sao_paulo_calor_verao_10

Após frente fria, temperaturas sobem a partir de terça-feira (28) no Sudeste

À CNN Rádio, Noele Brito, meteorologista da Climatempo, afirmou que não há previsão de chuva no Sul e SudesteTempo será estável e seco no SudesteTempo será estável e seco no SudesteRovena Rosa/Agência Brasil

Após a passagem de uma frente fria, as temperaturas voltam a subir a partir de terça-feira (28), segundo explicou a meteorologista da Climatempo, Noele Brito.

“A partir de amanhã em São Paulo, por exemplo, a temperatura se eleva, e chega à casa dos 25 graus, quem está na rua já sente um calorzinho, assim como no Centro-Oeste, Norte e Nordeste, que seguirão com os termômetros elevados”, disse, à CNN Rádio.

No Sul e Sudeste, uma massa de ar seco inibe a chuva, e o tempo seguirá seco e aberto para Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

De acordo com Noele, o centro-sul do Rio Grande do Sul pode ter condição de chuvas esparsas, e a temperatura não chega a 20 graus.

“O Centro-Oeste, também sob a influência de sistema de alta pressão, segue com ar bem seco e temperaturas elevadas.”

Na Região Norte, a meteorologista explica que a quantidade de chuvas diminuiu bastante, apenas Roraima tem condições de pancadas mais fortes, assim como partes da Amazônia.

FONTE CNN

GettyImages-846475630

Entenda os impactos de dormir com seu animal de estimação

Especialistas explicam vantagens e desvantagens para os animais e seus donos de compartilhar o quarto — ou a camaLong haired dachshund sleeping in bed with his MomLong haired dachshund sleeping in bed with his MomGetty Images

Na busca por um sono melhor, muitas pessoas perguntam-se se devem dividir a cama com um animal de estimação. Antes de chegarmos a isso, porém, é importante  parar e refletir sobre o outro lado dessa questão: dormir com você é bom para o seu animal de estimação?

“Adoro inverter a questão”, afirmou a veterinária-chefe da Comunidade Veterinária da América do Norte, Dana Varble. “Em geral, é muito bom que os animais durmam com seus tutores.”

Animais de estimação que compartilham a cama com um humano tendem a ter um “nível de confiança mais alto e um vínculo mais estreito com os humanos que estão em suas vidas. É uma grande demonstração de confiança da parte deles”, disse Varble.

“Cães e gatos que estão mais intimamente ligados aos seus humanos obtêm benefícios adicionais para a saúde, incluindo aumentos nos neurotransmissores benéficos como a oxitocina e a dopamina, os hormônios do bem-estar”, acrescentou ela.

São apenas os cães e os gatos que se beneficiam de ter parceiros de cama humanos? Sim, disse Varble, com “muito, muito poucas exceções”.

“Tenho um dono que tem um porco meticulosamente treinado que dorme ao pé da cama”, disse ela. “É um porco doméstico chamado Norbert — porcos são quase como cachorros porque são muito sociáveis.”

Prós e contras para os humanos

Com este assunto importante resolvido, vamos voltar para os humanos — é bom para o dono dormir com um animal de estimação? Os especialistas tradicionalmente dizem que não, porque você pode não conseguir ter um sono de qualidade.

“Os animais podem mover-se, latir e interromper o sono. O sono em cães (e gatos) não é contínuo e eles inevitavelmente vão se levantar e caminhar na cama, pisando nas pessoas. Toda essa atividade levará à fragmentação do sono”, disse Vsevolod Polotsky, diretor de investigação do sono e professor do departamento de medicina da Escola de Medicina da Universidade de Johns Hopkins.

Esses “microdespertares”, que podem acontecer sem que se tenha consciência deles, “são perturbadores porque o tiram do sono profundo”, disse Kristen Knutson, professora associada de neurologia e medicina preventiva da Escola de Medicina Feinberg da Universidade de Northwestern. “Eles têm sido associados à libertação do hormônio do stress, o cortisol, que pode tornar o sono ainda pior.”

Isso pode ser verdade para muitos humanos, mas estudos recentes mostraram que animais de estimação no quarto podem ser benéficos para alguns de nós.

“Pessoas com depressão ou ansiedade podem se beneficiar de ter o seu animal de estimação na cama, porque o animal é uma grande almofada, um grande cobertor, e podem sentir que aquela criatura peluda e fofinha diminui a sua ansiedade”, disse o especialista em sono Raj Dasgupta, professor assistente de medicina clínica na Keck School of Medicine da Universidade da Califórnia do Sul.

Dados recolhidos em 2017 pelo Centro de Medicina do Sono da Clínica Mayo em Phoenix revelaram que mais da metade dos donos de animais vistos na clínica permitiam que os seus animais dormissem no quarto — e a maioria considerou o seu animal de estimação “discreto ou, em algumas casos, até benéfico para o sono”.

Cerca de 20%, no entanto, acreditam que os seus amigos peludos pioram seu sono.

Outro estudo de 2017 colocou rastreadores de sono em cães e nos seus donos para medir a qualidade do repouso de ambos. Pessoas que tinham os cães nos seus quartos tiveram uma noite de sono decente (e os cães também), descobriu a equipa de investigação.

No entanto, a qualidade do sono diminuiu quando as pessoas moveram os seus cães do chão para a cama.

As crianças também podem beneficiar de dormir com um animal de estimação. Um estudo de 2021 pediu a adolescentes com idades entre 13 e 17 anos para usarem rastreadores de sono por duas semanas e depois passassem por um teste de sono de última geração. Cerca de um terço das crianças dormia com um animal de estimação, observou o estudo, o que não pareceu afetar a qualidade de seu descanso.

“Na verdade, pessoas que dormiam juntos com frequência mostraram perfis de sono semelhantes aos daqueles que nunca dormiram com os animais de estimação”, escreveram os autores.

