades técnicas como operação de máquinas e softwares);
Soft skills (competências comportamentais, como pensamento crítico e inteligência emocional);
Saúde e segurança no trabalho (conformidade com normas e regulamentos de segurança).
Setores com maior demanda
O setor de transporte e logística lidera a demanda por qualificação, representando 23,9% do total, ou 3,4 milhões de trabalhadores. De acordo com Anaely Machado, o setor está cada vez mais tecnológico, o que exige maior capacitação dos profissionais.
Confira a demanda por formação profissional em outras áreas:
Construção: 10,5% (1,5 milhão)
Operação Industrial: 9,4% (1,3 milhão)
Metalmecânica: 8,4% (1,2 milhão)
Manutenção e Reparação: 7% (987,1 mil)
Alimentos e Bebidas: 6,5% (914,6 mil)
Tecnologia da Informação: 4,5% (636,4 mil)
Tecnologia e Engenharia: 4% (561 mil)
Serviços Administrativos: 3,6% (509,2 mil)
Têxtil e Vestuário: 3% (422 mil)
Agropecuária: 2,9% (413,1 mil)
Serviços Gerais: 2,7% (378,6 mil)
Demanda por novos profissionais
Entre 2025 e 2027, as áreas que mais vão precisar de novos trabalhadores são:
Logística e Transporte: 474,6 mil (técnicos de controle de produção, motoristas de cargas, almoxarifes)
Construção: 364 mil (operadores de máquinas, ajudantes de obras civis)
Manutenção e Reparação: 179,4 mil (mecânicos de veículos, eletricistas de manutenção)
Operação Industrial: 181 mil (alimentadores de linhas de produção, trabalhadores de carga e descarga)
Metalmecânica: 175,4 mil (soldadores, serralheiros)
Distribuição regional da demanda
O Sudeste será a região com maior necessidade de qualificação, concentrando 51% da demanda total, o que equivale a 7,1 milhões de profissionais. As demais regiões apresentam a seguinte distribuição:
Movimento é formado por sobreviventes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, lançadas em 1945
O Prêmio Nobel da Paz foi entregue nesta sexta-feira (11) ao grupo japonês Nihon Hidankyo, que luta contra o uso e fabricação de armas nucleares. Segundo o comitê, a escolha do vencedor se deu “pelos seus esforços para alcançar um mundo livre de armas nucleares e por demonstrar através de depoimentos de testemunhas que as armas nucleares nunca devem ser utilizadas novamente”. Ao todo, 286 candidatos estavam concorrendo à honraria, sendo 197 indivíduos e 89 organizações, mas as indicações são mantidas em sigilo. Além de uma premiação em coroas suecas, a organização também receberá um diploma e uma medalha, entregues em uma cerimônia com a presença do rei sueco, Carlos XVI Gustavo.
“O destino daqueles que sobreviveram aos infernos de Hiroshima e Nagasaki foram durante muito tempo ocultados e negligenciados”, também ressaltou a organização do prêmio. Em agosto de 1945, tropas americanas lançaram duas bombas sob as cidades de Hiroshima e Nagasaki no fim da 2ª Guerra Mundial, causando a morte de 120 mil pessoas. Essa foi a única vez que armas nucleares foram usadas durante conflitos no mundo.
Desde 1901, já foram concedidos 104 prêmios de Literatura, dos quais 17 foram atribuídos a mulheres. O laureado mais jovem foi Malala Yousafzai, que, com 17 anos, se tornou símbolo da luta pelo direito à educação das meninas, sendo escolhida como vencedora em 2014.
A temporada de premiações começou na segunda-feira (7), com o prêmio na área de Medicina, e terminará na próxima segunda-feira (14) com o escolhido na área de Economia. Apesar de acontecer junto ao Nobel, a premiação da área econômica é oficialmente chamado de Prêmio do Banco da Suécia para as Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, criador da premiação.
Medicina
Victor Ambros and Gary RuvkunNiklas Elmehed/Nobel Prize Outreach
Dois pesquisadores americanos venceram o Prêmio Nobel de Medicina com uma descoberta na área da genética. Victor Ambros, de 70 anos, é professor da Universidade de Massachusetts, e Gary Ruvkun, de 72, leciona em Harvard. Eles descobriram o papel dos microRNAs. Assim como o DNA, que determina as características humanas, os microRNAs também fazem parte das nossas células e influenciam o desenvolvimento de diferentes partes do corpo. Uma falha nesse sistema pode levar uma pessoa a desenvolver câncer.
Física
John Hopfield and GeoffreyNiklas Elmehed/Nobel Prize Outreach
O Nobel de Física de 2024 foi concedido aos pesquisadores John Hopfield e Geoffrey Hinton, responsáveis por estudos que impulsionaram o aprendizado de máquina, fundamental para o avanço da inteligência artificial, anunciou a Real Academia Sueca de Ciências na manhã desta terça-feira (8). Essas pesquisas abriram caminho para o desenvolvimento de tecnologias que usamos no cotidiano, como reconhecimento facial e tradução de idiomas.
Química
David Baker, Demis Hassabis and John JumperNiklas Elmehed /Nobel Prize Outreach
O Prêmio Nobel de Química deste ano foi entregue nesta quarta-feira (9) a um trio de cientistas que estudaram a estrutura de proteínas. Demis Hassabis e John Jumper pertencem à Divisão de Inteligência Artificial do Google e desenvolveram um modelo que mapeia a estrutura de quase todas as proteínas. David Baker, da Universidade de Washington, criou um sistema computacional para projetar novas proteínas. As descobertas têm relevância no estudo dos mecanismos das doenças.
Literatura
Han KangNiklas Elmehed/Nobel Prize Outreach
O Prêmio Nobel de Literatura deste ano foi concedido à escritora sul-coreana Han Kang “pela sua intensa prosa poética que confronta traumas históricos e expõe a fragilidade da vida humana”, segundo o comitê do prêmio. Nascida em novembro de 1970, em Gwangju (Coreia do Sul), a obra de Kang confronta tramas históricos e um conjunto de regras invisíveis e, em cada uma das suas obras, expõe a fragilidade da vida humana. “Ela tem uma consciência única das conexões entre corpo e alma, os vivos e os mortos, e em seu estilo poético e experimental tornou-se uma inovadora na prosa contemporânea” afirmou o comitê.
Nobel
O prêmio foi criado pelo químico e inventor da dinamite, o sueco Alfred Nobel. O cientista deixou a maior parte da fortuna para subsidiar a criação de prêmios nas áreas de Literatura, Física, Química, Paz e Medicina. Hoje, a honraria também é entregue a estudiosos de Economia. Cada ganhador recebe, além da premiação em dinheiro, uma medalha de ouro e um diploma.