Assessoria de Trânsito e Transportes (Asttran) comunica que duas vias centrais ficam interditadas das 6h às 17h desta terça-feira (5) para execução de serviços de ligação de água.
– Interdição 1 – Rua Campos Altos, bairro São Cristóvão (trecho entre a rua Conquista e rua do Ouro).
Alteração na linha de ônibus 07 – Salomão Drummond / Fertiza -, usuários devem se deslocar para pontos mais próximos nas ruas João Magalhães e Formiga.
– Interdição 2 – Rua Rio Branco, Centro (funcionamento em meia pista no trecho entre a rua Uberaba e rua Marechal Deodoro, com a via).
Relatório é de 2018, mas foi enviado apenas nesta semana ao Senado e aos tribunais eleitorais, com diversas tarjas pretas
Em um documento formulado em outubro de 2018, a Polícia Federal fez diversas recomendações ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), entre elas a centralização da totalização de votos das urnas eletrônicas, a adoção do voto impresso e que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) faça a segurança dos votos extraídos dos equipamentos. O relatório foi enviado ao Senado e aos tribunais regionais eleitorais (TREs) nesta semana, quase três anos depois de o documento ter sido produzido.
O R7 obteve acesso à íntegra do relatório, que faz, ao todo, 14 recomendações elaboradas por um grupo de três peritos criminais federais. No documento, que havia sido compartilhado pela PF com tarjas aos TREs, os peritos reclamaram do prazo que tiveram para fazer a análise nos códigos do TSE, afirmando terem tido tempo “insuficiente para uma análise categórica e exaustiva em todos os elementos de segurança, tanto em termos de programação quanto em termos do ambiente computacional e da própria gestão em tecnologia da informação”.
O documento foi abordado em uma sessão temática do Senado no dia 27 de setembro, a pedido do senador Esperidião Amin (PP-SC), que, assim como os TREs, teve acesso apenas parcial ao documento para a realização da reunião. O tema principal da audiência era a centralização da divulgação dos resultados para o TSE em Brasília, que havia sido alvo de reclamações de presidentes dos TREs durante as eleições do ano passado.
A quinta recomendação do documento é, justamente, a de centralizar a totalização dos votos no TSE. “Na arquitetura descentralizada, o fato de existir um banco de dados e um servidor de aplicações local em um computador em cada TRE aumenta o leque de potenciais ataques ao ambiente, que podem ser mitigados com a localização física dessas máquinas no ambiente do TSE”, diz o documento ao qual o R7 teve acesso.
Durante a reunião virtual no Senado, o diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Luís Flávio Zampronha, disse que a PF havia sido convidada pela Corte Eleitoral para avaliar a segurança do sistema e que as recomendações partiram de uma análise técnica. Ainda de acordo com Zampronha, o documento é apenas opinativo e “não tem o poder de vincular novas medidas adotadas pelo TSE”.
(…) por mais confiável que sejam todas as pessoas envolvidas no processo do sistema eleitoral e por mais maduro que sejam os softwares, eles sempre possuirão possíveis vulnerabilidades e necessidades de aperfeiçoamentos
TRECHO DE DOCUMENTO ENVIADO PELA PF AO SENADO
A recomendação pelo voto impresso – pauta defendida pelo presidente Jair Bolsonaro e que foi rejeitada em uma proposta votada no Congresso em agosto deste ano – é apontada na última recomendação do documento. Os peritos recomendam esforços para que “possa existir o voto impresso para fins de auditoria”. Eles acrescentam que “por mais confiável que sejam todas as pessoas envolvidas no processo do sistema eleitoral e por mais maduro que sejam os softwares, eles sempre possuirão possíveis vulnerabilidades e necessidades de aperfeiçoamentos”.
As urnas eletrônicas já são auditáveis, como reforça o próprio TSE, por meio de mecanismos de auditoria e verificação de resultados que podem ser pedidos pelos próprios partidos, pelo Ministério Público, pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelos eleitores. Em 2014, por exemplo, após ser derrotado pela então presidente Dilma Rousseff (PT), o candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB) pediu uma auditoria no resultado das eleições, que não verificou indícios de fraude. A Justiça Eleitoral também cita como exemplo a Cerimônia de Votação Paralela, quando urnas que já estão instaladas nos locais de votação são sorteadas para verificação.