“Tudo isso sugere que ter animais de estimação na cama ou no quarto não é necessariamente mau”, disse Bhanu Prakash Kolla, especialista em medicina do sono do Centro de Medicina do Sono da Clínica Mayo em Rochester, no Minnesota.

“Pode haver um conforto psicológico significativo por ter seu animal de estimação por perto, o que pode ajudar a iniciar e a manter o sono”, disse Kolla.

“No entanto, se os pacientes relatam que o movimento ou outras atividades do animal de estimação são perturbadoras para o seu sono, então aconselhamo-las a procurar soluções alternativas para o animal à noite e ver se isso ajuda com seu sono”, acrescentou.

Uma configuração para o sucesso

Dormir junto com o seu animal de estimação tem muito a ver com o quão profundamente você e o seu animal de estimação dormem, diz o psicólogo clínico e especialista em sono Michael Breus, autor de “Good Night: The Sleep Doctor’s 4-Week Program to Better Sleep and Better Health” (numa tradução livre, “Boa noite: o Programa de Quatro Semanas do Médico do Sono para Dormir Melhor e Melhorar a sua Saúde”.

“Os cães costumam ser bons para uma noite inteira, mas os gatos podem ser muito noturnos”, disse Breus, acrescentando ainda outro fator. “É o quanto vocês os dois se movem, já que o movimento do animal pode acordar o humano e vice-versa”.

Os animais de estimação, assim como as pessoas, também podem roncar e interromper o sono, portanto, tenha isso em consideração, disse Breus. Cães e gatos pequenos geralmente gostam de se aninhar sob as cobertas com os seus donos, mas isso pode aumentar a temperatura do corpo e atrapalhar o sono (a melhor temperatura para dormir é um pouco fria, a 18,3 graus Celsius).

Se está pensando em levar seu bebê de pelos para a cama, Breus sugere que experimente por algumas noites para não condicionar o seu animal de estimação antes de decidir se é bom para você.

Alguns de nós devem abster-se

Apesar da nova ciência, muitos de nós ainda precisamos de pensar duas vezes antes de colocar os nossos cães, gatos ou porcos domésticos nas nossas camas.

“É particularmente prejudicial para pessoas com insônias ou pacientes com outros distúrbios do sono — pacientes com fases do sono atrasadas (noctívagos) ou mesmo para pessoas com apneia do sono, que acordam da interrupção da respiração e não conseguem voltar a dormir”, disse Polotsky.

Até 30% do público norte-americano sofre de insônias, e pelo menos 25 milhões de adultos sofrem de apneia obstrutiva do sono, de acordo com a Academia Americana de Medicina do Sono.

“Pessoas com insônias são as mais suscetíveis”, disse Polotsky. “Dormir junto com os animais de estimação não predispõe ou precipita a insônia necessariamente, mas pode perpetuá-la.”

Sempre que os seus ciclos de sono são interrompidos, isso perturba a capacidade do cérebro de se reparar a um nível celular, de consolidar memórias, armazenar novas informações e preparar o corpo para um desempenho ideal.

O “ponto ideal” para um descanso adequado é quando se consegue dormir continuamente durante os quatro estágios do sono, entre quatro a seis vezes por noite. Como cada ciclo dura cerca de 90 minutos, a maioria das pessoas precisa de sete a oito horas de sono relativamente ininterrupto para atingir esse objetivo.

A falta crônica de descanso sólido, portanto, afeta a sua capacidade de prestar atenção, aprender coisas novas, ser criativo, resolver problemas e tomar decisões.

Fica ainda mais nebuloso: estudos descobriram que pessoas que têm despertares noturnos frequentes correm alto risco de desenvolver demência ou de morrer mais cedo de qualquer causa à medida que envelhecem.

Problemas respiratórios

Há outra razão pela qual ficar aconchegado com animais de estimação a noite toda pode não ser tão bom para a sua saúde. Se é um dos milhões de pessoas que sofrem de asma, alergia ou doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), dormir com uma bola de pelos pode tornar-se um pesadelo.

“Os meus pacientes com asma ou DPOC dizem sempre: ‘doutor, não se preocupe, o meu cachorro não solta pelos’”, conta Dasgupta, que também é pneumologista.

“E eu lhes digo: ‘Sim, mas lembre-se, os alergênicos estão na saliva, não estão na pele do cachorro. Então, ficará exposto aos alergênicos por oito horas à noite e ficará com os olhos lacrimejantes e o nariz entupido. Isto, juntamente com o movimento do animal, pode muito bem impedir que durma bem’”.

Alguns animais de estimação não devem se juntar à cama da família “obviamente, cachorros ou cães jovens que estão trabalhando com problemas de comportamento — pode não ser bom para eles dormirem com você”, disse Varble. “Se você tem um cachorro com ansiedade, ensinamos que os canis são um espaço seguro.”

“Canis fazem com que eles sintam que precisam apenas ‘se proteger’ de um ângulo. Queremos ensiná-los que existe um lugar seguro em sua casa”, disse ela.

E há alguns animais de estimação, disse Varble, que você nunca deve convidar para a cama para comer.

“Eu trabalho com animais de estimação exóticos e muitos deles têm requisitos de saúde e segurança muito específicos, incluindo estar em um recinto fechado”, disse Varble.

“Então, embora eu conheça pessoas que são muito próximas de seus furões e suas cobaias, eles precisam estar em seu recinto para sua saúde à noite. Esses não são animais que gostaríamos de ter na cama conosco.”

fonte CNN

planodesaudedocumentohospital-01062022211108826

Planos de saúde devem cobrir todo tratamento de autismo, diz ANS

Métodos e técnicas indicados pelo médico terão cobertura obrigatória pelos planos de saúde a partir de 1º de julho

A partir de 1º de julho de 2022, será obrigatória a cobertura

A partir de 1º de julho de 2022, será obrigatória a cobertura

MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) aprovou nesta quinta-feira (23) a ampliação das regras de cobertura assistencial para usuários de planos de saúde com transtornos globais do desenvolvimento, entre os quais está incluído o transtorno do espectro autista.

