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Prefeitura de Araxá é parceira do Fliaraxá e do Festival Saberes e Sabores

ois festivais ao mesmo tempo e parcerias que engrandecem ainda mais os eventos em Araxá. Com o apoio da Prefeitura de Araxá e da Fundação Cultural Calmon Barreto (FCCB), o 10° Festival Literário de Araxá (Fliaraxá) e o Festival Saberes e Sabores ganham uma abrangência ainda maior por meio da valorização da cultura e da gastronomia.

Os eventos acontecem entre os dias 11 e 15 de maio (quarta a domingo). O Fliaraxá fica presente em diversos pontos da cidade, enquanto o Saberes e Sabores ocorre exclusivamente na área do Grande Hotel do Barreiro.

Como parceira, a Prefeitura de Araxá aportou R$ 80 mil, além do suporte estrutural e logístico como cessão de tendas, reforço da segurança pública nos locais com atividades relacionadas aos dois eventos, limpeza do Complexo do Barreiro para a liberação da área atrás da Igreja de Nossa Senhora das Graças como estacionamento e articulação com instituições como Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.

Para o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo, Juliano Cesar da Silva, apoiar eventos culturais e gastronômicos é uma forma de promover conhecimento, lazer e entretenimento para a população e visitantes.

“O Fliaraxá e o Festival Saberes e Sabores são tradicionais no calendário de Araxá. Não poderíamos deixar de contribuir para a retomada de ambos. É uma oportunidade de incrementar a economia e movimentar o cenário turístico”, ressalta.

Cultura local presente nos festivais

Como parte das atividades culturais promovidas nos dois eventos, a FCCB disponibilizou 20 atrações musicais que foram premiadas com recursos da Lei Municipal Calmon Barreto 2. Os shows acontecem também de quarta a domingo em palcos montados no Barreiro e no Parque do Cristo.

Servidores de vários setores da fundação também participam de rodas de conversas, oficinas e apresentações culturais realizadas no Teatro Municipal Maximiliano Rocha.

Além disso, o Ateliê de Tecelagem Hermantina Drummond vem com um estande no Fliaraxá levando aos visitantes como é feita a confecção do tear, com mostra e venda de produtos. Outra atividade é a oficina de doce ambrosia – característico da região – que será realizada dentro da programação do Festival Saberes e Sabores, no domingo.

“Eventos como esses representam um grande ganho ao município. Por meio deles conseguimos fomentar a cultura local. E a Fundação Cultural Calmon Barreto, como órgão gestor de cultura em Araxá, tem esse papel de apoiar para que os festivais, que já são grandes, tenham uma proporção ainda maior. É uma oportunidade para valorizarmos artistas, escritores, cozinheiros, cidadãos e demais valores locais”, destaca a presidente da FCCB, Cynthia Verçosa.


Assessoria de Comunicação

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População conta com transporte gratuito para o Fliaraxá e Festival Saberes e Sabores no Barreiro

Uma parceria entre a Prefeitura de Araxá e a empresa Vera Cruz Transporte e Turismo, responsável pelo transporte público urbano em Araxá, vai disponibilizar uma linha gratuita para passageiros que desejam visitar dois importantes festivais na cidade que acontecem de quarta (11) a domingo (15).

Um ônibus ficará à disposição para a linha Terminal Central / Estância Hidromineral do Barreiro, em horários pré-definidos. Uma grande estrutura está sendo montada no Grande Hotel de Araxá para receber o Festival Literário de Araxá (Fliaraxá) e o Festival Saberes e Sabores.

A parceria foi solicitada pela Prefeitura de Araxá, apoiadora oficial dos eventos, para facilitar o acesso da população aos festivais. A 10º edição do Fliaraxá reúne importantes escritores e intelectuais em Língua Portuguesa entre os 11 a 15 de maio em Araxá

Considerado um dos maiores eventos do país, o Fliaraxá acontece em formato híbrido, com transmissões online e atividades presenciais em diversos lugares da cidade: Teatro Municipal Maximiliano Rocha, Parque do Cristo, Fundação Cultural Calmon Barreto e na Estância Hidromineral do Barreiro, onde está sendo montada uma grande livraria, palco e espaços de apresentações literárias.

Já o Saberes e Sabores é um dos mais tradicionais da cidade e reúne cultura, gastronomia e lazer em um só lugar. O evento também acontece entre os dias 11 e 15 de maio, na Estância Hidromineral do Barreiro em Araxá, e recebe 24 estandes e food trucks instalados no acesso às Termas do Grande Hotel. É possível ainda aprimorar a arte da gastronomia em oficinas que serão comandadas por chefs renomados.

Pela primeira vez, o Festival Saberes e Sabores também realiza o Concurso de Pão de Queijo de Araxá. A competição será no sábado (14) e promete surpreender. As inscrições online (https://bit.ly/3LEx9gn) são limitadas e terminam na quinta (12).

De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo, Juliano Cesar, a parceria entre a Vera Cruz e o Município tem como objetivo democratizar a participação popular nos eventos e facilitar o acesso ao Barreiro. “O Fliaraxá e o Saberes e Sabores são eventos que tem o apoio do Município. E é nossa obrigação e das empresas que são parceiras na construção de uma cidade com mais qualidade de vida, oportunizar que um maior número de pessoas possa participar dos eventos”, destaca o secretário.

