CARDE promete exibir um acervo de 500 veículos em um contexto histórico único no país
O universo do antigo mobilismo no Brasil ganhará contornos de maior refinamento e um acervo bem amplo de modelos clássicos. Essa é a proposta do CARDE, sigla para “Carro, Arte, Design e Educação”, um museu com contornos de filantropia em Campos do Jordão e que será aberto ao público dia 28 de novembro.
O espaço tem um projeto arquitetônico único e fica em uma floresta preservada de araucárias com 6.000m2. A ideia mescla modelos de museus vistos na Europa e Estados Unidos onde são narrados os fatos históricos tendo o automóvel como um dos personagens principais.
O acervo terá cerca de 500 carros antigos que serão expostos no formato rotativo. O R7-Autos Carros já teve acesso à parte desse acervo em um local próximo ao museu que será inaugurado dentro de alguns dias.
Além dos carros, a organização do espaço prevê áreas temáticas como, por exemplo, veículos de governo, projetos especiais de visionários brasileiros, automobilismo nacional entre outros temas. Assim, clássicos nacionais como o Brasinca Uirapuru ou o Aruanda, ambos nacionais de 1964, convivem com um Fiat 147 GLS da década seguinte ou com um Cord 1931, ou ainda um Hispano Suiza.
“Fizemos o CARDE com carinho e o máximo direcionamento para a qualidade tanto da informação a ser compartilhada quanto à riqueza na contextualização dos objetos em exposição. Foi feita uma curadoria meticulosa em todos os sentidos. No caso do acervo de automóveis, a meta foi chegar a um alto nível de originalidade e representatividade histórica. E conseguimos. Com o CARDE, queremos que objetos que muitas vezes estão distantes de grande parte da população, como o automóvel raro, a obra de arte e até mesmo a história, agora estejam acessíveis”, afirma Luiz Goshima, idealizador do projeto e diretor-executivo do museu, que também atua como conselheiro e membro honorário da Fundação Lia Maria Aguiar (FLMA).
Com uma ampla experiência e imersão no mundo dos carros antigos o CARDE quer ser referência em espaço para os antigomobilistas e abrira ao público dentro de alguns dias. O CARDE tem como endereço a Rua Benedito Olímpio Miranda, 280, Alto da Boa Vista, em Campos do Jordão, a cerca de 15 minutos do Capivari.
Movimento é formado por sobreviventes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, lançadas em 1945
O Prêmio Nobel da Paz foi entregue nesta sexta-feira (11) ao grupo japonês Nihon Hidankyo, que luta contra o uso e fabricação de armas nucleares. Segundo o comitê, a escolha do vencedor se deu “pelos seus esforços para alcançar um mundo livre de armas nucleares e por demonstrar através de depoimentos de testemunhas que as armas nucleares nunca devem ser utilizadas novamente”. Ao todo, 286 candidatos estavam concorrendo à honraria, sendo 197 indivíduos e 89 organizações, mas as indicações são mantidas em sigilo. Além de uma premiação em coroas suecas, a organização também receberá um diploma e uma medalha, entregues em uma cerimônia com a presença do rei sueco, Carlos XVI Gustavo.
“O destino daqueles que sobreviveram aos infernos de Hiroshima e Nagasaki foram durante muito tempo ocultados e negligenciados”, também ressaltou a organização do prêmio. Em agosto de 1945, tropas americanas lançaram duas bombas sob as cidades de Hiroshima e Nagasaki no fim da 2ª Guerra Mundial, causando a morte de 120 mil pessoas. Essa foi a única vez que armas nucleares foram usadas durante conflitos no mundo.
Desde 1901, já foram concedidos 104 prêmios de Literatura, dos quais 17 foram atribuídos a mulheres. O laureado mais jovem foi Malala Yousafzai, que, com 17 anos, se tornou símbolo da luta pelo direito à educação das meninas, sendo escolhida como vencedora em 2014.
A temporada de premiações começou na segunda-feira (7), com o prêmio na área de Medicina, e terminará na próxima segunda-feira (14) com o escolhido na área de Economia. Apesar de acontecer junto ao Nobel, a premiação da área econômica é oficialmente chamado de Prêmio do Banco da Suécia para as Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, criador da premiação.
Medicina
Dois pesquisadores americanos venceram o Prêmio Nobel de Medicina com uma descoberta na área da genética. Victor Ambros, de 70 anos, é professor da Universidade de Massachusetts, e Gary Ruvkun, de 72, leciona em Harvard. Eles descobriram o papel dos microRNAs. Assim como o DNA, que determina as características humanas, os microRNAs também fazem parte das nossas células e influenciam o desenvolvimento de diferentes partes do corpo. Uma falha nesse sistema pode levar uma pessoa a desenvolver câncer.
