Imunizante desenvolvido por pesquisadores ligados à Universidade de Oxford, no Reino Unido, está sendo estudado em pacientes com tumores de próstata, pulmão e ovário
Pacientes que sofrem com câncer devem ter nos próximos anos novas opções de tratamento que aumentam a sobrevida. Uma delas é a promissora vacina OVM-200, que está sendo desenvolvida pela empresa Oxford Vacmedix, ligada à Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Recentemente, os testes nos primeiros 35 pacientes oncológicos começaram. Eles vão receber três doses do imunizante, com duas semanas de intervalo, e serão monitorados durante um semestre.
Ao contrário do que indica o senso comum, a vacina, caso seja aprovada, não será usada como uma forma de prevenção, mas sim como mais uma alternativa para tratar tumores em estágio avançado. Durante o estudo clínico, os alvos serão tumores de próstata, pulmão e ovário.
Em tese, a OVM-200 tem um perfil parecido com a imunoterapia, tratamento já usado em pacientes oncológicos e que tem como objetivo estimular o sistema imunológico a atacar as células cancerígenas, conforme explica Fernando de Moura, oncologista da BP – A Beneficência Portuguesa, de São Paulo.
Neste caso, o diferencial é que a vacina está sendo desenvolvida para atacar a survivina, uma proteína específica que costuma estar presente em células tumorais.
“Os tumores que expressam essa proteína têm uma capacidade mais alta de se proliferar, e estudos mostram que a survivina está associada a um pior prognóstico, a um grau de agressividade maior e maior risco de recaída. Então, essa vacina é um peptídeo que vai agir e estimular o sistema imunológico a atacar especificamente células que prestam essa proteína”, explica o especialista.
Ainda que a proposta seja promissora, o oncologista destaca que a vacina, se aprovada para uso, não tem como objetivo abrir as portas para a cura do câncer. A finalidade, neste caso, seria aumentar a sobrevida do paciente, isto é, prolongar o tempo que a pessoa pode viver com a doença.
“Os pacientes incluídos neste estudo estão com a doença avançada, já utilizaram os tratamentos que hoje são padrão, então estamos falando de pacientes muito graves, para esse perfil é muito difícil utilizar a palavra cura”, ressalta o médico.
Além disso, o oncologista Lin I Ter destaca que a OVM-200 está na primeira fase de estudos clínicos, o que significa um longo percurso para que ela seja aprovada e, posteriormente, possa fazer parte do grupo de tratamentos oncológicos.
“Para ser incorporada à prática clínica, é necessário ser testada e comparada com os tratamentos já existentes e mostrar que é mais eficaz, ou com a mesma eficácia, mas com menor toxicidade. É um tratamento que pode vir a ser promissor, mas ainda há um caminho pela frente”, afirma.
A Secretaria Municipal de Saúde informa que foram confirmadas, nesta quarta-feira (25), quatro óbitos de dengue em Araxá e um óbito segue em investigação. Até o momento, o Município registrou 2.213 notificações da doença em 2022, sendo 813 positivos, 1.157 negativos e 243 que estão aguardando resultado.
Em relação à febre Chikungunya, foram registradas 13 notificações da doença, dos quais três foram confirmadas, oito negativadas e dois aguardando resultado. Até então, não há nenhum caso de óbito confirmado por Chikungunya.
Não há notificação de casos suspeitos do vírus Zika até o momento. —
A remuneração dos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) e Agentes de Combate às Endemias (ACEs) da Prefeitura de Araxá passa a ser de R$ 2.424,00 (dois salários mínimos) a partir deste mês de maio (retroativa a 9 de maio).
O projeto de lei proposto pela Prefeitura de Araxá que altera a remuneração dos agentes foi aprovado nesta terça-feira (24) pela Câmara Municipal e será sancionado pelo prefeito Robson Magela.
A nova remuneração atende a Emenda Constitucional nº 120 de 5 de maio de 2022, promulgada pelo Congresso Nacional, que estabeleceu o novo piso para os agentes.
O prefeito Robson Magela já havia anunciado no começo de maio que a Administração Municipal concederia o novo piso para os Agentes Comunitários de Saúde e de Combate às Endemias.
