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Condições de saúde mental são incompreendidas, aponta novo relatório da OMS

Área é negligenciada em todo o mundo, levando à subnotificação de transtornos e dificuldades para o acesso ao tratamento adequado, diz Organização Mundial da SaúdeArte: Malte Mueller/Getty Images

Por décadas, a saúde mental tem sido uma das áreas mais negligenciadas da saúde pública no mundo. Subvalorizado e incompreendido, o campo recebe uma ínfima parte da atenção e dos recursos necessários. O resultado é que, para muitas pessoas, alcançar e manter uma boa saúde mental é um desafio.

A avaliação é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que lança um novo relatório sobre o tema nesta quinta-feira (16). No documento, a OMS alerta que, apesar da importância da saúde mental para a saúde e bem-estar, muitos ainda não recebem o apoio necessário.

Em 2019, estima-se que uma em cada oito pessoas em todo o mundo estava vivendo com um transtorno mental. Ao mesmo tempo, os serviços e financiamentos disponíveis para a área permanecem escassos e ficam muito abaixo do necessário, especialmente nos países de baixa e de média rendas.

Importância da saúde mental

Parte inerente e vital do nosso bem-estar geral, a saúde mental e afeta nossas vidas de várias maneiras. Ela nos permite funcionar e prosperar como indivíduos, além de ajudar a lidar com o estresse e adaptações a mudanças.

Uma saúde mental de qualidade é essencial para a construção de relacionamentos saudáveis, além de nos permitir a aprender bem e trabalhar de forma produtiva.

A OMS alerta que sistemas sociais e de saúde estão mal equipados para ajudar pessoas que vivenciam crises de saúde mental.

Mesmo antes da pandemia de Covid-19, que afetou a saúde mental de tantos, estimava-se que cerca de um bilhão de pessoas tinham um transtorno mental. Apenas uma pequena fração dessas pessoas têm acesso à cuidados eficazes, acessíveis e de qualidade.

Estigma, discriminação e violações de direitos humanos contra pessoas com problemas de saúde mental são comuns em comunidades e sistemas de atendimento em todos os lugares, segundo o relatório.

Em todos os países, são os mais pobres e desfavorecidos da sociedade que correm maior risco de problemas de saúde mental. Estes também são os menos propensos a receber serviços adequados.

Cenário global

Antes da pandemia, em 2019, estimava-se que 970 milhões de pessoas no mundo viviam com um transtorno mental, 82% das quais em países de baixa e média renda.

De acordo com o relatório, entre 2000 e 2019, estima-se que mais 25% de pessoas viviam com transtornos mentais, mas como a população mundial cresceu aproximadamente na mesma taxa, a prevalência de transtornos mentais permaneceu estável, em torno de 13%.

Além disso, de acordo com várias estimativas, 283 milhões de pessoas tiveram transtornos por uso de álcool em 2016; 36 milhões tiveram transtornos por uso de drogas em 2019; 55 milhões tiveram demência em 2019 e outros 50 milhões tiveram epilepsia em 2015.

Em muitos países, os sistemas de saúde mental são responsáveis ​​pelo cuidado de pessoas com essas condições.

De acordo com os dados revelados pela OMS, a prevalência de transtornos mentais varia com o sexo e a idade. Tanto em homens quanto em mulheres, os transtornos de ansiedade e os transtornos depressivos são os dois mais comuns.

Os transtornos de ansiedade tornam-se prevalentes em uma idade mais precoce do que os depressivos, que são raros antes dos dez anos de idade. Eles continuam a se tornar mais comuns na vida adulta, com estimativas mais altas em pessoas entre 50 e 69 anos.

Entre os adultos, os transtornos depressivos são os mais prevalentes de todos os transtornos mentais. Em 2019, 301 milhões de pessoas em todo o mundo viviam com transtornos de ansiedade, e 280 milhões viviam com transtornos depressivos (incluindo transtorno depressivo maior e distimia).

Impactos da pandemia

Antes da pandemia, cerca de 193 milhões de pessoas tinham transtorno depressivo maior e 298 milhões de pessoas tiveram transtornos de ansiedade em 2020.

Após o ajuste para a pandemia, as estimativas iniciais mostram um salto para 246 milhões para transtorno depressivo maior e 374 milhões para transtornos de ansiedade.

esquizofrenia, que ocorre em 24 milhões de pessoas e em aproximadamente 1 em cada 200 adultos (com 20 anos ou mais), é a principal preocupação dos serviços de saúde mental em todos os países. Em seus estados agudos, é a mais prejudicial de todas as condições de saúde.

transtorno bipolar, outra preocupação importante dos serviços de saúde mental em todo o mundo, afetou 40 milhões de pessoas e aproximadamente 1 em cada 150 adultos em todo o mundo em 2019. Ambos os distúrbios afetam principalmente as populações em idade ativa.

Crianças e jovens

Cerca de 8% das crianças (de 5 a 9 anos) e 14% dos adolescentes do mundo (de 10 a 19 anos) vivem com um transtorno mental.

Um estudo nacional nos Estados Unidos revelou que metade dos transtornos mentais presentes na idade adulta se desenvolveram aos 14 anos; três quartos apareceram aos 24 anos.

Os transtornos idiopáticos do desenvolvimento, que causam deficiência no desenvolvimento, são o tipo mais comum de transtorno mental em crianças pequenas, afetando 1 em cada 50 crianças com menos de cinco anos.

O segundo transtorno mental mais prevalente em crianças pequenas é o transtorno do espectro do autismo (outro transtorno do desenvolvimento), que afeta 1 em cada 200 crianças menores de cinco anos. Ambos os distúrbios tornam-se gradualmente menos prevalentes com a idade, pois muitas pessoas com distúrbios do desenvolvimento morrem jovens.

O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade e os transtornos de conduta são particularmente comuns na adolescência, especialmente entre os meninos mais novos (4,6% e 4,5%, respectivamente, em meninos de 10 a 14 anos de idade).

A ansiedade é o transtorno mental mais prevalente entre os adolescentes mais velhos (4,6%) e ainda mais entre as meninas adolescentes (5,5%). Transtornos ansiosos e depressivos nessa idade podem estar associados ao bullying.