“As urnas sorteadas são submetidas à votação nas mesmas condições em que ocorreria na seção eleitoral, mas com o registro, em paralelo, dos votos depositados na urna eletrônica. Cada voto é registrado numa cédula de papel e, em seguida, replicado na urna eletrônica, tudo isso registrado em vídeo. Ao final do dia, no mesmo horário em que se encerra a votação, é feita a apuração das cédulas de papel e comparado o resultado com o boletim de urna”, explica um artigo no site do TSE.
A 13ª recomendação feita em 2018 pelos peritos é para que a Abin se encarregue da segurança dos votos que são extraídos das urnas. O documento diz ser recomendável que os módulos e rotinas de extração dos votos das urnas, que são designados a uma empresa terceirizada pelo TSE, sejam direcionados para o próprio tribunal ou para a Abin.
“Verificamos que rotinas muito sensíveis são administradas pela referida empresa e, por mais capacitada que seja, podem perfeitamente ser repassadas para o TSE e/ou Abin mediante contratos de repasse tecnológico”, dizem os peritos. Todos os processos realizados pelas empresas terceirizadas são supervisionados por servidores públicos de carreira.
O senador Esperidião Amin, que conduziu a reunião sobre as sugestões, teve acesso parcial ao documento, mas apontou que a transferência da extração dos votos das urnas da empresa supervisionada pelos servidores do TSE para a Abin tornaria o processo eleitoral “chapa-branca”.
A Secretaria Municipal de Segurança Pública comunica que o trânsito de veículos fica interditado na alça da avenida Dâmaso Drummond que dá acesso à avenida Hitalo Ros (pista sentido Setor Norte), nesta segunda-feira (4), a partir das 7h.
A interdição está prevista para durar 10 dias e faz parte da duplicação da avenida Hitalo Ros para a realização de obras de drenagem e implantação de rede de esgoto. Para evitar transtornos, os motoristas terão que buscar rotas alternativas pelas avenidas Danilo Cunha e Joaquim Jeremias Vieira (encosta do Parque do Cristo) ou pela alameda Helena Ferreira de Moraes (acesso à Capela de Fátima). PMA
Uma menina de apenas dez anos vinha sendo estuprada há alguns meses pelo avô materno P.F., de 52 anos, violência que resultou em sua gravidez. A Delegacia de Orientação e Proteção à Família, em Araxá, que tem como titular a Dra. Paula Lobo Rios Dib, instaurou inquérito policial, com pedido de prisão preventiva em desfavor do investigado. A família apenas percebeu o fato após mudanças corporais na vítima Y.M.F.
Foi pedida a prisão preventiva do investigado, tendo em vista a gravidade dos fatos e a importância do seu afastamento do convívio familiar. O Ministério Público manifestou pelo acolhimento da representação formulada pela autoridade policial e a Justiça deferiu favoravelmente o parecer, expedindo o mandado de prisão, que foi cumprido. O avô da menor foi apresentado na Delegacia, prestando suas declarações e confessando a autoria, sendo levado ao presídio.
A menina foi encaminhada ao Hospital Santa Casa de Misericórdia de Araxá para realização de exames médicos, além da assistência de órgãos de proteção do município.
Procon Araxá alerta para cuidados na compra de brinquedos no Dia das Crianças
Com a aproximação do Dia das Crianças, comemorado em 12 de outubro, o comércio já se prepara para as vendas de produtos infantis. O Programa Municipal de Proteção e Defesa ao Consumidor (Procon Araxá) orienta sobre dicas importantes na hora da compra.
A secretária executiva Belma Nolli recomenda que o consumidor faça pesquisa de preço antes da compra de brinquedos, levando em consideração o que procura de verdade e não se deixe levar por impulsos. “Além disso, a diferença de preço entre uma loja e outra pode variar muito”, acrescenta.
Decidindo pela compra, ela alerta para que o consumidor não deixe de verificar as condições de pagamento, certificando-se dos juros cobrados e o preço final do produto. Outro aspecto muito importante é verificar se o brinquedo é compatível com a idade da criança. “Peças pequenas, por exemplo, são muito perigosas se utilizadas por crianças com idades impróprias”, afirma Belma.
Além disso, a secretária executiva recomenda que só se compre brinquedos que apresentem o selo do Inmetro, que é obrigatório em qualquer produto comercializado no Brasil. “Não compre produtos no mercado informal, pois, apesar de mais baratos, a maioria não atende os requisitos mínimos de segurança e qualidade.”
