O fazendeiro que produz vodca a partir do leite de ovelha
Galês Bryn Perry recicla soro de leite que sobrou de fabricação de queijo para produzir bebida destilada.
Enquanto um trator passa fazendo barulho no meio de nossa entrevista, tenho que verificar se realmente escutei bem.
“Você realmente faz sua vodca a partir do leite de ovelha?”, reajo, demonstrando surpresa.
Não havia espaço para dúvidas. O jovem agricultor premiado Bryn Perry, de Haverfordwest, no condado de Pembrokeshire, no País de Gales, confirmou usar um método inovador de reciclagem de soro de leite restante da fabricação de queijo para produzir a bebida destilada.
E antes que você, leitor, reaja com um “eca”, Bryn reforça que sua Ewe Whey Vodka é muito saborosa.
O princípio é semelhante ao da Milk Stout (cerveja escura e cremosa que contém lactose), explica. Os açúcares do soro são fermentados para fazer um tipo de cerveja, que é então destilada para produzir a vodca.
Embora Bryn e sua mulher, Rebecca Morris, a descrevam como tendo um “toque cremoso que pode ser bebido pura”, ele diz que a bebida não é de forma alguma um “milkshake para adultos”.
“Você diz às pessoas que está fazendo vodca com soro de leite de ovelha, e elas imediatamente presumem que será uma bebida cremosa à base de leite”, diz ele.
“Na verdade, é bastante semelhante a uma vodca normal, mas mais suave — algo que você pode desfrutar com um pouco de stilton (queijo azul originário da Inglaterra) e uvas à beira-mar.”
Ele diz que a ideia lhe ocorreu por conta da angústia que sentia ao despejar galões de soro de leite pelo ralo.Não há justificativa ambiental, financeira ou moral para desperdiçar qualquer subproduto agrícola nos dias de hoje.— Bryn Perry
“Produzimos cinco variedades diferentes de queijo de ovelha, mas todos os dias jogamos fora metade de tudo o que coletamos na sala de ordenha.”
Depois que a coalhada é separada para uso nos queijos, o soro restante é transportado para a destilaria In The Welsh Wind, em Tan-y-Groes (vilarejo a cerca de 116 km da capital galesa de Cardiff), e então processado.
Suíços produzem queijo vegano de castanha de caju
O casal levou um ano para encontrar a receita “perfeita” — Bryn recebeu um prêmio de agricultor “revelação” no País de Gales.
“O processo preciso é um segredo bem guardado — depois de todo o esforço que colocamos nele, não vamos contar a todos como é feito”, diz Bryn.
“Atualmente, usamos ovelhas holandesas porque elas têm a melhor produção de leite, mas estamos tentando cruzá-las com ovelhas nativas galesas, cujas patas são mais resistentes para nossas condições montanhosas”.
Bryn e Rebecca dizem que foram apenas os segundos na Europa a criar uma vodca a partir do leite de ovelha.
“Ouvi falar de alguém fazendo isso na Nova Zelândia, que acho que foi o primeiro no mundo na época. Quando comecei a pesquisar, não havia ninguém na Europa fazendo a mesma coisa, embora outra empresa tenha nos desbancado e lançado seu produto primeiro. De qualquer forma, ainda somos um nicho bastante específico.”
A vodca de Bryn faz parte de um esforço conjunto de produtores galeses para reutilizar subprodutos que seriam normalmente jogados fora.
A Pennotec, sediada em Y Ffôr, está desenvolvendo um processo para usar a polpa de maçã restante da produção de cidra como substituto de gordura em pratos prontos, bem como cascas de resíduos do processamento de frutos-do-mar como clarificador natural de água para uso em sistemas de filtros para piscinas e hidroterapia.
Enquanto isso, após dois anos de intensa pesquisa e experimentação, os irmãos Cameron abriram a Dyfi Distillery e usam aparas de sebes de fazendas locais para produzir extratos botânicos para seu gim.
E a destilaria Aber Falls está usando o resíduo da fabricação do uísque como fertilizante, enquanto os grãos usados são reciclados como ração para o gado.
Atualmente, a Ewe Whey Vodka está disponível apenas em mercados de agricultores ou diretamente da fazenda de Bryn e Rebecca, embora eles esperem poder vendê-la online a tempo do Dia das Mães, comemorado no próximo dia 8 de maio no Reino Unido.
FONTE G1
Venha fazer parte do time CBMM
A CBMM está em busca de profissionais proativos, abertos para diálogos e focados na entrega de resultados. Se você tem espírito inovador e deseja crescer em equipe, ou conhece alguém com esse perfil, confira as vagas disponíveis e se inscreva no processo seletivo:
Mecânico Refrigeração |
Período para candidatura: 10 a 20 de março de 2022. |
Fiscal Montagem Mecânica |
Período para candidatura: 10 a 20 de março de 2022. |
Auxiliar Almoxarifado – Carga e Descarga |
Período para candidatura: 10 a 20 de março de 2022. |
Técnico Meio Ambiente I |
Período para candidatura: 10 a 20 de março de 2022. |
Para se candidatar, acesse o site cbmm.com ou o perfil da companhia no LinkedIn e inscreva-se.
Estas vagas também consideram candidatura de profissionais com deficiência. |
Chegou a hora: Rally Minas Brasil começa nesta quarta-feira (9)
Primeiro dia será dedicado às vistorias técnicas e administrativas e à preparação das equipes no Expominas de Araxá. Motos, quadriciclos, UTVs e carros vão encarar percurso de 500 quilômetros até o sábado (12)
Hora de entrar no clima do 4º Rally Minas Brasil, que abre a temporada 2022 do Campeonato Brasileiro de Rally Cross-Country CBM e CBA. Nesta quarta-feira (9) tem início a programação oficial da prova no Expominas de Araxá (Av. Tancredo Neves, 30), a partir das 9h, com a secretaria de provas.
