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Senado aprova projeto que obriga planos de saúde a cobrirem tratamentos fora do rol da ANS; veja o que pode mudar

Senadores aprovaram o mesmo texto que passou pela Câmara dos Deputados e projeto seguirá para sanção presidencial. Texto prevê que a lista da ANS é apenas “exemplificativa”, e não a cobertura total dos convênios médicos.

Nova lei sobre cobertura dos planos de saúde: entenda o que pode mudar

Senado aprovou nesta segunda-feira (29) o projeto de lei que obriga planos de saúde a cobrirem tratamentos e procedimentos fora do rol da Agência Nacional da Saúde (ANS).

O projeto passou no início de agosto por votação simbólica na Câmara dos Deputados. Senadores aprovaram o mesmo texto e o projeto seguirá para sanção presidencial.

A nova lei derruba o entendimento do pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que decidiu, em junho, que a lista de procedimentos da ANS é “taxativa” — ou seja, que os planos só precisam cobrir o que está na lista, que atualmente é composta por 3.368 itens.

Senado vai votar projeto que obriga planos de saúde a cobrirem tratamentos fora da lista da ANS

Senado vai votar projeto que obriga planos de saúde a cobrirem tratamentos fora da lista da ANS

Entenda o que está em jogo e o que muda para os segurados se a nova lei for sancionada:

Qual a diferença entre rol taxativo e exemplificativo?

A cobertura exemplificativa significa que os planos de saúde não se limitam a cobrir apenas o que está na lista da ANS, pois ela serve exatamente como exemplo de tratamento básicos.

Já a cobertura taxativa entende que o que não está nesta lista preliminar da ANS não precisa ter cobertura das operadoras.

O que está no rol da ANS?

A lista de cobertura pode ser consultada aqui. Ela depende, no entanto, do tipo de cobertura contratada: ambulatorial, internação, parto e odontológico, além das combinações entre esses tipos.

Como era antes da decisão do STJ?

A lista da ANS era considerada exemplificativa pela maior parte do Judiciário. Isso significa que pacientes que tivessem negados procedimentos, exames, cirurgias e medicamentos que não constassem na lista poderiam recorrer à Justiça e conseguir essa cobertura. Isso porque o rol era considerado o mínimo que o plano deveria oferecer.

Os planos, assim, deveriam cobrir outros tratamentos que não estão no rol, mas que tivessem sido prescritos pelo médico, tivessem justificativa e não fossem experimentais.

Como é agora?

A decisão do STJ – e que está valendo até que a nova lei possivelmente entre em vigor – é de que o rol é taxativo. Com isso, essa lista contém tudo o que os planos são obrigados a pagar: se não está no rol, não tem cobertura, e as operadoras não são obrigadas a bancar.

A decisão do STJ não obriga as demais instâncias a terem que seguir esse entendimento, mas o julgamento serve de orientação para a Justiça. Nesse caso, muitos pacientes não conseguem começar ou dar continuidade a um tratamento com a cobertura do plano de saúde.

Há algumas exceções a esses limites, como terapias recomendadas expressamente pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), tratamentos para câncer e medicações “off-label” (usadas com prescrição médica para tratamentos que não constam na bula daquela medicação).

Como pode ficar se a lei for aprovada?

Com a nova decisão, as operadoras de planos podem ser obrigadas a autorizar tratamentos ou procedimentos que estejam fora do rol da agência.

Para isso, no entanto, o tratamento ou medicação devem atender a um dos seguintes critérios:

  • ter eficácia comprovada;
  • ter autorização da Anvisa;
  • ter recomendação da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS); ou
  • ter recomendação de pelo menos um órgão de avaliação de tecnologias em saúde que tenha renome internacional e que tenha aprovado o tratamento para seus cidadãos.

Entre as entidades de renome citadas no projeto estão: Food and Drug Administration, União Europeia da Saúde, Scottish Medicines Consortium (SMC); National Institute for Health and Care Excellence (Nice); Canada’s Drug and Health Technology Assessment (CADTH); Pharmaceutical benefits scheme (PBS); e Medical Services Advisory Committee (MSAC).

FONTE G1

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Ampara oferece atendimento fisioterapêutico aos assistidos

nvestindo em mais bem-estar para os assistidos, a Associação de Amparo às Pessoas com Câncer de Araxá (Ampara) passa a contar com o tratamento de fisioterapia.  Os atendimentos são realizados no Centro de Traumatologia Ortopedia e Oftalmologia (CTO), situado na avenida Aracely de Paula, 1730, Centro.

A fisioterapeuta Ana Cristina de Faria recebe os pacientes com muito amor e bastante compreensão para contribuir com técnicas que trazem paz e tranquilidade para todos. “A fisioterapia para o paciente que faz tratamento oncológico é fundamental porque traz ele de volta para a sociedade. Muitas vezes, fica constrangido de sair de casa, com receio pela dor, perda de cabelo ou é necessário fazer uma cirurgia mais agressiva. Hoje a fisioterapia tem condições de trabalhar com o paciente fazendo que ele se sinta melhor”.

Para Ana, o tratamento, além de físico, também é emocional e proporciona auto-estima. Esse é o caso da paciente Solange Imaculada de Oliveira Carvalho, de 58 anos. “O tratamento está sendo importante. Minha vida mudou totalmente. Estava em um momento depressivo e fiz cirurgia do câncer. Estou curada. Aqui é perfeito”, relata uma das pacientes.