As embalagens devem conter identificação do fabricante, todas as informações (em português) sobre o produto, incluindo instruções de montagem e de uso, número de peças, advertências de eventuais riscos que possam apresentar à criança e indicação da faixa etária.
As ofertas em anúncios devem ser cumpridas. “Observe, também se o produto condiz com o que é apresentado nos anúncios, pois nem sempre eles mostram o tamanho real, funções e desempenho do brinquedo”, afirma Belma.
Já os brinquedos eletrônicos devem ser testados ainda na loja, verificando se a embalagem não foi violada e ler atentamente as instruções. “Exija a nota fiscal. Com ela, pode-se exigir seus direitos em caso de problemas. Embora a política de troca varie de loja para loja, é importante que o prazo definido pelo estabelecimento esteja informado na nota fiscal”, complementa Belma.
Em caso de defeitos, o fornecedor tem 30 dias para fazer os reparos. “Como qualquer outro produto, o brinquedo está sujeito a todas as exigências do Código de Defesa do Consumidor”, conclui.
Assim que completam 18 anos, os adolescentes acolhidos pela Fundação da Criança e do Adolescente de Araxá (FCAA) precisam deixar a instituição. Em situação de vulnerabilidade social e sem condições de moradia, a realidade da maioria desses jovens faz com que o setor público se preocupe ainda mais com eles.
Visando buscar alternativas que ofereçam suporte a esses egressos, a presidente da FCAA, Taciana Almeida, visitou Repúblicas de Proteção Social que são modelos de serviço de acolhimento residencial para esse tipo de situação.
As casas visitadas ficam em Belo Horizonte e, de acordo com ela, prestam um serviço administrado pela gestão municipal da capital mineira por meio de parcerias com Organizações da Sociedade Civil (OSCs).
“A orientação para estudar a viabilidade desse tipo de residência partiu da Promotoria da Infância e Juventude em Araxá. E ao fazer essa busca por repúblicas que têm essa função social, percebemos que em Minas Gerais há apenas duas funcionando, que atendem em Belo Horizonte”, explica Taciana.
De acordo com ela, a unidade é destinada a atender jovens com idade acima de 18 anos que foram abandonadas por suas famílias ou que têm vínculos fragilizados, estão em situação de vulnerabilidade social e sem condições de moradia. Os acolhidos devem ter autonomia para gerir a própria vida, onde a prefeitura oferta moradia, alimentação e apoio, com eles podendo permanecer até completarem 21 anos de idade.
Em Araxá, segundo Taciana, infelizmente há uma demanda mais específica para alguns adolescentes que têm algum tipo de transtorno. “A partir dessa visita, vimos que se trata de ações em conjunto com a Rede de Proteção para montar um projeto ou ação dentro da realidade de Araxá para discutir junto à Administração Municipal a melhor forma de viabilizar a implantação de uma república ou de uma residência inclusiva. Assim que o prefeito Robson Magela soube dessa proposta, ele já sinalizou positivamente ao projeto”, adianta Taciana.
O prefeito Robson Magela ressalta a responsabilidade do setor público na garantia da dignidade desses jovens que já carregam uma bagagem de uma história de vida de vulnerabilidade. “É muito preocupante saber que após os 18 anos eles não têm para onde ir. E o único lugar que não queremos que eles vão é para a rua”, reforça.
A Secretaria Municipal de Segurança Pública intensifica o trabalho de pintura e sinalização vertical e horizontal nos bairros e na região central de Araxá. A medida garante mais segurança viária no trânsito. A licitação para contratação de empresa que executará a pintura das ruas será realizada no próximo dia 8 de outubro e até o momento os serviços são realizados pela equipe da Assessoria Municipal de Trânsito e Transportes (Asttran).
“A equipe de sinalização tem se esforçado ao máximo para oferecer um trabalho de excelência, garantindo a segurança do trânsito de Araxá. Já foram feitos mais de 3.600 m² de sinalização vertical, com pintura de faixas de pedestre, de redutores de velocidade e de parada obrigatória”, afirma o secretário municipal de Segurança Pública, Daniel Rosa.
Com o retorno das aulas presenciais, a equipe de sinalização priorizou os trabalhos nas portas das escolas. “Foram atendidas 20 escolas e creches. Ao mesmo tempo, a equipe também realizou a sinalização de ruas e avenidas em diversos setores da cidade. Nesta semana, os trabalhos estão concentrados na avenida Pedro de Paula Lemos. Além da pintura de faixas de pedestres, travessia elevada e redutores de velocidade, as placas de sinalização vertical danificadas estão sendo substituídas”, explica o secretário.