Os competidores farão as vistorias técnicas (dos veículos) e administrativas (documentação). Ao mesmo tempo, é hora dos últimos ajustes nos equipamentos para encarar o prólogo da quinta-feira (10) e os dois dias de disputas em um trajeto que chega a 500 quilômetros de extensão – a sexta (11) e o sábado (12). O roteiro passará pelas regiões de Ibiá, Pratinha, Tapira e Sacramento.
Como nas demais categorias do esporte motor, a participação no rally cross-country vai muito além de ‘simplesmente’ acelerar nos trechos cronometrados da prova. “As equipes precisam conferir o perfeito funcionamento mecânico das máquinas, checar os itens de navegação e segurança, ajustes de bancos etc. Analisar as características do terreno e fazer a escolha adequada do tipo de pneus, de forma que se tenha o melhor desempenho possível dentro do percurso. Ou seja, tem de se fazer um check-list de tudo para que as estratégias e resultados saiam de acordo com o esperado”, fala o diretor geral da Rallymakers, Fernando Bentivoglio.
Também na quinta-feira, os competidores terão a chance de fazer um shakedown – um aquecimento em trecho fechado para checar se está tudo OK. O prólogo está marcado para às 14h, e serve para definir a ordem de largada para o primeiro dia do Rally Minas Brasil.
“O que não é um simples detalhe. Largar entre os primeiros de cada categoria é sinônimo de menos ultrapassagens e poeira dos demais participantes”, reforça o navegador Ivo Mayer, sobre obter um bom resultado no prólogo. Todos os veículos contam com um sistema (o Stella) que alerta para a chegada de um competidor mais rápido, que tem preferência de passagem. Ignorar os sinais sonoros e dificultar a manobra é motivo de punição com tempo acrescido e pode levar até mesmo à exclusão da prova.
Antes dessa primeira atividade cronometrada, os participantes farão um desfile pelo centro de Araxá, para saudar a população e agradecer a acolhida. Ao todo, mais de 80 veículos estão inscritos no Rally Minas Brasil, número que confirma a força da prova e da modalidade. Para obter mais informações: www.rallymakers.com.br
O 4º Rally Minas Brasil é uma realização da Rallymakers com apoio da Prefeitura Municipal de Araxá, Rio Branco Combustíveis, Transmáquinas, Ghia Investimentos, Bompack, Jeep Clube Araxá, Prefeitura de Ibiá, Prefeitura de Pratinha, Prefeitura de Tapira e Prefeitura de Sacramento.
Supervisão: CBM, CBA, FMEMG e FMA
Diversificação de negócios da CBMM se reflete em crescimento em 2021
Companhia amplia aportes em Programa de Tecnologia e avalia investimentos em startups
para acelerar desenvolvimento de tecnologias com Nióbio e ampliar mercado
Em linha com as megatendências globais de eletrificação, urbanização, sustentabilidade e transformação digital, a CBMM reforça seus planos para um crescimento acelerado pautado em novas aplicações na siderurgia e na diversificação de seus mercados de atuação. Para isso, em 2021, a companhia investiu ainda mais na estratégia direcionada a novos negócios, buscando acelerar a entrada de tecnologias aplicadas de Nióbio no mercado global, especialmente no segmento de baterias.
Para suportar os planos de crescimento, a CBMM concluiu o maior ciclo de investimento em planta industrial de sua história, em Araxá (MG), com a expansão da unidade concluída em 2021. Foram investidos R$ 3 bilhões somente na última fase de ampliação, elevando a capacidade produtiva de seu complexo industrial de 100 mil toneladas para 150 mil toneladas de produtos de Nióbio, nível superior à atual demanda do mercado mundial. A ampliação está em linha com a estratégia da companhia de sempre antecipar suas jornadas de crescimento de demanda através da tecnologia e inovação para a geração de valor para a sociedade.
Esse crescimento pautado pela diversificação reflete-se em resultados positivos também para Minas Gerais. Em 2021, a CBMM contribuiu com o recolhimento de mais de R$ 4 bilhões para os cofres públicos. Esses valores se dividem em parcelas principalmente relacionadas à cadeia de impostos arrecadados em razão da comercialização somente de produtos de Nióbio já acabados e contribuições; além da parcela de R$ 1,5 bilhão destinada à Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), conforme previsto em contrato vigente entre as partes.
Dentro da estratégia de acelerar crescimento via novos negócios, apenas no ano passado, a empresa investiu em duas startups – na inglesa Echion e na norte-americana Battery Streak. Os investimentos visam acelerar novos desenvolvimentos em materiais para baterias de íons de lítio. Em 2021, o volume de vendas de produtos de Nióbio para aplicação em baterias somou 50 toneladas, para 2022, a previsão é que esse número alcance 500 toneladas.
Os aportes no Programa de Tecnologia também seguiram uma curva ascendente e totalizaram R$ 195 milhões em 2021, um crescimento de mais de 38% em relação a 2020. Deste montante, R$ 60 milhões foram destinados ao Programa de Baterias. O restante foi concentrado em programas também relevantes, como o de aços avançados para projetos de infraestrutura e mobilidade mais sustentáveis, além de novas aplicações nos setores de energia e eletroeletrônico. Para 2022, a expectativa é que os investimentos em pesquisa, desenvolvimento e novas tecnologias avancem mais de 40%, chegando a R$ 278 milhões.
A combinação entre os investimentos robustos realizados pela CBMM e a retomada da economia global após a pandemia de Covid-19, especialmente dos setores siderúrgico e aeronáutico, refletiu-se em um aumento de 64% na receita líquida da Companhia em 2021 no comparativo com 2020, que somou R$ 11,4 bilhões. Já o lucro líquido foi de R$ 4,5 bilhões, número 78% superior ao registrado no ano passado.