Dessa forma, a partir de 1º de julho de 2022 será obrigatória a cobertura de quaisquer métodos ou técnicas indicados pelo médico assistente para o tratamento do paciente que tenha um dos transtornos enquadrados na CID F84, conforme a Classificação Internacional de Doenças.

A normativa também ajustou o rol de procedimentos cobertos para que as sessões ilimitadas com fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas englobem todos os transtornos globais de desenvolvimentos.

“Considerando o princípio da igualdade, decidimos estabelecer a obrigatoriedade da cobertura dos diferentes métodos ou terapias não apenas para pacientes com TEA, mas para usuários de planos de saúde diagnosticados com qualquer transtorno enquadrado como transtorno global do desenvolvimento”, explica o diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello.

O que são os transtornos globais do desenvolvimento?

O transtorno global do desenvolvimento é caracterizado por um conjunto de condições que geram dificuldades de comunicação e de comportamento, prejudicando a interação dos pacientes com outras pessoas e o enfrentamento de situações cotidianas.

De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), são considerados transtornos globais do desenvolvimento:

• Autismo infantil (CID 10 – F84.0)
• Autismo atípico (CID 10 – F84.1)
• Síndrome de Rett (CID 10 – F84.2)
• Outro transtorno desintegrativo da infância (CID 10 – F84.3)
• Transtorno com hipercinesia associada a retardo mental e a movimentos estereotipados (CID 10 – F84.4)
• Síndrome de Asperger (CID 10 – F84.5)
• Outros transtornos globais do desenvolvimento (CID 10 – F84.8)
• Transtornos globais não especificados do desenvolvimento (CID 10 – F84.9)

Existem variadas formas de abordagem dos transtornos globais do desenvolvimento, desde as individuais realizadas por profissionais treinados em uma área específica até as compostas de atendimentos multidisciplinares.

Entre elas estão o Modelo Applied Behavior Analysis (ABA), o Modelo Denver de Intervenção Precoce (DENVER ou ESDM), a Integração Sensorial, a Comunicação Alternativa e Suplementar ou Picture Exchange Communication System (PECS). A escolha do método mais adequado deve ser feita pela equipe de profissionais de saúde assistente junto com a família do paciente.

FONTE R7

convite-arraia-de-aniversario

Ampara convida população para participar de festa junina solidária neste sábado

Festa é a comemoração dos quatro anos de aniversário da Loja América Materiais de Construção.

Um trabalho de amor pela vida. Há mais de sete anos a Associação de Amparo às Pessoas com Câncer (Ampara) auxilia os assistidos por meio de doações da comunidade ou de ações solidárias. Sempre de portas abertas, a Ampara será beneficiada com o Arraiá de Aniversário dos 4 anos da Loja América Materiais de Construção. A festa será neste sábado, 25 de junho, às 19 horas, na rua Honório de Paiva Abreu.

Além de boa música com Dalila e Banda e da dupla Delmir e Delmon, a comemoração também levará alegria e muita comida, e exercerá o lado social. Na venda de bebidas e comidas típicas, a renda será destinada para a Ampara e para o Serviços de Obras Sociais (SOS). É a oportunidade de se divertir e ajudar o trabalho que é feito desde o ano de 2015.

“Toda a estrutura da festa que tem decoração, iluminação e shows é oferecido pela loja América que escolheu duas instituições da cidade para poder fazer a parte de responsabilidade social. Essa ajuda é muito importante para nós porque é um mês festivo e vai trazer recurso financeiro à Ampara e também ao SOS em um momento em que estamos precisando. Vai vim em uma boa hora. Todos estão convidados a participar”, explica a coordenadora dos trabalhos da Ampara, Juliana Silva.

O trecho que fica em frente à loja estará interditado entre 13h e meia-noite com o apoio da Secretaria Municipal de Segurança Pública e da Polícia Militar.

Área de anexos

unnamed-2

Picadas de insetos: reações são raras, mas podem ser graves

Médica alergista e imunologista da Unimed Araxá explica como proceder em casos de reações e dá dicas de prevenção

Com a chegada do verão, temos um aumento da proliferação de insetos e, ao mesmo tempo, crianças brincando ao ar livre, usando roupas leves e com pouca cobertura. Já sabemos o resultado disso: picadas de insetos por toda parte!  “No momento da picada o inseto injeta sua saliva na pele da criança e, sendo ela alérgica, o local poderá ficar inchado, avermelhado e coçando muito, o que pode durar até 10 dias. Casos mais graves podem ser acompanhados de infecção local, com feridas maiores e amareladas”, explica a médica alergista e imunologista da Unimed Araxá, Dra. Larissa Ribeiro.

Geralmente as lesões ocorrem em áreas expostas (braços, pernas e face) e são inicialmente bolinhas avermelhadas que aumentam de tamanho e podem endurecer. A maioria das reações são locais, sem complicações e leves; porém, até 3% dos adultos e 0,8% das crianças podem evoluir com reações generalizadas. As reações graves normalmente ocorrem com picadas de abelha, vespa, formiga e marimbondo. “Caso isso aconteça, o paciente deve ser levado rapidamente a um serviço de saúde capaz de atender casos de anafilaxia. Após o primeiro episódio, o especialista precisa ser procurado para realizar diagnóstico e tratamento corretos”, alerta.

Prevenção

É bem melhor prevenir do que tratar essas reações! Podemos fazer isso seguindo as dicas a seguir:

• Coloque telas nas janelas ou feche-as antes das cinco da tarde, para que os insetos não entrem;

• Coloque mosquiteiro de tecido fino sobre a cama de seu filho;

• Quando a criança for brincar ao ar livre, vista-a com roupas finas, mas de mangas compridas e com punhos fechados para cobrir braços e pernas;

• Elimine os formigueiros do quintal ou, se isso não for possível, vista a criança com calçados fechados;

• Use repelentes próprios para crianças indicados por seu especialista.