“É o compromisso da gestão em valorizar os servidores do Município, acompanhando as novas legislações e realizando estudos para viabilizar essas melhorias salariais. No caso desses agentes, é um salto significativo, passando de R$ 1.750,00 para R$ 2.424,00. Muita coisa ainda está por vir.”, destaca o prefeito.
Leia o artigo da Dra. Maria Fátima Cardoso Alves França, neurocirurgiã da Unimed Araxá
A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum na população mundial, atrás apenas da doença de Alzheimer. Estima-se que cerca de cinco milhões de pessoas em todo do mundo são portadoras da doença. Ela afeta cerca de 0,3% da população geral e de 1% a 2% da população acima dos 60 anos.
No Brasil encontrou-se uma prevalência de 3,3% em pessoas acima de 65 anos. A idade é um fator de risco inequívoco para a doença. Extrapolando para o número de idosos em nosso país, veremos que provavelmente são mais de 600 mil parkinsonianos com 64 anos de idade ou mais e isto não leva em conta os portadores jovens da doença, com formas precoces, que iniciam antes dos 40 anos de idade. Geralmente a forma precoce é mais associada à herança genética, mas o quadro clínico em si é o mesmo da forma tardia.
Se considerarmos o envelhecimento da população brasileira nas próximas décadas, poderemos entender o impacto social e econômico desta enfermidade, em um futuro não muito distante.
A doença
A doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva, causada por uma diminuição intensa da produção de dopamina, que é um neurotransmissor (substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas).
Na falta da dopamina, particularmente numa pequena região encefálica chamada substância negra, o controle motor do indivíduo é prejudicado, ocasionando sinais e sintomas característicos.
Esse conjunto de sinais e sintomas neurológicos é chamado de síndrome parkinsoniana ou parkinsonismo. Doenças diferentes e causas muito diversas podem produzir essa síndrome parkinsoniana. Entretanto, a principal causa dessa síndrome é a própria doença de Parkinson, em aproximadamente 70% dos casos.
Os demais casos relacionam-se a enfermidades ou condições clínicas nas quais os sintomas são semelhantes, porém outras características estão presentes e a história clínica e a evolução vão ajudar no diagnóstico diferencial. Portanto, quando se faz menção ao parkinsonismo ou síndrome parkinsoniana, não se refere necessariamente à doença de Parkinson. Uma causa importante de parkinsonismo secundário é o uso de certos medicamentos (por exemplo, algumas das drogas usadas para vertigens, tonturas, doenças psiquiátricas e alguns remédios para hipertensão). A importância de se identificar esses casos é que os sintomas são potencialmente reversíveis com a interrupção dos medicamentos que os causaram.
Com o envelhecimento, todos os indivíduos saudáveis apresentam morte progressiva das células nervosas que produzem dopamina. Algumas pessoas, entretanto, perdem essas células (e consequentemente diminuem muito mais seus níveis de dopamina) num ritmo muito acelerado e, assim, acabam por manifestar os sintomas da doença.
Não se sabe exatamente quais os motivos que levam a essa perda progressiva e exagerada de células nervosas (degeneração), muito embora o empenho de estudiosos deste assunto seja muito grande. Admitimos que mais de um fator deve estar envolvido no desencadeamento da doença. Esses fatores podem ser genéticos ou ambientais.
O perfil dos pacientes
Os pacientes desenvolvem a doença geralmente após os 55 anos de idade e não necessariamente têm algum familiar acometido. Poucos fatores ambientais são conhecidos, entre eles destacam-se a exposição a pesticidas e ao trauma craniano, embora a grande maioria dos pacientes que desenvolvem a doença não foi exposta aos fatores citados.
Por outro lado, 10% dos doentes apresentam a forma genética. Diversos genes foram descritos até o momento. Geralmente a forma genética tem início mais precoce, podendo mesmo começar antes dos 40 anos de idade.