Mais informações, basta entrar em contato pelo número 3612-1611 ou presencialmente na avenida Senador Montandon, 98, no Centro de Araxá.
Ascom Ampara 2022

Vagas

Prefeitura de Araxá abre vagas para auxiliares, motoristas e técnicos de laboratório e de enfermagem

A Prefeitura de Araxá lançou três editais de processos seletivos para preenchimento de vagas em Unidades Básicas, Redes de Urgência e Emergência e Estratégia de Saúde da Família.

São oportunidades para auxiliar administrativo (recepcionista), auxiliar de serviços gerais (limpeza), agente operacional de transporte (motorista), técnico de laboratório e técnico de enfermagem.

Há vagas para preenchimento imediato e formação de cadastro reserva. Os salários variam de R$ 1.276,40 a R$ 3.325.

Critérios, inscrições e demais informações estão nos editais disponíveis no site oficial da Prefeitura de Araxá ( www.araxa.mg.gov.br ), no link Editais e Processos > Secretaria Municipal de Saúde.

– Link Edital Auxiliar Administrativo e Auxiliar de Serviços Gerais – Unidades Básicas de Saúde: ( https://municipiovirtual.com.br/araxa/dados/site_publicacao/943/arquivo/edital-processo-seletivo-005-2022-aux-adm-e-aux-servicos.pdf )

– Link Edital vagas na Rede de Urgência: ( https://municipiovirtual.com.br/araxa/dados/site_publicacao/942/arquivo/edital-processo-seletivo-004-2022-rede-de-urgencia.pdf )

– Link Edital Técnicos de Enfermagem da Estratégia de Saúde da Família: ( https://municipiovirtual.com.br/araxa/dados/site_publicacao/941/arquivo/edital-processo-seletivo-003-2022-tecnico-enfermagem-esf.pdf )


Assessoria de Comunicação

Saúde convoca população 18+ para atualizar a vacina contra a Covid-19 nesta terça (30); confira outras etapas

Data: 30/08/2022
Público: População 18+
Local: Unicentro (das 8h às 16h) e Uninordeste (das 8h às 13h)
Etapa: 3ª dose 

Data: 30/08/2022
Público: População 40+(Incluindo Gestantes e puérperas até 45 dias)
Local:  Unicentro (das 8h às 16h) e Uninordeste (das 8h às 13h)
Etapa: 4ª dose

Data: 30/08/2022
Público: Profissionais de Saúde
Local:  Unicentro (das 8h às 16h) e Uninordeste (das 8h às 13h)
Etapa: 4ª dose 

Data: 30/08/2022
Público: Imunossuprimidos
Local:  Unicentro (das 8h às 16h) e Uninordeste (das 8h às 13h)
Etapa: Conforme o Cartão de Vacina

Data: 30/08/2022
Público: crianças de 3 anos e 4 anos imunossuprimidas
Local: Unicentro (das 13h às 16h), Uninordeste (das 8h às 13h) e Unisa (das 8h às 13h)
Etapa: 1ª dose

Data: 30/08/2022 
Público: crianças de 4 a 11 anos
Local: Unicentro (das 13h às 16h) e Unisa (das 8h às 13h)
Etapa: 1ª e 2ª dose (Coronavac e Pfizer Pediátrica)

Data: 30/08/2022
Público: População 12+
Local: Uninordeste (das 8h às 13h) e Unisa (das 8h às 13h)
Etapa: 1ª, 2ª e 3ª dose

Documentação necessária:

– Documento original que tenha o número do CPF e o Cartão de Vacina.

Lembrando que a 2ª dose é aplicada conforme agendamento no Cartão de Vacina ou doses em atraso. Já a dose de reforço deve ser aplicada com intervalo de pelo menos 4 meses desde a última dose.

No ato da vacinação, caso a pessoa seja menor, precisa estar acompanhada de um responsável.

E na vacinação de crianças de 3 a 11 anos, se não estiverem acompanhadas pelos pais, os mesmos devem providenciar um termo de autorização à pessoa responsável para ser entregue no local da aplicação. O modelo do termo está disponível para impressão no site ( www.araxavacina.com.br ).

O uso da máscara de proteção continua sendo obrigatório em locais que ofereçam serviços de saúde, como postos de vacinação.

O cronograma completo e documentação necessária estão disponíveis no site ( www.araxavacina.com.br/cronograma ).


Assessoria de Comunicação

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 Meta de colesterol: saiba como ela deve ser definida e a importância do controle

Por que devemos nos preocupar com o colesterol e como controlá-lo?

As frações do colesterol são compostos associados de lipídios e proteínas que circulam pela nossa corrente sanguínea. Dependendo dos níveis apresentados, elas são associadas a distúrbios cardiovasculares, como infarto e AVC. As frações de colesterol dosadas no exame de sangue são três: HDL (mais denso, em função das proteínas), LDL e VLDL (maior proporção e triglicerídeos).

Com base nos resultados dos estudos de Ancel Keys (Seven Country Study), produzidos há décadas, foi constatada a relação entre ingestão de gordura e aumento do risco cardiovascular. Assim, diferentes sociedades americanas, como a American Heart Association, passaram a orientar a redução no consumo de gorduras para a população americana, com objetivo de reduzir o risco. Hoje sabemos que o LDL é a fração de colesterol mais associada a infarto e AVC e que o HDL tem efeito protetor sobre os vasos sanguíneos. Assim, é comum que o LDL seja conhecido como colesterol ruim e o HDL, como colesterol bom. Além disso, triglicerídeos elevados estão associados ao aumento do risco cardiovascular e até mesmo pancreatite aguda.

