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Embrapa prepara caravana para economia de US$ 1 bilhão em fertilizantes

Com o impacto da guerra na Ucrânia no mercado de fertilizantes, empresa também trabalha para reduzir em 25% a dependência do Brasil de importações até 2030

Produtor aplica fertilizante27/05/2021REUTERS/Pascal Rossignol
Pauline Almeidada CNN
no Rio de Janeiro

Com o impacto da guerra na Ucrânia no mercado de fertilizantes, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vai lançar uma caravana de apoio técnico aos produtores rurais.

O objetivo é aumentar de 60% para 70% a eficiência no uso de fertilizantes e economizar US$ 1 bilhão no uso desses produtos na próxima safra.

As informações foram confirmadas à CNN pelo presidente da Embrapa, Celso Moretti.

“Qual é o impacto em termos de economia? Economizar US$ 1 bilhão em fertilizantes para a próxima safra”, afirmou.

“Para aplicar adubo, primeiro você precisa fazer uma análise do solo para ver o que está faltando e nem sempre isso acontece. Nós vamos dar todas essas orientações técnicas nas principais regiões produtoras do Brasil”, explicou.

De acordo com Moretti, essa é a ação que a Embrapa montou para reagir “em curtíssimo prazo” ao conflito no Leste Europeu. Os técnicos da instituição vão fornecer treinamento para produtores, cooperativas e associações.

A caravana batizada de FertBrasil veio de outra iniciativa semelhante realizada entre 2013 e 2014, quando uma praga se espalhou pelo Cerrado do país, com forte impacto nas cadeias de algodão e soja.

O projeto deve começar junto com o anúncio de um plano nacional de fertilizantes pelo governo federal.

Em entrevista à CNN nesta semana, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse que o lançamento deve acontecer até o dia 17 deste mês.

Segundo o presidente da Embrapa, a produção agropecuária brasileira alimenta 800 milhões de pessoas no mundo, mas consome 8,5% do mercado de fertilizantes para isso.

O país é o quarto em uso de fertilizantes, atrás apenas de Estados Unidos, China e Índia — todos produtores dos insumos.

Moretti destacou que, em 2021, o Brasil importou 85% dos fertilizantes, cerca de 43 milhões de toneladas, sendo que 73% deles são empregados nas cadeias de soja, milho e cana-de-açúcar.

A Rússia, responsável pelos ataques à Ucrânia, é a principal fornecedora para o Brasil, com mais de 20% das importações. Uma das maiores necessidades é em relação ao potássio, sendo que 50% dele vem da Rússia e da aliada Belarus.

Diminuição da dependência

A Embrapa também tem um plano em andamento para diminuir a dependência do Brasil em relação ao mercado internacional.

A meta é reduzir em 25% a demanda por fertilizantes importados até 2030. “Nós não temos uma vara de condão para mudar isso do dia para a noite”, avaliou o presidente da Embrapa, Celso Moretti.

A instituição de pesquisa age em cinco frentes: biofertilizantes, organominerais, fertilizantes nanoestruturados, agricultura de precisão e condicionadores de solo com pó de rocha.

Entre os biofertilizantes, está um desenvolvido por pesquisadores da própria Embrapa, que descobriu duas bactérias que atuam no fósforo no solo — uma delas faz o fósforo se movimentar mais na terra enquanto a outra tem impacto nas raízes das plantas.

Na safra de 2020/2021, o Brasil contou com 300 mil hectares de plantações com essa tecnologia, número que saltou para 3 milhões de hectares no período 2021/2022.

No caso dos organominerais, um fertilizante mineral é combinado com fontes orgânicas, como esterco de animais.

Já os nanoestruturados fazem uma liberação controlada, mais lenta, das substâncias necessárias às plantas, enquanto a agricultura de precisão trabalha com um levantamento detalhado dos pontos da propriedade rural que necessitam de mais ou de menos adubo.

O último ponto, da “rochagem”, ainda está em estudo e deve apresentar resultados finais em dois anos.

Moretti destaca a importância do agronegócio, que representa 26% do PIB brasileiro. Segundo ele, é possível combinar pesquisa e tecnologia no campo para diminuir a dependência e reduzir custos.

Na década de 1990, por exemplo, a Embrapa descobriu uma bactéria que auxilia a captação de nitrogênio na plantação de soja.

Em 2021, a tecnologia ajudou o Brasil a economizar R$ 28 bilhões e ainda evitar o uso de nitrogênio vindo do petróleo, impedindo a emissão do equivalente a 100 milhões de toneladas de gás carbônico, estratégia que ainda contribui para conter as mudanças climáticas.

Sobre o impacto da guerra na Ucrânia na produção brasileira, o presidente da Embrapa acredita em efeitos mais intensos a partir da safra de verão, que começa a ser plantada em outubro, caso os ataques persistam.

“É difícil fazer qualquer previsão. Isso vai depender da extensão do conflito”, pontuou.

O governo brasileiro vem agindo com o que chama de “diplomacia de fertilizantes”, em busca de outros fornecedores como alternativa à Rússia e Belarus, como Canadá, Irã e Catar.

fonte CNN

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Prefeitura de Araxá intensifica manutenção de estradas rurais

A Secretaria Municipal de Agricultura e Pecuária está aproveitando a trégua do período chuvoso para intensificar o trabalho de recuperação e manutenção da malha rural de Araxá.

O secretário Fárley Pereira de Aquino, diz que uma equipe especial foi criada durante o período de maior incidência de chuvas para atender demandas emergenciais. “Fevereiro foi um mês que choveu bastante, mas mesmo assim a secretaria deu assistência aos usuários. A demanda maior foi em relação aos pontos de atoleiros. Vários deles que acabaram com seus veículos encravados solicitaram o nosso socorro”, explica.

Nesses locais, primeiro a equipe fez o escoamento da água empoçada e depois aplica uma cobertura de material sólido, como cascalho ou fresado de asfalto para aumentar a aderência. Agora, com o tempo mais firme, a equipe está retornando a esses pontos para fazer a manutenção, além de executar o patrolamento nas estradas mais esburacadas, fazer bolsões para escoamento da água e retirar os excessos de terra provocados por quedas de barrancos.

“Esse trabalho tem como objetivo reduzir os transtornos criado pelo grande volume de chuva nos últimos meses e facilitar a passagem de moradores, trabalhadores e estudantes, bem como o escoamento das produções agrícola e leiteira”, reforça o secretário.


Att.
Assessoria de Comunicação

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Prefeitura de Araxá concede desconto de 15% no pagamento à vista do IPTU 2022

A Prefeitura de Araxá concede desconto de 15% no pagamento à vista do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de 2022. Para garantir o desconto, o contribuinte deve pagar a parcela única até o dia 30 de junho. Há ainda a possibilidade de parcelamento do tributo, desde que o valor de cada parcela não seja inferior a 1 Unidade Fiscal da Prefeitura de Araxá (UFPA), atualmente em R$ 62. O vencimento da primeira parcela é 31 de março.