Sintomas
Os principais sintomas da doença de Parkinson são a lentidão motora (bradicinesia), a rigidez muscular e os tremores de repouso notadamente nos membros superiores e geralmente predominantes em um lado do corpo quando comparado com o outro e, finalmente, o desequilíbrio. A escrita, geralmente, é micrográfica (letra pequena) e a alteração postural, com flexão do tronco para frente, é característica. A voz fica mais baixa e monótona. Ocorre redução da mímica facial (hipomimia). Instabilidade postural pode se desenvolver mais tarde na doença de Parkinson; se presente no início da doença, deve-se suspeitar de diagnósticos alternativos. Os pacientes têm dificuldade de começar a caminhar, virar e parar. Eles dão passos curtos arrastados, mantendo os membros superiores flexionados na cintura e balançando os membros superiores pouco ou absolutamente nada em cada passo. Os passos podem se acelerar de maneira inadvertida, enquanto o comprimento da passada diminui progressivamente; essa anormalidade da marcha, chamada de festinação, costuma ser um precursor do congelamento da marcha (quando, sem aviso, a deambulação e outros movimentos voluntários podem cessar repentinamente). A tendência a cair para a frente (propulsão) ou para trás (retropulsão), quando o centro de gravidade é deslocado, resulta da perda dos reflexos posturais. A postura torna-se inclinada. Com o avanço da doença, os doentes podem apresentar dificuldade para deglutir.
Estes são os chamados “sintomas motores” da doença. Podem ocorrer também outros “sintomas não-motores” como hipotensão ortostática, dificuldade para deglutir, diminuição do olfato, declínio cognitivo, dor, transtorno depressivo, alterações intestinais e do sono.
O tremor da doença de Parkinson é característico. Ele é chamado de tremor de repouso, ou seja, é mais evidente ou exclusivo quando a mão do paciente está parada, seja em repouso quando o paciente está sentado, seja quando ele está em pé com os braços relaxados.
Quando o paciente executa algum movimento a tendência do tremor é diminuir ou desaparecer. Além disso, caracteristicamente o tremor é assimétrico, ou seja, é mais evidente em apenas um lado do corpo (geralmente as mãos), e com o passar dos anos pode afetar o outro lado. Vale lembrar que nem todos os pacientes com doença de Parkinson apresentam tremor. Em 30% dos pacientes ele está ausente, sendo a lentidão dos movimentos e a rigidez os sintomas mais evidentes.
Diagnóstico
O diagnóstico da doença de Parkinson é essencialmente clínico, baseado na correta valorização dos sinais e sintomas descritos. O profissional mais habilitado para tal interpretação é o médico neurologista, que é capaz de diferenciar esta doença de outras que também afetam involuntariamente os movimentos do corpo. Os exames complementares, como tomografia computadorizada, ressonância magnética etc., servem também para avaliação de outros diagnósticos diferenciais. A condição ainda não pode ser detectada na sua fase pré-clínica ou pré-motora, porém já existe a possibilidade de diagnosticá-la precocemente e até mesmo de confirmá-la por neuroimagem funcional, mais precisamente com a cintilografia com Trodat marcado com 99mTc, um traçador que se liga seletivamente aos receptores de dopamina pré-sinápticos (DAT) na substância negra do mesencéfalo. A perda desses receptores tem correspondência com a perda dos neurônios dopaminérgicos e pode ser demonstrada de forma muito sensível nas imagens SPECT mesmo nas fases iniciais da doença. A redução da densidade desses receptores está associada com a gravidade e com a progressão da DP. Este exame pode ser utilizado como uma ferramenta especial para o diagnóstico de doença de Parkinson, mas é, na maioria das vezes, desnecessário, diante do quadro clínico e evolutivo característico.
Tratamento
A doença de Parkinson é tratável e geralmente seus sinais e sintomas respondem de forma satisfatória às medicações existentes. Esses medicamentos, entretanto, são sintomáticos, ou seja, eles repõem parcialmente a dopamina que está faltando e, desse modo, melhoram os sintomas da doença. Ainda não existem drogas disponíveis comercialmente que possam curar ou evitar de forma efetiva a progressão da degeneração de células nervosas que causam a doença. Há diversos tipos de medicamentos antiparkinsonianos disponíveis, que devem ser usados em combinações adequadas para cada paciente e fase de evolução da doença, garantindo, assim, melhor qualidade de vida e independência ao enfermo.