Cronograma transporte gratuito – Fliaraxá e Saberes e Sabores

Linha: Terminal Central – Barreiro / Barreiro – Terminal Central

11/05 a 14/05 (Quarta a Sábado)
– Saída do Terminal Central: 15h30; 16h30; 17h30; 19h30; 21h30
– Saída do Barreiro: 16h; 17h; 18h; 20h; 22h; 23h

15/05 (Domingo)
– Saída do Terminal Central: 09h30; 9h30; 11h30; 12h30; 13h30
– Saída do Barreiro: 10h; 11h; 12h; 13h; 14h; 16h


Assessoria de Comunicação

Área de anexos

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Jardins do Museu Calmon Barreto e Memorial de Araxá estão abertos para projetos culturais

O casarão de três andares situado na avenida Vereador João Sena, n° 98, no Centro de Araxá, tem estilo arquitetônico eclético. Seus jardins possuem mais de 140 árvores de nove espécies diferentes, além de um chafariz, bancos de concreto e canteiros, inspirados no projeto que o paisagista Roberto Burle Marx elaborou para o entorno do Grande Hotel do Barreiro.

A construção da década de 1950 abriga hoje o Museu Calmon Barreto e o Memorial de Araxá, um espaço que, além do rico acervo, está aberto para que artistas e cidadãos promovam eventos culturais.

Pensando em proporcionar mais experiências aos visitantes, a Fundação Cultural Calmon Barreto (FCCB) desenvolve a proposta do ‘Museu Interativo’, com a utilização dos jardins do casarão para abrigar eventos como lançamentos de livros, apresentações musicais, de teatro, contação de histórias, cursos intensivos, exposições e demais projetos culturais.

“A intenção não é apenas que os visitantes conheçam as obras de arte e os objetos que estão dentro do museu, mas também que o espaço seja aproveitado para outras possibilidades. A ideia do ‘Museu Interativo’ é que o local se torne um Centro de Cultura, que desenvolva tanto a educação patrimonial quanto a possibilidade de utilização da área externa para envolver toda a comunidade e turistas”, destaca a presidente da FCCB, Cynthia Verçosa.

Agendamentos

Para realizar o agendamento de eventos no Museu Calmon Barreto e Memorial de Araxá é necessário que o interessado procure a coordenação do local com até 15 dias de antecedência da data pretendida. Após a manifestação de interesse, o pedido é encaminhado para avaliação.

A cessão do espaço é gratuita e os proponentes poderão utilizar o jardim por até três horas, com o evento começando, no máximo, às 18h.

“Após a aprovação, toda a logística para a realização do evento, como recursos audiovisuais, de iluminação, mesas, cadeiras e demais itens necessários deverão ser providenciados pelo responsável”, explica a coordenadora Tatiana Ávila.

Durante o evento, é possível ainda que os presentes conheçam o acervo do local guiados pelos monitores.

O Museu Calmon Barreto e Memorial de Araxá está aberto para visitação de terça a sexta-feira, das 8h às 18h; sábados das 9h às 15h; e domingos e feriados, das 8h às 12h. O telefone para contato é o (34) 9 9257-0982.


Assessoria de Comunicação

Fliaraxa-2022

Araxá recebe 10º edição do FliAraxá, um dos maiores eventos literários do Brasil

Importantes escritores e intelectuais em Língua Portuguesa estarão presentes na 10ª edição do Fliaraxá. O evento acontece entre os 11 a 15 de maio em Araxá, em formato híbrido, com transmissões on line e atividades presenciais em diversos lugares da cidade: Teatro Municipal Maximiliano Rocha, Parque do Cristo, Fundação Cultural Calmon Barreto e  no Complexo do Barreiro, onde está sendo montada uma grande livraria, palco e espaços de apresentações literárias. Durante cinco dias de evento, mais de 100 autores locais, nacionais e internacionais compartilharão suas experiências, obras e pesquisas nos debates que serão transmitidos pelo YouTube do Fliaraxá: https://www.youtube.com/fliaraxa, com acesso gratuito.

A programação de mesas, painéis e debates é em torno do tema central do festival, “Abolição, Independência e Literatura”. Pela primeira vez, o Fliaraxá terá o apoio e patrocínio direto da Prefeitura de Araxá que realizará um repasse financeiro no valor de R$ 50 mil para a Associação Sempre Um Papo. O evento é apresentado com exclusividade pelo Ministério do Turismo e a CBMM, com o patrocínio da Cemig e do Itaú e apoio da Rede Mater Dei de Saúde, Grupo Zema, Fundação Cultural Calmon Barreto, CUFA – Central Única de Favelas de Araxá, com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura e da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo.

O Festival Literário de Araxá – Fliaraxá –, em sua décima edição, também estreita os laços com a Academia Araxaense de Letras, trazendo a entidade cada vez próxima ao evento, seja por meio da participação de seus autores membros nas mesas de debates, seja pela participação ativa no Festival. Nesta edição, uma das ações da academia é a seleção de novos embaixadores, título concedido a um seleto grupo de autoridades e personalidades do município para que possam, junto à organização do evento, ser um representante oficial, com o intuito de disseminar o objetivo do festival, que é o incentivo ao hábito da leitura.

De acordo com o prefeito Robson Magela, o Município sempre será parceiro dos grandes eventos que valorizam e promovem a cultura e turismo em Araxá. “Araxá tem eventos tradicionais, que ´nos últimos anos foram responsáveis por promover o turismo na cidade mesmo sem um apoio direto da prefeitura. E é nossa responsabilidade enquanto gestor público apoiar o máximo possível esses eventos como o Fliaraxá que levam o nome da nossa cidade para o país e o mundo. Fico muito feliz em saber que temos contribuído para que esse festival seja considerado neste ano o maior evento literário do país”, destaca o prefeito.

Serviço: 10º Fliaraxá – Festival Literário de Araxá

De 11 a 15 de maio, quarta a domingo

Tema: “Abolição, Independência e Literatura”

Formato híbrido – transmissão em tempo real pelas plataformas do festival Youtube e Facebook – @fliaraxa

Locais: Grande Hotel, Teatro Municipal Maximiliano Rocha, Parque do Cristo e Fundação Cultural Calmon Barreto.