Para os alérgicos

Se você é sabidamente alérgico, precisa tomar algumas precauções:

·        Evitar uso de perfumes adocicados ou fortes;

·        Andar sempre calçado em jardins e locais abertos;

·        Andar de botas em áreas rurais

·        Usar calças e blusas de manga longa;

·        Ter um plano de ação e segui-lo, inclusive com uso de adrenalina autoinjetável.

im-0001-0080-bernstein-ct-tumor-image

Homem vai tratar dor no dedão do pé e descobre tumor em fase terminal

Caso aconteceu nos Estados Unidos. Segundo imprensa local, morador de Nova Jersey tinha dor localizada havia cinco anos. Médicos que o diagnosticaram lhe deram quatro dias de vida.


Tomografia de Bernstein mostrando seu tumor no rim. — Foto: Northwell Health/Divulgação

Tomografia de Bernstein mostrando seu tumor no rim. — Foto: Northwell Health/Divulgação

O que era apenas uma consulta por uma dor no dedão do pé direito terminou sendo o diagnóstico de um tumor em fase terminal para um aposentado dos Estados Unidos.

Segundo o jornal “New York Post”, Richard Bernstein, 42, sentia a dor havia cinco anos, e pensava que se tratava de uma fratura, mas recebeu o diagnóstico de grande tumor no rim e de um trombo tumoral, um tumor que se estende até um vaso sanguíneo.

Depois dos anos de visitas a pedólogos e fisioterapeutas, que nunca achavam nenhum problema nos ossos, ele recorreu a um especialista de medicina esportiva, que suspeitou de estenose espinhal, que pode pressionar nervos da coluna vertebral.

No entanto, os sintomas começaram a aumentar. A dor subiu para o tornozelo e, em março deste ano, sua perna começou a inchar. Foi só aí que um médico pediu um exame abdominal, que revelou o tumor.

O exame, encaminhado a um urologista, identificou ainda um trombo (coágulo no sangue) que cresceu através da veia renal e preenchia a veia cava, que drena sangue para o coração, e tinha 99% das artérias da coronária bloqueadas, além do fígado quase entrando em falência.

“Ele (o médico) me disse que eu tinha quatro dias de vida”, relatou Bernstein ao “New York Post”.

Médicos operam Bernstein. Procedimento durou cerca de 12 horas. — Foto: Northwell Health

Médicos operam Bernstein. Procedimento durou cerca de 12 horas. — Foto: Northwell Health

Segundo o diretor de urologia do Hospital Phelps, no estado de Nova York, Michael Grosso, o bloqueio de veias por conta do tumor e do trombo era o que explicava a dor no pé do aposentado, já que os sintomas de câncer no fígado costumam surgir já em uma fase avançada do tumor.

O paciente passou então por uma cirurgia de urgência para remover o tumor.

“Ele estava totalmente na corda-bamba, tinha duas situações de alto risco de vida em um período muito curto acontecendo ao mesmo tempo”, afirmou Grosso ao “New York Post”.

FONTE G1

Após 12 horas de uma cirurgia complexa e casada entre médicos de diferentes especialidades, o tumor e o trombo foram retirados e uma ponte de safena foi realizada.

Com o tumor retirado, os médicos descartaram, por enquanto, a necessidade de quimioterapia em Bernstein, que já anda sozinho e está se recuperando da cirurgia.

“Meu conselho é que ninguém desista de buscar o diagnóstico se algo te incomoda. Confie no seu instinto”, disse.

brasilia_frio_maio_2022_09

Saiba como reduzir os riscos de doenças respiratórias durante o inverno

Temperaturas mais baixas favorecem a circulação dos vírus causadores de infecções como gripes, resfriados e Covid-19; veja como se protegerMarcelo Camargo/Agência Brasil

início do inverno é motivo de atenção para as doenças respiratórias. As temperaturas mais baixas, registradas em grande parte do país, favorecem a circulação dos vírus causadores de infecções como gripes, resfriados e Covid-19.

Um dos fatores que provoca o aumento na transmissão das doenças de inverno é o comportamento das pessoas, que permanecem mais tempo confinadas em espaços fechados e sem ventilação. O ressecamento das vias aéreas pode causar desconforto, dificultar a respiração e piorar quadros de sinusite, bronquite, asma e rinite.

Cuidados básicos, incluindo a vacinação contra a gripe e contra a Covid-19, contribuem para reduzir as chances de infecção e de agravamento das doenças.

O otorrinolaringologista Carlos Barone Júnior, do Hospital Federal do Andaraí (HFA), explica como minimizar os efeitos do tempo seco e da baixa umidade, que são os principais fatores que contribuem para o aumento da circulação de vírus e fungos no ambiente.

“Cobertores e casacos, que ficam muito tempo guardados no armário, fazem aumentar as doenças de inverno, sobretudo respiratórias. As mucosas nasais ressacadas também contribuem bastante”, disse o médico.

Vacinação contra a gripe

A campanha nacional de vacinação contra a gripe teve início no dia 4 de abril e foi prorrogada até a próxima sexta-feira (24). A iniciativa tem como foco crianças entre 6 meses e 5 anos de idade, trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas, indígenas, idosos e professores.

De acordo com o Ministério da Saúde, a partir do dia 25 de junho, estados e municípios poderão ampliar a campanha para toda a população a partir de 6 meses de vida, enquanto durarem os estoques da vacina.

Neste ano, foram distribuídas quase 80 milhões de doses de imunizantes contra a gripe. Desse total, mais de 34 milhões foram aplicadas, de acordo com o levantamento do Ministério da Saúde disponível na plataforma LocalizaSUS.

A vacinação contra a gripe previne o surgimento de complicações decorrentes da infecção pelo vírus influenza, reduzindo os riscos de morte e de pressão sobre o sistema de saúde.