Também existem técnicas cirúrgicas para atenuar alguns dos sintomas da doença de Parkinson, que devem ser indicadas caso a caso, quando os medicamentos falharem em controlar tais sintomas.
Tratamento adjuvante com equipe multiprofissional é muito recomendado, além de atividade física regular. O objetivo do tratamento, incluindo medicamentos, fisioterapia, fonoaudiologia, suporte psicológico e nutricional, atividade física entre outros é melhorar a qualidade de vida do paciente, reduzindo o prejuízo funcional decorrente da doença, permitindo que o paciente tenha uma vida independente, com qualidade, por muitos anos.
Prevenção?
Não existe uma maneira inequívoca de prevenir a doença de Parkinson e o principal fator de risco é a idade. Sabemos, no entanto, que os hábitos de vida saudáveis, além de melhorar a função cardiovascular e reduzir o risco de infarto e de acidente vascular cerebral, também podem diminuir a incidência de doenças degenerativas, como o Alzheimer e o Parkinson.
Controle da pressão arterial, diabetes, colesterol, evitar o sedentarismo são fundamentais, além de uma dieta adequada. Especial atenção à realização de atividade física. Estudos apontam uma tendência em uma menor incidência da doença de Parkinson em pessoas que realizam atividade física aeróbica regular ao longo da vida. A redução da neuroinflamação pela atividade física, em teoria, poderia reduzir o risco de desenvolver a doença.
Dra. Maria Fátima Cardoso Alves França
neurocirurgiãDaniel Nacati Assessor de Comunicação / Unimed Araxá (34) 9.8893-8809
A Prefeitura de Araxá de Araxá está promovendo ações aos alunos da rede municipal por meio de adesão ao Programa Saúde nas Escolas (PSE), do Ministério da Saúde. Atividades desenvolvidas pelas equipes das Estratégias de Saúde da Família (ESFs), em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Centro Universitário do Planalto de Araxá (Uniaraxá), destacam informações básicas de educação alimentar e saúde familiar nos espaços escolares.
O programa trabalha temas como alimentação saudável, prevenção à Covid-19, saúde bucal, auditiva, ocular, sexual e também ambiental, além da promoção da atividade física, cultura de paz e direitos humanos. Além disso, os alunos recebem orientações sobre prevenção à violência, acidentes, doenças negligenciadas e ao uso de álcool, tabaco e outras drogas.
As Escolas Municipais Dona Gabriela, Dr. Eduardo Montandon e Professora Auxiliadora Paiva são algumas das que já receberam o PSE.
Segundo a enfermeira da ESF Santa Luzia, Vivian Alexandra Cardoso de Paula, entrar nas escolas e ter um contato direto com alunos, professores e direção tem uma importância relevante na educação de toda a comunidade.
“Os alunos trazem vários questionamentos para a equipe de saúde e há uma grande troca de informações entre ambas as partes. Todo esse aprendizado acaba sendo levado aos familiares e vizinhos, que se sentem orientados. As crianças e adolescentes, de alguma forma, conseguem amenizar um agravo maior na saúde do ser humano”, conta.
Sociedade Brasileira de Urologia aponta impacto da pandemia na realização de transplantes
A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) alerta que a pandemia de Covid-19 impactou a realização de transplantes no Brasil. O índice de transplante renal de 22,4 transplantes por milhão de pessoas, registrado em 2021, ficou 26% abaixo da taxa anterior à pandemia. Para incentivar a doação de rim e esclarecer os procedimentos, a entidade médica lançou nessa semana a campanha “SBU pela doação de órgãos”.
Quando os rins param de funcionar, o paciente deve se submeter a sessões de hemodiálise, cuja periodicidade pode variar de duas a sete vezes por semana, dependendo do caso do paciente. Cada sessão pode durar de três a cinco horas.