Vale ressaltar que quanto mais risco a pessoa tem, mais rigoroso deve ser o controle do LDL. Assim, para uma pessoa com histórico de infarto, o LDL deve ser mantido no menor nível possível ou ao menos menor que 55. Para alguém jovem e saudável, pode-se aceitar um LDL de até 130. O importante é contar com o seu médico para avaliar seu risco cardiovascular e sua meta de colesterol.

Uma vez definida sua meta, o tratamento pode ser feito com base em medicamentos como as estatinas (que sempre serão usadas em pessoas com alto risco cardiovascular), rotina de atividade física e alimentação. Também para a prevenção do colesterol elevado podemos nos valer da alimentação e rotina de exercícios.

A OMS recomenda um mínimo de atividade física de moderada intensidade de pelo menos 150 minutos por semana para adultos jovens, para manutenção da saúde física e mental e proteção cardiovascular.  Quanto à dieta, sugere-se evitar e até abolir, quando possível, alimentos ultraprocessados e industrializados, evitar doces, frituras e alimentos gordurosos como carnes gordas e laticínios ricos em nata.  Sugere-se ainda evitar o excesso do uso de gorduras vegetais e animais em casa para pessoas com colesterol alto. Uma regra básica seria o uso de meio litro de óleo por adulto da casa por mês.

Dra. Esthefânia Garcia de Almeida

endocrinologista

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Veja sete dicas para envelhecer com saúde e viver mais tempo

Especialista ensina que ser saudável na terceira idade vai além da preocupação com a saúde do corpo; ter propósito de vida e um hobby fazem a diferença

  • Dados do Ministério da Saúde mostram que em 2030, ou seja, daqui a pouco mais de sete anos, a população de idosos no Brasil vai superar o número de crianças e adolescentes até 14 anos. A expectativa de vida em 2019, antes da pandemia, era de 73,1 anos para os homens e 80,1 anos no caso das mulheres. Mas como envelhecer com saúde e, se possível, conseguir viver um pouco mais? 
    • Dados do Ministério da Saúde mostram que em 2030, ou seja, daqui a pouco mais de sete anos, a população de idosos no Brasil vai superar o número de crianças e adolescentes até 14 anos. A expectativa de vida em 2019, antes da pandemia, era de 73,1 anos para os homens e 80,1 anos no caso das mulheres. Mas como envelhecer com saúde e, se possível, conseguir viver um pouco mais? Luong Thai Linh/EFE
  • De acordo a nutricionista e presidente do departamento de gerontologia — estudo do envelhecimento — da SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia), Simone Fiebrantz, o envelhecimento saudável está relacionado com a associação de três fatores. 
    • De acordo a nutricionista e presidente do departamento de gerontologia — estudo do envelhecimento — da SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia), Simone Fiebrantz, o envelhecimento saudável está relacionado com a associação de três fatores. 
      “Modificar o estilo de vida com foco no tripé controle de doenças, alimentação e atividade física vai fazer uma diferença grande, tanto na qualidade de velhice, quanto vai ajustar a vida durante ao longo dos anos”, diz ela.
      A especialista separou sete dicas importantes para que todos possam sonhar com uma velhice melhor
      Freepik
  • Entender que os cuidados com a saúde não devem começar quando se iniciam os desgastes causados pelos anos é fundamental.
    • Entender que os cuidados com a saúde não devem começar quando se iniciam os desgastes causados pelos anos é fundamental.
      “Costumamos falar na gerontologia que a prevenção e promoção da saúde se dá lá na infância e até mesmo no intraútero. Por isso, a primeira dica é não esperar fazer 60 anos para você começar a se preocupar com a saúde. Durante a vida toda você tem que estar atento e fazendo situações de promoção de saúde e prevenção de doenças”

      Pixabay
  • No ponto de vista das atividades físicas, manter músculos tem de ser prioridade, mas a especialista ressalta que não é só para evitar a sarcopenia — perda de massa e função do músculo. 
    • No ponto de vista das atividades físicas, manter músculos tem de ser prioridade, mas a especialista ressalta que não é só para evitar a sarcopenia — perda de massa e função do músculo. 
      “A partir dos 30 anos, nós começamos a ter uma diminuição de massa muscular no corpo, e essa diminuição acaba sendo substituída por uma reserva de gordura. Tem vários estudos que mostram que quando a gente perde massa muscular ela não está só ligada à questão de risco de queda, a fragilidade mesmo de sarcopenia. Hoje, vemos que isso influencia também a questão de demências, por exemplo. Quanto menos atividade física eu faço, quanto menos massa muscular, também tem uma correlação com a questão neurológica, cognitiva”, explica a nutricionista
      Pixabay
  • A manutenção da massa muscular passa também por uma alimentação correta e, nesse caso, não se restringe apenas à manutenção do peso, a ingestão de proteínas é essencial.
    • A manutenção da massa muscular passa também por uma alimentação correta e, nesse caso, não se restringe apenas à manutenção do peso, a ingestão de proteínas é essencial.
      “Precisamos garantir uma ingestão alimentar de proteína adequada, e ela depende da faixa etária. Por exemplo, para adulto, que seria até 59 anos, a gente vai ter de consumir 0,8g de proteína por quilo de peso. Agora, a partir dos 60 anos, essa necessidade aumenta em 40% e passa para 1,2 a 1,5g, para eu não perder e eu conseguir construir massa muscular”, alerta Simone