Cuidados básicos ajudam a prevenir doenças de inverno

  • 1 de 6Cuidados básicos ajudam a prevenir a Covid-19 e a gripe. Evite aglomerações e locais fechados, quando possível, e mantenha a utilização de máscaras em ambientes lotadosCrédito: Rovena Rosa/Agência Brasil
  • 2 de 6Higienize as mãos frequentemente com água e sabãoCrédito: Fran Jacquier/Unsplash
  • 3 de 6Utilize álcool gel quando estiver fora de casaCrédito: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
  • 4 de 6Mantenha os ambientes ventiladosCrédito: Daniel Hansen/Unsplash
  • 5 de 6Evite tocar os olhos e a bocaCrédito: Getty Images/Westend61
  • 6 de 6Busque a vacinação contra a Covid-19 e contra a gripeCrédito: Thamyres Ferreira/MS\

Diferenças entre gripe, rinite e Covid-19

As doenças de inverno podem apresentar um conjunto de sintomas semelhantes. Porém, alguns sinais podem ajudar a diferenciar as doenças.

No caso da gripe, os sintomas são mais intensos, duradouros, e a febre é alta, diferentemente dos resfriados, que são mais curtos e com sintomas mais brandos.

rinite provoca espirros em sequência, além de acontecer, geralmente, em crises que podem se repetir após 4 a 6 horas.

Já a Covid-19 apresenta quadros bastante variáveis de uma pessoa para outra. Quando presentes, a perda do olfato e paladar podem ser duradouras.

Vacinação reduz riscos de Covid-19 grave

Causada pelo vírus SARS-CoV-2, a Covid-19 pode provocar uma grande variedade de manifestações clínicas. O Ministério da Saúde classifica os casos em cinco níveis, de acordo com a severidade: assintomáticos, leves, moderados, graves e críticos.

Os casos leves apresentam sintomas como tosse, dor de garganta ou coriza, que podem vir acompanhados ou não de perda do olfato e do paladar, diarreia, dor abdominal, febre, calafrios, dor muscular, fadiga e dor de cabeça.

Já os casos moderados podem incluir, além dos sintomas leves, tosse e febre persistentes e sinais de piora progressiva de outros sintomas relacionados à doença, como cansaço intenso, falta de apetite e diarreia. Nesse estágio, os pacientes podem apresentar pneumonia sem sinais de gravidade.

O desenvolvimento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é considerado pelo Ministério da Saúde um caso grave da Covid-19. A SRAG é uma complicação da Síndrome Gripal (SG), que apresenta sintomas como falta de ar ou desconforto respiratório, pressão persistente no tórax e saturação de oxigênio menor que 95% –a queda acentuada da saturação pode indicar redução da oferta de oxigênio no organismo.

Fase mais grave da doença, os casos críticos apresentam sintomas como a sepse (resposta inflamatória que se espalha pelo organismo), desconforto respiratório agudo, insuficiência respiratória ou pneumonia graves. Os pacientes podem precisar de suporte respiratório e internação em unidades de terapia intensiva (UTIs).

vacinação contra a Covid-19 induz a formação de uma resposta imunológica específica contra o novo coronavírus. Assim, quando uma pessoa vacinada é exposta ao vírus, o organismo conta com anticorpos neutralizantes e com a resposta de outras células de defesa, que atuam para reduzir os danos da infecção, prevenindo o agravamento e os riscos de morte.

Bronquiolite e pneumonia em crianças

A queda de temperatura também é favorável para a circulação do vírus sincicial respiratório (VSR), que pode causar infecções nas vias respiratórias, principalmente em crianças menores de 5 anos. O Ministério da Saúde alerta que a prevenção e o diagnóstico precoce podem ajudar a evitar os casos graves.

O VSR é uma das principais causas de infecções das vias respiratórias e pulmões em recém-nascidos e crianças pequenas, que podem causar bronquiolite e pneumonia. O período de sazonalidade do vírus normalmente tem início em maio e se estende até o mês de setembro, podendo se alongar em algumas regiões.

Entre janeiro e abril de 2022, foram notificados no sistema do Ministério da Saúde cerca de 3.600 casos de SRAG causados pelo vírus sincicial. A maior parte dos casos ocorreu em crianças menores de 4 anos.

Os sintomas mais comuns são febre baixa, dor de garganta e de cabeça e secreção nasal. Os pacientes também podem ter febre alta, tosse persistente, dificuldade para respirar, chiado no peito, lábios e unhas arroxeados, que indicam a necessidade de atendimento médico.

Embora o vírus possa afetar pessoas de qualquer idade, os quadros mais graves acontecem em crianças menores de 2 anos, especialmente com menos de 6 meses. Em casos de infecção, o diagnóstico é clínico e pode ser feito a partir de exame de painel viral que detecta a presença do vírus.

Medidas podem ajudar a reduzir os riscos de bronquiolite e pneumonia, como evitar o contato ou exposição da criança com outra pessoa contaminada, reforçar os cuidados básicos de higiene como lavagem frequente das mãos com água e sabão e limpeza dos objetos que podem estar contaminados, como brinquedos.

FONTE CNN

Medicamentos-padronizados

Farmácia Municipal atinge 92% dos medicamentos da lista de padronização

A reorganização de logística, melhor programação e maior envolvimento de outros setores possibilitou a reposição de medicamentos da lista de padronização e atualmente a Farmácia Municipal da Prefeitura de Araxá tem à disposição 92% dos medicamentos preconizados na lista.

Os medicamentos da lista de padronização são definidos por uma comissão de farmácia e terapêutica, composta por uma equipe multidisciplinar, e essa padronização é feita com base na necessidade da população.

Entretanto, a coordenadora da Farmácia Municipal, Maria Paula Di Mambro, esclarece que durante a pandemia houve atrasos e até suspensão no fornecimento de alguns medicamentos devido à falta de matéria-prima.

“E aliado a isso, os processos de compras são demorados. Quando conseguíamos comprar medicação, o fornecedor não tinha quantidade para nos entregar e isso foi gerando faltas. Isso fez com que muitos pacientes não encontrassem alguns remédios na Farmácia Municipal”, complementa.