Os transtornos alimentares ocorrem principalmente entre os jovens e, dentro desse grupo, são mais comuns entre as mulheres (por exemplo, 0,6% em mulheres de 20 a 24 anos em comparação com 0,3% em homens na mesma faixa etária).

Transformação

A OMS defende que uma transformação mundial em direção à uma melhor saúde mental é possível. Além de reduzir o sofrimento e trazer melhorias em saúde pública, as mudanças poderão significar maior proteção dos direitos humanos e melhores resultados sociais e econômicos.

O plano de ação abrangente de saúde mental da OMS (2013–2030) incentiva que os países invistam na área a partir de quatro objetivos principais:

  1. Liderança e governança eficazes mais fortes
  2. Cuidados comunitários abrangentes, integrados e responsivos
  3. Estratégias de promoção e prevenção
  4. Sistemas de informação mais fortes, evidências e pesquisa

“A visão é um mundo onde a saúde mental seja valorizada, promovida e protegida. É um mundo onde as condições de saúde mental são prevenidas e onde todos podem exercer toda a sua gama de direitos humanos e ter acesso a cuidados de saúde e sociais de alta qualidade, oportunos e culturalmente apropriados de que precisam e merecem”, diz o relatório.

O relatório aponta que, de maneira geral, as condições de saúde mental são generalizadas ou incompreendidas, o que leva a uma subnotificação de transtornos e dificuldades para o acesso ao tratamento adequado.

FONTE CNN

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CAR-T Cell: entenda estudo que pretende acelerar produção de terapia genética contra o câncer com células do paciente

Pesquisa, que ainda precisa ser submetida ao sistema CEP-Conep e à Anvisa, quer avaliar segurança e eficácia do tratamento em pacientes com linfoma não-Hodgkin de células B.


Hemocentro de Ribeirão Preto integra estudo clínico com Butantan sobre segurança e eficácia de tratamento contra o câncer — Foto: Reprodução/EPTV

Hemocentro de Ribeirão Preto integra estudo clínico com Butantan sobre segurança e eficácia de tratamento contra o câncer — Foto: Reprodução/EPTV

CAR-T Cell: entenda estudo que pretende acelerar produção de terapia genética contra o câncer com células do paciente

Pesquisa, que ainda precisa ser submetida ao sistema CEP-Conep e à Anvisa, quer avaliar segurança e eficácia do tratamento em pacientes com linfoma não-Hodgkin de células B.

Por Vinícius Alves, g1 Ribeirão Preto e Franca

17/06/2022 05h02  Atualizado há 2 horas


Hemocentro de Ribeirão Preto integra estudo clínico com Butantan sobre segurança e eficácia de tratamento contra o câncer — Foto: Reprodução/EPTV

Hemocentro de Ribeirão Preto integra estudo clínico com Butantan sobre segurança e eficácia de tratamento contra o câncer — Foto: Reprodução/EPTV

O Hemocentro de Ribeirão Preto (SP) e o Instituto Butantan elaboram um estudo clínico que pretende avaliar a segurança e a eficácia do tratamento com CAR-T Cell em pacientes com linfoma não-Hodgkin de células B. A ideia é poder acelerar a produção da terapia genética que usa células de defesa do organismo do próprio paciente em dois centros de pesquisa anunciados pelo Governo de São Paulo na última terça-feira (14).

Um dos centros fica em São Paulo e foi entregue na terça. O outro em Ribeirão Preto (SP), que vai ser inaugurado no campus da USP na segunda-feira (20). A proposta é que, juntos no futuro, possam produzir a tecnologia de tratamento para até 300 atendimentos ao ano. As duas estruturas aguardam a chegada de insumos e equipamentos vindos de outros países para iniciarem a produção.

No Brasil, sete pacientes com linfoma ou leucemia já fizeram uso do tratamento com CAR-T Cell de forma compassiva, isto é, quando, em um estágio muito avançado da doença e diante da não eficácia dos métodos convencionais, como quimioterapia e radioterapia, a tecnologia torna-se a última alternativa de tratamento, desde que seja feita por decisão médica.

Seis foram atendidos no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e um no HC de São Paulo. São cinco homens, com 27, 28, 36, 40 e 64 anos, e duas mulheres, de 13 e 25 anos.

A produção da tecnologia foi feita em Ribeirão Preto, segundo o diretor médico do laboratório de terapia celular do Hemocentro da cidade Gil Cunha de Santis.

“Na verdade a gente até está fazendo em Ribeirão, não no prédio do Hemocentro, mas para tratamento compassivo. São sete pacientes que já foram tratados em produção pontual, aqui, ali. A gente está fazendo por causa dessa necessidade de pessoas que precisam de alguma coisa, não tem tempo de esperar”.

Centro de produção de terapia genética contra o câncer em Ribeirão Preto, SP — Foto: Reprodução/Butantan

Centro de produção de terapia genética contra o câncer em Ribeirão Preto, SP — Foto: Reprodução/Butantan

Nesta reportagem você vai ler sobre os seguintes itens:

  1. O que é CAR-T Cell?
  2. Por que o estudo foca em pacientes com linfoma não-Hodgkin de células B?
  3. Em que estágio está o estudo clínico?
  4. Quem serão os voluntários?
  5. Como o estudo pode ajudar na produção em larga escala da tecnologia?
  6. 1. O que é CAR-T Cell?

O tratamento é resultado de estudos do Centro de Terapia Celular (CTC-Fapesp-USP) de Ribeirão Preto. Em 2017, a técnica foi aprovada pela FDA, agência reguladora dos Estados Unidos. No Brasil, A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou em abril deste ano o registro de um segundo produto para terapia gênica.

A terapia tem como base os linfócitos T, células de defesa do corpo que são isoladas e reprogramadas para identificar e combater o câncer e acontece em etapas:

  • coleta de sangue do paciente
  • isolamento dos linfócitos T da amostra
  • ativação e multiplicação dos linfócitos T em laboratório
  • criação das células CAR-T por meio do contato entre os linfócitos e um vetor viral inofensivo ao organismo que identifica receptor de células cancerígenas
  • congelamento e controle de qualidade das células CAR-T
  • aplicação das células por meio de transfusão de sangue
  • O processo de modificação dos linfócitos será feito nos centros em São Paulo e Ribeirão Preto.