Os 58.803 mil carnês começaram a ser enviados pelos Correios nesta semana e também podem ser baixados através do site da Prefeitura de Araxá, acessando o link Imobiliário no campo “O que você precisa?” ( https://www.araxa.mg.gov.br/servico/imobiliario ).  Para isso, o contribuinte deve preencher o número da inscrição, logradouro ou o CNPJ/CPF.

De acordo com a Secretaria Municipal de Fazenda, Planejamento e Gestão, a previsão de arrecadação este ano é de cerca de R$ 28 milhões. O contribuinte inadimplente fica impossibilitado de emitir a Certidão Negativa de Débitos e o Alvará de Funcionamento, realizar transação de imóvel (como venda ou posse de herança), entre outros.

É possível a isenção do IPTU nas condições de que o imóvel tenha área construída inferior a 200 m², a renda familiar do proprietário do imóvel seja igual ou inferior a dois salários mínimos, o proprietário seja aposentado, que este seja o único imóvel e que a família resida no próprio imóvel.

Para mais informações, o contribuinte pode entrar em contato no Setor de Tributos pelos telefones (34) 3691-7032 e 3691-7033.

Assessoria de Comunicação

Área de anexos

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Tropas dos Estados Unidos serão enviadas para Leste Europeu em meio à crise na Ucrânia

Envio de 3.000 soldados dos Estados Unidos será para a Polônia, Alemanha e Romênia, como anunciou o Pentágono

General do Exército dos EUA, Christopher Donahue, e da Polônia, Wojciech Marchwica, a frente de avião que trouxe soldados norte-americanos para a PolôniaOmar Marques/Getty Images
Natasha Bertrand, Barbara Starr e Jeremy Herbda CNN
Atlanta

O presidente Joe Biden aprovou formalmente o envio de 3.000 soldados dos Estados Unidos para a Polônia, Alemanha e Romênia, anunciou o Pentágono nesta quarta-feira (2), em um movimento para reforçar os países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) na Europa Oriental com dezenas de milhares de tropas russas acumuladas ao longo da fronteira com a Ucrânia.

Os desdobramentos para a Leste Europeu, que foram relatados pela CNN, são uma demonstração de apoio aos aliados da Otan que se sentem ameaçados pelos movimentos militares da Rússia perto da Ucrânia e pela ameaça de uma invasão, disseram autoridades dos EUA.

O secretário de imprensa do Pentágono, John Kirby, disse que os desdobramentos incluíam cerca de 2.000 soldados que seriam enviados dos Estados Unidos para a Polônia e a Alemanha. Além disso, aproximadamente 1.000 soldados atualmente alocados na Alemanha serão realocados para a Romênia. Kirby disse que as medidas, que aconteceriam nos próximos dias, não são permanentes e enfatizou: “Essas forças não vão lutar na Ucrânia”.

A medida é o sinal mais significativo até o momento de que os Estados Unidos estão se preparando para a perspectiva do presidente russo Vladimir Putin lançar uma invasão da Ucrânia, já que a Rússia não mostrou sinais de desescalada após várias rodadas de negociações diplomáticas com os EUA e a Otan.

Uma autoridade informou que Biden assinou as tropas adicionais após uma reunião na manhã de terça-feira (1) na Casa Branca com o secretário de Defesa Lloyd Austin e o presidente do Joint Chiefs, general Mark Milley.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a Matthew Chance, da CNN, em um comunicado exclusivo na quarta-feira, que “os EUA de fato continuam a aumentar a tensão na Europa”. Peskov disse que os desdobramentos são “a melhor prova de que nós, como Rússia, temos uma razão óbvia para estarmos preocupados”.

Biden disse a Kaitlan Collins da CNN na quarta que a decisão foi “totalmente consistente” com o que os EUA disseram à Rússia durante as discussões.

“É totalmente consistente com o que eu disse a Putin no início”, disse Biden em uma breve conversa na Sala Leste da Casa Branca. “Enquanto ele estiver agindo de forma agressiva, vamos garantir que nossos aliados da Otan e da Europa Oriental estejam lá e o Artigo 5º é uma obrigação sagrada”.

Ao mesmo tempo em que os EUA se preparavam para enviar tropas para a Europa, a Casa Branca disse nesta quarta que não estava mais descrevendo uma possível invasão russa da Ucrânia como “iminente”, sugerindo que a palavra enviou uma mensagem não intencional.

“Eu usei isso uma vez. Acho que outros usaram isso uma vez. E então paramos de usá-lo porque acho que enviou uma mensagem que não pretendíamos enviar, que era que sabíamos que o presidente Putin havia tomado uma decisão”, disse White.

Na semana passada, secretária de imprensa da Câmara, Jen Psaki, disse que uma invasão da Ucrânia por tropas russas continua “iminente”, uma descrição que provocou raiva em Kiev. Autoridades ucranianas, incluindo o presidente Volodymyr Zelensky, discordaram, argumentando que as descrições podem causar pânico e turbulência econômica.

Um funcionário ucraniano disse à CNN que Kiev saudou o reforço do flanco leste da Otan, mas “espera que seja acompanhado de suprimentos contínuos de armas defensivas para a Ucrânia, incluindo defesas aéreas sofisticadas”.

Mais tropas dos EUA podem ser enviadas

Kirby enfatizou que esses movimentos adicionais de tropas não significam que os EUA acreditam que Putin decidiu invadir a Ucrânia ou qualquer outro país, mas “se ele invadir a Ucrânia, obviamente haverá consequências por isso”.

“Queremos ter certeza de que ele sabe que qualquer movimento contra a Otan sofrerá resistência e desencadeará o Artigo 5º, e estaremos comprometidos com a defesa de nossos aliados”, disse Kirby.

Na semana passada, os EUA colocaram 8.500 soldados nos EUA em alerta elevado caso uma Força de Resposta da Otan seja convocada e as forças dos Estados Unidos sejam necessárias rapidamente. Mas os EUA e a Otan já têm dezenas de milhares de outras tropas na Europa para recorrer a quaisquer desdobramentos adicionais para aliados do Leste Europeu.

Kirby disse que as tropas que estão sendo destacadas estão separadas das 8.500 tropas americanas em alerta máximo. O Pentágono “não está descartando a possibilidade de que haja mais” movimentos de tropas americanas nos próximos dias, disse Kirby.