Segundo ela, foi a partir de um trabalho em conjunto com os Setores de Licitação, Compras, Contabilidade, Tesouraria e outros da Secretaria Municipal de Saúde que foi possível agilizar os processos de compras. “Também temos feito trabalho diário de cobrança de entrega dos fornecedores”, completa.

Ela ressalta que a reposição desses medicamentos e a consequente oferta de 92% dos medicamentos da lista é uma conquista que não acontece há muito tempo. “Isso significa aumento da disponibilidade imediata de medicações a todos os usuários “, conclui.

Assessoria de Comunicação

saude_mental_01

Condições de saúde mental são incompreendidas, aponta novo relatório da OMS

Área é negligenciada em todo o mundo, levando à subnotificação de transtornos e dificuldades para o acesso ao tratamento adequado, diz Organização Mundial da SaúdeArte: Malte Mueller/Getty Images

Por décadas, a saúde mental tem sido uma das áreas mais negligenciadas da saúde pública no mundo. Subvalorizado e incompreendido, o campo recebe uma ínfima parte da atenção e dos recursos necessários. O resultado é que, para muitas pessoas, alcançar e manter uma boa saúde mental é um desafio.

A avaliação é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que lança um novo relatório sobre o tema nesta quinta-feira (16). No documento, a OMS alerta que, apesar da importância da saúde mental para a saúde e bem-estar, muitos ainda não recebem o apoio necessário.

Em 2019, estima-se que uma em cada oito pessoas em todo o mundo estava vivendo com um transtorno mental. Ao mesmo tempo, os serviços e financiamentos disponíveis para a área permanecem escassos e ficam muito abaixo do necessário, especialmente nos países de baixa e de média rendas.

Importância da saúde mental

Parte inerente e vital do nosso bem-estar geral, a saúde mental e afeta nossas vidas de várias maneiras. Ela nos permite funcionar e prosperar como indivíduos, além de ajudar a lidar com o estresse e adaptações a mudanças.

Uma saúde mental de qualidade é essencial para a construção de relacionamentos saudáveis, além de nos permitir a aprender bem e trabalhar de forma produtiva.

A OMS alerta que sistemas sociais e de saúde estão mal equipados para ajudar pessoas que vivenciam crises de saúde mental.

Mesmo antes da pandemia de Covid-19, que afetou a saúde mental de tantos, estimava-se que cerca de um bilhão de pessoas tinham um transtorno mental. Apenas uma pequena fração dessas pessoas têm acesso à cuidados eficazes, acessíveis e de qualidade.

Estigma, discriminação e violações de direitos humanos contra pessoas com problemas de saúde mental são comuns em comunidades e sistemas de atendimento em todos os lugares, segundo o relatório.

Em todos os países, são os mais pobres e desfavorecidos da sociedade que correm maior risco de problemas de saúde mental. Estes também são os menos propensos a receber serviços adequados.

Cenário global

Antes da pandemia, em 2019, estimava-se que 970 milhões de pessoas no mundo viviam com um transtorno mental, 82% das quais em países de baixa e média renda.

De acordo com o relatório, entre 2000 e 2019, estima-se que mais 25% de pessoas viviam com transtornos mentais, mas como a população mundial cresceu aproximadamente na mesma taxa, a prevalência de transtornos mentais permaneceu estável, em torno de 13%.

Além disso, de acordo com várias estimativas, 283 milhões de pessoas tiveram transtornos por uso de álcool em 2016; 36 milhões tiveram transtornos por uso de drogas em 2019; 55 milhões tiveram demência em 2019 e outros 50 milhões tiveram epilepsia em 2015.

Em muitos países, os sistemas de saúde mental são responsáveis ​​pelo cuidado de pessoas com essas condições.

De acordo com os dados revelados pela OMS, a prevalência de transtornos mentais varia com o sexo e a idade. Tanto em homens quanto em mulheres, os transtornos de ansiedade e os transtornos depressivos são os dois mais comuns.

Os transtornos de ansiedade tornam-se prevalentes em uma idade mais precoce do que os depressivos, que são raros antes dos dez anos de idade. Eles continuam a se tornar mais comuns na vida adulta, com estimativas mais altas em pessoas entre 50 e 69 anos.

Entre os adultos, os transtornos depressivos são os mais prevalentes de todos os transtornos mentais. Em 2019, 301 milhões de pessoas em todo o mundo viviam com transtornos de ansiedade, e 280 milhões viviam com transtornos depressivos (incluindo transtorno depressivo maior e distimia).

Impactos da pandemia

Antes da pandemia, cerca de 193 milhões de pessoas tinham transtorno depressivo maior e 298 milhões de pessoas tiveram transtornos de ansiedade em 2020.

Após o ajuste para a pandemia, as estimativas iniciais mostram um salto para 246 milhões para transtorno depressivo maior e 374 milhões para transtornos de ansiedade.

esquizofrenia, que ocorre em 24 milhões de pessoas e em aproximadamente 1 em cada 200 adultos (com 20 anos ou mais), é a principal preocupação dos serviços de saúde mental em todos os países. Em seus estados agudos, é a mais prejudicial de todas as condições de saúde.

transtorno bipolar, outra preocupação importante dos serviços de saúde mental em todo o mundo, afetou 40 milhões de pessoas e aproximadamente 1 em cada 150 adultos em todo o mundo em 2019. Ambos os distúrbios afetam principalmente as populações em idade ativa.

Crianças e jovens

Cerca de 8% das crianças (de 5 a 9 anos) e 14% dos adolescentes do mundo (de 10 a 19 anos) vivem com um transtorno mental.

Um estudo nacional nos Estados Unidos revelou que metade dos transtornos mentais presentes na idade adulta se desenvolveram aos 14 anos; três quartos apareceram aos 24 anos.

Os transtornos idiopáticos do desenvolvimento, que causam deficiência no desenvolvimento, são o tipo mais comum de transtorno mental em crianças pequenas, afetando 1 em cada 50 crianças com menos de cinco anos.