Já com relação ao EBITDA, a CBMM alcançou a marca de R$ 7,6 bilhões, um incremento de 47% frente ao ano anterior. Esse resultado é reflexo da disciplina operacional, além do aumento da receita de vendas, especialmente na Ásia (excluindo a China), que apresentou crescimento de 40%, e na Europa, que contou com volume de vendas 20% superior ao registrado em 2020.
O volume de vendas total de produtos de Nióbio teve aumento de 17%, totalizando 85 mil toneladas, crescimento em linha com o mercado, que somou 110 mil toneladas em 2021, ante 95 mil toneladas em 2020. A China manteve-se como principal mercado da CBMM, com 40% do volume de vendas, seguida dos demais países asiáticos, como Japão, Coreia do Sul e Índia, que representaram uma fatia de 22%. A Europa absorveu 19% das vendas da empresa, enquanto as Américas, principalmente EUA e Brasil, somaram 14%. Outras regiões como o Oriente Médio e a África representaram os 5% restantes.
Para os próximos anos, as perspectivas da empresa são otimistas. Sempre à frente do mercado, a CBMM pretende dobrar seu volume de vendas de 2021 até 2030, alcançando 185 mil toneladas de produtos de Nióbio. Além disso, nos próximos nove anos, a empresa prevê que 40% de sua receita seja representada por produtos fora da siderurgia. Atualmente, esses produtos representam 10% da receita da Companhia.
Sobre a CBMM
Líder mundial na produção e comercialização de produtos de Nióbio, a CBMM possui mais de 400 clientes, em 50 países. Sediada no Brasil, com escritórios e subsidiárias na China, Países Baixos, Singapura, Suíça e Estados Unidos, a companhia fornece produtos e tecnologia de ponta aos setores de infraestrutura, mobilidade, aeroespacial e energia. Em 2019, investiu na 2DM, empresa dedicada ao Grafeno e, em 2021, nas startups Echion e Battery Streak. Os investimentos visam novos desenvolvimentos em materiais para baterias de íons de lítio. Para mais informações, visite o media center.
Informações à imprensa
Rede Comunicação de Resultado
Sandra Barroca: (31) 99956.7490
Oficina Consultoria – imprensacbmm@oficina.ci
Denise Mello: (11) 99832.4877
Bruno Mafra: (31) 99108-5581
Quem quer pão? Setor de panificação movimenta R$ 105 bilhões por ano no Brasil
Os números deixam claro a paixão nacional pelo pãozinho nosso de cada dia; conheça aqui a história de como a padaria transformou a vida de muita gente e tornou-se obrigatória de norte a sul do país
Pão francês, pão de sal, pão de água, carioquinha, pão de trigo e até pão “careca”. São inúmeros os nomes encontrados Brasil afora só para um tipo de pão – aquele vendido diariamente em padarias espalhadas pelo país. Quem os vê hoje tão fofinhos, com casquinhas crocantes e miolos macios nem imagina que as primeiras receitas, lá de 12.000 a.C., não tinham nada disso.
Diz a história que, naquela época, os pães eram feitos misturando a recém-criada farinha de trigo com bolota, um fruto do carvalho. A massa, então, era lavada em água fervente inúmeras vezes e assada na pedra quente ou sob as cinzas. O resultado era um pão seco, achatado e com sabor bastante amargo.
Mas, para a nossa sorte, a receita evoluiu junto com a sociedade. Primeiro veio o forno, depois o fermento e, enfim, as padarias. Acredita-se que, no Império Romano, havia cerca de 400 padarias e até escolas para ensinar a fazer pão.
De alimento à moeda de troca, com o passar dos séculos, os pães conquistaram papel cada vez mais importante na sociedade e se tornaram indispensáveis. E, apesar da queda do Império Romano ter esfriado um pouco os fornos, a panificação voltou com força total no século 12.
Padeiros italianos e franceses se destacaram com técnicas elaboradas e resultados cada vez mais irresistíveis. Mas desde quando esse hábito se tornou parte da vida dos brasileiros?
Os imigrantes e o novo hábito brasileiro
A primeira tentativa de plantio de trigo no país foi feita por volta de 1530, com o português Martim Afonso de Souza, mas não houve sucesso por alguns fatores, como o clima no Brasil, como explica Patrick Ambrogi, chef Boulanger, docente do Instituto Le Cordon Bleu São Paulo.
“O hábito de consumo do brasileiro não era o trigo, não o tínhamos como produto aqui nas Américas. Nossas bases de alimentação eram outras, como batata e mandioca. Passaram-se quase 400 anos após a primeira tentativa de plantio, até que essa relação com o produto fosse retomada. O movimento migratório de europeus para o Brasil foi fundamental para que isso acontecesse”, diz Ambrogi, complementando ainda que a virada do século 19 para o 20 foi o ponto-chave para essa relação de consumo de pão que temos hoje.
“A capacidade de plantio e o know how desses italianos, portugueses e espanhóis, entre outros, para transformar o trigo em farinha e posteriormente em pão foi o começo da inclusão na rotina desse alimento de base”, ressalta.
“Era uma coisa vinda de fora. No fim da Primeira Guerra Mundial, os brasileiros também viajavam para Europa e traziam referências de bons produtos que queriam passar a consumir. O domínio de técnicas desses imigrantes, já em solo brasileiro, colaborou para que tudo acontecesse dessa maneira”, completa.
Foram diversas padarias abertas por esses europeus, que deram o grande pontapé para que esse mercado crescesse a cada ano. É o caso da tradicional padaria paulistana Dona Deôla, que começou sua história em 1949, quando Dona Deolinda, imigrante portuguesa recém-chegada ao Brasil, abriu a “Padaria Do Lar” em um pequeno prédio na esquina da avenida Pompeia, na zona oeste da cidade.