2. Por que o estudo focou em pacientes com linfoma não-Hodgkin de células B?

O linfoma não-Hodgkin de células B, mais agressivo, é um câncer no sistema linfático que afeta o linfonodo, que é um gânglio, e se espalha para outras partes do organismo, podendo levar o paciente à morte.

Tratamentos convencionais, como quimioterapia e radioterapia, muitas vezes não conseguem amenizar os efeitos da doença no ser humano, segundo o diretor do Hemocentro de Ribeirão Preto.

De Santis explica que o estudo focou nessa doença porque ela expressa, na superfície da célula, uma substância chamada CD-19, que, até o momento, é a única que os pesquisadores conseguem combater com os linfócitos T, modificados geneticamente.

“A gente ainda não tem outros alvos. Claro que, em um futuro próximo, será nosso objetivo, tratar doenças que tenham outros tipos de alvo. A gente, por enquanto, vai começar com o CD-19 para depois expandir para outras doenças”.

As células T são um tipo de linfócito, células de defesa do sistema imunológico presentes no sangue — Foto: Science Photo Library/BBC

As células T são um tipo de linfócito, células de defesa do sistema imunológico presentes no sangue — Foto: Science Photo Library/BBC

3. Em que estágio está o estudo clínico?

O estudo clínico é de fase um e deve ser enviado para aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que faz a apreciação técnica, nas próximas semanas, segundo de Santis.

A análise deve demorar alguns meses e, por conta disso, o início da pesquisa na prática deve começar somente no final do ano.

“Ele ainda não foi submetido porque a gente ainda está fechando o estudo, fechando protocolo (…) É o que a gente chama de estudo fase um fase dois. O foco é segurança, mas a gente também avalia eficácia”, disse o diretor do Hemocentro de Ribeirão Preto.

4. Quem serão os voluntários?

Segundo o pesquisador, são 30 voluntários escolhidos para o estudo clínico, que será feito em três centros: Hospital das Clínicas da USP em São Paulo, Hospital das Clínicas da USP em Ribeirão Preto e Hospital das Clínicas da Unicamp, em Campinas.

Segundo de Santis, 40% dos pacientes do linfoma não-Hodgkin de células B têm recaída com o tratamento convencional, com quimioterapia e radioterapia. A proposta do uso de CAR-T Cell é ser uma alternativa mais eficaz.

“O que a gente propõe não é substituir o tratamento convencional, que é eficaz, que cura 60% dos pacientes. Isso continua sendo feito. [O uso] Seria em uma recaída ou se o tratamento convencional não surtir efeito, o que ocorre em 40% dos pacientes. Aí começam os problemas, porque há outros tratamentos disponíveis, mas nada muito bom. A CAR-T é mais eficaz que os tratamentos convencionais”.

Hospital de Clínicas (SP) da Unicamp é um dos centros do estudo clínico do CAR-T Cell — Foto: Reprodução/EPTV

Hospital de Clínicas (SP) da Unicamp é um dos centros do estudo clínico do CAR-T Cell — Foto: Reprodução/EPTV

De acordo com o diretor do Hemocentro, os centros podem aceitar pacientes encaminhados de fora, que não necessariamente tenham passado por atendimento inicial nas unidades selecionadas.

“Os pacientes são tratados na mesma cidade. Se não deu certo o primeiro tratamento, muitas vezes o paciente é encaminhado para cá, muitas vezes quando o médico sabe que tem um estudo em andamento, e vai saber, porque a gente vai divulgar isso oportunamente. Acho até que vamos receber muitos pacientes, porque tem muitos pacientes, mas aí tem uma limitação do estudo clínico, de número”.

Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto participa de estudo sobre CAR-T Cell — Foto: Reprodução/EPTV

Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto participa de estudo sobre CAR-T Cell — Foto: Reprodução/EPTV

5. Como o estudo pode ajudar na produção em larga escala da tecnologia?

De acordo com o diretor do Hemocentro de Ribeirão Preto, o estudo clínico e a produção em larga escala anunciada nessa semana pelo Butantan e o Governo de São Paulo são interdependentes.

“Esse estudo vai nos proporcionar, entre outras coisas, também aquecer os motores para a produção em larga escala. Uma coisa beneficia a outra”.

A projeção para avançar com o tratamento por CAR-T Cell no Sistema Único de Saúde (SUS), já que hoje o custo é de US$ 500 mil [cerca de R$ 2,5 milhões] por paciente, e de forma não compassiva, é para 2023, segundo de Santis. De acordo com ele, o estudo vai mostrar os dados necessários para o registro final da tecnologia na Anvisa.

“Nosso interesse aqui, mais adiante, é fazer em larga escala, principalmente até fora de estudo clínico. Estudo clínico é limitado por tempo, por número de pacientes. O que a gente quer é oferecer, mais adiante, esse produto para pacientes que não têm acesso a ele, porque é um produto muito caro. A gente quer oferecer isso para pacientes do Sistema Único de Saúde”.

FONGTE G1

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Unimed Araxá – Distúrbios da tireoide

Distúrbios da tireoide: saiba identificar quando o seu corpo dá sinais de que há algo errado

Endocrinologista da Unimed Araxá explica quais são os sintomas e tratamentos para os casos mais comuns

A tireoide é uma glândula localizada na região anterior do pescoço. Ela é responsável por produzir os hormônios T3 e T4.  São eles que regulam funções básicas do nosso organismo como, por exemplo, os batimentos cardíacos, a capacidade de concentração do cérebro, os movimentos intestinais, a respiração celular e a regulação dos ciclos menstruais. Por isso é tão importante ficar atento e perceber os sinais que o corpo dá em função das disfunções hormonais ligadas à tireoide. “A disfunção hormonal mais comum da tireoide é o hipotireoidismo, um tipo de alteração onde ocorre a diminuição na liberação dos hormônios tireoidianos T3 e T4.  O outro tipo de disfunção tireoidiana comum é o hipertireoidismo que se trata de uma condição inversa ao primeiro”, ressalta a médica endocrinologista e metabologista da Unimed Araxá, Jacqueline Fonseca Rios.