Física
O Nobel de Física de 2024 foi concedido aos pesquisadores John Hopfield e Geoffrey Hinton, responsáveis por estudos que impulsionaram o aprendizado de máquina, fundamental para o avanço da inteligência artificial, anunciou a Real Academia Sueca de Ciências na manhã desta terça-feira (8). Essas pesquisas abriram caminho para o desenvolvimento de tecnologias que usamos no cotidiano, como reconhecimento facial e tradução de idiomas.
Química
O Prêmio Nobel de Química deste ano foi entregue nesta quarta-feira (9) a um trio de cientistas que estudaram a estrutura de proteínas. Demis Hassabis e John Jumper pertencem à Divisão de Inteligência Artificial do Google e desenvolveram um modelo que mapeia a estrutura de quase todas as proteínas. David Baker, da Universidade de Washington, criou um sistema computacional para projetar novas proteínas. As descobertas têm relevância no estudo dos mecanismos das doenças.
Literatura
O Prêmio Nobel de Literatura deste ano foi concedido à escritora sul-coreana Han Kang “pela sua intensa prosa poética que confronta traumas históricos e expõe a fragilidade da vida humana”, segundo o comitê do prêmio. Nascida em novembro de 1970, em Gwangju (Coreia do Sul), a obra de Kang confronta tramas históricos e um conjunto de regras invisíveis e, em cada uma das suas obras, expõe a fragilidade da vida humana. “Ela tem uma consciência única das conexões entre corpo e alma, os vivos e os mortos, e em seu estilo poético e experimental tornou-se uma inovadora na prosa contemporânea” afirmou o comitê.
Nobel
O prêmio foi criado pelo químico e inventor da dinamite, o sueco Alfred Nobel. O cientista deixou a maior parte da fortuna para subsidiar a criação de prêmios nas áreas de Literatura, Física, Química, Paz e Medicina. Hoje, a honraria também é entregue a estudiosos de Economia. Cada ganhador recebe, além da premiação em dinheiro, uma medalha de ouro e um diploma.
Operação de ONG foi resultado de vários anos de negociações com o governo sul-africano
O último elefante do zoológico nacional da África do Sul, em Pretória, foi libertado esta semana em uma reserva natural por um grupo de defesa da fauna silvestre.
O elefante Charlie, de 42 anos, foi retirado do zoológico nacional e transportado para uma reserva na província de Limpopo, onde foi solto na segunda-feira pela EMS Foundation.
A ONG incentiva outro zoo sul-africano, ainda em posse de elefantes em Johannesburgo, a seguir seu exemplo.
Esta operação foi resultado de vários anos de negociações com o governo sul-africano, que recebeu informações científicas segundo as quais os elefantes sofrem nestes locais, informou a fundação no comunicado.
Capturado e tirado de sua manada no Zimbábue quando tinha dois anos, Charlie foi vendido a um circo, antes de ser enviado ao zoológico de Pretória em 2001, acrescentou a fonte.
O zoo municipal de Johannesburgo tem três elefantes.
A libertação de Charlie não significa que o zoológico de Pretória vá parar de mostrar elefantes, mas por enquanto não tem planos de adquirir outros, disse à AFP Michele Pickover, diretora-executiva da ONG, para quem os elefantes não devem viver em cativeiro.
Segundo relatório da organização, a recuperação do emprego pós-pandemia da Covid-19 não foi homogênea
O nível de pessoas entre 15 e 24 anos que não trabalham nem estudam — chamados de “nem-nem” — se manteve praticamente estável no Brasil em 2023 ante o ano anterior, mas segue bastante atrás de vizinhos, como Argentina e Chile.
Os números são da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O levantamento mostra que no ano passado o nível da população dos jovens que não estudavam nem trabalhavam estava em 20,6%. Em 2022, o percentual atingia 20,9%.
Mesmo com essa melhora marginal, o índice do Brasil é muito pior que dos vizinhos. Na Argentina essa legião de “nem-nem” representa 15%, enquanto no Chile e Bolívia a margem chega a 15,3% e 9,5%, respectivamente.
Olhando para dados globais, um em cada cinco jovens no mundo estava nessa situação. Segundo relatório da organização, a recuperação do emprego pós-pandemia da Covid-19 não foi homogênea, principalmente com limitações nas economias emergentes e em desenvolvimentos.Playvolume
A entidade alertou que o número é preocupante, mesmo que as perspectivas do mercado de trabalho global para os jovens tenham melhorado nos últimos quatro anos.