Com espírito empreendedor e a ajuda do marido, Antônio Emílio, ela fez do lugar uma referência de qualidade na região até 1957, quando decidiu abrir outro negócio e vender o ponto. Trinta e oito anos depois, o imóvel, até então alugado, voltou para as mãos da família.
Com o sobrado à disposição, os netos do casal fundador decidiram abrir uma nova padaria no local. Batizada em homenagem à Dona Deolinda, a primeira loja da Dona Deôla foi inaugurada com a presença da matriarca há 25 anos.
Hoje está presente em cinco endereços em São Paulo, por onde circulam em torno de 240 mil clientes todos os meses. A rede foi a responsável por introduzir serviços e produtos que se tornaram símbolos das grandes padarias paulistanas, como os buffets de café da manhã e de sopas no inverno, além de produtos próprios para ocasiões especiais, como ovos de páscoa e panetones.
Na pandemia, conseguiu expandir ainda mais o seu negócio – conta com 800 funcionários no total. Abriu oito pontos de vendas, em hotéis, empresas e hospitais. Hoje, são 31 pontos que vendem números expressivos, incluindo o de 400 mil pães franceses por mês.
O mercado da panificação
E falando em pão francês, segundo o Sindipan-MT, 76% dos brasileiros comem o tradicional pãozinho no café da manhã. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP), são mais de 70 mil padarias espalhadas pelo Brasil.
Em 2021, o mercado de panificação e confeitaria faturou R$ 105,85 bilhões no país, um crescimento de 15,3% em relação a 2020, segundo o presidente da Associação, Paulo Menegueli.
“Mas como em todos os setores, o nosso de padarias teve de se adaptar rapidamente aos problemas causados pela pandemia. Fizemos uma readaptação, falamos a fundo sobre o que era ofertado, discutimos sobre precificação e isso nos deu uma força grande. Claro que muitos saíram prejudicados e ainda sofrem com os efeitos desse período, mas todos se ajudam muito. De maneira geral, conseguimos crescer e estamos sempre discutindo ações que possam ajudar a fortalecer o nosso mercado como um todo”, ressalta o presidente.
Cerca de 2,5 milhões de trabalhadores fazem parte do setor de panificação, sendo 920 mil com empregos diretos e 1,6 milhão de profissionais indiretos, segundo dados de 2020. Estima-se que 41 milhões de brasileiros entrem em padarias todos os dias para comprar pão.
São Paulo e sua forte tradição
De acordo com o Sindicato de São Paulo, Sampapão, só na cidade são vendidos 25 milhões de pãezinhos todos os dias. E é também na capital paulista que está concentrado hoje o maior número de padarias: cerca de 22 mil, o que representa quase 30% do mercado geral – seguida de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, respectivamente.
Há desde as centenárias, como a Santa Tereza – que muitos dizem ser a mais antiga do Brasil, localizada no centro –, até as recém-abertas, com uma proposta mais artesanal.
O vice-presidente da entidade, Júlio Dinis, atua na área desde 1976, quando chegou de Portugal com sua família. Aos 13 anos, começou a trabalhar como balconista na padaria Marli, no bairro da Penha.
Anos depois se tornaria um dos sócios do local, junto com seu irmão. Viu de perto a evolução do mercado e se adaptou a ele em todas as fases, mas destaca que o que nunca mudou foi o fato de o bom e velho pãozinho sempre ser o protagonista.
“As padarias evoluíram muito, assim como a cultura da alimentação. Antigamente, raramente as pessoas comiam fora. Com o passar dos anos, o mercado foi mudando, e as padarias, se adaptando. É um setor muito camaleônico. Mas comer um pãozinho pela manhã já é cultural, não à toa os números de venda de pão na pandemia aumentaram e fomos considerados como serviço essencial. É um setor que abre mais cedo e fecha mais tarde”, destaca.
Geralmente as padarias na cidade abrem às 6h e fecham apenas às 22h. Mas e se falarmos que tem algumas que nem sequer fecham? É o caso da Bella Paulista, que nasceu em 2002 e é um dos grandes exemplos de padarias paulistanas.
Acompanha o ritmo da cidade: funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano. Diariamente, passam por lá mais de 5 mil pessoas – aos fins de semana, esse número aumenta. São 210 funcionários para atender a clientela.
Ao ser inaugurada, na região da Avenida Paulista, importante centro empresarial da América Latina, a padaria ocupou um imóvel na esquina das ruas Luis Coelho e Haddock Lobo, onde anteriormente funcionava um supermercado.
Destacou-se por ter consumido o maior investimento já feito na construção de uma padaria. Seus sócios – todos com experiências anteriores no ramo de panificação – foram chamados de loucos, mas em pouco tempo a Bella Paulista transformou-se numa das maiores referências para o mercado, agregando o conceito de conveniência ao simples ato de vender pães.
O movimento é incessante. O entra-e-sai começa bem cedinho, pela manhã, quando chegam os primeiros clientes para um café da manhã nas mesas ou balcões – que se confundem também com aqueles que curtiram até de manhã algum lugar da cidade. Em seguida, começam a aparecer os apressados executivos da região para devorar um caprichado sanduíche, uma salada leve ou um dos pratos do dia no almoço. E assim caminha o dia todo até recomeçar o ciclo.
“Essa é a nossa rotina. Temos opções para todos os gostos e hábitos, mas se tivermos que falar o que mais é vendido, com certeza é o pão na chapa com manteiga ou requeijão. Por dia, são mais de 400. Não tem jeito, está enraizado no paulistano esse hábito”, ressalta Émerson dos Santos, gerente da Bella Paulista.
O boom das padarias artesanais
O chef e professor do Le Cordon Bleu, Patrick Ambrogi, considera padarias produtos muitos promissores mesmo depois de tantos anos em atividade. Há 15 anos, o mercado só tem saldos positivos e movimenta bilhões de reais – uns mais, outros menos, mas sempre fechando no “azul”.