De acordo com a SBU, para uma melhor qualidade de vida, o transplante renal pode ser indicado em muitos casos. A insuficiência renal pode ocorrer devido a problemas como diabetes, pressão alta, inflamação nos vasos que filtram o sangue, doença renal policística, doença autoimune e obstrução do trato urinário, entre outros.
Segundo o presidente da SBU, Alfredo Canalini, a campanha foi criada devido à necessidade de conscientizar a população sobre a doação de órgãos, principalmente no que diz respeito a doadores falecidos.
“Especificamente nós, urologistas, sabemos a importância tanto do diagnóstico precoce da doença renal, com a dosagem de creatinina no sangue e o exame de urina, como do atendimento da demanda dos renais crônicos na fila de espera para um transplante renal”, disse.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), houve diminuição no número de doações de órgãos e de transplantes devido à pandemia. Segundo a ABTO, 15.640 pacientes ingressaram na lista de espera por um rim em 2021, dos quais 3.009 faleceram.
“Isso ocorreu principalmente pelo aumento na contraindicação ao transplante na época, pois não se sabia da potencialidade de transmissão do vírus”, afirmou o coordenador do Departamento de Transplante Renal da SBU, John Edney dos Santos.
Transplante renal
O transplante renal é indicado para pacientes com diagnóstico de insuficiência renal crônica, principalmente aqueles em diálise.
“No Rio de Janeiro, temos em torno de 13 mil pacientes em diálise e 1.500 na fila de transplante. No Brasil, há algo em torno de 150 mil em diálise e somente 20% deles na fila. E, por lei, todo paciente em diálise tem que ser informado sobre a possibilidade da realização do transplante”, disse Canalini.
Morador da capital paulista, o autônomo Zelandio dos Santos Araújo, 37, fez transplante de rim há sete anos. Ele tem glomerulosclerose segmentar e focal familiar, doença que provoca insuficiência renal.
Essa síndrome também afetou duas irmãs de Araújo. Uma delas perdeu a função renal e acabou morrendo e a outra ainda faz diálise e está à espera de um transplante de rim.
Araújo conta que começou o tratamento medicamentoso em 2001. “Essa doença vai reduzindo a função renal silenciosamente. Muita gente tem essa doença e não sabe. O sintoma dessa doença é se a urina começa a espumar muito porque está perdendo proteína pela urina”.
Em 2009, ele teve falência renal e começou a fazer diálise três vezes por semana. “Foi muito difícil me adaptar, mas acabei ficando seis anos na hemodiálise”.
No ano de 2015, Araújo recebeu um rim de doador falecido. “O transplante foi muito bem-sucedido. Com o transplante, ganhei uma nova qualidade de vida. Eu ficava refém. Hoje tenho uma vida normal, consigo praticar atividade física”.
Como doar?
Para que o transplante renal seja realizado, é necessário verificar por meio de exames a compatibilidade entre doador e receptor para que haja menos chances de rejeição. É preciso ter mais de 18 anos e estar em boas condições de saúde.
A doação pode ser feita por doadores vivos ou falecidos. No caso de doadores vivos, é mais comum entre parentes consanguíneos de até quarto grau e cônjuges. Caso o doador não seja um parente próximo, é necessária autorização de um juiz. É possível viver bem com apenas um rim. Nas primeiras 24 horas após a cirurgia, o doador pode sentir dores, que passam com medicação. No dia seguinte, o doador pode começar a caminhar e após cerca de uma semana são retirados os pontos. A alta geralmente é concedida três dias após a cirurgia.
Para receber o órgão de um doador falecido, o paciente deve estar inscrito no Cadastro Técnico Único do Ministério da Saúde. O cadastramento é feito pela equipe médica de transplante responsável pelo atendimento.
A distribuição de órgãos doados é controlada pelo Sistema Nacional de Transplante do Ministério da Saúde e pelas Centrais Estaduais de Transplantes.
A equipe que realiza o transplante renal é multidisciplinar. Participam do procedimento o nefrologista, urologista, cirurgião vascular, cirurgião geral e anestesista. Outros especialistas de suporte, como intensivista e radiologista, também podem ser chamados.
Quem quiser que seus órgãos sejam doados após a morte, deve avisar a família para que ela possa autorizar o procedimento médico de retirada.