A implantação dos EUA na Polônia consiste em cerca de 1.700 soldados de uma equipe de combate da brigada de infantaria da 82ª Divisão Aerotransportada baseada em Fort Bragg, na Carolina do Norte. Há cerca de 300 militares do 18º Corpo Aerotransportado em Fort Bragg, desdobrando-se na Alemanha. E os EUA estão transferindo um esquadrão Stryker de cerca de 1.000 soldados da Alemanha para a Romênia, disse Kirby.

As tropas operarão bilateralmente com seus países anfitriões, uma vez que a Otan ainda não ativou a força de resposta multinacional.

CNN informou na semana passada que os EUA e vários aliados estavam em discussões para enviar mais milhares de tropas para os países da OTAN do Leste Europeu antes de qualquer potencial invasão russa da Ucrânia como uma demonstração de apoio diante da agressão contínua de Moscou.

Um diplomata letão disse à CNN na quarta-feira que a Letônia, que faz fronteira com a Rússia e a Bielorrússia, “está pronta e disposta a receber mais tropas dos EUA – tem sido um tópico de discussão de longa data com o Pentágono e essas discussões ainda estão em andamento”.

FONTE CNN

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Itamaraty vê agravamento de conflito na Ucrânia e divulga novas medidas para brasileiros

Ministro Carlos França ainda redireciona operações da embaixada brasileira em Kiev para Lviv e Chisinau, na Moldávia

Refugiados da Ucrânia chegam a abrigo temporário em Korczowa, na PolôniaCrédito: Sean Gallup/Getty Images

O ministro de Relações Exteriores, Carlos França, encaminhou nesta quarta-feira (2) um telegrama, ao qual a CNN teve acesso, para cinco embaixadas com novas tarefas para auxiliar os brasileiros que estão na Ucrânia ou que conseguiram deixar o país.

De acordo com o ministro, isso foi feito “diante do agravamento da situação”. A circular telegráfica foi enviada às embaixadas da Ucrânia, Polônia, Romênia, Hungria e Eslováquia.

“Dou instruções. À luz do agravamento da situação na Ucrânia, sobretudo com a possibilidade da intensificação de ataques a Kiev, e da necessidade de adaptar as ações do governo brasileiro à nova realidade, determinei novas medidas, de natureza emergencial, com o objetivo de intensificar os esforços da diplomacia brasileira na assistência aos nacionais brasileiros que desejam deixar o território ucraniano ou que estão em trânsito em países vizinhos”, afirma o ministro no texto obtido pela CNN.

França informa que decidiu redirecionar as operações da embaixada brasileira em Kiev, capital ucraniana, para outras duas cidades: Lviv, localizada no oeste da Ucrânia para onde estão indo brasileiros que tentam fugir pela Polônia, e Chisinau, na Moldávia, por onde passam os brasileiros que decidem sair da Ucrânia com direção à Romênia. Funcionários que ainda continuarem em Kiev vão trabalhar remotamente.

Para o governo, essa transferência vai tornar mais rápido, eficiente e presente o atendimento a brasileiros que necessitem de apoio para sair da Ucrânia. Vários brasileiros têm se manifestado em redes sociais sobre a dificuldade de se comunicar com a embaixada brasileira.

Nas novas orientações, o ministro roga às embaixadas que não deixem de fazer as despesas humanitárias necessárias, como auxiliar brasileiros com transporte, alimentação e alojamento. E que deem visibilidade a todas as ações.

O chanceler reitera também o papel do Grupo de Trabalho (GT) criado recentemente para coordenar as ações do governo, como o contato direto por telefone e Whatsapp com os brasileiros da região .

No caso dos jogadores de futebol brasileiros, estabelece interlocução com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O grupo é integrado por coordenador e diplomatas das áreas consular, política, de imprensa, Agência Brasileira de Cooperação, Assessoria Especial de Relações Federativas, Congresso Nacional e um representante do Ministério da Defesa, que participam remotamente.

Transferência

Com a transferência das atividades da embaixada em Kiev, o Itamaraty informa que o embaixador Norton de Andrade Mello Rapesta, a ministra-conselheira Elda Maria Gaspar Alvarez e o oficial de chancelaria Clovis Gomes de Aguiar Filho deverão se deslocar a Chisinau, onde ficará instalado o equipamento de comunicação do posto.

O primeiro secretário André Tenório Mourão permanecerá em Lviv e atuará em coordenação com a força-tarefa criada para apoiar a retirada dos brasileiros da zona de conflito. O chanceler informa no telegrama que providências relativas a passagens e diárias destes servidores estão sendo tomadas.

“Combinado com os destacamentos oriundos das embaixadas em Varsóvia e Bucareste, às quais muito agradeço, os postos de atendimento em Lviv e Chisinau tornarão a presença consular brasileira mais intensa e visível em pontos fundamentais das rotas de saída de território ucraniano”, afirma o ministro.

“Aos demais Postos, rogo mobilizar todos os recursos materiais e humanos necessários para a melhor prestação possível de apoio aos brasileiros em suas respectivas jurisdições. Com os reforços orçamentários recentemente recebidos, e conforme orientações já transmitidas, rogo alugar transporte, providenciar alojamento e alimentação aos brasileiros evacuados, bem como quaisquer outras despesas de natureza humanitária que se façam necessárias. Rogo, ainda, disponibilizar nas redes sociais e na página oficial do Posto informações atualizadas de interesse imediato dos nacionais, sobretudo dados de contato (telefone de plantão ou correio eletrônico) que permitam o fácil acesso aos serviços consulares pelo Posto”.

Leia a íntegra do telegrama obtido pela CNN:

CIRCULAR-TELEGRÁFICA

Expedida hoje, 2/3, para as embaixadas do Brasil na Ucrânia, Polônia, Romênia, Hungria e Eslováquia.

Brasileiros na Ucrânia.
Assistência consular. Novas medidas.

Dou instruções. À luz do agravamento da situação na Ucrânia, sobretudo com a possibilidade da intensificação de ataques a Kiev, e da necessidade de adaptar as ações do governo brasileiro à nova realidade, determinei novas medidas, de natureza emergencial, com o objetivo de intensificar os esforços da diplomacia brasileira na assistência aos nacionais brasileiros que desejam deixar o território ucraniano ou que estão em trânsito em países vizinhos.

2.A exemplo de outras chancelarias, decidi redirecionar as operações da embaixada em Kiev para as cidades de Lviv – para onde conflui a maior parte dos nacionais em direção à Polônia -, e Chisinau, na Moldávia, por onde passam boa parte dos brasileiros que decidem sair da Ucrânia com direção à Romênia. A medida visa a tornar mais rápido, eficiente e presente o atendimento a brasileiros que necessitem de apoio do governo brasileiro para sair da Ucrânia. Combinado com os destacamentos oriundos das embaixadas em Varsóvia e Bucareste, às quais muito agradeço, os postos de atendimento em Lviv e Chisinau tornarão a presença consular brasileira mais intensa e visível em pontos fundamentais das rotas de saída de território ucraniano.