São Paulo, por ter sido a porta de entrada desses imigrantes europeus, acabou sendo a grande referência para esse setor, mas, claro, que hoje são encontradas padarias no Brasil inteiro.
“Temos dois grandes mercados de padarias. Um é formado por verdadeiros centros de conveniência, que oferecem inúmeros produtos e precisam de agilidade para atender a suas demandas. E outro, mais recente, de padarias artesanais, que vendem produtos que precisam de mais tempos de produção, com fermentação lenta, natural, e uma produção em menor escala. Essas últimas estão em um processo de redescobrimento do negócio, voltando às origens”, aponta.
“Ainda que a gente observe o mercado em plena expansão, tem muito espaço para crescimento e muitas lacunas para serem preenchidas. Existe a possibilidade de evoluir o produto, não se pode estacionar. Temos um consumidor cada vez mais informado, que sabe o que está consumindo e está atento a tudo”, reflete o professor.
Se por um lado as padarias mais antigas se adaptaram aos novos hábitos e se tornaram um local que “vende de tudo”, outras nasceram justamente tentando resgatar a essência de padaria como um local para se consumir o seu produto originário: o pão.
E foram elas, principalmente, que tiveram um grande crescimento nos últimos anos. É o caso da Sagrado Boulangerie, dos sócios Fábio Freitas e Thaís Cerdeira, que começou com uma operação móvel em Alphaville.
Engana-se quem pensa que a história dos empresários sempre teve a ligação com o produto. A decisão de abrir um negócio nesse ramo, em 2015, foi estratégica.
Enquanto ela trazia na bagagem um vasto conhecimento no mercado de franquias do segmento de dermocosméticos, ele vinha da área de finanças. Na época, Fábio era alto executivo de um dos maiores grupos empresariais do país.
“Queríamos investir em algo inovador e pensamos em um produto em que teríamos faturamento diário. Logo pensamos no pão, apesar de não termos nenhum tipo de história com o alimento. Naquele momento, Thais resolveu fazer um curso de panificação e também se especializar na área. Queríamos entender a fundo o que seria esse projeto em termos operacionais”, conta Fábio.
“Fizemos uma avaliação e o que brilhou nossos olhos foi a possibilidade de pensar em um modelo de negócios para levar o produto até o cliente, o que teria um valor agregado muito importante. Começamos assim, com uma operação móvel. Com o passar do tempo, vimos que o que tinha valor não era só a experiência, mas sim o nosso produto. Não trabalhávamos com químicos, usávamos os melhores ingredientes, com farinhas especiais, ricas em proteína, e o sucesso foi quase imediato”, completa.
A partir de 2016, ambos resolveram largar seus respectivos empregos e dar atenção exclusiva ao projeto. Pensaram em qual caminho seguir para expansão e iniciaram montando uma loja de fábrica. Participaram até de um programa de televisão e conseguiram um investidor. Saíram de uma operação de quatro funcionários para 98.
Hoje são 19 unidades da Sagrado, sendo cinco unidades móveis, 13 lojas físicas, um container e 15 toneladas de farinha por mês.
“A Sagrado vem dobrando desde 2019. A primeira operação de food truck já deu retorno em seis meses. Em função disso, tomamos a decisão de continuar com o pé no acelerador. O projeto gera um retorno anual que é investido no crescimento e desenvolvimento dele próprio. O mercado de panificação está em plena transformação e as pessoas estão buscando se alimentar de forma nutritiva”, completa.
E é nessa linha que a St Chico também viu seu negócio aumentar, principalmente na pandemia. A primeira unidade abriu em 2018, no Baixo Pinheiros, bem pequena e com cara de empório francês.
Nasceu como um lugar focado em pães artesanais – feitos apenas com ingredientes brasileiros pelas mãos da chef e padeira Helena Mil-Homens. Os pequenos produtores do país também tiveram seu papel na essência da padaria: podiam vender seus produtos, como geleias, queijos, vinhos, entre outros.
Em 2020, pouco antes do início da pandemia, a segunda unidade da padaria foi inaugurada também no bairro de Pinheiros. O que poderia ser um momento de apreensão logo se tornou comemoração. O resultado foi um salto de números expressivo: saíram de 100kg de farinha por mês para 1.500kg, e de cinco para 12 funcionários.
O faturamento do pão, que antes era de 30%, saltou para 80%, e o fornecimento para 2B2 aumentou 200%.
“Nesse período as padarias puderam ficar abertas. Muitas acabaram diminuindo por conta de outros serviços que ofereciam, mas a St Chico já nasceu com essa essência de não ter uma mega-operação e uma produção em menor escala. As pessoas passaram a consumir ainda mais pão, leite, doce. Elas se permitiram a isso em um momento tão difícil, além de terem mais tempo para analisarem e escolherem o produto que iriam consumir”, ressalta Helena.
“Eu sou muito estudiosa e perfeccionista e hoje temos um produto muito bom. Fico muito feliz quando os meus sócios e os clientes comentam sobre a qualidade do que é produzido. A gente conseguiu montar uma cadeia de sustentabilidade que valoriza o pequeno produtor. É um negócio quase familiar que todo mundo abraça e sustenta a causa. Os consumidores estão cada vez mais atentos a todos esses processos”, completa.
Já em Minas Gerais, o segundo estado que mais abriga padarias segundo a Abip, o conceito de “artesanal” é algo já enraizado. Felipe Santiago, empresário do setor de restaurantes, idealizou a Bagueri no estado durante a pandemia. Com duas unidades em Belo Horizonte, trouxe a marca em outubro de 2021 para o bairro de Higienópolis, em São Paulo.
“Sempre quis ter uma padaria. Sou do ramo e faço parte de um grupo que possui diferentes restaurantes na cidade (Udon, Pizzaria Olegário, Eva Cucina). Na pandemia, tivemos que fechar tudo, mas as padarias tiveram autorização para ficarem abertas. Então, enxerguei a oportunidade de colocar em prática essa vontade minha. Como já tinha o projeto na minha cabeça, juntei os arquitetos, construtores e abri logo duas unidades”, ressalta.