Mãe do funcionário publicou em rede social que ele toma remédio controlado e pediu ajuda para encontrá-lo. Caso aconteceu em unidade do Carrefour em Santos, no litoral paulista.
Um funcionário da rede Carrefour que estava desaparecido desde o último sábado (25), ao encerrar o expediente, foi encontrado preso dentro do elevador do supermercado na manhã desta segunda-feira (27). O supermercado funcionou no domingo (26) mas, mesmo assim, ninguém notou que ele estava preso dentro do equipamento. O rapaz ficou sem comer e sem beber durante todo o período.
Segundo apurado pelo g1, o funcionário, que trabalha há cerca de sete anos na unidade do Carrefour da Avenida Conselheiro Nébias, em Santos, no litoral de São Paulo, estava desaparecido desde sábado (25), quando deveria ter voltado para casa após o trabalho.
No entanto, ele não deu notícias, e os familiares passaram a divulgar imagens dele pedindo por informações de possíveis paradeiros por diversas páginas nas redes sociais. A mãe divulgou que o filho era usuário de remédios controlados e que nunca havia ficado fora de casa sem dar notícia antes.
O supermercado funcionou no domingo (26). Mesmo assim, o funcionário só foi localizado na manhã desta segunda-feira, no início do expediente dos funcionários do primeiro turno. Ele estava preso dentro do elevador, onde passou cerca de 36 horas aguardando para ser libertado.
A mãe não chegou a registrar boletim de ocorrência sobre o desaparecimento porque foi orientada a aguardar 24 horas do desaparecimento, já que o filho é maior de idade. Procurada pelo g1, ela preferiu não se manifestar sobre o assunto.
Caso aconteceu na unidade do Carrefour em Santos, SP — Foto: Emilio Pechini
Supermercado
O Carrefour informou que o funcionário ficou preso em um elevador de carga que, por motivos desconhecidos, parou de funcionar. O equipamento fica em uma área com acesso restrito a funcionários e, por conta disso, seria pouco visitado no dia a dia do supermercado.
Uma investigação interna do supermercado apura qual o motivo do funcionário supostamente não ter pedido ajuda. Além disso, uma equipe de manutenção foi acionada e apura qual a causa do elevador ter deixado de funcionar.
O Carrefour informou, por nota, que o funcionário passa bem e se encontra em casa com a sua família, após ser atendido no hospital da cidade e fazer alguns exames. O supermercado disponibilizou uma assistente social para oferecer apoio psicológico ao funcionário e aos familiares mais próximos.
“Estamos junto aos familiares para prestar todo o suporte necessário, incluindo apoio psicológico. Ficamos consternados com o ocorrido e estamos apurando o fato internamente”, finalizou o mercado.
O Ministério Público solicitou um exame psiquiátrico. O homem que jogou um ovo em Macron tem problemas de discernimento.
O estudante de 19 anos suspeito de atirar um ovo no presidente Emmanuel Macron, da França, na segunda-feira (27), foi internado em um centro psiquiátrico, anunciou a Promotoria de Lyon nesta terça-feira (28).
O Ministério Público solicitou um exame psiquiátrico. De acordo com um comunicado, as conclusões indicam uma falta de discernimento. Ele foi internado em um centro psiquiátrico de Lyon.
O incidente aconteceu durante a visita de Macron ao Salão Internacional da Restauração, da Hotelaria e da Alimentação. O jovem que jogou o ovo no presidente foi detido rapidamente e algemado em uma sala do local.
Em 8 de junho, Macron levou um tapa no rosto de um homem, durante uma visita a uma localidade ao sul de Lyon.
O homem, desempregado e que contava com benefícios sociais, foi julgado dois dias depois e condenado a quatro meses de prisão. Foi solto em 21 de setembro.
Na campanha à presidência em 2017, Macron recebeu um ovo na cabeça durante uma visita ao Salão de Agricultura em Paris. Ele ainda não confirmou se disputará a reeleição em abril de 2022.
Entre janeiro e setembro, preço médio de alimentos para animais acumularam alta de 15,46%, enquanto a taxa para alimentação no domicílio foi de 6,53%. Abrigos para animais se dizem desesperados diante deste cenário.
“Estamos no caos e eu não sei o que vem pela frente. Quem tem abrigo está vivendo uma situação realmente muito difícil”.