3.Para tanto, o chefe do Posto, embaixador Norton de Andrade Mello Rapesta, a ministra-conselheira Elda Maria Gaspar Alvarez e o oficial de chancelaria Clovis Gomes de Aguiar Filho deverão deslocar-se a Chisinau, onde ficará instalado o equipamento de comunicação do Posto; o primeiro secretário André Tenório Mourão permanecerá em Lviv e atuará em coordenação com a força-tarefa que criei para apoiar a retirada dos brasileiros da zona de conflito. Providências relativas a passagens e diárias estão sendo tomadas. Os funcionários locais de Brasemb Kiev permanecerão na capital, em regime de trabalho remoto, até que as condições de segurança permitam a retomada da rotina.

4. Aos demais Postos, rogo mobilizar todos os recursos materiais e humanos necessários para a melhor prestação possível de apoio aos brasileiros em suas respectivas jurisdições. Com os reforços orçamentários recentemente recebidos, e conforme orientações já transmitidas, rogo alugar transporte, providenciar alojamento e alimentação aos brasileiros evacuados, bem como quaisquer outras despesas de natureza humanitária que se façam necessárias. Rogo, ainda,
disponibilizar nas redes sociais e na página oficial do Posto informações atualizadas de interesse imediato dos nacionais, sobretudo dados de contato (telefone de plantão ou correio eletrônico) que permitam o fácil acesso aos serviços consulares pelo Posto.

5. Quando cabível, peço mobilizar os consulados-honorários da jurisdição para igualmente estender rede de apoio aos brasileiros e facilitar travessias. É essencial que todas as ações dos postos na região de fronteira tenham visibilidade, de forma a facilitar a identificação, pelos brasileiros, da presença diplomática e, assim, agilizar a prestação de assistência.

6.O Grupo de Trabalho Brasileiros na Ucrânia seguirá como unidade coordenadora das ações do governo brasileiro na área consular e dará orientações específicas aos Postos. O GT é integrado por coordenador e diplomatas das áreas consular, política, de imprensa, ABC, AFEPA e representante do Ministério da Defesa (participação remota). Elenco, a seguir, algumas das medidas em implementação pelo GT:
– contatos permanentes com os postos da região e equipes nas regiões de fronteira, para monitorar situação dos brasileiros;
– instruções sobre assistência consular aos brasileiros que se encontram na zona de conflito na Ucrânia e aos que lograram sair do país;
– orientação e assistência consular direta a nacionais na região, por WhatsApp, telefone e e-mail;
– contatos diretos por telefone ou e-mail com os brasileiros, para confirmação e atualização de dados (localização, número e perfil dos brasileiros nos grupos, dados de contato, número de passaporte);
– transmissão de informações a brasileiros (mediante contatos por WhatsApp, e-mail e telefone) sobre situação de segurança e condições de transporte em cidades e regiões na Ucrânia e países fronteiriços;
– contatos por telefone com agentes fronteiriços ucranianos e romenos com vistas a facilitar a entrada de brasileiros;
– acompanhamento, monitoramento e apoio logístico para o estabelecimento e funcionamento de escritórios de apoio em Chisinau/Moldova e base de apoio em Lviv;
– custeio de hospedagem de brasileiros na região de Lviv (75 km da fronteira com a Polônia);
– envio de recursos para apoiar os nacionais brasileiros desvalidos (pequenos auxílios, recursos para repatriação, aluguel de veículos para transporte, etc);
– interlocução com a CBF para apoio aos jogadores(as) brasileiros(as);
– interlocução permanente com o Ministério da Defesa, o Ministério da Saúde e a ANVISA para organizar voo de repatriação MRE-MD em aeronave da FAB (KC-390);
– elaboração de dois boletins diários informativos (manhã e tarde) sobre situação política, assistência consular, cooperação humanitária e imprensa. Resumo do boletim é encaminhado pela AFEPA a setores do Congresso Nacional;
– elaboração de respostas a perguntas encaminhadas pela imprensa sobre a situação dos brasileiros na Ucrânia;
– elaboração de alerta para o Portal Consular;
– elaboração de respostas a pedidos de informação do Congresso Nacional e entidades sobre assistência prestada a nossos conacionais na região;
– elaboração de resumo sobre preparativos para a prestação de cooperação humanitária à Ucrânia; e
– intercâmbio de informações diárias em grupo consular latino-americano e compilação de pedidos de apoio para repatriação de nacionais de terceiros países.

FONTE CNN

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Alta dos preços e paralisia do comércio são ameaça ao Brasil, dizem economistas

Assim como o resto do mundo, o país deve sofrer com a disparada nos preços das commodities, bem como com uma falta de fertilizantes importados da Rússia

Foto: Pexels
Thais Herédiado CNN Brasil Business
em São Paulo

As sanções tomadas pelos países para inviabilizar o uso das reservas internacionais do Banco Central da Rússia surpreenderam analistas econômicos no mundo todo.

O bloqueio das operações de bancos russos no sistema swift já era esperado, mas a asfixia do sistema financeiro do país governado por Vladimir Putin é medida inédita e com efeitos ainda incalculáveis.

Nesta terça-feira (1), o mundo observou mais surpresas. As maiores empresas globais, em diversos setores, foram anunciando, uma a uma, a decisão de romper relações, negócios e operações com a Rússia. Uma escalada de pressão com penalidades também nunca vistas antes.

“Essa decisão é inacreditável. Eu nunca vi nada parecido e o que chama atenção é que são ações descentralizadas, de maneira universal, todas fazendo por conta própria, assumindo os riscos e os custos. Isto tudo é um nó de grandes proporções para a economia russa, uma operação abafa”, disse à CNN o economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados.

O primeiro efeito deste conjunto de ações é a disparada nos preços das commodities, como estamos vendo.

O petróleo WTI foi o destaque, chegando a subir 10% e passando de $100 dólares o barril pela primeira vez desde 2014. O tipo Brent, referência mundial e da Petrobras, subiu mais de 8% nesta terça-feira (1), cotado acima dos $105 dólares.

Agência Internacional de Energia decidiu liberar parte de suas reservas de emergência para garantir fornecimento à Europa e tentar segurar as cotações. A entidade age como um contraponto à Opep, que representa os maiores produtores do mundo.

“É como se fosse uma OCDE do petróleo”, disse à coluna David Zylbersztajn, ex-presidente da ANP, agência reguladora do setor no Brasil.

“Neste momento, tudo que se fala sobre o que vai acontecer com os preços do petróleo é na base da opinião. Neste segmento, o certo é que todo mundo, em geral, erra. Não há um modelo consagrado de previsão aceito no mercado. Isso se acentua em momentos de instabilidade. Cenário sobre petróleo é de prudência e atenção — não é um mercado estável, confortável”, afirmou Zylbersztajn.