O segundo transtorno mental mais prevalente em crianças pequenas é o transtorno do espectro do autismo (outro transtorno do desenvolvimento), que afeta 1 em cada 200 crianças menores de cinco anos. Ambos os distúrbios tornam-se gradualmente menos prevalentes com a idade, pois muitas pessoas com distúrbios do desenvolvimento morrem jovens.

O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade e os transtornos de conduta são particularmente comuns na adolescência, especialmente entre os meninos mais novos (4,6% e 4,5%, respectivamente, em meninos de 10 a 14 anos de idade).

A ansiedade é o transtorno mental mais prevalente entre os adolescentes mais velhos (4,6%) e ainda mais entre as meninas adolescentes (5,5%). Transtornos ansiosos e depressivos nessa idade podem estar associados ao bullying.

Os transtornos alimentares ocorrem principalmente entre os jovens e, dentro desse grupo, são mais comuns entre as mulheres (por exemplo, 0,6% em mulheres de 20 a 24 anos em comparação com 0,3% em homens na mesma faixa etária).

Transformação

A OMS defende que uma transformação mundial em direção à uma melhor saúde mental é possível. Além de reduzir o sofrimento e trazer melhorias em saúde pública, as mudanças poderão significar maior proteção dos direitos humanos e melhores resultados sociais e econômicos.

O plano de ação abrangente de saúde mental da OMS (2013–2030) incentiva que os países invistam na área a partir de quatro objetivos principais:

  1. Liderança e governança eficazes mais fortes
  2. Cuidados comunitários abrangentes, integrados e responsivos
  3. Estratégias de promoção e prevenção
  4. Sistemas de informação mais fortes, evidências e pesquisa

“A visão é um mundo onde a saúde mental seja valorizada, promovida e protegida. É um mundo onde as condições de saúde mental são prevenidas e onde todos podem exercer toda a sua gama de direitos humanos e ter acesso a cuidados de saúde e sociais de alta qualidade, oportunos e culturalmente apropriados de que precisam e merecem”, diz o relatório.

O relatório aponta que, de maneira geral, as condições de saúde mental são generalizadas ou incompreendidas, o que leva a uma subnotificação de transtornos e dificuldades para o acesso ao tratamento adequado.

FONTE CNN

hc

CAR-T Cell: entenda estudo que pretende acelerar produção de terapia genética contra o câncer com células do paciente

Pesquisa, que ainda precisa ser submetida ao sistema CEP-Conep e à Anvisa, quer avaliar segurança e eficácia do tratamento em pacientes com linfoma não-Hodgkin de células B.


Hemocentro de Ribeirão Preto integra estudo clínico com Butantan sobre segurança e eficácia de tratamento contra o câncer — Foto: Reprodução/EPTV

Hemocentro de Ribeirão Preto integra estudo clínico com Butantan sobre segurança e eficácia de tratamento contra o câncer — Foto: Reprodução/EPTV

CAR-T Cell: entenda estudo que pretende acelerar produção de terapia genética contra o câncer com células do paciente

Pesquisa, que ainda precisa ser submetida ao sistema CEP-Conep e à Anvisa, quer avaliar segurança e eficácia do tratamento em pacientes com linfoma não-Hodgkin de células B.

Por Vinícius Alves, g1 Ribeirão Preto e Franca

17/06/2022 05h02  Atualizado há 2 horas


Hemocentro de Ribeirão Preto integra estudo clínico com Butantan sobre segurança e eficácia de tratamento contra o câncer — Foto: Reprodução/EPTV

Hemocentro de Ribeirão Preto integra estudo clínico com Butantan sobre segurança e eficácia de tratamento contra o câncer — Foto: Reprodução/EPTV

O Hemocentro de Ribeirão Preto (SP) e o Instituto Butantan elaboram um estudo clínico que pretende avaliar a segurança e a eficácia do tratamento com CAR-T Cell em pacientes com linfoma não-Hodgkin de células B. A ideia é poder acelerar a produção da terapia genética que usa células de defesa do organismo do próprio paciente em dois centros de pesquisa anunciados pelo Governo de São Paulo na última terça-feira (14).

Um dos centros fica em São Paulo e foi entregue na terça. O outro em Ribeirão Preto (SP), que vai ser inaugurado no campus da USP na segunda-feira (20). A proposta é que, juntos no futuro, possam produzir a tecnologia de tratamento para até 300 atendimentos ao ano. As duas estruturas aguardam a chegada de insumos e equipamentos vindos de outros países para iniciarem a produção.

No Brasil, sete pacientes com linfoma ou leucemia já fizeram uso do tratamento com CAR-T Cell de forma compassiva, isto é, quando, em um estágio muito avançado da doença e diante da não eficácia dos métodos convencionais, como quimioterapia e radioterapia, a tecnologia torna-se a última alternativa de tratamento, desde que seja feita por decisão médica.

Seis foram atendidos no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e um no HC de São Paulo. São cinco homens, com 27, 28, 36, 40 e 64 anos, e duas mulheres, de 13 e 25 anos.

A produção da tecnologia foi feita em Ribeirão Preto, segundo o diretor médico do laboratório de terapia celular do Hemocentro da cidade Gil Cunha de Santis.

“Na verdade a gente até está fazendo em Ribeirão, não no prédio do Hemocentro, mas para tratamento compassivo. São sete pacientes que já foram tratados em produção pontual, aqui, ali. A gente está fazendo por causa dessa necessidade de pessoas que precisam de alguma coisa, não tem tempo de esperar”.

Centro de produção de terapia genética contra o câncer em Ribeirão Preto, SP — Foto: Reprodução/Butantan

Centro de produção de terapia genética contra o câncer em Ribeirão Preto, SP — Foto: Reprodução/Butantan

Nesta reportagem você vai ler sobre os seguintes itens:

  1. O que é CAR-T Cell?
  2. Por que o estudo foca em pacientes com linfoma não-Hodgkin de células B?
  3. Em que estágio está o estudo clínico?
  4. Quem serão os voluntários?
  5. Como o estudo pode ajudar na produção em larga escala da tecnologia?
  6. 1. O que é CAR-T Cell?