Hipotiroidismo

A principal causa do hipotireoidismo é a Tireoidite Crônica de Hashimoto, um tipo de doença autoimune que é de quatro a cinco vezes mais comum em mulheres, mas que também atinge homens. “Nas pessoas com hipotireoidismo tudo passa a funcionar mais lentamente”, explica a médica.

Sintomas

Cansaço: 

Pode ocorrer desânimo, cansaço, memória ruim, sonolência, nervosismo, raciocínio lento e até sintomas depressivos. A sensação é a de que está faltando energia. É um cansaço físico e mental.

Na pele e anexos:

Manifestações como queda de cabelos, pele ressecada, intolerância ao frio e unhas quebradiças também são comuns. Estes são sintomas que demoram mais tempo para voltar ao normal com o tratamento.

Constipação intestinal:

O intestino pode prender pois a digestão e os movimentos peristálticos ficam mais lentos.

Outras manifestações incluem fluxo menstrual aumentado, inchaço, dores nas pernas e dores de cabeça. “Muitos relacionam a obesidade ao hipotireoidismo, mas o ganho de peso que pode ocorrer nestes casos geralmente é leve e corrigido com o tratamento. Nas crianças pode aparecer ainda diminuição da velocidade de crescimento”, diz.

Quando suspeitar do hipotiroidismo?

Muitos sintomas são inespecíficos e hoje é muito comum a dosagem do TSH (hormônio que regula a tireoide) fazer parte de checkups, mas é obrigatória a investigação desta doença nos seguintes casos:

– Ao nascimento: o hipotireoidismo congênito faz parte das doenças pesquisadas no teste do pezinho

– Crianças com atraso no desenvolvimento e crescimento

– Mulheres que planejam engravidar ou que já tiveram abortos espontâneos

– Durante o pré-natal (porque alterações da tireoide podem aumentar risco de abortamento, parto prematuro e interferir no desenvolvimento neurológico do feto)

– Em pessoas com depressão

– Idosos com apatia, perda de memória e raciocínio lento.

Como tratar?

O tratamento do hipotireoidismo é muito importante porque consegue reequilibrar o funcionamento do nosso corpo. “Precisamos lembrar que o hipotireoidismo não tratado pode levar a anemia, aumento do colesterol e risco cardiovascular e, em casos mais graves, até à insuficiência cardíaca e coma. É indicada a reposição do hormônio T4, a levotiroxina, em jejum, pelo menos meia-hora antes do café da manhã, com ajuste da dose de acordo com os exames. Não se deve tomar nenhum medicamento no mesmo horário e ele deve ser ingerido apenas com água”, explica Dra. Jacqueline.

Hipertireoidismo

O hipertireoidismo também pode ser causado por doenças autoimunes da tireoide, bócio, nódulos ou inflamação da tireoide. Os sintomas incluem principalmente insônia, nervosismo, agitação, emagrecimento, coração acelerado, tremores, queda de cabelos, pele úmida e quente. “Na Doença de Graves, doença autoimune que mais causa o hipertireoidismo, pode ocorrer também a exoftamia (olho exaltado para fora) e aumento difuso da tireoide. Esse quadro ocular da Doença de Graves se agrava muito em tabagistas, sendo altamente recomentado suspender o uso de cigarro nestas situações”, alerta.

Na Tireoidite de Hashimoto os pacientes podem iniciar com hipertireoidismo (por destruição de células da tireoide e liberação dos hormônios ali estocados) e evoluir para o hipotireoidismo (que é o quadro mais comum desta doença autoimune).

Condições em que é essencial a investigação de hipertiroidismo:

– Emagrecimento inexplicado

– Arritmia cardíaca (ritmo cardíaco irregular)

– Exoftalmia

Porque é necessário tratar?

O emagrecimento que ocorre no hipertirodismo é com perda de massa muscular juntamente com massa gordurosa. Ocorre também perda significativa de massa óssea, com risco para osteoporose e fratura. Além disso, há aumento de risco de arritmia cardíaca e distúrbios neurológicos. “Na maioria das vezes o tratamento do hipertireoidismo é clínico, em alguns casos pode ser indicado a radioiodoterapia ou cirurgia”, diz.

Outras doenças

Ainda segundo a médica, existem muitos outros tipos de doenças da tireoide. “Acho importante comentar sobre os nódulos (caroços) tireoidianos que geram uma grande preocupação na população. Enfatizo que nódulos na tireoide são comuns, acometendo até 50% das pessoas e a maioria é benigna. Por esse motivo não está indicado o uso de ultrassom de tireoide em exames de checkup. Devemos solicitar este exame somente em casos de nódulos palpáveis, ou na suspeita destes nódulos por casos de câncer de tireoide em familiares próximos. Caso contrário, será um exame desnecessário, gerando preocupações desnecessárias e até a realização de procedimentos invasivos com seus riscos inerentes. O exame que deve fazer parte de checkups é a dosagem do TSH, para rastreamento disfunções hormonais tireoidianas que são muito mais comuns, cujos tratamentos impactam significativamente na qualidade de vida das pessoas”, finaliza Dra. Jacqueline.

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Pessoas mal-humoradas e bagunceiras têm mais chance de ter demência na velhice

Pesquisa analisou quase 2.000 mil pessoas de 1997 até agora e verificou como a extroversão, a consciência e o neuroticismo afetam o funcionamento cognitivo

Traços da personalidade refletem padrões de pensamento e comportamento prolongados
FREEPIK

Pode parecer estranho e ou até difícil de acreditar, mas um estudo da Associação Americana de Psicologia mostrou que pessoas mal-humoradas e bagunceiras têm mais chances de desenvolver demência na velhice. Em contrapartida, as pessoas organizadas e disciplinadas apresentam menor probabilidade de desenvolver comprometimento cognitivo leve à medida que envelhecem. 

A demência é caracterizada pela perda progressiva da capacidade de realizar tarefas rotineiras, além de comprometer a memória, a capacidade de aprendizado e de linguagem (declínio cognitivo). 

A pesquisa, que foi publicada no Journal of Personality and Social Psychology, analisou dados de 1.954 participantes de um estudo que acompanhou idosos que vivem na região metropolitana de Chicago, uma das maiores cidades dos Estados Unidos. 