Na abertura do mercado internacional desta quarta-feira (2), os preços dos dois tipos continuaram subindo. A cotação do WTI se aproximava dos $110 dólares, do Brent, passando da marca nas primeiras horas do dia.

“O preço petróleo hoje está totalmente enviesado para a questão geopolítica. Cada vez que há mais dúvida sobre longevidade da guerra e de consequências, os preços vão explodindo. O petróleo ainda é a principal commoditie do mundo e tem o poder de levar todas as outras atrás dele, na alta e na queda. Isso vai virar uma enorme inflação”, alarmou Adriano Pires, presidente do Centro Brasileiro de Infraestrutura.

Comércio Internacional

Entre as sanções de empresas privadas contra a Rússia, a adesão das responsáveis pelo transporte marítimo no mundo levantou muitas bandeiras amarelas sobre o impacto no comércio internacional.

Além do preço das commodities — que provoca aumento dos custos do frete — a economia global corre o risco de enfrentar uma paralisação. Em menos de dois anos do abalo inicial promovido pela pandemia do novo coronavírus.

O Brasil vai sentir o impacto dos choques de duas formas, para o bem e para o mal. Preços maiores aumentam receita dos exportadores, mas o cenário de instabilidade e incertezas não garante ganhos para país.

“Todos nós seremos afetados, direta ou indiretamente. O comércio vai paralisar e nós vamos sentir aqui também. Os países devem começar a selecionar para quem vender para garantir como receber”, disse à CNN o presidente da Associação Brasileira dos Exportadores, José Augusto de Castro.

“Para o Brasil, a Rússia é pequena para exportação, mas dependemos da importação dos fertilizantes. Sem eles, a produtividade da lavoura cai muito. Nós vamos ter que enfrentar a guerra sem estar na guerra, com preço alto dos produtos e inflação”, acrescentou.

O economista José Roberto Mendonça de Barros adiciona uma ressalva que considera crucial na leitura do cenário atual. O tempo, a extensão da guerra, a escalada da resposta da Rússia, a asfixia da economia russa. Cada um desses fatores pode levar um desfecho diferente.

“É crucial deixar claro qual o horizonte de tempo que estamos falando. Convém separar o que pode acontecer no curto prazo. Tudo indica que não há alternativa que não a paralisia do comércio internacional”, avaliou.

Neste curto prazo, do ponto de vista financeiro ou comercial, a Rússia está sufocada. Todas essas ações acontecendo ao mesmo tempo provocam choque e respostas inclusive no plano moral, não apenas dos negócios”, completou.

Na visão de Mendonça de Barros, o conjunto do agronegócio brasileiro será afetado, mas ainda é prematuro prever os desfechos enquanto a guerra se desenrola.

“Ainda assim, mesmo sabendo que o agronegócio pode ser impactado, não será nada comparado com o que vai acontecer com o custo de vida dos brasileiros. Teremos abalo no PIB deste ano, na inflação e a resposta que será demandada do BC. É um momento de muita incerteza”, afirmou.

FONTE CNN

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Entenda o que acontece se a Rússia cortar o fornecimento de gás à Europa

Instituição com sede em Bruxelas alerta que a Europa deve se preparar para um eventual corte do fluxo de gás russo; região importa cerca de 40% do seu gás natural da Rússia

Usina de gás natural em Berlim, Alemanha: Rússia fornece cerca de metade do insumo da maior economia da EuropaSean Gallup/Getty Images

Se a Rússia interromper o fornecimento de gás à Europa para retaliar as sanções punitivas por sua invasão da Ucrânia, a região ainda poderá sobreviver no próximo inverno. Mas não será fácil ou barato.

Essa é a conclusão de um relatório publicado na segunda-feira pela Bruegel. A instituição com sede em Bruxelas alertou que os preparativos “devem ser feitos para o término completo de todos os fluxos de gás russo para a Europa”.

“Se a UE for forçada ou estiver disposta a arcar com o custo, deve ser possível substituir o gás russo já para o próximo inverno sem que a atividade econômica seja devastada, as pessoas congelem ou o fornecimento de eletricidade seja interrompido”, disseram os pesquisadores da Bruegel. “Mas no terreno, dezenas de regulamentos terão que ser revisados, procedimentos e operações usuais revisitados, muito dinheiro gasto rapidamente e decisões difíceis tomadas”.

Graças às importações recordes de gás natural liquefeito de países como os Estados Unidos nos últimos meses, a Europa deve ser capaz de durar até o verão sem graves faltas de energia, mesmo que a Rússia corte intencionalmente seus suprimentos de gás – ou se a infraestrutura principal for danificada em meio aos combates na Ucrânia.

No entanto, a Bruegel diz que o bloco precisa começar a pensar em como reabastecer seus estoques, dos quais os países da Europa dependem para manter as luzes acesas e aquecer as casas.

A Europa importa cerca de 40% do seu gás natural da Rússia. A Alemanha, a maior economia do bloco, está particularmente exposta: a Rússia fornece cerca de metade de seu gás natural.

Áustria, Hungria, Eslovênia e Eslováquia obtêm cerca de 60% de seu gás natural da Rússia, enquanto a Polônia obtém 80%.

O carvão e o clima

Se as importações russas cessarem, a Europa precisará reduzir a demanda por gás em pelo menos 400 terawatts-hora, ou cerca de 10% a 15% da demanda anual, segundo a Bruegel. O grupo disse que isso é “possível”, mas exigiria mudanças nas políticas. Algumas opções incluem aumentar o uso de combustíveis alternativos, como carvão, retardar a desativação de usinas nucleares ou reduzir a demanda de players industriais.

Este cenário também pressupõe que a UE “pode ​​adquirir quantidades sem precedentes de GNL, que os participantes do mercado tenham incentivos suficientes para comprar e armazenar gás a preços elevados e que o gás seja então distribuído sem problemas entre os países”.

A maior utilização de carvão, em particular, teria grandes consequências para o clima. Um importante relatório apoiado pela ONU publicado na segunda-feira descobriu que o aquecimento global está a caminho de transformar a vida na Terra como a conhecemos, com efeitos mais perturbadores e generalizados do que os cientistas esperavam 20 anos atrás.

A Europa está começando a planejar com antecedência. No domingo, o chanceler alemão Olaf Scholz, que tomou a decisão de suspender a certificação do gasoduto Nord Stream 2 da Rússia na semana passada, disse que o país construirá dois novos terminais de GNL.

“Precisamos fazer mais para proteger o suprimento de energia do nosso país”, disse Scholz.

A Alemanha também está considerando a possibilidade de estender a vida de suas três usinas nucleares restantes, que devem ser fechadas este ano.