Além disso, esse grupo tem um gênero frequente: o feminino. Dois em cada três dos “nem-nem” eram mulheres, já que os homens se beneficiaram mais da recuperação do mercado de trabalho.
A taxa mundial daqueles que não estudam nem trabalham entre as mulheres jovens duplicou em comparação com a dos homens jovens, com 28,1% e 13,1%, respectivamente, em 2023.
O cenário é de empregos informais cada vez mais frequentes e dificuldade em encontrar um emprego permanente e seguro, salientou o relatório.
“Nenhum de nós pode esperar um futuro estável quando milhões de jovens ao redor do mundo não têm trabalho decente e, como resultado, estão se sentindo inseguros e incapazes de construir uma vida melhor para si e suas famílias”, disse Gilbert F. Houngbo, diretor-geral da OIT.
Houngbo também relembrou que “muitas mulheres jovens, jovens com meios financeiros limitados ou de qualquer origem minoritária ainda lutando. Sem oportunidades iguais para educação e empregos decentes, milhões de jovens estão perdendo suas chances de um futuro melhor”.
Caso essa parcela participasse do mercado de trabalho, o PIB poderia ter sido de R$ 10,146 trilhões ante o valor obtido em 2022 de R$ 10,1 trilhões — um aumento de 0,46 ponto porcentual (p.p.)
Trens de alta velocidade foram mais devagar como precaução, causando atrasos nas viagens, e o primeiro-ministro do país cancelou suas viagens ao exterior.
No entanto, grande parte do país continua em alerta máximo, preparando-se para uma possível emergência durante o que normalmente é a alta temporada de viagens durante as férias de verão – refletindo o foco preciso do Japão na preparação para terremotos.
No entanto, alguns especialistas questionaram se tal aviso é necessário ou mesmo preciso – e se corre o risco de desviar recursos de comunidades consideradas de menor risco.
O Japão já conhece terremotos severos. Ele está localizado no Cinturão de Fogo, uma área de intensa atividade sísmica e vulcânica em ambos os lados do Oceano Pacífico.
“O Japão está situado nas fronteiras de quatro placas tectônicas, o que o torna uma das áreas mais propensas a terremotos no mundo”, disse Shoichi Yoshioka, professor da Universidade de Kobe no Japão.
“Cerca de 10% dos terremotos de magnitude 6 ou mais ocorrem no Japão ou em suas proximidades, então o risco é muito maior do que em lugares como a Europa ou a costa leste dos Estados Unidos, onde os terremotos são raros”, acrescentou Yoshioka.
O pior terremoto da história recente do Japão foi o terremoto de Tohoku, de magnitude 9.1, em 2011, que desencadeou um grande tsunami e um desastre nuclear. Cerca de 20 mil pessoas morreram.
Além disso, há a ameaça iminente do megaterremoto do canal submarino Nankai Trough – o mais poderoso de seu tipo, com magnitudes que podem superar 9. Os sismologistas dizem que isso pode ocorrer potencialmente dentro de algumas décadas, embora a ciência ainda seja debatida.
O governo japonês advertiu sobre o possível terremoto de Nankai Trough por tantos anos que a possibilidade de que isso ocorra tornou-se conhecimento de todos.
Mas também é controverso – com alguns cientistas argumentando que é ineficaz focar apenas nas pequenas chances de um terremoto hipotético em uma parte específica do Japão, especialmente quando outras partes do país enfrentam ameaças semelhantes, mas recebem muito menos atenção.
O “grande terremoto”
A Nankai Trough é uma zona de subducção de 700 quilômetros de comprimento, que se refere ao momento em que placas tectônicas deslizam uma sob a outra.
A maioria dos terremotos e tsunamis do mundo é causada pelos movimentos das placas tectônicas – e os mais poderosos frequentemente ocorrem em zonas de subducção.
Neste caso, a placa tectônica sob o Mar das Filipinas está lentamente deslizando sob a placa continental onde o Japão está localizado, movendo-se vários centímetros a cada ano, de acordo com um relatório de 2013 do Comitê de Pesquisa de Terremotos do governo.
Na Nankai Trough, terremotos severos têm sido registrados a cada 100 a 200 anos, de acordo com o comitê. Os últimos terremotos desse tipo ocorreram em 1944 e 1946, ambos com magnitude 8.1; devastaram o Japão, com pelo menos 2.500 mortes e milhares de feridos, além de dezenas de milhares de casas destruídas.