Informações: @fliaraxa – www.fliaraxa.com.br


Assessoria de Comunicação

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Enquanto a guerra se intensifica, bailarinos voltam ao palco na Ucrânia

Em Lviv, no oeste ucraniano, moradores tentam recuperar senso de normalidade enquanto combates ocorrem em outras partes do paísDois dançarinos se abraçam como parte da performanceDois dançarinos se abraçam como parte da performanceSerhii Korovayny para CNN

Daryna Kirik, 21, uma importante bailarina da Ópera de Lviv, se prepara para o show
Daryna Kirik e Olexandr Omelchenko apresentam o balé "Giselle" - a primeira apresentação completa a ser exibida na Ópera Nacional de Lviv desde o início da guerra
Elenco faz últimos preparativos antes que cortina se abra

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Com o público esperando ansiosamente em suas poltronas, uma mensagem familiar ecoa pelo salão, lembrando ao público de desligar os celulares e imergir na experiência.

Isso é imediatamente seguido por um anúncio mais anormal. “Caro convidado, nosso evento será suspenso em caso de alerta de ataque aéreo. Dançarinos e espectadores devem ir ao abrigo antiaéreo situado no teatro”, diz uma voz à multidão – um lembrete pungente de que esta não é uma noite normal no teatro.

Então, as luzes se apagam, a orquestra começa a tocar e uma dançarina sai dos bastidores e aparece no palco.

Teatro Ópera Nacional de Lviv foi forçado a fechar suas portas em 24 de fevereiro, quando a Rússia lançou um ataque violento e não provocado à Ucrânia. Ele recebeu os entusiastas do teatro de volta para sua primeira produção completa na noite de sexta-feira (29).Daryna Kirik, 21, uma importante bailarina da Ópera de Lviv, se prepara para o show / Serhii Korovayny para CNN

“De uma forma ou de outra, a guerra afeta a todos nós”, disse o diretor artístico de ópera, Vasyl Vovkun, à CNN. “Entendemos que a luz deve derrotar as trevas, que a vida deve derrotar a morte, e a missão do teatro é afirmar isso”.

A cidade de Lviv, no oeste ucraniano, está quase totalmente ilesa, enquanto fortes combates devastaram cidades em outras partes do país. Milhares de civis em fuga transitaram pela cidade antes de viajar para a vizinha Polônia e outros países.

Aqueles que ficaram nesta cidade resiliente, os moradores estão lentamente aprendendo a conviver com a guerra. Os cafés e restaurantes do centro estão novamente tendo um comércio movimentado, as ruas estão mais uma vez repletas de pedestres e os moradores voltaram a fazer passeios casuais nos parques.

Fornecer um lugar de consolo em meio ao conflito violento é a força por trás da retomada das apresentações, diz Vovkun.

Para começar, ele escolheu um clássico de balé bem executado, “Giselle”. Um balé de dois atos, que conta a história de uma bela camponesa que morre prematuramente após ser traída pelo homem que ama.

O ex-ministro da Cultura e Turismo, de 64 anos, explica: “Giselle também tem todos os matizes de alegria e tristeza, também há a morte e também há a vitória do amor. E, de fato, esse tema é consistente hoje. Mesmo quando ouvimos muito sobre a morte, ainda esperamos, tanto neste trabalho quanto na vida, que o amor vença, a vida vença”.Daryna Kirik e Olexandr Omelchenko apresentam o balé “Giselle” – a primeira apresentação completa a ser exibida na Ópera Nacional de Lviv desde o início da guerra / Serhii Korovayny para CNN

Embora sua escolha tenha se mostrado popular – com ingressos esgotados – muitos dos assentos permanecem vazios.

“Apesar do fato de que só podemos aceitar 300 pessoas porque só podemos levar esse número no abrigo, ainda é uma grande missão para nós”, continua Vovkun. “Para dar às pessoas algo para esquecer as notícias […] neste momento difícil, porque não há boas notícias na guerra. E para que eles sejam ressuscitados espiritualmente durante a guerra, vendo para esta obra de arte”.

Fazer um bom espetáculo é de suma importância para o exército de artistas do teatro. Horas antes da apresentação, a equipe de produção verificava a iluminação três vezes, enquanto outros se certificavam de que todos os detalhes no set estavam perfeitos.

Nas entranhas do teatro, os produtores subiam e desciam as escadas, com tutus nas mãos. Enquanto isso, dançarinos se alongavam pelos corredores, seus preciosos pés em chinelos de proteção.

De uma das salas de ensaio, uma voz grave reverberou pela estreita escadaria até as salas de ensaio no último andar. Em outra parte do prédio, as bailarinas estavam sentadas em silêncio enquanto os estilistas moldavam seus cabelos antes de alisar e prender firmemente no lugar.Elenco faz últimos preparativos antes que cortina se abra / Serhii Korovayny para CNN

Maria Malanchyn, 68 anos, trabalha como maquiadora na instituição cultural há cinco décadas. Ela diz à CNN que a ópera é necessária agora mais do que nunca.

“Na minha opinião, cultura é obrigatória, sempre, ainda mais agora”, explica. “Agora temos muitos deslocados, é muito difícil para eles. Mas mostramos a eles que a vida pode continuar”.

Daryna Kirik, 21 anos, interpreta o papel principal de “Giselle”. Como muitos no país, sua vida foi revirada pela guerra e pelos horrores de Bucha, onde foram encontradas valas comuns recentemente.

“Dançar ajuda a distrair do que está acontecendo”, diz a solista. “A maioria dos meus parentes está em Kiev ou na região de Kiev agora. Minha mãe, minha avó e sua irmã sobreviveram à ocupação em Bucha. Minha mãe conseguiu fugir e levar os animais de estimação. Agora ela está em segurança na Polônia, recuperando seus nervos”.