O tratamento é resultado de estudos do Centro de Terapia Celular (CTC-Fapesp-USP) de Ribeirão Preto. Em 2017, a técnica foi aprovada pela FDA, agência reguladora dos Estados Unidos. No Brasil, A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou em abril deste ano o registro de um segundo produto para terapia gênica.

A terapia tem como base os linfócitos T, células de defesa do corpo que são isoladas e reprogramadas para identificar e combater o câncer e acontece em etapas:

  • coleta de sangue do paciente
  • isolamento dos linfócitos T da amostra
  • ativação e multiplicação dos linfócitos T em laboratório
  • criação das células CAR-T por meio do contato entre os linfócitos e um vetor viral inofensivo ao organismo que identifica receptor de células cancerígenas
  • congelamento e controle de qualidade das células CAR-T
  • aplicação das células por meio de transfusão de sangue
  • O processo de modificação dos linfócitos será feito nos centros em São Paulo e Ribeirão Preto.

2. Por que o estudo focou em pacientes com linfoma não-Hodgkin de células B?

O linfoma não-Hodgkin de células B, mais agressivo, é um câncer no sistema linfático que afeta o linfonodo, que é um gânglio, e se espalha para outras partes do organismo, podendo levar o paciente à morte.

Tratamentos convencionais, como quimioterapia e radioterapia, muitas vezes não conseguem amenizar os efeitos da doença no ser humano, segundo o diretor do Hemocentro de Ribeirão Preto.

De Santis explica que o estudo focou nessa doença porque ela expressa, na superfície da célula, uma substância chamada CD-19, que, até o momento, é a única que os pesquisadores conseguem combater com os linfócitos T, modificados geneticamente.

“A gente ainda não tem outros alvos. Claro que, em um futuro próximo, será nosso objetivo, tratar doenças que tenham outros tipos de alvo. A gente, por enquanto, vai começar com o CD-19 para depois expandir para outras doenças”.

As células T são um tipo de linfócito, células de defesa do sistema imunológico presentes no sangue — Foto: Science Photo Library/BBC

As células T são um tipo de linfócito, células de defesa do sistema imunológico presentes no sangue — Foto: Science Photo Library/BBC

3. Em que estágio está o estudo clínico?

O estudo clínico é de fase um e deve ser enviado para aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que faz a apreciação técnica, nas próximas semanas, segundo de Santis.

A análise deve demorar alguns meses e, por conta disso, o início da pesquisa na prática deve começar somente no final do ano.

“Ele ainda não foi submetido porque a gente ainda está fechando o estudo, fechando protocolo (…) É o que a gente chama de estudo fase um fase dois. O foco é segurança, mas a gente também avalia eficácia”, disse o diretor do Hemocentro de Ribeirão Preto.

4. Quem serão os voluntários?

Segundo o pesquisador, são 30 voluntários escolhidos para o estudo clínico, que será feito em três centros: Hospital das Clínicas da USP em São Paulo, Hospital das Clínicas da USP em Ribeirão Preto e Hospital das Clínicas da Unicamp, em Campinas.

Segundo de Santis, 40% dos pacientes do linfoma não-Hodgkin de células B têm recaída com o tratamento convencional, com quimioterapia e radioterapia. A proposta do uso de CAR-T Cell é ser uma alternativa mais eficaz.

“O que a gente propõe não é substituir o tratamento convencional, que é eficaz, que cura 60% dos pacientes. Isso continua sendo feito. [O uso] Seria em uma recaída ou se o tratamento convencional não surtir efeito, o que ocorre em 40% dos pacientes. Aí começam os problemas, porque há outros tratamentos disponíveis, mas nada muito bom. A CAR-T é mais eficaz que os tratamentos convencionais”.

Hospital de Clínicas (SP) da Unicamp é um dos centros do estudo clínico do CAR-T Cell — Foto: Reprodução/EPTV

Hospital de Clínicas (SP) da Unicamp é um dos centros do estudo clínico do CAR-T Cell — Foto: Reprodução/EPTV

De acordo com o diretor do Hemocentro, os centros podem aceitar pacientes encaminhados de fora, que não necessariamente tenham passado por atendimento inicial nas unidades selecionadas.

“Os pacientes são tratados na mesma cidade. Se não deu certo o primeiro tratamento, muitas vezes o paciente é encaminhado para cá, muitas vezes quando o médico sabe que tem um estudo em andamento, e vai saber, porque a gente vai divulgar isso oportunamente. Acho até que vamos receber muitos pacientes, porque tem muitos pacientes, mas aí tem uma limitação do estudo clínico, de número”.

Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto participa de estudo sobre CAR-T Cell — Foto: Reprodução/EPTV

Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto participa de estudo sobre CAR-T Cell — Foto: Reprodução/EPTV

5. Como o estudo pode ajudar na produção em larga escala da tecnologia?

De acordo com o diretor do Hemocentro de Ribeirão Preto, o estudo clínico e a produção em larga escala anunciada nessa semana pelo Butantan e o Governo de São Paulo são interdependentes.

“Esse estudo vai nos proporcionar, entre outras coisas, também aquecer os motores para a produção em larga escala. Uma coisa beneficia a outra”.

A projeção para avançar com o tratamento por CAR-T Cell no Sistema Único de Saúde (SUS), já que hoje o custo é de US$ 500 mil [cerca de R$ 2,5 milhões] por paciente, e de forma não compassiva, é para 2023, segundo de Santis. De acordo com ele, o estudo vai mostrar os dados necessários para o registro final da tecnologia na Anvisa.

“Nosso interesse aqui, mais adiante, é fazer em larga escala, principalmente até fora de estudo clínico. Estudo clínico é limitado por tempo, por número de pacientes. O que a gente quer é oferecer, mais adiante, esse produto para pacientes que não têm acesso a ele, porque é um produto muito caro. A gente quer oferecer isso para pacientes do Sistema Único de Saúde”.

FONGTE G1