A pesquisadora Tomiko Yoneda, da Universidade de Victoria, no Canadá, concentrou-se no papel que três características homanas que persistem até a idade avançada: a consciência, o neuroticismo, ou tendência a comportamento neuróticos e nervosos, e a extroversão. 

“Os traços da personalidade refletem padrões de pensamento e comportamento relativamente prolongados, que podem afetar cumulativamente o envolvimento em comportamentos e padrões de pensamento saudáveis ​​e não saudáveis ​​​​ao longo da vida”, disse Yoneda.

E, acrescentou: “O acúmulo de experiências ao longo da vida pode contribuir para a suscetibilidade de doenças ou distúrbios específicos, como comprometimento cognitivo leve, ou contribuir para diferenças individuais na capacidade de suportar alterações neurológicas relacionadas à idade.”

Os voluntários não tinham um diagnóstico formal de demência, foram escolhidos em comunidades de aposentados, grupos religiosos e instalações de habitação para idosos e estão sendo acompanhados desde 1997. 

Os participantes concordaram em passar por avaliações anuais de suas habilidades cognitivas e fora incluídos aqueles que responderam ao menos duas pesquisas cognitivas anuais. 

As pessoas com pontuação alta em consciência tendem a ser responsáveis, organizados, trabalhadores e direcionados a objetivos. Aqueles que pontuam alto em comportamentos neuróticos têm baixa estabilidade emocional e tendem a mudanças de humor, ansiedade, depressão, insegurança e outros sentimentos negativos.

Os extrovertidos se animam por estar perto de outras pessoas e direcionam suas energias para  o mundo exterior. Eles tendem a ser entusiasmados, falantes, assertivos e vivem bem em grupo, de acordo com Yoneda.

Os participantes que tiveram bom desempenho em consciência ou baixo em neuroticismo foram significativamente menos propensos a progredir de cognição normal para o quadro de demência leve. 

O estudo não conseguiu associar o desenvolvimento de demência leve às pessoas extrovertidas, mas os participantes que pontuaram alto em extroversão – assim como os que pontuaram alto em consciência ou baixo em neuroticismo – tendiam a manter o funcionamento cognitivo normal por mais tempo do que outros.

De acordo com Yoneda, estima-se que voluntários de 80 anos com alto nível de consciência vivam quase dois anos a mais sem comprometimento cognitivo em comparação aos com baixo nível de consciência. Além disso, os participantes extrovertidos mantêm a cognição saudável por aproximadamente um ano a mais.

Já, o alto neuroticismo foi associado a pelo menos um ano a menos de funcionamento cognitivo saudável, destacando os danos associados à experiência de longo prazo de estresse e instabilidade emocional. 

As pessoas menos neuróticas e mais extrovertidas são mais propensas a recuperar a função cognitiva normal após um diagnóstico prévio de demência leve.

Esse achado sugere que esses traços podem ser protetores mesmo depois que um indivíduo começa a progredir para demência.

No caso da extroversão, esse achado pode ser indicativo dos benefícios da interação social para melhorar os resultados cognitivos, apontou Yoneda.

A demência é uma condição multifatorial que, certamente, não depende apenas do comportamento ao longo da vida. Sabe-se que problemas de saúde, especialmente cardiovasculares, têm impacto significativo no desenvolvimento da doença. 

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), atualmente 55 milhões de pessoas vivem com demência em todo o planeta, das quais entre 60% e 70% têm Alzheimer.

Com o envelhecimento da população, estima-se que a demência poderá atingir 78 milhões de pessoas daqui a oito anos e 139 milhões até 2050.

FONTE R7

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Máscara desenvolvida pela USP é capaz de inativar vírus da Covid-19 e da gripe

Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) criou uma máscara capaz de conter vírus da Covid-19 e da gripe Divulgação

Diante do aumento de doenças respiratórias como a gripe e a Covid-19 no Brasil, o Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) criou uma máscara capaz de conter os dois tipos de vírus responsáveis pelas doenças, o influenza e o novo coronavírus.

Comercializada com o nome de Phitta Mask, a máscara conta com uma tecnologia chamada de Phtalox, que pode eliminar partículas virais no momento em que elas entram em contato com o tecido. Devido a essa tecnologia química, a camada mais externa do vírus pode ser destruída em questão de segundos, impedindo assim a replicação viral.

De acordo com o Instituto da USP, durante 2020 e 2021, foram feitos testes que comprovaram a eficácia da máscara (99%) contra o SARS-CoV-2 e suas variantes Ômicron, Delta, Gama (P.1), Zeta (P.2) e o vírus da influenza. O desenvolvimento da máscara foi fruto de uma parceria entre o instituto e a empresa brasileira Golden Technology.

“Os resultados dos testes em laboratório nos deixam muito confortáveis. A máscara eliminou 100% dos vírus, tanto de Influenza A como de Influenza B. Isso é muito importante porque trata-se de uma doença com alta mortalidade, principalmente entre gestantes, idosos e crianças”, explica o virologista Edison Luiz Durigon, pesquisador da USP e coordenador das análises, em comunicado.

O CEO da Golden Technology, Sérgio Bertucci, afirma que, diferente da máscara cirúrgica, que precisa ser trocada de 3 em 3 horas, a tecnologia “garante proteção por até 12 horas, o que diminui significativamente a quantidade de unidades descartadas no meio ambiente”.

Cenário epidemiológico

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou, na quinta-feira (9), o boletim Infogripe que alerta para aumento do casos de Covid-19 entre as ocorrências de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Nas últimas quatro semanas, 69% dos casos de SRAG foram causados pela Covid-19. Já em relação aos óbitos, 92% também correspondem à Covid-19. A análise foi feita de 29 de maio a 4 de junho.

Um levantamento da Agência CNN mostra que a média móvel de casos de Covid-19 no Brasil nesta quinta-feira foi de 37.080 casos em sete dias, enquanto a média móvel de mortes na última semana foi de 123.

FONTE CNN

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‘Já contei 60 feridas, mas estou ótimo, não vejo a hora de sair’, diz 1º brasileiro diagnosticado com varíola dos macacos

Paulistano de 41 anos foi contaminado durante viagem a Europa e está isolado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em SP, desde 6 de junho. ‘Não há motivo para pânico. A melhor proteção é a informação verdadeira’, afirmou.