Para Kirik, retornar ao palco deu a ela um renovado senso de propósito e uma oportunidade de expressar seus sentimentos através de seu ofício.

Ela diz que o que ela mais gosta em interpretar Giselle é a “oportunidade de expressar emoções na cena da loucura. Todas as emoções negativas que estão sendo acumuladas por muito tempo podem fluir junto com as emoções da personagem”.

E por algumas horas, o público é transportado para longe do caos da realidade. A multidão é cativada a cada salto, elevação e arabesco.

É apenas um show de duas horas, mas parece ter alcançado seu objetivo de melhorar o ânimo dos presentes.

“Depois de visitar este lugar, você entende que a vida não pode ser derrotada. Nossa vida não pode ser bombardeada ou destruída por mísseis ou armas químicas ou nucleares”, diz Victoria Palamarchuk, jornalista de 50 anos, que está atualmente na casa de parentes em Lviv, após deixar sua casa na região central de Zhytomyr.

Com um sorriso caloroso, ela acrescenta: “A vida não pode ser derrotada enquanto esses lugares existem – teatros, óperas e balé – enquanto as pessoas vêm aqui e sentem alegria com esses sons”.

FONTE CNN

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A incrível história do garoto que inventou o sistema Braille

Louis Braille perdeu a visão aos 3 anos — e, aos 15, já havia desenvolvido um código tátil revolucionário de leitura e escrita para pessoas com deficiência visual.

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Louis Braille perdeu a visão aos 5 anos — e, aos 15, já havia desenvolvido um sistema tátil para leitura e escrita — Foto: BBC

Louis Braille perdeu a visão aos 5 anos — e, aos 15, já havia desenvolvido um sistema tátil para leitura e escrita — Foto: BBC

Num dia de 1812, na comuna de Coupvray, perto de Paris, na França, Louis Braille estava brincando na oficina do pai, que fabricava arreios para cavalos.

Aos 3 anos, não era raro que se sentisse atraído por ferramentas de marcenaria e, imitando o que havia visto, pegou uma das mais pontiagudas para “brincar de papai”.

Talvez não tenha sido a primeira vez que ele fez isso, e provavelmente haviam dito a ele para não fazer — mas, nesta idade, não se medem as consequências.

E, nesta ocasião, aconteceu um acidente que mudaria para sempre sua vida e, alguns anos mais tarde, a de muitas outras pessoas.

Enquanto tentava fazer um buraco no couro, a sovela escorregou das mãos dele e perfurou seu olho.

O olho ficou infeccionado, e a infecção não apenas evoluiu, como também passou para o outro olho.

Aos 5 anos, Louis Braille estava completamente cego.

Embora a escola local não oferecesse nenhum programa especial para pessoas com deficiência visual, seus pais tinham clareza que não deviam negar a ele a oportunidade de estudar. Eles o matricularam então e, aos 7 anos, Braille começou a ir para a escola.

Como a maior parte do ensino era feita de forma oral, ele acabou sendo um aluno apto. Mas, sem saber ler ou escrever, estava sempre em desvantagem.

Finalmente, aconteceu a melhor coisa que poderia acontecer: ele ganhou uma bolsa para estudar no Instituto Nacional para Jovens Cegos (RIJC, na sigla em francês), em Paris.

Rumo a Paris

Braille chegou à capital francesa e ao RIJC quando tinha 10 anos.

Naquela época, o sistema de leitura usado até mesmo no instituto era muito básico: os poucos livros que haviam eram impressos com letras em relevo, sistema inventado pelo fundador da escola, Valentin Haüy.

Isso significava que os alunos tinham que passar os dedos sobre cada letra lentamente, do começo ao fim, para formar palavras e, depois de muito esforço, frases.

Em 1821, Charles Barbier, capitão do exército francês, foi ao instituto compartilhar um sistema de leitura tátil desenvolvido para que os soldados pudessem ler mensagens no campo de batalha na escuridão, sem alertar o inimigo com lanternas.

Ele se deu conta de que sua “escrita noturna”, como a chamava, poderia beneficiar os cegos.

Pontos e linhas, em vez de letras

Em vez de usar letras impressas em relevo, a escrita noturna utilizava pontos e traços em relevo.

Os alunos experimentaram, mas logo perderam o interesse, uma vez que o sistema não apenas não incluía letras maiúsculas ou pontuação, como as palavras eram escritas como eram pronunciadas, e não na ortografia francesa padrão.

Louis Braille, no entanto, persistiu.

Pegou o código como base e foi aperfeiçoando.

Três anos depois, quando tinha 15 anos, havia completado seu novo sistema.

As ferramentas: uma grade sobre o papel e uma sovela, para marcar os pontos necessários — Foto: BBC

As ferramentas: uma grade sobre o papel e uma sovela, para marcar os pontos necessários — Foto: BBC

As mudanças

A primeira versão de seu novo sistema de escrita foi publicada em 1829.

O que ele fez foi simplificar o sistema de Barbier, reduzindo os pontos em relevo.

A ideia era que ficassem do tamanho certo para senti-los com a ponta do dedo com um único toque.

Para criar os pontos em relevo na folha de papel, ele usou uma sovela, a mesma ferramenta pontiaguda que havia causado sua cegueira.

E, para garantir que as linhas ficassem retas e legíveis, usou uma grade plana.

Como Braille adorava música, também inventou um sistema para escrever notas.

O tempo passou…

O mundo da medicina era muito conservador e demorou a adotar a inovação de Braille.

Tanto que ele morreu 2 anos antes de finalmente começarem a ensinar seu sistema no instituto em que havia estudado.

Faleceu de tuberculose aos 43 anos.

Com o passar do tempo, o sistema começou a ser usado em todo o mundo francófono. Em 1882, já estava em uso na Europa. Em 1916, chegou à América do Norte e depois ao resto do mundo.