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  • Nas questões de saúde é importante que os exames e as consultas de rotinas estejam em dia.
    • Nas questões de saúde é importante que os exames e as consultas de rotinas estejam em dia.
      “É muito importante que as pessoas façam o acompanhamento com médico, para que as pessoas tenham acompanhamento médico durante a vida e se cuide. Se a pessoa controla a diabetes, se controla a hipertensão, o colesterol, por exemplo, é possível diminuir os impactos que prejudicariam o envelhecimento”, diz a especialista


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  • Não pense que cuidar da saúde é só ter exames em dia, não. Ouvir bem é importante no envelhecimento.
    • Não pense que cuidar da saúde é só ter exames em dia, não. Ouvir bem é importante no envelhecimento.
      “A perda auditiva tem uma relação direta com a questão cognitiva. Os idosos têm uma perda auditiva lá para a frente, que faz parte do envelhecimento, mas o que a gente tem visto é cada vez antes aparecer esse problema pelo uso de fones com músicas altas. Se a pessoa não usa um aparelho auditivo, tem maior risco de demência, isso já é comprovado em estudos”, alerta Simone

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  • Pensar em como ocupar o tempo na velhice é um conselho valioso. Escolher um hobby pode ajudar a ter prazer e ocupar o tempo na terceira idade.
    • Pensar em como ocupar o tempo na velhice é um conselho valioso. Escolher um hobby pode ajudar a ter prazer e ocupar o tempo na terceira idade.
      “É importante ter um hobby para a saúde mental, ter um momento de desligar. Na vida de adulto, corrida, parece não ser tão importante, mas quando chegamos à terceira idade termos um tempo pode ser um momento em que você vai se dedicar ao seu hobby, uma música, uma pintura, um bordado, uma culinária, uma leitura, uma escrita, uma poesia, enfim. Então, a importância de você identificar um hobby faz uma grande diferença na qualidade de vida no futuro” Freepik
  • A sétima e última dica da especialista é ter um propósito de vida. 
    • A sétima e última dica da especialista é ter um propósito de vida. 
      “Independentemente da faixa etária, precisamos ter um propósito. Por exemplo, tenho quase 50 anos, o que que eu já fiz, o que que eu gostaria ainda de fazer? Seja com 60, 70, 80… Sempre temos coisas que gostaríamos de aprender”, aconselha a Silvana
    • FONTE R7
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EUA: Criança que morreu após nadar foi infectada com “ameba comedora de cérebro”

Organismo é normalmente encontrado em lagos e rios de água doce; caso aconteceu em NebraskaRepresentação gráfica da ameba "comedora de cérebro", Naegleria fowleriRepresentação gráfica da ameba “comedora de cérebro”, Naegleria fowleriKateryna Kon/Science Photo Library/Getty Images

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos comprovou que a morte de uma criança em Nebraska após nadar em um rio foi causada pela ameba Naegleria fowleri. A informação foi confirmada à CNN por um epidemiologista do estado, o médico Matthew Donahue.

O organismo é normalmente encontrado em lagos e rios de água doce. A confirmação do CDC significa que esta é “a primeira morte conhecida pela Naegleria fowleri na história de Nebraska”, segundo o Departamento de Saúde e Serviços Humanos do estado.

A criança, cuja idade não foi divulgada, morreu esta semana no condado de Douglas, no Colorado, informou a pasta.

Acredita-se que o menor tenha sido exposto à Naegleria fowleri enquanto nadava, em 8 de agosto, em uma área rasa do rio Elkhorn. Os sintomas começaram cerca de cinco dias depois disso, apontou a diretora de saúde do condado, Lindsay Huse, em uma entrevista coletiva.

Ele foi internado em um hospital dentro de 48 horas após o início dos sintomas e morreu dias depois, afirmou Kari Neemann, médica pediátrica de doenças infecciosas e consultora médica do condado.

Naegleria fowleri é uma ameba comumente encontrada em lagos quentes de água doce, rios, canais e lagoas nos Estados Unidos, de acordo com departamento de saúde de Nebraska.

“Pode causar meningoencefalite amebiana primária (PAM), uma infecção cerebral que pode ocorrer quando a água contendo a ameba sobe pelo nariz e atinge o cérebro”, explica o departamento.

“A infecção é extremamente rara, mas quase sempre fatal.”

Um morador do Missouri morreu em julho logo após ser diagnosticado com uma infecção pelo organismo após visitar uma praia em Iowa. E uma criança no norte do Texas morreu em setembro depois de contrair a ameba comedora de cérebros em uma fonte aquática pública recreativa.

O CDC realizou mais testes para confirmar a causa da morte da criança nesta semana, acrescentou o departamento de saúde do condado.

Como previr a infecção pela ameba comedora de cérebro?

Embora as chances de infecção por Naegleria fowleri sejam baixas, especialistas em saúde dizem que existem precauções que as pessoas podem tomar ao considerar nadar em lagos e rios de água doce.

“Milhões de exposições recreativas à água ocorrem a cada ano, enquanto apenas 0 a 8 infecções por Naegleria fowleri são identificadas neste período”, aponta Donahue.

As infecções geralmente ocorrem entre julho e setembro em águas mais quentes e com fluxo mais lento, continua o médico.