Feridas em braço de paulistano diagnosticado com varíola dos macacos e que está isolado no Hospital Emílio Ribas — Foto: Arquivo pessoal

Feridas em braço de paulistano diagnosticado com varíola dos macacos e que está isolado no Hospital Emílio Ribas — Foto: Arquivo pessoal

“Eu já contei 60 feridas, mas estou ótimo. Não há motivos para pânico. Eu não vejo a hora de sair daqui para voltar ao trabalho. Aliás, eu já até trabalhei daqui do hospital.” O relato é do primeiro brasileiro diagnosticado com varíola dos macacos e que está em isolamento no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, desde 6 de junho. Ele pediu para não ser identificado.

“Não estou preocupado em ser visto como o primeiro brasileiro com varíola dos macacos. Quero poder mostrar às pessoas que estou bem, que fui e estou sendo cuidado por excelentes médicos. Que um momento de dor sirva para a ciência brasileira desenvolver proteção a todos. A melhor proteção é a informação verdadeira. Sou a favor da ciência e aceito participar de pesquisas”, afirmou.

O paciente do Emilio Ribas diz que agora está bem e sem dores, mas no começo foi bem diferente. “O pior aconteceu ainda em casa. Tudo aquilo que a gente lê na internet: exaustão, febre, cansaço, dor de cabeça, dor no fundo do olho. É muito forte mesmo.”O paulistano de 41 anos concedeu a entrevista logo depois de comer e ser medicado com os analgésicos dipirona e tramadol.

Brasileiro diagnosticado com varíola dos macacos usa notebook enquanto está isolado no Hospital Emílio Ribas, em SP — Foto: Arquivo pessoal

Brasileiro diagnosticado com varíola dos macacos usa notebook enquanto está isolado no Hospital Emílio Ribas, em SP — Foto: Arquivo pessoal

“Não tenho febre, só tomo remédio para dor e estou comendo normalmente. Tenho 60 feridas. Sem analgésicos, elas, principalmente, as que estão na mucosa, como boca e garganta, doem muito. Mas a maior dor mesmo foi nos gânglios, que estavam inchados.”

Os primeiros sintomas, como cansaço, dor no corpo e algumas coceiras, surgiram ainda no final de maio, dias depois de ele chegar ao Brasil de uma viagem à Europa que fez com a mãe e que durou oito dias. A mãe está bem, sendo monitorada, assim como todas as pessoas que tiveram contato com o paciente.

“Minha viagem foi por um motivo tão lindo, que era levar minha mãe para conhecer a Europa e comemorar o aniversário dela lá. Ela amou. A doença foi um imprevisto, mas que vai se resolver. Eu não sei se peguei em Lisboa ou Barcelona. Eu pensei que era Covid ou amigdalite. Já estava até isolado. Cheguei até a fazer exame de Covid. Aí meu médico pediu para eu vir para o Emílio Ribas”, relata.

Contou que ainda não sabe quando terá alta, pois é preciso aguardar que as feridas cicatrizem, mas primeira coisa que ele quer fazer quando sair do hospital é ver a mãe e os gatos. Depois, voltar aos projetos do trabalho e aos planos de vida.

Gatos do primeiro brasileiro diagnosticado com varíola dos macacos; pets estão no topo da lista das primeiras coisas que ele quer rever assim que tiver alta — Foto: Arquivo pessoal

“Quero muito que as pessoas entendam que é uma doença que precisa de cuidados como outra qualquer. Que pode ser pega como um sarampo ou catapora. Homens e mulheres. Que todas as ações que aprendemos com a Covid são muito úteis para todas as doenças. Eu estou me cuidando e espero que as pessoas se protejam também”, finalizou.

Confirmação da doença

O Instituto Adolfo Lutz confirmou na quinta-feira (9) que o paulistano de 41 anos era o primeiro caso de varíola dos macacos no Brasil.

“A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou o primeiro caso de Monkeypox [varíola dos macacos] no Brasil. A confirmação ocorreu pelo Instituto Adolfo Lutz após realização de diagnóstico diferencial de detecção por RT-PCR do vírus Varicela Zoster (com resultado negativo) e análise metagenômica do material genético, quando então foi identificado o genoma do Monkeypox vírus”, disse a nota da pasta.

Além deste caso, a Prefeitura de São Paulo informou que monitora o estado de saúde de uma mulher de 26 anos, sem histórico de viagem ao exterior, hospitalizada com suspeita de ter contraído a doença. Segundo o prefeito Ricardo Nunes (MDB), a paciente passa bem. Familiares e pessoas próximas a ela também estão sendo acompanhados pela gestão municipal.

Em nota divulgada na quarta (8), o Ministério da Saúde informou que oito casos estão em investigação em todo o país. Segundo a pasta, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e São Paulo têm um caso suspeito cada um, e há ainda dois casos em monitoramento em Rondônia e outros dois em Santa Catarina.

No domingo (5), a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou ter confirmado 780 casos de varíola de macacos em todo o mundo. Os dados correspondem ao intervalo entre 13 de maio e 2 de junho e leva em conta apenas pacientes identificados em locais em que a doença não é endêmica. Segundo a entidade, não houve mortes relatadas.

Sobre a varíola dos macacos

A Monkeypox é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo/íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. Este contato pode ser exemplo pelo abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções respiratórias próximos e por tempo prolongado. A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo doente. Não há tratamento específico, mas de forma geral os quadros clínicos são leves e requerem cuidado e observação das lesões.

Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De 1 a 3 dias após o início desses sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele que podem estar localizadas em mãos, boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.

Prevenção:

  • Evitar contato próximo/íntimo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado;
  • Evitar o contato com qualquer material, como roupas de cama, que tenha sido utilizado pela pessoa doente;
  • Higienização das mãos, lavando-as com água e sabão e/ou uso de álcool em gel.
  • FONTE G1
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Saúde promove ações de prevenção contra ISTs em escolas rurais

A programação do ciclo de palestras sobre IST’s segue nesta sexta-feira (10), na Escola Municipal Eunice Weaver, no Distrito do Itaipu e no dia 23 na Escola Municipal José Bento, na Comunidade da Boca da Mata, e não o contrário como informado anteriormente.”