Um sistema adaptável

O sistema braille mudou a vida de muitas pessoas cegas ao redor do mundo.

Lê-se da esquerda para a direita como outras escritas europeias, e não é uma língua: é um sistema de escrita, o que significa que pode ser adaptado para diferentes línguas.

Foram desenvolvidos ainda códigos braille para fórmulas matemáticas e científicas.

No entanto, com o advento de novas tecnologias, incluindo leitores de tela para computador, as taxas de alfabetização neste sistema estão diminuindo.

Homenagem póstuma

Em 1952, em homenagem ao seu legado, os restos mortais de Louis Braille foram desenterrados e transferidos para o Panteão de Paris, onde estão localizados os túmulos de alguns dos mais célebres líderes intelectuais da França.

No entanto, Coupvray, sua terra natal, insistiu em ficar com as mãos dele, que estão sepultadas em uma urna simples no cemitério da igreja.

A Nasa, agência espacial americana, deu, por sua vez, o nome de “9969 Braille” a um tipo raro de asteroide, um eterno tributo a um grande ser humano.

FOLNTE G1

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Da cozinha do apartamento para rede de hamburguerias: casal se destaca com negócio iniciado durante a pandemia

Com 40 unidades espalhadas pelo Brasil, empresa nascida em Jundiaí (SP) é avaliada em mais de R$ 30 milhões.


Casal de Jundiaí (SP) consolida rede de hamburguerias avaliada em mais de R$ 30 milhões em menos de dois anos — Foto: Isabela Godoi/g1

Casal de Jundiaí (SP) consolida rede de hamburguerias avaliada em mais de R$ 30 milhões em menos de dois anos — Foto: Isabela Godoi/g1

Uma ideia colocada em prática durante um período de dificuldade fez com que um casal de Jundiaí (SP) consolidasse, em menos de dois anos, uma rede de hamburguerias avaliada em mais de R$ 30 milhões.

Larissa Tosi e Lucas Menon começaram a produção dos lanches na cozinha do apartamento onde moravam. Era um pequeno espaço, com uma chapa comprada pela internet. Além dos ingredientes dos lanches, eles também precisaram de muita dedicação – e amor, é claro.

A iniciativa do casal veio de um período de grandes dificuldades, logo no início da pandemia de Covid-19. A situação, que assombrou diversas famílias pelo país, também acabou causando dores de cabeça para Larissa e Lucas: uma empresa falida e uma pilha de dívidas.

Casal de Jundiaí consolida rede de hamburguerias avaliada em mais de R$ 30 milhões

Casal de Jundiaí consolida rede de hamburguerias avaliada em mais de R$ 30 milhões

“Minha principal empresa quebrou do dia para a noite. Eu trabalhava com marketing e, no começo da pandemia, com todos os restaurantes fechando, a primeira coisa que eles fizeram foi cancelar esse serviço. Fiquei com uma dívida imensa, entrei em uma depressão muito grande, porque dediquei 12 anos da minha vida para construir aquilo”, explica o chef de cozinha.

Lucas contou ao g1 que aprendeu a gostar de cozinhar por influência da avó e do pai, e que sempre sonhou em trabalhar no ramo da culinária. Para Larissa, o momento foi a oportunidade perfeita para transformar a paixão do companheiro em algo que iria ajudá-los a pagar as dívidas.

Produção dos lanches começou na cozinha do apartamento onde o casal morava em Jundiaí (SP) — Foto: Arquivo pessoal

Produção dos lanches começou na cozinha do apartamento onde o casal morava em Jundiaí (SP) — Foto: Arquivo pessoal

“Ela me sugeriu que tentássemos vender os lanches. E, a partir daí, começamos a pesquisar sobre ingredientes, mercado. Passamos três meses testando tudo até começar a produzir para vender mesmo”, conta Lucas.

No começo, todas as economias do casal foram investidas no pequeno negócio. Com pouco mais de R$ 5 mil, eles conseguiram montar uma estrutura capaz de produzir 50 lanches por dia, além de abrir uma conta nas redes sociais para divulgar o novo empreendimento.

“Nossos amigos e familiares nos ajudaram, colocaram a mão na massa mesmo. Com um dinheirinho que sobrou, investimos na parte de marketing digital, o que nos ajudou muito a atrair clientes no começo”, diz.

Casal se destaca com negócio iniciado durante a pandemia — Foto: Isabela Godoi/g1

Casal se destaca com negócio iniciado durante a pandemia — Foto: Isabela Godoi/g1

Uma multa e uma nova oportunidade

Apesar de conseguirem uma boa receita nos primeiros dias, o local provisório durou pouco. Segundo Lucas, o cheiro e a fumaça foram um grande problema para os vizinhos, e isso gerou uma multa para o casal.

“Fui pego de surpresa com isso, mas o síndico me ligou e avisou da multa. Precisei chamar duas empresas de limpeza por causa da gordura e do cheiro que ficou”, lembra.https://www.instagram.com/p/CPV8ESPMrBd/embed/captioned/?cr=1&v=12

Depois disso, o casal precisou encontrar uma solução rápida para que pudesse continuar com a venda dos lanches. Um dos locais onde ficaram por alguns dias foi a casa da avó de Lucas. Depois, eles conseguiram alugar uma cozinha fechada, também conhecida como dark kitchen.

“Fui de porta em porta procurando restaurantes que aceitassem alugar a cozinha no período da noite. Até que conseguimos um lugar e, com isso, pudemos ampliar um pouco mais nosso negócio”, conta.

‘Elefante dentro de uma caixa de fósforos’

Os lanches fizeram sucesso não só na cidade de Jundiaí, mas também em outros municípios da região. Os ingredientes de qualidade e a montagem do lanche, no estilo fast food premium, chamaram a atenção dos moradores.