“Os casos são mais frequentemente identificados nos estados do Sul, mas recentemente foram identificados mais ao norte”, disse Donahue. “Limitar as oportunidades da água doce entrar no nariz é a melhor maneira de reduzir o risco de infecção”.

O departamento de saúde de Nebraska pediu cautela ao participar de atividades em água doce quente durante períodos de altas temperaturas prolongadas e ofereceu vários pontos-chave sobre o risco de infecção por Naegleria fowleri:

  • Os comportamentos associados à infecção incluem mergulhar ou pular na água, submergir a cabeça ou se envolver em outras atividades que fazem com que a água suba com força pelo nariz;
  •  Os nadadores podem reduzir o risco mantendo a cabeça fora da água e usando clipes de nariz ou tapando o nariz ao mergulhar. Os nadadores também devem evitar cavar ou agitar os sedimentos no fundo do lago ou rio;
  • As pessoas não podem ser infectadas nadando em uma piscina que foi devidamente limpa e mantida e desinfetada. Eles também não podem obtê-lo bebendo água contaminada;
  • Evite mergulhar a cabeça em fontes termais e outras águas termais não tratadas;
  • Evite cavar ou agitar o sedimento enquanto participa de atividades relacionadas à água em áreas rasas e quentes de água doce.
  • F0NTE CNN
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“Dormir bem” é adicionado a lista de hábitos essenciais para coração e cérebro

Relação não era alterada há 12 anos; para entender como dormir melhor, o CNN Nosso Mundo deste sábado (20) recebe o psiquiatra Arthur DanilaPsiquiatra Arthur Danila, coordenador do Programa de Mudança de Hábitos e Estilo de Vida do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São PauloPsiquiatra Arthur Danila, coordenador do Programa de Mudança de Hábitos e Estilo de Vida do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São PauloReprodução/CNN

A Associação Americana do Coração, principal entidade de cardiologia no mundo, adicionou “dormir bem” à lista dos hábitos essenciais para preservar a saúde do coração e do cérebro. Essa relação não era alterada há 12 anos.

A boa qualidade do sono se junta agora a outros sete parâmetros: evitar o tabagismo, ter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos e controlar o peso, pressão arterial, concentração de gorduras e açúcar no sangue.

Porém, um estudo da Royal Philips mostra que dormir mal tem sido um problema cada vez mais frequente. A empresa de tecnologia em saúde entrevistou 13 mil adultos em 13 países – incluindo o Brasil – desde o começo da pandemia.

Entre os que participaram do levantamento, 74% dos brasileiros afirmaram terem adquirido um ou mais problemas para dormir.

falta de sono e as insónias são uma constante no dia-a-dia de milhares de pessoas. No entanto, o dormir pouco é ainda visto como algo normal ao invés de ser enfrentado como um problema de saúde.

O sono não é como o dinheiro: não se pode acumular horas de sono à espera de as utilizar numa noite em que se durma pouco. Compensar horas de sono não é possível e essa tentativa pode levar a graves distúrbios de sono como a apneia do sono.

A falta de sono tem várias consequências, podendo afetar:

  • as reações emocionais e psicológicas;
  • a concentração e raciocínio;
  • o sistema imunitário;
  • o peso e sistema digestivo, podendo aumentar o risco de obesidade.

É muito difícil perceber se se sofre de falta de sono. Não existe um número perfeito e ideal de horas de sono para todas as pessoas. Apesar de a média de horas ideal variar entre 7 a 9 horas, a verdade é que esse número não é um número padrão para todos.

De que forma o corpo dá sinais que tem falta de sono?

A falta de sono é bastante difícil de definir com precisão, visto que os sintomas podem ser diferentes de pessoa para pessoa. No entanto, existem algumas caraterísticas gerais e comuns a quem dorme demasiado pouco.

Na manhã seguinte, a pessoa que não ofereceu ao seu corpo as horas ideais de sono está geralmente irritável e desorientada.

A falta de sono leva a uma queda acentuada da concentração e da produtividade, sendo que ir trabalhar com sono é sinónimo de pouco rendimento profissional.

Sofre de falta de sono? Repense esse problema: a sua saúde agradecerá

Dormir poucas horas por noite aumenta o risco de sofrer de problemas de saúde. As pessoas que sofrem de distúrbios de sono, de insónias ou de falta de sono têm um maior risco de sofrer de problemas cardíacos e cancro.

Mas não é só no seu coração que se deve pensar quando dorme pouco: estados depressivos e melancólicos são também acentuados quando se dorme poucas horas.

Se quer estar mais feliz, melhore as suas noites de sono!

A privação de sono leva também a um envelhecimento mais rápido. Dormir bem permite que a pele fique mais saudável e que a regeneração natural das células seja constante: quando as horas de sono e repouso são menores, esse processo natural é bloqueado e quase inexistente.

Quanto maior a falta de sono, maior o risco que corre

Um estudo realizado na Universidade de Londres mostra uma relação direta entre a falta de sono e a sensação acentuada de risco e de adrenalina.

Quanto maior a falta de sono, mais as pessoas têm vontade de correr riscos. O estudo analisou um jogo de blackjack durante o qual havia jogadores com falta de sono e outros com o “sono em dia”.

Os jogadores com falta de sono correm maior riscos, fazendo apostas mais altas e com garantias menores de retorno de aposta.