Segue o texto com a alteração:Saúde promove ações de prevenção contra ISTs em escolas rurais

Orientar e educar para prevenir. Com esse objetivo, o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) da Secretaria Municipal de Saúde está promovendo um ciclo de palestras sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) nas escolas da Zona Rural de Araxá, abrangendo alunos dos anos finais – 6º ao 9º ano.

A iniciativa, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, vem diante do crescente número de ISTs na cidade, com destaque para infecções entre adolescentes.

A coordenadora do CTA, Roberta Duarte da Silva, relata que recentemente houve o registro de uma menina de 12 anos gestante e positivada com Aids e um menino de 13 anos com sífilis. “Ainda que o início à vida sexual não aconteça na mesma idade para os jovens, é importante adiantar essa educação sexual, instruir sobre formas de prevenção, sintomas e orientar em relação ao acompanhamento com um médico especialista”, explica.

As escolas também estão disponibilizando preservativos na diretoria para o aluno que solicitar.

A palestra já passou pelas escolas Antônio Augusto de Paiva, na Comunidade do Mourão Rachado; Padre Inácio, na Comunidade de Tamanduá; e Francisco Primo de Melo, no Bosque dos Ipês. A programação segue nesta sexta-feira (10), na Escola Municipal Eunice Weaver, no Distrito do Itaipu e no dia 23 na Escola Municipal José Bento, na Comunidade da Boca da Mata.  


Assessoria de Comunicação

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Prefeitura de Araxá zera fila de espera por tomografia

Quase 2 mil exames na fila de espera por falta de equipamento e a suspensão dos atendimentos presenciais devido à pandemia da Covid-19. Com a retomada de atendimentos no início deste ano, a Prefeitura de Araxá já conseguiu zerar a demanda reprimida de exames de tomografia computadorizada.

O procedimento fornece imagens mais precisas do que as de radiografia, detectando alterações muito pequenas em ossos, tecidos, órgãos e outras estruturas do corpo. Ao todo, são realizados cerca de 120 exames por semana na Unidade de Pronto Atendimento Municipal (UPA).

A tomografia computadorizada é usada para investigar nódulos ou tumores e vasos pulmonares, cerebrais e do coração. O exame permite à equipe médica realizar procedimentos não invasivos na prevenção, acompanhamento e detecção de várias doenças. A secretária municipal de Saúde, Cristiane Gonçalves Pereira, explica que a tomografia garante um diagnóstico completo e a celeridade nesse atendimento é importante para que o tratamento médico seja realizado de forma mais eficaz.

“Desde que a sala de tomografia computadorizada foi implantada na UPA pela atual gestão, a Secretaria de Saúde fez o possível para acelerar os procedimentos e zerar essa fila de espera, e estamos muito felizes com esse resultado. Vale lembrar também que a capacidade total de atendimentos ainda não foi implantada. Havendo um aumento de demanda, nós temos capacidade para ampliar o serviço, ficando na dependência de mais um médico para laudar os exames”, destaca Cristiane.

Ela explica que o processo para marcação do exame é bem simples. Após o paciente pegar o pedido com o médico, ele precisa deixá-lo na unidade de referência mais próxima da sua casa e aguardar o agendamento. A Unidade de Saúde ou o Núcleo da ESF (Estratégia de Saúde da Família) enviará o pedido para o Setor de Regulação agendar a data e horário da realização do exame.

“Como conseguimos zerar a fila de espera desses exames de tomografia computadorizada, o tempo de espera para realização do procedimento tem sido muito pequeno”, conta a secretária de Saúde.


Assessoria de Comunicação

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Estudos sugerem que adolescentes enfrentam “epidemia” de problemas com sono

Questões com horários, uso da tecnologia e estresse estão entre os fatores que atrapalham a quantidade de horas dormidas dessa populaçãoAndisheh A/Unsplash

Os adolescentes americanos não dormem o suficiente nos dias de hoje, e a autora Lisa L. Lewis se recusa a ignorar o assunto.

Lewis, mãe de dois filhos, ajudou a criar a primeira lei do país exigindo horários saudáveis ​​de início da escola para adolescentes – uma lei que será posta em ação na Califórnia no final deste verão.

Seu próximo livro, “Adolescentes privados de sono: por que nossos adolescentes estão tão cansados e como os pais e as escolas podem ajudá-los”, será lançado em 7 de junho e detalha muitas coisas que pais e cuidadores precisam saber sobre adolescentes e sono.

Lewis compartilhou por que o sono é tão importante para os adolescentes, quanto sono os adolescentes devem dormir e por que eles precisam dormir mais do que os adultos.

Ela aborda todos os fatores que podem afetar negativamente o sono dos adolescentes: tecnologia, gênero, identidade sexual e status socioeconômico, para começar com alguns.

CNN conversou recentemente com Lewis para discutir seu trabalho e aprender mais sobre como pais e cuidadores podem dormir mais para seus filhos.

O que o levou a escrever um livro sobre adolescentes e sono?

Lisa Lewis: Toda a questão do sono dos adolescentes e dos horários de início da escola atingiu meu radar quando meu filho mais velho, que agora está na faculdade, entrou no ensino médio. Nesse ponto, a escola começava às 7h30 e eu sabia que era muito cedo. Eu o estava levando para a escola naquele momento, e todas as manhãs eu olhava e via que ele não estava muito acordado. Todas as tardes ele voltava para casa realmente exausto.

Eu queria saber por que a escola começava tão cedo. O que eu descobri foi que eu tinha tocado em um problema muito maior. Nesse mesmo mês, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA divulgaram um relatório de base sobre os horários de início das aulas, que veio logo após a declaração de política da Academia Americana de Pediatria sobre o mesmo assunto. Suas recomendações eram que o ensino regular e o ensino médio não deveriam começar antes das 8h30. Foi isso que me envolveu.

Então, por que os adolescentes precisam de tanto sono?

Lewis: No início da puberdade, os adolescentes têm uma mudança no ritmo circadiano e seus relógios biológicos mudam para um horário posterior. Também se conecta à liberação de melatonina, que é o que prepara nossos corpos para dormir.