Luli Sarraf, presidente da ONG Celebridade Vira Lata, do Rio de Janeiro, fala de um problema que é realidade da maioria das entidades de proteção animal – e dos tutores de pets em geral também.
Se colocar comida na mesa está cada vez mais caro para o brasileiro, ainda mais pesado para o bolso está colocar ração nos comedouros de cães e gatos no país. Ao longo do ano, a inflação sobre a alimentação animal supera o dobro da registrada entre os alimentos e bebidas para os humanos.
Uma pesquisa realizada pela Euromonitor International apontou que, em 2020, o Brasil superou o Reino Unido e se tornou o segundo maior mercado de produtos pet do mundo, com 6,4% de participação global. Perde apenas para os Estados Unidos, que têm assombrosos 50% do mercado.
“Esse mês eu gastei R$ 610 com ração comum. Ano passado eu gastava, mais ou menos, R$ 400 e pouco por mês”, disse a aposentada Maria Aparecida Pereira Metelo, de 60 anos, que mantém em casa nove cachorros e três gatos que, juntos, demandam cerca de 60kg de ração por mês.
Maria vive com seus pets em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O aumento real da ração por lá, segundo ela, é ainda maior que o registrado pelo IBGE.
“Ano passado eu comprava um saco de 15kg de ração para os cachorros por, mais ou menos, R$ 100. Agora eu compro um saco de 20kg por R$ 180”, contou. Ou seja, o valor por cada quilo de ração saltou de R$ 6,60 para R$ 9, o que corresponde a um aumento de, aproximadamente, 35%.
Questionada, Maria disse que não buscou, até agora, nenhuma alternativa para reduzir o gasto com a alimentação dos pets.
“Eu não tenho tempo para fazer comida para eles e prefiro não diminuir a qualidade da ração que compro, senão, lá na frente, eles acabam tendo muito problemas de saúde. E os preços de remédios, de exames e veterinários também estão cada vez mais caros”, destacou.
Os remédios de uso veterinário não são pesquisados separadamente pelo IBGE para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no país.
‘Estamos desesperados’
Se o aumento de preços da ração pesa para Maria, que mantém 12 pets, imagina para quem abriga 400 gatos e precisa comprar cerca de meia tonelada de alimento por mês.
“Estamos desesperados, tentando ver com novos distribuidores se conseguem nos repassar as rações ao menor custo possível”, diz Perla Poltronieri, fundadora e presidente da Catland, ONG instalada em 2012 no Jabaquara, bairro na Zona Sul da capital paulista, que se dedica ao resgate de gatos abandonados na cidade.
Perla enfatizou que “a alimentação é uma parte fundamental” do trabalho desenvolvido pela ONG. Isso porque a entidade prioriza o resgate de gatos idosos, machucados e doentes. “Eles precisam de rações especiais, medicamentosas, ricas em nutrientes específicos. As rações normais encareceram muito, mas as medicamentosas aumentaram muito mais. Eu pagava cerca de R$ 100 em um saco de 3,5 kg, e agora estou pagando R$ 150, ou seja, 50% mais caro. E essas rações representam 20% do consumo na Catland”, ressaltou a fundadora.
Outro impacto relevante da inflação nas demandas dos gatos foi sobre a areia higiênica. A ONG utiliza 750 kg por mês e, segundo Perla, o gasto médio mensal saltou de R$ 1,2 mil para 1,8 mil, o que representa um aumento acima de 50%.
Além do impacto da inflação, a ONG também registrou grande aumento na demanda do abrigo em razão da pandemia. O local tinha capacidade para abrigar 300 felino e, atualmente, tem cerca de 100 a mais. Com isso, a despesa fixa mensal da Catland passou de aproximadamente R$ 70 mil para R$ 110 mil, um aumento de quase 60%.
‘Situação terrível’
Com uma demanda de 45 kg de ração por dia – cerca de 1,3 tonelada ao mês – a ONG Casa de Lázaro, que funciona há oito anos em Lins de Vasconcelos, na Zona Norte do Rio de Janeiro, tem passado dificuldades para manter abrigados cerca de cem cães.
“A situação está terrível. A gente acabou tendo que dispensar colaborares para poder manter os custos. A ração teve um aumento de 30%. A gente gastava em torno de R$ 10 mil por mês no ano passado, e hoje o gasto com ração é de mais ou menos R$ 13 mil”, contou Vanessa Pinto, fundadora e presidente da ONG.