A falta de sono tem consequências graves: comece a dormir melhor

Dormir poucas horas não pode ser visto como uma coisa banal! Quando estiver a cortar nas horas de sono, lembre-se das consequências da falta de sono:

  • maior risco de aumento de peso e obesidade;
  • distúrbios emocionais e psicológicos;
  • problemas imunitários e de defesas naturais do corpo;
  • falta de concentração, raciocínio e produtividade;
  • maior risco de sofrer de cancro e problemas cardíacos.

Se sente que dorme poucas horas por noite e que pode sofrer de insónias ou de outro distúrbio de sono que o leva a uma falta de sono regular, não deixe essa situação arrastar-se e pondere uma consulta com um especialista.

Todo ser humano precisa dormir, pois o sono faz parte do ciclo diário da vida. Ninguém consegue se manter acordado e bem disposto após dias sem descansar. Ao contrário do que muitos dizem, dormir não é perda de tempo, pelo contrário, ter boas noites de sono fará com que ganhe em saúde, energia e produtividade. Afinal, não há nada melhor do que acordar pela manhã cheio de disposição para dar início a um novo dia.

Quando uma pessoa está passando por episódios de privação do sono, pode experimentar sensações desagradáveis de sonolência durante o dia, falta de energia, problemas para conseguir se concentrar, o que poderá prejudicá-la em diversas áreas de sua vida. Por isso, é sempre importante zelar pela qualidade do sono, para que o seu corpo e a sua mente tenham o descanso que precisam diariamente.

10 CAUSAS MAIS COMUNS PARA A FALTA DE SONO

A falta de sono pode estar ligada tanto a fatores físicos quanto emocionais. A seguir, você irá saber um pouco mais a respeito dos principais problemas que podem causar a insônia.

1 – FAZER REFEIÇÕES “PESADAS” ANTES DE DORMIR

Quando se está com o estômago cheio, o sono pode demorar para aparecer, já que o corpo precisará trabalhar para digerir tudo aquilo. Além disso, alimentos gordurosos e “pesados” podem gerar azia, gases e má digestão, comprometendo também a qualidade do descanso.

2 – ANSIEDADE

Quando se está ansioso com algo que irá acontecer, é natural que o sono demore a chegar. Porém, em casos de transtorno de ansiedade, isso pode se tornar frequente, levando o indivíduo a passar grande parte das suas noites em claro, pois sua mente tem dificuldade para se desligar e relaxar.

3 – TEMPERATURA EM EXCESSO

Quando se está com muito frio ou muito calor, são grandes as chances de encontrar problemas para dormir ou acordar no meio da noite por conta do incômodo gerado pela alta ou baixa temperatura.

4 – EXCESSO DE ESTÍMULOS ANTES DE DORMIR

As luzes da TV e do celular são extremamente estimulantes, por isso, ficar exposto a elas antes de dormir também pode dificultar a chegada do sono. Muitos dizem que usam o celular para ficarem com vontade de dormir, mas a realidade é que isso faz com que se mantenham ligados por mais tempo.

5 – INGERIR BEBIDAS ALCOÓLICAS ANTES DE SE DEITAR

O fato de o álcool gerar uma sonolência em quem o ingere faz com que muitos o associem ao descanso e ao relaxamento. Porém, o que ele faz é fragmentar o sono, impedindo que seja verdadeiramente revigorante.

6 – TOMAR UM CAFÉ APÓS O JANTAR

Parece natural tomar um cafezinho após as refeições, não é mesmo? Contudo, o ideal é fazer isso apenas durante o dia e evitar a partir do final da tarde. A cafeína é uma substância altamente estimulante, que pode fazer com que o sono demore mais a chegar.

7 – FALTA DE ROTINA PARA DORMIR

Quando não há uma rotina de horário para o sono, o corpo e a mente podem se sentir confusos e terem problemas para relaxar e, então, adormecer. Por isso, é necessário sempre deitar e se levantar nos mesmos horários na maior parte dos dias.

8 – PRATICAR ATIVIDADE FÍSICA ANTES DE DORMIR

Praticar atividades físicas é maravilhoso e, inclusive, ajuda a melhorar a qualidade do sono, entretanto, é necessário estar atento ao horário em que são realizadas. Se exercitar logo antes de dormir pode ser prejudicial e fazer com que demore mais para dormir.

9 – DEIXAR ABAJURES E LUZES ACESAS

Anteriormente citei o problema das luzes emitidas pela TV e pelos celulares, mas é importante lembrar que as luzes artificiais em geral podem prejudicar o sono. O ideal é evitar deixar abajures acesos, pois o corpo precisa da ausência de luz para relaxar.

10 – APNEIA DO SONO

Trata-se de um distúrbio que interrompe a respiração durante a noite, o que leva ao despertar imediato. Quando isso se torna frequente, o indivíduo tende a adquirir um medo de dormir, o que torna o quadro de insônia ainda mais severo.

Além desses, existem diversas outras causas para a falta de sono, como as ligadas a doenças como, por exemplo, diabetes, insuficiência cardíaca, problemas renais, hipertireoidismo, entre outras. Por essa razão, é sempre importante buscar orientação médica, para que o profissional realize os exames necessários e identifique a origem da insônia.

PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DA FALTA DE SONO

São muitas as consequências da falta de sono, incluindo tanto questões relacionadas à saúde quanto ao comportamento do indivíduo. Veja quais são as principais delas.

Acidentes: por prejudicar a capacidade de atenção, a falta de sono pode ser um fator gerador para diversos tipos de acidentes.

Problemas de Aprendizagem: a sonolência compromete as capacidades cognitivas do ser humano, atrapalhando o seu desenvolvimento.