A Bruegel diz que o gerenciamento de custos, bem como a coordenação entre governos e empresas, será um desafio à medida que a Europa tenta reabastecer seu suprimento de gás. Os preços na Europa estão abaixo dos recordes atingidos em dezembro, mas continuam elevados.

Adicionar cerca de 70 terawatts-hora de gás ao armazenamento da UE antes do próximo inverno custaria pelo menos € 70 bilhões (US$ 79 bilhões), em comparação com € 12 bilhões (US$ 13,5 bilhões) nos anos anteriores, segundo a Bruegel.

FONTE CNN

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Lucro da Vale atinge R$ 121,2 bilhões em 2021, alta de 353% ante 2020

Em 2020, o resultado da mineradora foi afetado pelos efeitos da pandemia de Covid-19, que reduziu sua produção

Receita da Vale chegou em US$ 13,1 bilhões no 4º trimestre de 202107/08/2017 REUTERS/Ricardo Moraes

mineradora Vale divulgou seus resultados para o fechamento do ano de 2021 nesta quinta-feira (24), com registro de forte crescimento. No quarto trimestre, os ganhos da gigante brasileira somaram US$ 5,4 bilhões, uma alta de 634% em relação a igual período do ano anterior.

Em 2021 como um todo, o lucro líquido da mineradora somou US$ 22,4 bilhões, uma alta de 360% em relação a 2020. A companhia considera os resultados em dólar como dados oficiais de seu balanço. Em reais, o lucro foi de R$ 121,2 bilhões, com alta de 353% na comparação com 2020.

A receita da companhia somou US$ 54,5 bilhões, alta de 38% no relativo anual. Em reais, foram R$ 293,5 bilhões, avanço de 42% na mesma comparação. No intervalo entre outubro e dezembro, a receita da Vale chegou em US$ 13,1 bilhões.

No ano passado, o preço médio do minério de ferro vendido pela Vale foi de US$ 140,50 a tonelada, valor 30% superior ao registrado no ano anterior. No quarto trimestre, porém, o valor caiu a US$ 106,8 por tonelada, abaixo dos US$ 126,70 do trimestre anterior.

As vendas de minério de ferro, seu carro-chefe, foram de 277,5 milhões de toneladas, expansão de 8,9%.

A Vale investiu no ano passado US$ 5,28 bilhões, aumento de 18% em um ano. Para 2022, a projeção da companhia é de que os aportes ficarão um pouco superiores, em US$ 5,8 bilhões. O aumento, contudo, é explicado porque investimentos acabaram sendo postergados em razão da pandemia.

A base de comparação com o ano de 2020, no entanto, é baixa. Em 2020, o resultado da mineradora foi afetado pelos efeitos da pandemia de Covid-19, que reduziu sua produção, e também por despesas relativas às consequências da tragédia de Brumadinho (MG), que deixou mais de 270 mortos no início de 2019.

Novas despesas

O forte lucro da Vale veio apesar de uma provisão adicional que teve que realizar para a descaracterização (encerramento do seu uso) de barragens de armazenamento de rejeitos – que podem se romper, como ocorreu nas tragédias de Mariana (da subsidiária Samarco) e de Brumadinho.

Além disso, a empresa teve que realizar uma nova provisão relacionada à Fundação Renova, órgão criado para administrar os pagamentos das indenizações referentes à tragédia de Mariana, ocorrida em 2015, com 18 mortes.

No documento que acompanhou o balanço, o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, afirma que, apesar da pandemia e da volatilidade dos mercados, a empresa conseguiu “atingir significantes marcos na criação de valor sustentável”. “Estamos também recuperando nossa capacidade de produção em minério de ferro e metais básico”, diz.

Em relatório recente, os analistas do BTG Pactual afirmaram que os ganhos da Vale estão em trajetória de ascensão, movimento que deve ser apoiado pela expectativa de preços do minério de ferro em níveis mais altos com a recuperação da produção da aço da China.

Em seu demonstrativo financeiro, a Vale destacou que as perspectivas para a commodity seguem positivas diante da recuperação da economia.

No ano passado, a Vale produziu 315,6 milhões de toneladas de minério de ferro, aumento de 5,1% em relação a 2020. Para este ano, a projeção da mineradora é de o volume fique entre 320 milhões e 335 milhões de toneladas.

A Vale esclareceu que, após o forte período de chuvas que abateu Minas Gerais nas primeiras semanas do ano, suas operações já funcionam normalmente.

Dividendos

Diante de seu alto ganho financeiro e sem um grande projeto de investimento à vista, a Vale atendeu a uma grande expectativa de investidores e anunciou uma distribuição de dividendos a seus acionistas de US$ 3,5 bilhões, com o pagamento que será realizado em março desse ano. O valor, de acordo com a companhia, será pago já no início do mês de março.

FONTE CNN

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“Dinheiro esquecido”: é possível consultar se familiar falecido tem saldo a receber

Segundo Banco Central, forma de resgate por herdeiro ainda está em discussão

Pessoa consulta site, recebe mensagem negativa e pede para fazer nova consulta a partir do mês de maio.CAIO ROCHA/FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO
Fabrício Juliãodo CNN Brasil Business
em São Paulo

A consulta ao Sistema Valores a Receber (SVR) lançado pelo Banco Central (BC) também pode ser feita com CPF de pessoa falecida. À CNN, o chefe do Departamento Institucional do Banco Central, Carlos Eduardo Gomes, explicou que familiares podem verificar se parentes já falecidos têm valores a serem resgatados.

“A pessoa consegue com o CPF e a data de nascimento essa informação [saber da existência de dinheiro esquecido]. O que estamos discutindo internamente e procurando é a viabilidade jurídica e técnica para dar mais informações para esse herdeiro”, afirmou Carlos Eduardo Gomes.

“O BC está estudando o assunto e, em breve, pretende divulgar informações sobre esse caso em específico”, acrescentou.

Para saber se algum membro da família que já morreu tinha algum dinheiro parado na conta, basta informar seu CPF e data de nascimento no site do Sistema Valores a Receber e fazer a consulta.

Como informou o diretor do BC, a entidade monetária deve comunicar o procedimento para resgate de valores de pessoa falecida.

O que é o SVR?

Trata-se de uma plataforma que possibilita aos brasileiros consultar valores “esquecidos” em bancos ou instituições financeiras e realizar o resgate do montante nas datas estipuladas pelo Banco Central (BC).

Segundo Carlos Eduardo Gomes, chefe do Departamento Institucional do BC, o objetivo do Sistema Valores a Receber (SVR) é ser um canal de comunicação que facilita o encontro do sistema financeiro com os clientes.

“Existem instituições financeiras que não conseguem encontrar o cliente seja porque ele mudou de telefone, de endereço ou de cidade. Então pretendemos beneficiar esse encontro e a pessoa que tem um valor a receber”, afirmou.