Calculando os intervalos entre cada grande terremoto, o governo japonês advertiu que há uma chance de 70% a 80% de que o Japão será abalado por outro terremoto da Nankai Trough dentro de 30 anos, esperado para ter magnitude entre 8 e 9.
Mas essas previsões, e a utilidade de até mesmo fazer previsões imprecisas de longo prazo, enfrentaram forte resistência de alguns setores.
Yoshioka, da Universidade de Kobe, disse que a cifra de 70%-80% provavelmente é muito alta, e que os dados são baseados em uma teoria específica, tornando-os potencialmente mais propensos a erros. No entanto, ele não tem dúvidas de que “um grande terremoto ocorrerá nesta área” no futuro.
“Eu digo (aos meus alunos), o terremoto da Nankai Trough definitivamente virá, seja na sua geração ou na geração de seus filhos”, afirmou ele.
Robert Geller, sismólogo e professor emérito da Universidade de Tóquio, foi mais cético, chamando o terremoto da Nankai Trough de uma “construção inventada” e um “cenário puramente hipotético”.
Ele também argumentou que os terremotos não ocorrem em ciclos, mas podem acontecer em qualquer lugar e a qualquer momento – o que significa que há pouco valor em calcular quando o próximo terremoto ocorrerá com base em quando os anteriores ocorreram.
É um ponto de discórdia na comunidade científica; sismologistas há muito se baseiam na ideia de que o estresse se acumula lentamente ao longo de uma falha entre duas placas tectônicas, e então é liberado repentinamente em terremotos, um ciclo conhecido como o processo “stick-slip” (“cola-desliza”, na tradução livre) – embora estudos mais recentes tenham mostrado que isso nem sempre é o caso.
Mesmo que haja uma ameaça potencial no horizonte, as chances são extremamente baixas, com Yoshioka e Geller chamando as medidas de segurança pública tomadas na semana passada de excessivas ou desnecessárias.
É verdade que após um terremoto, um segundo, ainda maior, pode seguir – o que é a razão pela qual as autoridades emitiram o aviso sem precedentes na quinta-feira, disse Yoshioka.
Mas mesmo assim, a probabilidade de que o terremoto da Nankai Trough ocorra no dia seguinte é baixa – talvez aumentando de um risco típico de 1 em 1 mil para 1 em algumas centenas. Ainda assim, isso é menos de 1%, afirmou ele.
O perigo de exagerar essas baixas probabilidades é que “você seria como (na fábula de Esopo) o pastor mentiroso e o lobo”, disse Geller. “Você estaria emitindo esses avisos com uma probabilidade um pouco maior que o normal repetidamente, e o público desacreditaria de você rapidamente”.
A população se prepara
No entanto, ainda não há sinais de cansaço público, com pessoas em todo o país em alta alerta. Yota Sugai, um estudante universitário de 22 anos, disse que ver o aviso na televisão “me fez sentir um senso de urgência e medo, como um chamado para a realidade”.
Após o terremoto de quinta-feira, ele providenciou suprimentos de emergência como comida e água, monitorou mapas online para áreas perigosas e considerou visitar seus parentes em áreas costeiras para ajudá-los a planejar rotas de evacuação.
“O recente terremoto no Dia de Ano Novo me lembrou que você nunca sabe quando o terremoto vai acontecer. Isso me fez perceber o poder aterrorizante da natureza”, disse ele, referindo-se ao terremoto de magnitude 7.5 que atingiu a península de Noto no dia 1º de janeiro deste ano – matando centenas, incluindo dezenas que morreram após o terremoto devido a causas relacionadas.
A estudante Mashiro Ogawa, de 21 anos, tomou precauções semelhantes, preparando um “kit de emergência” em casa e incentivando seus pais a fazer o mesmo. Ela vai evitar praias por enquanto e mudar o mobiliário em sua casa, como afastar prateleiras da cama e abaixar a altura delas, disse ela.
“Não parecia uma questão próxima antes, mas agora parece muito real”, afirmou.
Parte da razão pela qual as pessoas estão levando isso tão a sério é devido à quantidade de terremotos que abalou o Japão e como eles ainda são recentes. O desastre de 2011 deixou cicatrizes profundas na memória nacional, que são agravadas por novos grandes terremotos a cada poucos anos.
“Cada vez, testemunhamos a trágica perda de vidas, edifícios sendo destruídos e tsunamis causando devastação, deixando uma impressão duradoura de medo”, disse Yoshioka, da Universidade de Kobe. “Esse medo é compartilhado por muitos cidadãos. Acho que isso contribui significativamente para a preparação do Japão”.