Problemas de Saúde: diversas doenças estão relacionadas à falta de sono, como problemas cardíacos, pressão alta e diabetes.

Redução da Libido: a falta de energia, aliada à sonolência, faz com que uma pessoa sinta menos interesse sexual.

Depressão: quando a insônia se prolonga por muito tempo, pode gerar sintomas de depressão, pois um problema se alimenta do outro, tornando-se cada vez mais intensos.

Envelhecimento Precoce: as olheiras são os principais sinais físicos de uma noite mal dormida. Porém, quando isso se torna frequente, tendem a aparecer também rugas e linhas de expressão na pele.

Problemas de Memória: a memória é essencial para realizar uma série de atividades do nosso cotidiano e a falta de sono pode comprometer bastante o seu bom funcionamento.

Aumento de Peso: pesquisas descobriram que a insônia está associada a um aumento do apetite, o que, consequentemente, pode levar a um aumento do peso corporal.

Agora que você já sabe de tudo o que a falta de sono pode causar, procure adotar hábitos que te ajudem a dormir melhor. E a qualquer sinal de insônia, procure ajuda médica o quanto antes. Saúde é coisa séria, cuide da sua!

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Pediatra da Unimed Araxá ensina como fazer a lavagem nasal nas crianças

Pediatra da Unimed Araxá ensina como fazer a lavagem nasal nas crianças

Procedimento é importante neste período de tempo seco e pode ser feito diariamente

A lavagem nasal é uma prática antiga de cuidado das vias aéreas superiores que se originou na tradição médica Ayurveda. Segundo a pediatra da Unimed Araxá, Priscilla Martins dos Reis, ela é muito indicada no tratamento de rinossinusite crônica e rinite alérgica e também na prevenção de infecções das vias aéreas, especialmente em crianças. “O procedimento pode até impressionar quem assiste, mas garanto a vocês que a lavagem nasal feita com soro fisiológico 0,9% de forma correta é completamente segura, rápida e muito eficaz para limpar as vias aéreas dos pequenos que tendem a congestionar com certa facilidade, além de retirar o muco”, ressalta a médica.

O soro fisiológico é usado nesse caso pois seus benefícios incluem a limpeza do muco nasal, diminuição da inflamação nasal, diminuição das secreções e do resto de células presentes, além de ser facilmente eliminado do organismo da criança sem causar qualquer dano caso seja engolido sem querer. “Esse tipo de higiene nasal não é recomendado somente para crianças e, sim, para pessoas de todas as idades, pois suas vantagens são inúmeras. O importante é manusear a seringa com cuidado e controlar a intensidade dos jatos para evitar qualquer tipo de problema na hora da irrigação”, ensina. “Quando o tempo estiver muito seco, pode-se lavar as narinas de duas a três vezes ao dia”, recomenda Dra. Priscilla.

Passo a passo

– Escolha uma seringa de ponta grossa;

– Utilize soro morno e aspire de 5 a 8 mls para bebês de até seis meses e até 10 mls para crianças maiores;

– Incline a cabeça da criança para o lado contrário da seringa;

– Introduza a seringa na narina com um pouco de pressão e injete o soro;

– Repita o procedimento na outra narina.

Abaixo 5 benefícios da lavagem nasal:

1. Hidrata as vias nasais, trazendo maior conforto para o pequeno em épocas de clima seco;

2. Facilita a alimentação, principalmente de recém-nascidos e bebês que ainda estão sendo amamentados;

3. Fluidifica as secreções e higieniza o nariz da criança;

4. Mantém o fluxo regular das vias aéreas e melhora a qualidade de sono dos bebês;

5. Ajuda na prevenção de inflamações, infecções e alergias como a amidalite, rinite e sinusite, por exemplo.

A Unimed Araxá

Referência no segmento, a Unimed Araxá tem atualmente 200 médicos cooperados nas mais diversas especialidades e conta com mais de 40 mil beneficiários e 650 empresas contratantes nas cidades de Araxá, Ibiá, Campos Altos, Perdizes, Pedrinópolis, Tapira e Pratinha.

A cooperativa iniciou suas atividades em 11 de maio de 1989 para atender ao anseio da classe médica em proporcionar um atendimento digno e ético aos clientes e ampliar o campo de trabalho dos cooperados. Desde 2017 tem seu hospital próprio, que conta com o que há de mais moderno e eficiente na área e que também integra um Centro de Diagnóstico por Imagens e um moderno laboratório de análises clínicas. Mais recentemente inaugurou nas mesmas dependências um moderno Centro de Oncologia. O setor oferece estrutura de quimioterapia para tumores sólidos e tumores do sangue.

Em sua Clínica Multidisciplinar oferece atendimento exclusivo de profissionais como psicólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos. Junto ao prédio central, oferece ainda equipe integrada e programas de saúde voltados à melhoria de qualidade de vida, promoção da saúde e prevenção de doenças no Espaço Viver Bem.

A rede credenciada de serviços é composta ainda por seis hospitais, 15 laboratórios, 33 clínicas, além de aproximadamente 300 colaboradores de forma direta. 