A chegada em São Paulo aconteceu naturalmente. O imóvel onde está a padaria apareceu em momento oportuno, e com base no sucesso da abertura na cidade natal, resolveu apostar. A fórmula já estava pronta e sua bagagem cultural contribuiu para que o negócio fosse um sucesso.
“Em Minas, produtos artesanais fazem parte da nossa cultura. Sempre tivemos queijos maravilhosos, que eram desconhecidos e hoje são premiados. Muitos locais têm produtos que só são encontrados neles. O mercado está aquecido, mas todos têm procurado se aperfeiçoar: insumos, ambiente, atendimento e produto final são pontos essenciais para que o negócio funcione bem”, completa.
A Bagueri conta hoje com cinco funcionários em cada unidade e vende cerca de 300 pãezinhos por dia. Apesar de iguais na essência, Felipe destaca a diferença entre os públicos que a frequentam.
“Percebo que o paulistano arrisca mais na hora de experimentar. O hábito de consumo também é diferente. Enquanto em São Paulo a parada para o cafezinho é mais rápida, no ritmo da cidade, em BH as pessoas passam mais tempo dentro da loja conversando. Mas posso dizer que ambas as cidades são maravilhosas e estou muito feliz com as escolhas”, finaliza.
O sonho de viver de pão
Não é necessário ter uma pesquisa oficial para perceber que o pão, no período de pandemia, foi um dos alimentos mais consumidos pelos brasileiros.
A falta de trigo nas prateleiras do mercado, as fotos nas redes sociais das pessoas produzindo seus próprios pães e diversas pessoas começando a vender seus produtos como forma de alternativa para uma renda extra estreitaram ainda mais a relação deste alimento com os brasileiros.
No Rio de Janeiro, a advogada Marta Carvalho, de 43, viu seu negócio se consolidar neste período. O que antes era um sonho – viver de pão – acabou se tornando realidade.
Ela, que sempre gostou muito de cozinha, fazia pães para levar em encontros com amigos. Sempre elogiada e incentivada por todos a começar a vender suas produções, começou a considerar a possibilidade principalmente após ser surpreendida por um casal francês em uma dessas ocasiões.
“Havia levado meus pães para uma festa. Eles estavam entre os convidados. Os vi comendo e olhando um para o outro. Perguntaram para a minha amiga onde ficava essa padaria, pois nunca tinham comido um pão tão bom. Foi então que me apresentaram”, conta.
Marta começou, então, fazendo fornadinhas para os amigos. Em 2017, havia feito um curso em São Francisco – grande referência na panificação – por hobby. Em 2019, aproveitou uma reforma na sua casa para montar seu ateliê.
Começava ali a sua marca: Martoca. Já estava insatisfeita com a profissão e resolveu que não seria mais advogada. Mas foi na pandemia que tudo tomou uma proporção maior.
“O pão foi o conforto para muitas pessoas na pandemia. Todos estavam muito angustiados e acho que esse alimento foi um dos representantes desse aquecimento no coração das pessoas. Eu ainda sou sozinha, tenho um limite de volume, mas consigo viver só de pão. Não ganho como ganhava como advogada, mas se antes da pandemia precisava tirar um pouquinho da poupança, hoje já penso em abrir uma loja física”, conta.
Marta conta com um funcionário para fazer suas entregas – vende de 100 a 150 pães por semana. Localizada no Jardim Botânico, atende via Instagram e Whastapp, oferecendo inúmeros tipos de pães, com fornadas saindo às terças, quintas e sextas.
O pão como aprendizado
Apesar de o pão ser um dos alimentos mais consumidos pelo brasileiro e ter um preço considerado acessível para muitos, há quem não o tenha como opção.
Por muito tempo foi o caso de Maria Angélica, de 31 anos, que cresceu em uma realidade difícil. Nasceu em Limeira, interior de São Paulo, e morou em Francisco Morato até 2010, quando se mudou para Marília para tentar uma vaga na Universidade Estadual Paulista (Unesp). Com ajuda de todos à volta, pagou um cursinho pré-vestibular e foi aprovada em 2011 no curso de pedagogia.
Mas qual é a relação da jovem professora com a panificação?
“Eu falo que o pão fez parte da minha história e teve papel fundamental para eu chegar aonde estou hoje. Quando eu era criança, queria comer um pãozinho e nem sempre conseguia, mas sempre tive a certeza de que mudaria a minha realidade. Batalhei muito pra isso”, conta.
No fim de 2019, Maria Angélica terminou o mestrado e aprendeu a fazer pão de fermentação natural. Um professor de sua faculdade, que tinha o pai padeiro, experimentou a receita da aluna e se surpreendeu, falando que ela deveria investir nessa carreira.
Em 2020, a professora, já formada, começou o emprego como substituta em uma escola. A pandemia veio e os cortes no local também, fazendo com que ela buscasse uma alternativa fora das salas de aula. Foi assim que o “Pão das Angélica” começou a se tornar realidade em sua vida.
“Foi neste momento que retomei a jornada dos pães. Tinha muito pouco e no auge da pandemia tive a ideia de fazer uma vaquinha virtual para investir na profissão. Arrecadei cerca de R$ 5 mil. O valor foi suficiente para eu comprar uma batedeira, um forno simples e ainda ajudar na minha mudança para uma casa um pouco maior”, conta.
Maria Angélica, então, começou a fazer parcerias e eventos, além de vender para muitas pessoas da região onde morava. Seleciona cuidadosamente os produtos e toca o negócio sozinha até hoje. A situação começou a melhorar e a professora voltou a dar aulas. Mas é claro que o pão não podia ficar fora desta história.