É por isso que “o governo japonês também enfatiza a preparação para evitar outra grande tragédia como o terremoto de 2011”, acrescentou ele. O Japão é amplamente reconhecido como um líder mundial em preparação e resiliência para terremotos, desde sua infraestrutura e códigos de construção até seus sistemas de alívio e resgate.
Megumi Sugimoto, professora associada da Universidade de Osaka especializada em prevenção de desastres, disse que a preparação começa na escola – com até mesmo jardins de infância realizando simulações de evacuação e terremotos para crianças pequenas.
“Não são apenas (terremotos e) tsunamis, mas outros desastres ocorrem com frequência, especialmente na temporada de verão”, disse ela, apontando para tufões, chuvas severas e inundações. Conscientização pública e precauções, como estocar suprimentos de emergência, podem ajudar a proteger as pessoas de “qualquer tipo de desastre”, afirmou ela.
E, disseram, os obstáculos em Noto mostram o risco de focar demais na Nankai Trough, quando outras partes do país estão igualmente ameaçadas.
Por exemplo, Sugimoto trabalhou anteriormente em Fukuoka, na ilha sudoeste de Kyushu. A área onde ela morava já sofreu terremotos devastadores no passado, apesar de não ser rotulada como uma das áreas de alto risco próximas à Nankai Trough.
Por causa disso, “as pessoas não se prepararam bem”, disse ela. E enquanto a área da Nankai Trough recebeu financiamento do governo para preparações para terremotos, “a área de Fukuoka onde eu morava não é apoiada pelo governo central”.
Geller acrescentou que, enquanto o foco na Nankai fez com que as pessoas naquela região estivessem bem preparadas, isso é “ruim para o resto do país. Porque as pessoas pensam, Nankai é muito perigoso, mas estamos bem aqui em Kumamoto, ou na península de Noto”, disse ele.
“Então, isso tem o efeito de induzir todos a uma falsa sensação de segurança, exceto na área supostamente iminente”.
O grupo brasileiro de cosméticos Natura anunciou no final da noite de segunda-feira (12) prejuízo líquido de R$ 859 milhões, alta de 17,4% sobre o desempenho também negativo de um ano antes, e um pedido de recuperação judicial da unidade Avon Products (API), comprada em 2020, nos Estados Unidos.
O aumento no prejuízo veio apesar de crescimento de 57,2% do resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), para R$ 670,8 milhões.
Segundo a Natura, o prejuízo veio com a contabilização de R$ 725 milhões gerado pela “reestruturação voluntária da API, que torna improvável continuar a reconhecer os ganhos obtidos com a otimização da estrutura corporativa da Avon, originalmente contabilizados no segundo trimestre de 2021”.
A empresa afirmou no balanço que, não fosse esse efeito, teria tido lucro de R$ 162 milhões.
A companhia, que há vários trimestres tenta reestruturar suas operações para ganhar rentabilidade, apresentou um fluxo de caixa livre negativo de operações continuadas em R$ 675 milhões, uma melhora de 21% sobre o desempenho de um ano antes.Playvolume
A dívida líquida, excluindo leasing, somou R$ 2,1 bilhões ante R$ 275 milhões no primeiro trimestre deste ano, algo que a Natura classificou como “esperado” diante do pagamento de dividendos de cerca de R$ 1 bilhão e consumo de caixa de cerca de R$ 800 milhões, “relativo à sazonalidade anual e investimentos em contas a receber para continuar acelerando o crescimento saudável das vendas”.
“Espera-se que a alavancagem diminua significativamente no segundo semestre, à medida em que entramos em nossos trimestres de geração de caixa e seguimos impulsionando o crescimento do Ebitda”, afirmou a empresa.
Uma mega estrutura será montada para a Copa do Mundo e a Copa Internacional de Mountain Bike em 2025. O evento realizado em Araxá, contará com três fins de semana de emoção no Complexo do Barreiro, com uma novidade: serão duas pistas de competição.
O anúncio foi feito pela organização dos eventos durante uma reunião de prestação de contas e planejamento das edições de 2025-26, realizada no auditório da Acia, nesta segunda-feira (3).
Em 2024, as competições tiveram um público de mais de 60 mil pessoas, com 1.200 atletas de 35 países e de todo o Brasil. A movimentação fomentou a economia do setor de serviços e garantiu 100% de ocupação na rede hoteleira.
Os eventos contaram com a presença de 130 jornalistas, de 20 países, com transmissão para 220 nações e 51 idiomas por meio do canal oficial Warner Bros Discovery. Já a cobertura nacional, foi realizada pela Rede Minas / TV Brasil para 5.170 municípios.