Quando as crianças se tornam adolescentes, a melatonina começa a ser liberada mais tarde do que costumava. Isso significa que os adolescentes não estão prontos para adormecer até as 23h. Porque a mesma melatonina não retrocede até mais tarde, os adolescentes acabam querendo dormir mais do que costumavam. Assim, eles dormem mais.

Quantas horas sono os adolescentes devem ter?

Lewis: A maioria dos adolescentes deve dormir entre oito e 10 horas, de acordo com a Fundação Nacional do Sono (EUA). A quantidade de sono que precisamos ao longo de nossa vida muda, no entanto. Quando você olha para crianças de até 13 anos – então, pré-adolescentes – elas precisam de nove a 11 horas. O intervalo recomendado para adultos é de sete a nove horas.

Existem alguns adolescentes e adultos para quem menos do que a quantidade prescrita será bom. Há também alguns adolescentes para quem 10 horas será o que eles precisam. Infelizmente, muitos de nossos adolescentes não têm nem o mínimo de oito horas.

Dados do CDC indicam que em 2007, apenas 31% dos adolescentes dormiam oito horas ou mais. Em 2019, esse número caiu para 22%. Estamos em uma epidemia de privação de sono entre adolescentes.

Quais são as consequências de os adolescentes não dormirem o suficiente?

Lewis: O sono para adolescentes é um amortecedor emocional e proporciona resiliência emocional. A população nesta faixa estária está passando por uma grande fase de desenvolvimento do cérebro, e o sono é onde muito desse desenvolvimento acontece.

Na sala de aula, os alunos que dormem durante explicação não estão aprendendo. Os alunos que estão lá e não totalmente acordados não estão aprendendo bem. A privação do sono limita os alunos de adquirir informações, impede a retenção das informações e dificulta a capacidade de recuperar essas informações.

Vários estudos indicaram que, quando as escolas mudam para horários de início mais tardios, elas observam melhorias na frequência e as taxas de graduação aumentam.

Com esportes, o sono melhora o desempenho; Além disso, os corpos dos adolescentes liberam o hormônio do crescimento, que cura a lesão quando eles dormem, portanto, estar bem descansado é uma vantagem competitiva.

Em geral, adolescentes bem descansados ​​são mais felizes e saudáveis ​​e se saem melhor na escola. Eles são emocionalmente mais resilientes. E eles são mais fáceis de conviver.

Além dos horários, quais são outros fatores externos que podem atrapalhar o sono dos adolescentes?

Lewis: O estresse é enorme. Se seus filhos não conseguem dormir antes das 23h, você precisa verificar se eles estão sobrecarregados ou com excesso de horários. A tecnologia é outro fator. Se você tem um adolescente que fica acordado até 1h ou 2h jogando videogame, isso também está diminuindo o tempo de sono. Existem outros fatores. Cólicas menstruais podem afetar o sono.

Sabemos que adolescentes de minorias sexuais e de gênero dormem pior do que seus colegas, assim como adolescentes negros. Também existem outros fatores, como viver em ambientes lotados, ou onde é barulhento ou onde os adolescentes não se sentem seguros, que podem afetar o sono.

Como você acha que o caos dos anos de pandemia afetou o sono dos adolescentes?

Lewis: Acho que o maior problema é a saúde mental. Vimos todos os principais grupos soando alarmes sobre a saúde mental dos adolescentes. Em dezembro, o Surgeon General dos EUA emitiu um aviso especial sobre a saúde mental dos adolescentes. O CDC divulgou novos dados no mês passado mostrando que a saúde mental piorou em adolescentes.

Como os pais e cuidadores podem convencer os adolescentes de que precisam dormir mais?

Lewis: Ensinar a eles não tem o efeito esperado. Ter uma conversa é mais útil, especialmente se for uma conversa contínua. Modele bons comportamentos, como não usar tecnologia dentro de uma hora antes de dormir. Ensine-os sobre coisas como uma rotina de relaxamento. Nossos cérebros não são como computadores – você não apenas desliga, bate no travesseiro e vai dormir. Uma coisa que é importante é não forçar nada disso.

Em que ponto seu projeto se expandiu para ajudar aos necessitados?

Lewis: Eles andaram de mãos dadas. Depois que esses grandes relatórios saíram, escrevi um artigo de opinião para o Los Angeles Times no outono seguinte sobre por que as escolas deveriam começar mais tarde pela manhã.

Esse artigo foi lido pelo senador do estado da Califórnia, Anthony Portantino, que também o tinha em sua pauta. Ele começou a investigar e apresentou um projeto de lei sobre os horários de início das aulas em fevereiro de 2017.

Entrei em contato com uma organização sem fins lucrativos nacional chamada Start School Later e iniciei um projeto local. À medida que o projeto avançava, acabei depondo diante da comissão estadual de educação. Foi um processo demorado que culminou com o governador Gavin Newsom assinando o projeto de lei em 2019.

Por que essa nova lei é significativa?

Lewis: A nova lei entra em vigor em 1º de julho, e é a primeira desse tipo no país a exigir horários saudáveis ​​de início das aulas para ensino médio. Ela especifica que, para escolas públicas regulares, os horários de início não podem ser antes das 8h e, para as escolas de ensino médio, os horários de início não podem ser antes das 8h30.

Leis semelhantes em outros lugares provaram ser bem-sucedidas. Até este ponto, a maior cidade a mudar seus horários de início é Seattle; eles fizeram isso em 2016. A cidade fez todas essas pesquisas antes e depois dessa mudança, e eles descobriram que os alunos tiveram 34 minutos extras de sono nas noites de escola quando os horários de início foram adiados. Aquilo é enorme.

Quais são as grandes perguntas que você fará a seguir?

Lewis: Até agora, a Califórnia é o único estado que promulgou uma lei desse escopo. Isso deixa bastante espaço para trabalhar com outros estados por aí.

A partir de agora, tanto Nova York quanto Nova Jersey têm projetos de lei ativos sobre esse assunto, mas nenhum outro estado aprovou uma lei como essa. Há uma tremenda oportunidade de fazer isso em todos os outros estados; a privação do sono dos adolescentes não é apenas um problema da Califórnia. Isso é algo que vou focar bastante.