“Fiz uma proposta à escola de levar um projeto de panificação às crianças. A gastronomia tem um poder enorme de motivação, de desenvolver as percepções, a forma de olhar, analisar, entre outros inúmeros benefícios. Eles aceitaram e escrevi o projeto. Levei à sala de aula desde a história do pão, como é o processo de produção, até a parte prática, onde as crianças puderam entender as diferenças de farinha e fazer seus próprios pães na escola. Sim, montamos uma padaria na escola”, comemora.
A hoje padeira e professora se enxerga em muito dos seus alunos, mas fica feliz por ter ressignificado o pão em sua vida. Pão, este, que de personagem candidato a vilão de sua história, tornou-se protagonista em sua vida.
Confira dicas para melhorar seu currículo e chamar atenção dos recrutadores
Documento é a porta de entrada para emprego; saiba o que fazer para chamar atenção dos recrutadores
O currículo é a porta de entrada para um novo emprego. Ser breve, claro nas informações e descrever bem quais são os objetivos profissionais pode ser crucial na hora da seleção.
O CNN Brasil Business reuniu dicas do que fazer para acertar no currículo e, consequentemente, melhorar as chances de conquistar uma nova posição profissional. Confira:
- 1 de 10Confira dicas para melhorar o currículo e chamar a atenção dos recrutadoresCrédito: Foto: Unsplash / Bram Naus
- 2 de 10Seja diretoSeja claro e objetivo em seu currículo. Tente sintetizar tudo em, no máximo, duas páginasCrédito: Foto: StartupStockPhotos/Pixabay
- 3 de 10ContatoInforme de forma clara e no início do currículo seus contatos, como celular e e-mail. Indique também seu endereçoCrédito: Firmbee.com
- 4 de 10Objetivo profissionalEm duas linhas, no máximo, descreva quais os cargos que possui interesse ou a área em que pretende atuarCrédito: John Schnobrich/Unsplash
- 5 de 10Experiência profissionalDetalhe as empresas em que trabalhou. Coloque o nome da corporação, a data de entrada e saída (ou a palavra atual, se ainda estiver empregado). Informe atividades que eram realizadas. Trabalho voluntário também deve ser destacadoCrédito: Unsplash/Jess Bailey
- 6 de 10Pontos fortes para vagaDestaque as habilidades que você tem e que são requisitos para a vaga que deseja concorrerCrédito: Ken Tomita no Pexels
- 7 de 10Formação acadêmicaInforme seu grau de escolaridade, seguido das datas de início e término. Isso vale para cursos e especializaçõesCrédito: Daniel Thomas / unsplash
- 8 de 10Proteja seus dados pessoaisEvite informar RG, CPF e número da carteira de trabalho no currículo, pois eles são solicitados somente no momento de contrataçãoCrédito:
- 9 de 10FormatoO ideal é enviar o currículo em formato de PDF, que permite incluir links como o do LinkedinCrédito: Freepik
- 10 de 10ReviseRevise seu currículo antes de enviar para a empresa. Erros gramaticais podem acabar com as chances de ser chamado para a vagaCrédito: Unsplash/ John Schnobrich
As dicas são de Bianca Machado, gerente comercial da Catho, Tiago Mavichian, CEO e fundador da Companhia de Estágios e da consultoria de recursos humanos Michael Page.
FONTE CNN
Rally Minas Brasil: patenses estão confirmados na etapa de abertura do Campeonato Brasileiro 2022
Cristiano Batista e Otávio Leite, pai e filho, alinharão o seu UTV no grid do Rally Minas Brasil, competição que abre a temporada de Rally Cross Country no país, e acontece em Araxá (MG) de 09 a 12 de março
O Campeonato Brasileiro de Rally Cross-Country CBM e CBA começa em março (09 a 12), com o Rally Minas Brasil que alcança a sua quarta edição. A prova acontece na cidade de Araxá que, pela primeira vez faz parte do calendário desta modalidade do automobilismo nacional.
Organizado pela Rallymakers, o Rally Minas Brasil é aberto para as categorias Motos, Quadriciclos, UTVs e Carros, e as inscrições podem ser feitas pelo site www.rallymakers.com.br.
Para acirrar a briga pelo título da categoria UTV, Cristiano Batista e Otávio Leite; pai e filho, alinharão seus Can-Am X3. Cristiano disputou nesse início de ano a Baja de São Petersburgo (Rússia), em que teve a oportunidade de pilotar na neve. Agora, quer iniciar em alta a temporada nacional. “Estamos nos preparando para o Minas Brasil, sempre é uma prova diferenciada e espetacular. As expectativas são muito boas, é um tipo de terreno que eu conheço e o objetivo é começar muito bem o Brasileiro”.
O Rally Minas terá cerca de 500 quilômetros, divididos em dois dias de disputas, e que cruzarão algumas cidades vizinhas à Araxá e vilarejos. Os competidores vão acelerar por entre as montanhas mineiras, em um roteiro que mesclará diversos tipos de obstáculos, entre eles pedras e erosões, em meio a trechos sinuosos, com subidas e descidas de serra. O parque de apoio será montado no Expominas Araxá, na Av. Tancredo Neves, 30.
De acordo com o diretor executivo da Rallymakers, Fernando Bentivoglio, a região de Araxá tem um bom desnível altimétrico e estradas sinuosas bem interessantes para uma prova de rally cross-country.
“O trajeto será bem variado, com subidas e descidas em áreas de serras e setores agrícolas, alternando trechos de alta e baixa velocidade. Estamos constantemente percorrendo as Especiais, checando as passagens de água, conversando com os moradores, planejando o trabalho da equipe técnica nos fechamentos. As especiais serão extremamente exigentes, tanto no conjunto mecânico quanto no preparo físico dos competidores”, esclarece Bentivoglio.