“Nós vendíamos 400 lanches por dia, era mais do que qualquer outra hamburgueria da cidade. Isso que a minha mesa de montagem era em cima de um freezer. Com o aumento da demanda, passamos a nos sentir como um elefante dentro de uma caixa de fósforos”, afirma.

“Chegaram mais de 200 e-mails. Foi incrível, eu nem imaginava que tinha tantos clientes interessados. Eu contratei um jurídico e, depois de quase seis meses, abrimos nossa primeira franquia, com sistema delivery, takeaway e algumas mesinhas”, diz.

Em apenas alguns meses, nasceram outras três filiais. Atualmente, há lojas em JundiaíCampinasSão José dos Campos e São Paulo. Além disso, são 40 unidades já vendidas e, segundo Lucas, há planos de inauguração no exterior também. A previsão é que a franquia chegue a 100 lojas até o final de 2022.

“É um sonho. Uma meta de vida que a gente está realizando, e que só foi possível com muita ralação e muito esforço. Nossa rotina era pesada, trabalhávamos três turnos, sem descanso. Mas não desistimos”, afirma.

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Nos 5 anos da morte de Belchior, entenda por que os jovens redescobriram o músico

O cantor cearense morreu no dia 30 de abril de 2017, aos 70 anos, mas suas músicas – muitas delas gravadas nos anos 1970 – reverberam até hoje"Sujeito de Sorte" é o grande sucesso atual de Belchior, com tem 21 milhões de streams no Spotify“Sujeito de Sorte” é o grande sucesso atual de Belchior, com tem 21 milhões de streams no SpotifyJair Aceituno/Agência Estado

Ouvir notíciahttps://audio10.audima.co/iframe-later-new-cnn-audima.html?skin=new-cnn&statistic=true&clientAlias=&background=undefined&color=undefined&type=undefined

Este sábado, 30 de abril, marca os cinco anos da morte de Antonio Carlos Belchior, cantor cearense envolvido em diversas polêmicas sobre seu desaparecimento e conhecido por escrever músicas de cunho social, que questionavam os anos 1970.

Nos últimos anos, suas músicas foram redescobertas por uma nova geração de fãs, principalmente após a interpretação de artistas como Los Hermanos e Emicida, a volta do Vinil e o contexto político-econômico atual.

É o que dizem especialistas ouvidos pela CNN.

O professor Ivan Vilela, da Universidade de São Paulo (USP), acredita que todas as músicas do disco “Alucinação”, lançado em 1976, se destacam porque, à época, ele era um jovem nordestino inconformado com o preconceito e com dificuldades de aceitar “a realidade opressora de uma elite que oprime historicamente as classes subalternas”. Vilela afirma que Belchior propunha mudanças para o mundo.

“Tanto que, em sua música ‘Apenas Um Rapaz Latino-Americano’, ele questiona o posicionamento de Caetano Veloso achar tudo maravilhoso no Brasil, quando diz: ‘Mas trago de cabeça uma canção do rádio; em que um antigo compositor baiano me dizia; tudo é divino tudo é maravilhoso’”.

Belchior, que morreu no dia 30 de abril de 2017, aos 70 anos, deixou uma extensa trajetória musical, com dezoito discos lançados. Confira abaixo, uma lista de motivos que tentam analisar o porquê que Belchior não desapareceu do imaginário e dos ouvidos dos jovens.

Demanda da sociedade

Para o professor Paulo Niccoli, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), o cantor é um grande representante da cultura popular brasileira e tem em suas raízes canções que buscam abraçar demandas da sociedade que, consequentemente, reverberam a um engajamento político.

“Belchior reaparece em um momento em que passamos por muitas mazelas, que se intensificaram na pandemia”, diz. Ele cita como exemplo a alta taxa de desemprego, além dos casos de racismo e homofobia.

“A cultura popular [assim como as músicas do cantor cearense] tem uma memória e um censo crítico de não aceitar a realidade”, diz o professor, que afirma que Belchior é utilizado como “instrumento por movimentos sociais para angariar ambições políticas”.

Na mesma linha, o professor Ivan Vilela declara que as músicas do cantor continuam mostrando temas atuais. “Mesmo ele sendo dos anos 1970, o tempo passou e nós só incorporamos tecnologia: a mentalidade é a mesma. Então, sempre será interessante. Ele (Belchior) fala de coisas que são necessárias”.

“A música popular tem essa característica cronista de narrar a realidade.”

Estilo musical

Viela acredita que existe uma diferença com as músicas atuais porque Belchior tem um estilo muito particular de escrever e se expressar. Alexandre Matias, jornalista do site “Trabalho e Sujo” e curador de música, concorda e destaca também que a principal característica do cantor é o timbre vocal: “Ele se inspirava no Bob Dylan”, conta.

“A música do Belchior é universal e tem um apelo desse porte. Belchior faz parte da geração de ouro da música popular brasileira”, comenta Matias.

De acordo com o Spotify, as músicas mais ouvidas de Belchior atualmente são:

  • Sujeito de Sorte – 21 milhões de vezes ouvidas
  • Apenas Um Rapaz Latino Americano – 20 milhões de vezes
  • Coração Selvagem – 14 milhões de vezes
  • Alucinação – 13 milhões de vezes
  • Comentário a Respeito de John – 7 milhões

O musico Belchior, em maio de 1984 / Rolando de Freitas Estadão Conteúdo

Entre os fãs das melodias de Belchior hoje há jovens como a estudante de medicina Anna Carolina Rinaldo, de 23 anos, que conheceu o cantor ao ser apresentada à música “Divina Comédia Humana”, que “fez completo sentido” em sua vida.

Geração diferente de Elaine Cristina, advogada trabalhista de 53 anos que, desde a adolescência, quando “teve maturidade suficiente para entender a conexão que o músico faz com a realidade”, ouve suas canções.