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Cobertura vacinal despenca nos últimos dez anos, e pólio volta a ameaçar o Brasil

Falta de vigilância epidemiológica e ambiental, além de baixa adesão à vacinação, colocam país junto de Venezuela e Haiti no índice de riscos de retorno da doença

Campanha de vacinação contra a poliomielite no Brasil vai até o dia 9 de setembro

Campanha de vacinação contra a poliomielite no Brasil vai até o dia 9 de setembro

ANTONIO LACERDA/EFE – 6.8.2018

Nos últimos dez anos, a cobertura vacinal da poliomielite caiu de 96,5% (2012) para 61,3% (2021), um dado que acende o sinal de alerta, especialmente no momento em que a doença é detectada em alguns países. 

Dados do DataSUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde) mostram que, até sexta-feira (12), o patamar de crianças vacinadas contra a pólio – uma doença grave e sem cura – não chegava nem a 50%.

“É importante contextualizar que, no passado, a pólio era uma doença extremamente grave, matava as pessoas, deixava as crianças com paralisias e sequelas para o resto da vida”, lembra o pediatra, diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) e da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), Renato Kfouri. 

O último caso da doença por aqui foi em 1989. Em 1994, a OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou a erradicação da doença no Brasil. Mas, seguiu endêmica – com surtos frequentes – no Paquistão e no Afeganistão, na Ásia. 

Neste ano, já foram encontradas amostras do vírus nos esgotos de Nova York, nos Estados Unidos, e de Londres, no Reino Unido. Além isso, Israel e Malawi, na África, confirmaram casos da doença. 

A infectologista e consultora de vacinas do Delboni Medicina Diagnóstica, do grupo Dasa, chama atenção para a circulação do vírus.

“Vivemos no mundo de uma forma globalizada e, quando menos esperamos, podemos ter a reintrodução de um vírus que não circulava aqui no Brasil”, ressalta. 

Pouca vigilância epidemiológica e ambiental

Em 2021, a OMS colocou o Brasil ao lado do Haiti e da Venezuela como um país de grande risco da reintrodução da doença. Além da baixa cobertura vacinal, a explicação para estarmos na mesma condição de vizinhos menos desenvolvidos passa pela falta de vigilância ambiental e epidemiológica. 

“O Brasil tem uma baixa vigilância ambiental, tem uma baixa vigilância de paralisias flácidas e baixa cobertura vacinal. É um convite para a gente ter pólio aqui, demorar para reconhecer, e ela já estar alastrada”, destaca Kfouri. 

A vigilância ambiental, a qual o médico se refere, é justamente feita a partir da coleta e análise de amostras de esgoto, em que é possível detectar o vírus e atestar a circulação dele em uma comunidade.

A infectologista concorda e completa: “O grande problema da poliomielite, como ela circula de uma forma que as pessoas não conseguem reconhecer facilmente, pode atingir alguém que não recebeu a vacina, e ela pode ter a doença na forma paralítica e ficar sequelada para o resto da vida”, pontua Maria Isabel. 

O que é a poliomielite?

A poliomielite é uma doença causada por enterovírus, infecta inicialmente a nasofaringe, leva a um quadro de infecção intestinal e, na maioria das vezes a recuperação, é rápida.

Menos de 1% dos infectados terá as formas mais graves, chamadas de paralítica. Nela, o vírus acomete a musculatura, em geral de membros inferiores de um lado só, e a pessoa ficar com sequela para o resto da vida. 

“É preocupante a possibilidade de termos pessoas que não tomaram a vacina, em um esquema que é tranquilo, seguro e podem ter uma doença que vai deixá-las com um problema sério para o resto da vida”, afirma a infectologista. 

Por que as pessoas deixaram de vacinar as crianças?

Os motivos da queda da adesão às vacinas, principalmente em um país do tamanho do Brasil são muitos e é possível ver a diferença de comportamento com os dados do DataSUS.

Por exemplo, em 2021, a região Norte teve cobertura a menor cobertura: 53%. Em seguida, aparecem Nordeste (54,5%), Sudeste (63,8%), Centro-Oeste (65,8%) e Sul (72,2%). 

“São várias causas em várias diferentes localidades, mas como pano de fundo de tudo isso, como causa comum a todos os locais, existe a baixa percepção de risco. As vacinas fazem sucesso porque eliminam as doenças, e as pessoas já não se sentem ameaçadas. É percepção do risco que nos move em direção à prevenção”, explica Kfouri. 

A infectologista Maria Isabel completa: “Não temos muitos casos de doenças, as pessoas não têm medo do que não veem.”

A comunicação sobre a doença e a disponibilidade de vacinas no SUS são fundamentais para fazer com que o Brasil atinja novamente índices ideias de imunização contra a pólio –  superiores a 90% de adesão.

“Precisamos continuar motivando e explicando a vacinação mesmo sem as pessoas conviverem com a doença. Isso também vale para o profissional da saúde. Os jovens profissionais que também não tratam, não cuidam, também não recomendam de maneira enfática, como recomendávamos há décadas, que cobrávamos o calendário em dia”, salienta Kfouri. 

Campanha nacional de vacinação

O país está em meio a uma campanha de vacinação contra a doença que vai até o dia 9 de setembro. Para ser considerada imunizada, uma criança precisa receber cinco doses da vacina, sendo três no primeiro ano, uma com 1 ano e três meses e reforço aos quatro anos.

Além da pólio, estão sendo oferecidos todos os imunizantes que fazem parte do calendário nacional do PNI (Plano Nacional de Imunizações), para crianças e adolescentes de zero a 15 anos.

Cinco motivos que estão levando à volta do sarampo e da poliomielite 

menino recebe vacina contra sarampo
menino recebe vacina contra a gripe
menino recebe vacina contra sarampo

FONTE R7