Programação
O 4º Rally Minas Brasil começa no dia 09 de março, com as vistorias técnicas e administrativas. No dia 10, os participantes fazem o shakedown, o prólogo – definição da ordem de largada para a 1ª etapa – e largada promocional (apresentação e saudação ao público). O briefing no Hotel Nacional Inn.
Nos dias 11 e 12, é hora de ligar os motores e acelerar fundo em busca do menor tempo na competição.
O 4º Rally Minas Brasil é uma realização da Rallymakers com apoio da Prefeitura Municipal de Araxá, Rio Branco Combustíveis, Transmáquinas, Ghia Investimentos, Bompack e Jeep Clube Araxá.
Supervisão: CBM, CBA, FMEMG e FMA
Vendas de carros ultraluxuosos batem recorde em 2021
Rolls-Royce entregou 5.586 automóveis no total, maior volume em 117 anos de história; Bentley viu salto de 31% em relação a 2020
Os norte-americanos podem estar desconfortáveis com a economia, mas se as vendas de carros ultraluxuosos são um indicativo, os super-ricos estão indo muito bem: tanto a Rolls-Royce quanto a Bentley registraram vendas recordes em 2021.
No ano passado, a Rolls-Royce entregou 5.586 carros em todo o mundo, o maior número de carros que a Rolls-Royce já vendeu em um ano em seus 117 anos de história.
A Bentley também estabeleceu um recorde, vendendo 14.659 carros e SUVs no ano passado. Isso foi um aumento de 31% em relação ao ano anterior.
Em números brutos, números de vendas tão pequenos seriam um sinal de fracasso abjeto para uma marca mainstream, ou mesmo para a maioria das marcas de carros de luxo.
Mas, para as montadoras que oferecem produtos como o Rolls-Royce Phantom, de US$ 455.000, ou o Bentley Flying Spur, de US$ 200.000, os mais de 20.000 carros combinados representam um sucesso histórico.
A bonança de vendas, no entanto, não se limita àqueles que oferecem passeios suntuosos e confortáveis. A Lamborghini ainda não divulgou suas vendas anuais para 2021, mas em uma entrevista em dezembro, o CEO Stephan Winkelmann disse que as vendas estavam no caminho certo para um ano de destaque.
“Este ano já é superior ao melhor ano de todos os tempos”, disse ele.
Nos EUA, o maior mercado da marca, a Lamborghini entregou 2.472 veículos no ano passado, um aumento de 11% em relação a 2020.
Tanto a Bentley quanto a Lamborghini fazem parte do Grupo Volkswagen.
Havia indícios de que a pandemia não prejudicaria os negócios desses fabricantes. Lamborghini e Rolls-Royce tiveram anos recordes em 2019.
A pandemia interrompeu a produção por um tempo em 2020, mas, quando as fábricas começaram a funcionar, as montadoras de ultraluxo fecharam 2020 com fortes vendas no quarto trimestre.
A Bentley até conseguiu um recorde para o ano inteiro em 2020, apesar de uma paralisação de sete semanas na fábrica. Esse recorde foi superado este ano.
Christophe Georges, presidente e CEO da Bentley, atribuiu o ano recorde em 2021, em parte, a um forte ressurgimento econômico e baixas taxas de juros, fatores que aumentaram a demanda por automóveis em geral.
Algumas novas variações de modelos também ajudaram, no entanto.
Dado os pequenos números de vendas, um novo modelo, ou mesmo novas versões de modelos, podem ter um enorme impacto nas vendas no mercado de ultraluxo. As vendas da Rolls-Royce foram ajudadas pelo fato de que o ano passado foi o primeiro ano completo de produção do sedã Rolls-Royce Ghost redesenhado.
Com um preço inicial de pouco mais de US$ 300.000, é considerado uma alternativa mais prática e acessível ao enorme Phantom. A Rolls-Royce também introduziu uma versão Black Badge do Ghost, uma opção de cor e acabamento com elementos cromados escurecidos, incluindo a grade e a estatueta Spirit of Ecstasy acima.
As versões Black Badge provaram ser populares entre os compradores mais jovens da Rolls-Royce.
A Bentley, por sua vez, creditou muito de seu sucesso a uma nova opção híbrida. 20% de todos os SUVs Bentley Bentayga vendidos, o modelo mais popular da marca, foram os híbridos lançados no ano passado.
As vendas do Bentayga aumentaram 48% em relação a 2020. As vendas do modelo sedã da Bentley, o Flying Spur, aumentaram 88% graças à introdução de uma versão mais barata com motor V8, além do 12 cilindros que estava disponível antes .
Não são apenas novos modelos, no entanto. Rolls-Royce, Bentley e Lamborghini notaram um interesse crescente em várias linhas de modelos.
Os SUVs são particularmente populares e também trazem novos clientes que depois examinam outros produtos para adicionar às suas garagens extra espaçosas.
“A demanda está aumentando”, disse Winkelmann, da Lamborghini. “E especialmente, através dos clientes Urus, um SUV, temos as primeiras abordagens também para os supercarros esportivos.”
Tanto a Rolls-Royce quanto a Lamborghini afirmam ter encomendas de carros que estarão construindo ainda este ano.
Nesse extremo do mercado, os carros geralmente são construídos para pedidos específicos de clientes e os compradores geralmente esperam semanas ou meses para que estejam prontos.
Além de ter um ano recorde para números de vendas, a Rolls-Royce também conquistou um ano recorde para preço médio. Essa figura inclui um exemplo extremo, no entanto.
O Rolls-Royce Boat Tail, dos quais apenas três estão sendo fabricados, custou cerca de US$ 25 milhões cada.
Georges, da Bentley, disse que espera que 2022 continue forte. A empresa continuará a ter mais variantes de modelos, como uma versão híbrida do sedã Flying Spur. A economia também parece provável que continue indo bem no ano novo, disse ele.
“Mas então não sabemos”, disse ele. “Não temos bola de cristal.”
FONTE CNN