As consultas podem ser feitas no endereço valoresareceber.bcb.gov.br, onde é possível consultar os recursos que estavam parados.

Como consultar?

Para realizar a consulta, os usuários devem informar o CPF, no caso de pessoas físicas, ou o CNPJ, em caso das empresas. Também será necessário informar a data de nascimento (para PF) ou de criação da empresa (para PJ).

Aqueles que tiverem valores a receber no momento da consulta podem confirmar o montante e solicitar a sua transferência na data que for informada pela plataforma, cujo início está programado para 7 de março.

Já pessoas que tiveram a sinalização de que não possuem valores a resgatar, podem fazer a consulta novamente a partir de 2 de maio, quando o BC dará início a uma nova fase do SVR.

O que é considerado “dinheiro esquecido”?

Segundo o BC, o sistema de consulta procura valores que estejam nas seguintes condições:

  • Contas correntes ou poupança encerradas com saldo disponível
  • Tarifas cobradas indevidamente, desde que previstas em Termos de Compromisso assinados pelo banco com o BC
  • Parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que previstas em Termos de Compromisso assinados pelo banco com o BC
  • Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários de cooperativas de crédito
  • Recursos não procurados de grupos de consórcio encerrado

fonte CNN

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Cerca de 100 brasileiros ainda estão na Ucrânia e 80 já saíram, diz Itamaraty

Polônia e Romênia são os principais destinos dos brasileiros que conseguiram deixar território ucraniano

Segundo o Itamaraty, foi criado um grupo de trabalho para encontrar brasileiros na UcrâniaMarcello Casal Jr /Agência Brasil

João Pedro Malarda CNN

em São Paulo

Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou neste domingo (27) que cerca de 100 brasileiros registrados na lista da embaixada em Kiev, capital da Ucrânia, ainda constam como presentes no território do país, enquanto cerca de 80 conseguiram se deslocar para países fronteiriços.

Segundo o Itamaraty, a embaixada brasileira segue “prestando assistência consular a todos os nacionais brasileiros que ainda estejam no país”. O Plano de Contingência do ministério prevê a possibilidade de resgate “quando as condições permitirem”.

Até o momento, os principais países de destino dos brasileiros que saíram da Ucrânia são a Polônia e Romênia. “Nos primeiros dias, ante a falta de condições de segurança, estamos implementando a evacuação segura e ordenada”, diz o Itamaraty.

A estimativa do ministério era que, antes do conflito, cerca de 500 brasileiros viviam na Ucrânia. Foi criado um grupo de trabalho para localizar e contatar os brasileiros no país, a partir do apoio da embaixada na Polônia, permitindo a verificação da situação de cada um, condições de segurança nos locais onde estão e possibilidade de evacuação.

Também há a atuação de funcionários da embaixada do Brasil em Chernivtsi, uma cidade da Romênia localizada próxima à fronteira com a Ucrânia. Um diplomata da embaixada se deslocou para a fronteira para auxiliar o traslado dos brasileiros para a capital romena, Bucareste, em um ônibus.

“A Embaixada também estabeleceu posto avançado na fronteira com a Moldávia (caminho entre Kiev e Romênia) para recepcionar os brasileiros que porventura cheguem de forma avulsa àquela região fronteiriça”, informou o ministério.

Já na Polônia, a embaixada em Varsóvia está em contato direto com brasileiros localizados no em torno da cidade ucraniana de Lviv, o motivo é que “naquela área ônibus providenciados pela embaixada brasileira para traslado à capital. Ademais, representantes do governo brasileiro se encontram na fronteira em contato regular com autoridades poloneses”.

O Itamaraty afirma que o governo brasileiro aguarda manifestação de interesse dos brasileiros para retorno ao Brasil, com duas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) colocadas à disposição para esse processo.

Mais cedo, o Ministério de Relações Exteriores afirmou que oito funcionários foram deslocados para a cidade polonesa de Varsóvia para prestar auxílio a brasileiros que saíram da Ucrânia.

Em comunicado enviado à CNN, a assessoria do Itamaraty disse que os servidores já “estão a caminho”. A recomendação é que brasileiros próximos à fronteira entre Ucrânia e Polônia entrem em contato com o plantão do Itamaraty em Varsóvia, pelo número de telefone +48608094328.