Às terças e quintas pela manhã, a quadra do Centro Esportivo Álvaro Maneira (antigo ATC) recebe a prática de um exercício de baixo impacto oferecido gratuitamente pela Secretaria Municipal de Esportes – o Lian Gong.
O Lian Gong é uma prática corporal fundamentada na Medicina Tradicional Chinesa, desenvolvida por um ortopedista chinês na década de 1970 para prevenir e tratar dores musculares e articulares no corpo.
O médico reumatologista, acupunturista e instrutor Carlos Eugênio Parolini diz que o projeto foi iniciado em Araxá há 16 anos e as práticas aconteciam na Fundação Cultural Calmon Barreto. Porém, foi suspenso durante a pandemia e retornou agora no Centro Esportivo Álvaro Maneira.
“A ginástica trabalha a consciência corporal de forma que os benefícios são sentidos na execução de movimentos do dia a dia, como agachar, pular ou correr. Assim, o Lian Gong ajuda a evitar acidentes em casa, como tropeços e quedas, além de contribuir com a flexibilidade, força e equilíbrio”, explica.
Outros benefícios citados pelo instrutor são a melhora do funcionamento dos órgãos internos, o estímulo da percepção dos sentidos, o trabalho das emoções e busca do prolongamento da vida com qualidade.
A ginástica chinesa pode ser feita por qualquer pessoa a partir dos 6 anos de idade, não tem restrições e a única recomendação é que o praticante não tenha dificuldade de permanecer em pé.
“Retomamos o projeto agora e a ideia é ampliar para outros espaços da cidade, conforme a procura”, adianta Parolini. Para participar, basta comparecer às aulas – terças e quintas, das 7h às 8h, no Centro Esportivo Álvaro Maneira (antigo ATC).
Até o momento, foram relatados casos no Reino Unido, Portugal, Espanha, Itália e Suécia, na Europa, além de um caso nos Estados Unidos
Casos de varíola dos macacos no Reino Unido levaram as autoridades a oferecerem a vacina contra varíola comum a profissionais de saúde e outros que podem ter sido expostos. Ao mesmo tempo, mais casos da doença foram confirmados em diferentes partes da Europa.
A varíola dos macacos é uma doença viral, geralmente leve, caracterizada por sintomas como febre e erupção cutânea.
Existem duas cepas principais: a cepa do Congo, que é mais grave, com até 10% de mortalidade, e a cepa da África Ocidental, que tem uma taxa de mortalidade de cerca de 1%.
Identificada pela primeira vez em macacos, a doença geralmente se espalha por contato próximo e ocorre principalmente na África Ocidental e Central. Raramente se espalhou para outros lugares, então essa nova onda de casos fora do continente causa preocupação.
No Reino Unido, nove casos da cepa da África Ocidental foram relatados até agora.
Não existe uma vacina específica para a varíola dos macacos, mas uma vacina contra a varíola oferece alguma proteção, disse um porta-voz da Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês).
Os dados mostram que as vacinas usadas para erradicar a varíola são até 85% eficazes contra a varíola dos macacos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O primeiro caso europeu foi confirmado em 7 de maio em um indivíduo que retornou à Inglaterra da Nigéria, onde a varíola dos macacos é endêmica.
Desde então, Portugal registrou 14 casos e a Espanha confirmou sete casos. Os Estados Unidos e a Suécia também relataram um caso cada. As autoridades italianas confirmaram um caso e analisam outros dois suspeitos.
Em tempos em que os termômetros marcam baixas temperaturas, a Prefeitura de Araxá intensifica o trabalho de abordagem de pessoas em situação de rua para oferecer acolhimento emergencial. O prefeito Robson Magela acompanhou a entrega de camas e colchões novos que foram montados na Casa Transitória (albergue) e no galpão anexo ao Ginásio do bairro São Geraldo, com o objetivo de amparar pessoas em situação de rua expostas ao frio no período noturno.