Para ela, a melhor música é “Alucinação”. “Mesmo sendo escrita sob um contexto caótico de ditadura militar, ainda hoje se faz atual”, diz.

“Belchior era um poeta solitário que retratava os seus dilemas cotidianos e que se encaixavam perfeitamente nos nossos. Ele se faz interessante justamente por essa conexão e por trazer uma consciência questionadora, reflexiva e realista do momento”.Elaine Cristina

Já a pastora Livia Martins, de 25 anos, costuma colocar as músicas do cearense em seus sermões, especificamente “Sujeito de Sorte”. Ela conta que optou pela canção devido ao impacto poético, e gosta de “colocar referências que as pessoas podem reconhecer, isso torna a mensagem mais acessível e de fácil entendimento”.

Lívia coloca a música no meio da pregação, “de uma forma que pareça fluir com o resto do sermão”. Especificamente o trecho: “ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro”.

Ela diz que as pessoas se sentem acolhidas.

Cultura popular x cultura das massas

O professor Niccoli afirma que existe mais um movimento pelos jovens terem interesse na música de Belchior: a diferença entre a cultura popular e a cultura das massas.

Segundo ele, a cultura das massas atende apenas aos interesses mercadológicos, em que as letras não tem aprofundamento ou engajamento político, “transformando a música em mercado”. E Belchior “promove um movimento de contracultura”, com letras que debatem – de forma profunda – sobre amor e questões sociais.

“É por isso que a obra inteira dele diverge de grande parte do que é produzido hoje. Quando a batida do som parece ser mais importante do que as próprias letras.”

Novas vozes

Emicida teve um papel importante na propagação de um trecho da música “Sujeito de Sorte”, ao incluir, em 2020, a estrofe na faixa principal do seu disco “Amarelo”, interpretado pela cantora Majur.

Matias conta que em 2002, há 20 anos, surgiu um movimento pela procura dos discos de vinil e “Alucinação” – assim como outras produções de cantores como Tim Maia e Caetano Veloso – foi redescoberta. “E esse encontro do público com o primeiro disco de Belchior, fez com que as pessoas parassem para ouvir ‘Sujeito de Sorte’”.

“Foi um movimento de resgate de obras esquecidas com o tempo. Tanto que, logo em seguida, outros discos ganharam o status de obras-primas”, diz.

Antes disso, Matias comenta que as pessoas conheciam principalmente – e quase que apenas – a música “Medo de Avião”.

Também em 2002, a banda Los Hermanos regravou “À Palo Seco”. E, segundo o curador, se esse movimento de regravação não tivesse existido, talvez Emicida não tivesse incluído um trecho de Belchior em sua música.

Sobre o futuro

O especialistas divergem se os jovens continuarão ouvindo Belchior nos próximos anos. Enquanto Matias afirma que não dá para saber o que pode acontecer, os professores da FESPSP e da USP dizem que enquanto houver jovens querendo mudanças, ainda haverá fãs do cantor.

“Diante de um país que sofre com questões econômicas, as músicas do cearense deverão se perpetuar como fonte de engajamento”, diz Niccoli. “Outras músicas ainda devem ser regravadas para resgatar a memória de Belchior.”

No cenário artístico, o cantor Fagner lançará em maio um disco de músicas inéditas escritas por ele e por Belchior na época da ditadura e que acabaram sendo retidas pelo Departamento de Ordem Política e Social, o DOPS.

O álbum será lançado pela gravadora Universal e conta com músicas novas e participações especiais. Uma delas é “Alazão”, escrita por Fagner, Belchior e outro compositor cearense, Fausto Nilo.

Já “Bolero em Português” tem a voz de Ivete Sangalo, que foi convidada por Fagner para colaborar. O cantor Frejat, que emprestou seu estúdio para as gravações, também participa do disco.

Fagner afirmou que “Belchior será lembrado por muito tempo, até porque vivemos uma escassez de qualidade”.Cantor Fagner e Belchior / Arquivo Pessoal

FONTE CNN

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Araxá terá festivais simultâneos de gastronomia e literatura

Fliaraxá e Festival Saberes e Sabores serão realizados de forma integrada, de 15 a 11 de maio

Araxá, no Alto Paranaíba mineiro, tem uma agenda concorrida de festivais, congressos e competições esportivas ao longo deste ano. A cidade turística, que tem como principal atrativo o Grande Hotel do Barreiro, considerado o maior castelo do país, espera receber em 2022 mais de 20 grandes eventos, dois deles agora no mês de maio.

Pela primeira vez os renomados Festival Gastronômico Saberes e Sabores de Araxá e o Festival Literário de Araxá (Fliaraxá) serão realizados de forma simultânea e terão programação integrada. “Sçfestivais distintos em sua essência e execução, mas que irão se complementar à medida que têm público em comum e uma programação que vai agradar toda a família”, explica Elisa Baião Macedo, presidente da Fundação Cultural Acia, que organiza o Festival Saberes e Sabores.

Parte da estrutura física dos festivais terá como fundo a arquitetura neoclássica do Grande Hotel, cercada pelos belos jardins assinados por Burle Marx. “São festivais muito consolidados, por isso, nossa única preocupação em relação a essa integração foi colocar a mesma identidade e elegância para ambos os espaços para que tanto marcas quanto atrações sejam elas culturais e literárias, da parte do Fliaraxá, quanto as atrações gastronômicas e musicais do Saberes e Sabores fiquem na mesma proporção “, ressalta o diretor e criador do Fliaraxá, Afonso Borges.