Veja imagens do ataque da Rússia contra a Ucrânia

  • 1 de 75Explosão é vista na capital ucraniana de Kiev na quinta-feira, 24 de fevereiroCrédito: Gabinete do Presidente da Ucrânia
  • 2 de 75Diversas explosões foram registradas na Ucrânia após invasão de tropas russas na madrugada de quinta-feira (24)Crédito: Ministério do Interior da Ucrânia
  • 3 de 75Fumaça sai da região que abriga o Ministério da Defesa da Ucrânia em KievCrédito: Reuters
  • 4 de 75Engarrafamento registrado em Kiev, capital da UcrâniaCrédito: Reprodução/Reuters
  • 5 de 75Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, convoca cidadãos para luta armada e pede doações de sangue nesta quinta-feira (24)Crédito: CNN / Reprodução
  • 6 de 75Moradores de Kiev deixam a cidade após ataques de mísseis das forças armadas russas e de Belarus, em 24 de fevereiro de 2022, em Kiev, na UcrâniaCrédito: Getty Images
  • 7 de 75Tanques em Mariupol após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenar a invasão da UcrâniaCrédito: 24/02/2022 REUTERS/Carlos Barria
  • 8 de 75Tanques entram em Mariupol após presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenar invasão da UcrâniaCrédito: 24/02/2022 REUTERS/Carlos Barria
  • 9 de 75Longa fila de carros em Kiev, tentando sair da Ucrânia, na manhã desta quinta (24)Crédito: Reuters
  • 10 de 75Espaço aéreo na Ucrânia foi completamente fechado após invasão de tropas russas no paísCrédito: CNN / Reprodução
  • 11 de 75Pesssoas esperam trens em estação enquanto tentam deixar Kiev, capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, após a Rússia iniciar um ataque em larga escala ao paísCrédito: Getty Images
  • 12 de 75Estrutura danificada por um míssil em 24 de fevereiro de 2022, em Kiev, na Ucrânia. Explosão ocorreu devido a um ataque em larga escala realizada pela RússiaCrédito: Chris McGrath/Getty Images
  • 13 de 75Civis de Donetsk e Luhansk, regiões com predominância de separatistas russos, em Donbass, estão se instalando em campos em Rostov, na Rússia, após a evacuação da região em 21 de fevereiro de 2022Crédito: Sefa Karacan/Anadolu Agency via Getty Images
  • 14 de 75Pessoas esperam ônibus em rodoviária em tentativa de deixar Kiev, a capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022. A Rússia iniciou um ataque à Ucrânia, e expolosões vêm sendo relatadas em diversas regiões do paísCrédito: Pierre Crom/Getty Images
  • 15 de 75Caminhões do exército russo passam por um posto policial em Armyansk, no norte da Crimeia, em 24 de fevereiro de 2022, após operação militar na UcrâniaCrédito: Sergei Malgavko/TASS via Getty Images
  • 16 de 75Veículos militares deixam a cidade de Armyansk, no norte da Crimeia, após ataque russo na UcrâniaCrédito: Sergei Malgavko/TASS via Getty Images
  • 17 de 75Tanque militar ucraniano próximo da escadaria Potenkin, no centro de Odessa, na Ucrânia, após operação militar russa em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
  • 18 de 75Veículos militares após operação militar da Rússia, em Kramatorsk, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, no que foi classificado como maior ataque militar entre países da Europa desde a Segunda Guerra MundialCrédito: Aytac Unal/Anadolu Agency via Getty Images
  • 19 de 75O bispo da Eparquia Católica Ucraniana da Sagrada Família de Londres junta-se a protesto realizado por ucranianos contra a invasão russa em Downing Street, no centro de Londres, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Yui Mok/PA Images via Getty Images
  • 20 de 75Protesto em Berlim na Alemanha em apoio aos ucranianos e pedindo o fim da operação militar russa no país, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Abdulhamid Hosbas/Anadolu Agency via Getty Images
  • 21 de 75Pessoas fazem filas para sacar dinheiro nos caixas eletrônicos com medo dos ataques russos em Odessa, Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
  • 22 de 75Mulher chora após entrar na Polônica, na fronteira entre o país e a Ucrânia, após bombardeio russo. Espera-se que o conflito crie uma onda de refugiados ucranianos que buscarão asilo na PolôniaCrédito: Dominika Zarzycka/NurPhoto via Getty Images
  • 23 de 75Primeiros imigrantes ucranianos começam a entrar na Polônia, após ataque russo no paísCrédito: NurPhoto via Getty Images
  • 24 de 75Foguetes militares cruzam o céu durante entrada de repórter da CNN na RússiaCrédito: CNN
  • 25 de 75Pessoas formam filas nos supermercados em Kiev, Ucrânia, com medo do desabastecimento devido aos ataques russos no país, que já mataram mais de 40 soldados ucranianosCrédito: Future Publishing via Getty Images
  • 26 de 75Carros fazem fila em um posto de gasolina em Kiev, capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Future Publishing via Getty Images
  • 27 de 75Metrô de Kharkiv virou abrigo improvisado, como flagrou equipe de CNNCrédito: CNN
  • 28 de 75Um foguete foi registrado dentro de um apartamento após bombardeio de tropas russas em Piatykhatky, Kharkiv, nordeste da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Future Publishing via Getty ImagVyacheslav Madiyevskyy/ Ukrinform/Future Publishing via Getty Images
  • 29 de 75Bombeiros ucranianos chegam para resgatar cidadãos após ataque aéreo atingir um prédio residencial em Chuhuiv, Kharkiv Oblast, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
  • 30 de 75Um apartamento danificiado após um ataque aéreo russo em um prédio residencial em Chuhuiv, Kharkiv Oblast, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
  • 31 de 75Militares jogam itens em um incêndio do lado de fora de um prédio de inteligência em Kiev, capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Chris McGrath/Getty Images
  • 32 de 75Avião militar dos EUA decola de base aérea em Ramstein, no estado alemão de Renânia-Palatinado, em 24 de fevereiro de 2022. Otan está fortalecendo suas tropas orientais.Crédito: dpa/picture alliance via Getty Images
  • 33 de 75Fumaça escura sobe de um aeroporto militar, em Chuguyev, perto de Kiev, segunda maior cidade da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito:
  • 34 de 75Posto de controle na região de Kiev danificado por disparos de artilhariaCrédito: 24/02/2022 Serviço de Imprensa do Serviço de Guarda Ucraniano/Divulgação via REUTERS
  • 35 de 75Bombeiros tentam apagar incêndio em prédio residencial na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
  • 36 de 75Manifestantes protestam em Berlim contra invsão da Ucrânia pela RússiaCrédito: 24/02/2022REUTERS/Christian Mang
  • 37 de 75Helicópteros militares russos durante voo-teste na região de RostovCrédito: 19/01/2022REUTERS/Sergey Pivovarov
  • 38 de 75Bombeiros chegam para apagar fogo em edifício de apartamentos em Chuhuiv no leste da UcrâniaCrédito: Justin Yau/Sipa USA via Reuters – 24.fev.22
  • 39 de 75Equipes de resgate no local de queda de avião das Forças Armadas da Ucrânia na região de KievCrédito: 24/02/2022Serviço de Imprensa do Serviço de Emergências da Ucrânia/Divulgação via REUTERS
  • 40 de 75Centenas de moradores de um prédio residencial danificado por um míssil se reúnem em um abrigo antibomba no porão de uma escola em Kiev, em 25 de fevereiro de 2022.Crédito: Getty Images
  • 41 de 75Uma criança brinca no parquinho enquanto civis são vistos do lado de fora de um prédio residencial da região de Kiev, atingido durante intervenção militar russa, em 25 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
  • 42 de 75Guardas de fronteira ucranianos que serviam no ponto de passagem de Chongar e entregaram suas armas, em 25 de fevereiro de 2022.Crédito: FSB/TASS via Getty Images
  • 43 de 75Um homem olha pela janela de um apartamento danificado em um bloco residencial atingido por um ataque de mísseis matinal, em 25 de fevereiro de 2022, em Kiev.Crédito: Getty Images
  • 44 de 75Um homem caminha com seu cachorro na frente de um bloco residencial danificado por um ataque de mísseis matinal, em 25 de fevereiro de 2022, em Kiev.Crédito: Getty Images
  • 45 de 75Um quarto queimado e danificado de um apartamento é visto em um bloco residencial atingido por um ataque de mísseis matinal em 25 de fevereiro de 2022 em Kiev.Crédito: Getty Images
  • 46 de 75Ucraniano recolhe seus pertences após o quarto ser danificado por um míssil, em Kiev, 25 de fevereiro de 2022.Crédito: Getty Images
  • 47 de 75Um edifício residencial é danificado por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
  • 48 de 75Um veículo blindado circula no bairro de Zhuliany, em Kiev, durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
  • 49 de 75Bombeiros trabalham em um prédio residencial atingido por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
  • 50 de 75Uma visão do edifício danificado em Kiev, que foi atingido por um recente bombardeio durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
  • 51 de 75Cidadãos ucranianos chegam à Romênia cruzando a fronteira de Siret, em 26 de fevereiro de 2022, depois que a Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images

FONTE CNN