O prefeito ressalta a dignidade humana como direito de todo cidadão garantido pela Constituição. “Temos a obrigação de oferecer amparo à população em situação de rua, principalmente agora com a chegada do frio. Por isso, intensificamos o trabalho de rondas noturnas para que ninguém passe frio nas ruas. Esse é o primeiro passo para a reconstrução de uma vida digna”, destaca.
A ação é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Ação Social, através do Departamento de Abordagem Social, responsável pela Casa Transitória, e recebe o apoio da Secretaria Municipal de Segurança Pública, em parceria com a Polícia Militar, para as rondas realizadas.
De acordo com o secretário municipal de Ação Social, Wagner Cruz, as pessoas em situação de rua podem chegar a partir das 18h e desocupar os espaços no dia seguinte para manutenção.
“Além das camas individuais, oferecemos refeição e banho quente com um kit de higiene pessoal que inclui sabonete, creme dental e escova de dente. Também ajudamos essas pessoas a retirarem documentos ou retornarem para suas cidades de origem”, explica o secretário Wagner.
De acordo com ele, mesmo as pessoas que têm certa resistência acabam optando pelo abrigo emergencial por causa da queda das temperaturas. “Esse amparo traz mais dignidade e faz a diferença na vida dessas pessoas”, reforça.
A Casa Transitória tem capacidade para abrigar 40 homens e 7 mulheres. O local fica na avenida Amazonas, 197, no bairro São Geraldo. O telefone da Abordagem Social é o 3661-2250.
Passageira de transporte por aplicativo disse ter sido dopada por motorista em São Paulo durante corrida. Casos semelhantes também foram relatados por mulheres de outros estados. A inalação de solventes como éter, clorofórmio ou metanol poderia provocar entorpecimento e desmaio em poucos segundos.
Produtos químicos borrifados no ar podem provocar tontura, visão embaçada e até desmaios com perda dos sentidos. Segundo especialista, solventes como éter e clorofórmio podem ter efeito imediato semelhante ao do “boa noite, Cinderela“, droga utilizada por criminosos para dopar vítimas.
Nesta quarta-feira (11), uma passageira de transporte por aplicativo afirmou ter sido dopada por um motorista durante uma corrida em São Paulo. Ela contou ao g1 que sentiu um forte cheiro de produto químico no carro, e logo em seguida começou a sentir zonza e com a visão embaçada (leia mais abaixo). Nos últimos meses, outras mulheres usaram as redes sociais para fazer relatos semelhantes, e casos parecidos estão em investigação no Rio de Janeiro e em Porto Alegre.
De acordo com a farmacêutica toxicologista Paula Carpes, as vias respiratórias transportam substâncias químicas de maneira muito rápida para a corrente sanguínea. A inalação de solventes como éter, clorofórmio ou metanol poderia provocar entorpecimento e desmaio em poucos segundos, dependendo da concentração do produto.
“O solvente se espalha muito rápido, ainda mais em ambiente pequeno como o carro. Borrifar direto na vítima, como se fosse um aromatizador, ou mesmo no sistema de ar condicionado, poderia ter esse efeito. Éter e clorofórmio são muito potentes, são depressores do sistema nervoso central. [A pessoa] vai ficar lenta, com a visão turva e pode gerar o desmaio”, afirma.
A toxicologista aponta ainda que, antes do advento da anestesia, o clorofórmio era utilizado na medicina para entorpecer pacientes durante cirurgias e até mesmo amputações. “Esses produtos são de uso controlado em laboratório, mas também são vendidos clandestinamente na internet. Isso facilitou muito todo tipo de crime.”
“Até então, o clássico golpe desse tipo de deixar a vítima entorpecida era o ‘boa noite, Cinderela’, que era colocado dissolvido em bebida. Essa droga também pode fazer o efeito se for borrifada, mas não tem a característica do cheiro forte como os solventes”, diz.
Máscara barra o efeito
Ainda segundo a especialista, uma máscara do tipo PFF2 ou N95 bem ajustada ao rosto seria capaz de proteger da exposição aos solventes.
Esses equipamentos de proteção individual já eram utilizados por trabalhadores que lidam substâncias químicas voláteis, mas o uso foi popularizado com a pandemia de Covid-19 porque também protegem da contaminação pelo coronavírus.