Literatura e gastronomia

A ideia central da integração dos festivais é proporcionar aos visitantes a possibilidade de viver experiências literárias e gastronômicas em um mesmo ambiente. A décima edição do Fliaraxá traz uma imensa livraria, espaços de interação com os autores e um auditório para os debates. Já o Festival Saberes e Sabores oferecerá em sua tenda gastronômica estandes destinados a bares, restaurantes e cervejarias artesanais além de oficinas, degustações (cafés, gin, vinho e cachaça), produtos da terra e espaço para as mais variadas formas de expressão cultural e artística.

A programação, disponível nos sites e redes sociais dos eventos, permitirá que os interessados possam passear por um universo de conhecimento e experiências gastronômicas com atividades durante todo o dia. “O mineiro entende de comida boa e é apaixonado por literatura, por isso, essa integração é tão relevante e, com certeza, vai proporcionar momentos inesquecíveis”, aposta o idealizador do Festival Saberes e Sabores, Armando de Angelis.

Sobre o Festival Saberes e Sabores

O Festival Saberes e Sabores ganhou o formato atual, que tem como foco a promoção dos valores locais e regionais, a partir de 2016. O evento foi inspirado na obra de seu idealizador. No livro de mesmo nome, o autor Armando de Angelis, narra períodos da história de Araxá e da sua gastronomia. Armando traz para o festival, além da inspiração, seu renome e a experiência na realização de grandes eventos gastronômicos. Já passaram pelo festival os chefes franceses Claude Troisgros e Érick Jacquin e atrações musicais como Derico & Sindicato do Jazz, Swiss College Dixie Band e Pepeu Gomes.

O Festival Saberes e Sabores de Araxá é promovido pela Fundação Cultural Acia (Facia) e tem o patrocínio máster da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), através da Lei de Incentivo à Cultura, da Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo.  Patrocínio: Mart Minas e Zema.

Sobre o Fliaraxá

O Fliaraxá – Festival Literário de Araxá – foi criado em 2012 pelo empreendedor cultural Afonso Borges, diretor-presidente da Associação Cultural Sempre um Papo. As cinco primeiras edições aconteceram no pátio da Fundação Calmon Barreto e, a partir de 2017, o festival passou a ocupar o Grande Hotel de Araxá, patrimônio histórico do estado de Minas Gerais, edificação construída em 1942. Cerca de 140 mil pessoas passaram pelo festival em suas oito edições presenciais, mais de 400 autores participaram da programação e 130 mil livros foram comercializados na livraria do evento. A 9.ª edição do Fliaraxá (2020), devido à pandemia, aconteceu em formato virtual/digital/híbrida, permanecendo com programação 24 horas no ar, totalizando 101 horas de transmissão contínua.

O Ministério do Turismo e a CBMM apresentam com exclusividade o 10.º Fliaraxá, com o patrocínio da Cemig e do Itaú e apoio da Rede Mater Dei de Saúde, Grupo Zema, Prefeitura Municipal de Araxá, Fundação Cultural Calmon Barreto, Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Turismo e Inovação Tecnológica, Cufa – Central Única de Favelas de Araxá –, com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura, da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo.

Serviço

Festival Saberes e Sabores

De 11 a 15 de maio, de quarta a domingo

Local: Grande Hotel

Informações:

@saberesesaboresdearaxa

http://saberesesaboresdearaxa.com.br/

10.º Fliaraxá – Festival Literário de Araxá

De 11 a 15 de maio, de quarta a domingo

Tema: “Abolição, Independência e Literatura”

Formato híbrido – transmissão em tempo real pelas plataformas do festival: Youtube e Facebook do @fliaraxa

Locais: Grande Hotel, Teatro Municipal Maximiliano Rocha, Parque do Cristo e Fundação Cultural Calmon Barreto

Informações: @fliaraxa – www.fliaraxa.com.br

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Francesa de 118 anos se torna a pessoa mais velha do mundo

Lucile Randon nasceu em 1904 e assumiu este posto após o anúncio da morte de da japonesa Kane Tanaka, aos 119 anos

Lucile quer desbancar a francesa mais velha da história
ESCOFFIER FLORIAN/ABACA VIA REUTERS CONNECT – 9.2.2021

Uma religiosa francesa, que recentemente comemorou seu aniversário de 118 anos com Vinho do Porto e chocolate, tornou-se a pessoa mais velha do mundo após a morte da japonesa Kane Tanaka, um ano mais velha, nesta segunda-feira (25).

Lucile Randon nasceu em 11 de fevereiro de 1904 em Alès, no sul da França, uma década antes do início da Primeira Guerra Mundial. Agora vive em uma casa de repouso em Toulon, na turística Côte d’Azur francesa.

“Ela está feliz”, disse seu assessor de imprensa, David Tavella, à AFP. “Mas é apenas uma etapa, já que seu objetivo é derrotar Jeanne Calment”, acrescentou, referindo-se à francesa que morreu em 1997 aos 122 anos em Arles.

Embora nenhum órgão oficial atribua o título de decana da humanidade, a irmã Andrés se tornou a pessoa mais velha e “de longe”, já que é seguida por uma polonesa de 115 anos, disse Laurent Toussaint à AFP.

Para este especialista, que participa na base de dados internacional da longevidade (IDL), a freira também tem “um registo civil verificado”. No passado, já aconteceu que pessoas mais velhas acabaram abalando os dados dessa base científica, depois de se tornarem conhecidas pelo livro Guinness de recordes.

No dia 11 de fevereiro, Andrés comemorou seu aniversário com uma taça de Vinho do Porto e chocolate.

“Não suporto mais os convidados. Sou menos amigável”, explicou a freira à AFP há algumas semanas, durante uma investigação sobre supercentenários, idosos com mais de 110 anos que intrigam a ciência.

“Sempre me admiraram por minha sabedoria e inteligência, e agora zombam de mim porque sou teimosa”, acrescentou a mulher, atualmente cega e cadeirante.

FONTE R7