“Estando sem máscara, dificilmente o motorista também não sofreria o efeito de entorpecimento em ambiente fechado. Mas, estando principalmente com uma n95 ou PFF2, já seria suficiente. Elas são usadas na indústria para trabalhadores com solvente”, afirma.
Relato de passageira
Passageira relata ter sido dopada por motorista de aplicativo em São Paulo. — Foto: Reprodução/Instagram
Ao g1, Bruna afirmouque saía do trabalho por volta das 20h30 na Vila Mariana, na Zona Sul, quando pediu o carro da 99 para encontrar amigas em Pinheiros, na Zona Oeste.
“Ele andou mais ou menos 2 km, quando chegou perto da Rua Domingo de Morais. Quando parou no farol, ele olhou para trás e fechou o vidro dele. Eu comecei a sentir o cheiro forte, cada vez mais forte. Mas tudo aconteceu muito rápido. Aí eu comecei a ficar tonta”, diz Bruna.
Segundo a fotógrafa, o motorista não fechou o vidro dela. Ela chegou a colocar a cabeça para fora da janela, mas foi ficando cada vez mais zonza.
“Coloquei a cabeça pra fora pra sentir o ar e pra ver se não estava vindo de fora o cheiro, porque tinha um caminhão [perto]. Mas eu voltei a cabeça pra dentro e o cheiro vinha claramente de dentro. Aí o farol abriu, ele andou, e eu comecei a ficar mais zonza e com a visão turva. Parecia que o carro estava cheio de pó branco, mas era minha visão.
Bruna diz ainda que pediu para que o motorista parasse o carro imediatamente, e mandou mensagem para sua namorada. Ela também tirou uma foto do veículo.
“Eu saí e fiquei com medo de fazer alguma coisa porque estava ficando mais tonta. Se eu demorasse mais um pouco acho que não conseguiria nem mandar mensagem.”
A fotógrafa relata que agiu rápido pedindo para descer do veículo porque o mesmo já havia acontecido com uma amiga havia cerca de dez dias. Há também relatos semelhantes nas redes sociais de mulheres de outros estados.
De acordo com Evelyn, o motorista contou que produzia aromatizantes para carro e perguntou se ela gostaria de sentir o cheiro. Como a jovem se negou a aspirar o produto, o motorista teria fechado as janelas do carro e ligado o ar-condicionado. Ela então começou a se sentir tonta e decidiu se atirar do carro em movimento. Ela teve lesões no quadril e na perna.
“Ele ligou o ar-condicionado. Quando chegou perto da minha casa, eu comecei a ficar tonta. O ar dele, no canto do motorista, estava fechado, só estava aberto o que vinha diretamente no meu rosto. Senti um cheiro estranho, de enxofre, e comecei a ficar tonta. Quando vi que ia desmaiar, me atirei do carro em movimento”, disse em entrevista ao g1.
Ao g1, Evelyn sustentou tudo o que disse à polícia, e disse que vai reunir provas e acionar seu advogado. “Eu não vou desistir disso não. Eu tinha que ter sido estuprada pra que acreditassem em mim?”, afirmou.
O que diz a 99
“A 99 lamenta profundamente o ocorrido com a passageira Bruna Custódio. Assim que tomamos conhecimento, bloqueamos o motorista e mobilizamos uma equipe que está em contato com a Bruna para acolhimento e suporte necessários.
Ressaltamos que a empresa não tolera e repudia qualquer forma de assédio. Investimos constantemente em ferramentas de segurança para a prevenção, proteção e acolhimento de todos os usuários, principalmente para as passageiras. Entre as medidas estão a opção de compartilhar rota com contatos de confiança, monitoramento da corrida, gravação de áudio e botão para ligação direta para a polícia.
Passageiras que tenham experienciado essa situação devem reportar imediatamente para a empresa, por meio de seu app, ou no telefone 0800-888-8999 para que as medidas cabíveis sejam tomadas. Trabalhamos 24 horas por dia, 7 dias por semana, para cuidar da proteção e suporte dos usuários.”