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Sem vacina acessível, casos de dengue sobem 35%; veja imunizantes e o que esperar da pesquisa do Butantan

Instituto desenvolve vacina contra a arbovirose há mais de 10 anos. Atualmente, apenas uma vacina está aprovada para uso no Brasil, porém com restrições de uso. Outro imunizante aguarda aprovação da Anvisa.


Equipe de fiscalização da dengue em Porto Alegre. — Foto: Cristine Rochol/PMPA

Equipe de fiscalização da dengue em Porto Alegre. — Foto: Cristine Rochol/PMPA

A dengue é uma doença infeciosa que acomete milhares de brasileiros e ainda preocupa autoridades de saúde pública. Nos primeiros dois meses deste ano, os casos de dengue tiveram aumento de 35,4% em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde. Foram 30 óbitos e 128.379 casos.

Mesmo com pesquisas há décadas, ainda não temos uma vacina eficiente como vimos para a Covid-19. Somente um imunizante está disponível no Brasil, mas apenas no mercado privado e com restrições de uso

Outra vacina aguarda a aprovação da Anvisa desde o ano passado e, além disso, o Instituto Butantan está desenvolvendo – com parceria internacional – um imunizante do tipo, há mais de 10 anos.

Entenda, abaixo, quais são as vacinas já conhecidas, os estudos e quais as perspectivas para o SUS:

1.Dengvaxia, da Sanofi Pasteur

Atualmente, a única vacina contra a dengue disponível no Brasil é a Dengvaxia (a primeira que teve registro no mundo), fabricada pelo laboratório francês Sanofi Pasteur. O imunizante é vendido na rede privada na maior parte do Brasil e não está disponível no Programa Nacional de Imunizações, o PNI.

Segundo a fabricante, a vacina promove imunidade de longa duração para os quatro sorotipos da dengue, prevenindo aproximadamente 8 em cada 10 casos de dengue grave e com risco de hospitalização.

Os sorotipos são as diferentes linhagens de um patógeno, os organismos que causam doenças. No caso da dengue eles são chamados de arbovírus, ou seja, são normalmente transmitidos por mosquitos (o Aedes aegypti).

Quem pode tomar?

A Dengvaxia não é recomendada para quem nunca entrou em contato com o vírus da dengue. — Foto: Yuri Cortez/AFP

A Dengvaxia não é recomendada para quem nunca entrou em contato com o vírus da dengue. — Foto: Yuri Cortez/AFP

A Dengvaxia não é recomendada para quem nunca entrou em contato com o vírus da dengue. Essa é uma recomendação reforçada pela Anvisa e pela Organização Mundial de Saúde.

Isso ocorre porque estudos da própria fabricante indicaram que esses indivíduos soronegativos que tomaram a vacina apresentaram, em longo prazo, mais casos da forma grave da dengue, após uma infecção pela doença.

Assim, a vacina é indicada para indivíduos de 9 a 45 anos com infecção prévia por dengue e seu esquema de administração consiste em três doses, que devem ser intercaladas num intervalo de 6 meses.

Renato Kfouri, médico pediatra e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), explica que essa é uma vacina que mostrou um risco aumentado de complicações para as pessoas que não tiveram a doença antes de serem vacinadas.

A bula da Dengvaxia determina que seja realizado um teste laboratorial ou soroteste para descobrir se o futuro vacinado teve uma infecção prévia pela doença.

Para a professora Hillegonda Maria Novaes, que participou do grupo de trabalho da vacina da dengue que fez os estudos com as recomendações para a OMS, essa vacina desde o início foi considerada problemática.

“Condicionar uma vacina à realização de um teste anterior é muito complicado e muito caro, nenhuma vacina aprovada é assim. Um estudo de caso-controle realizado no Paraná chegou à conclusão que ela mostrou efetividade na prevenção da infecção e na evolução para casos graves para apenas um dos 4 sorotipos”, diz.

Atualmente, a farmacêutica, juntamente com a CTK Biotech, desenvolveu ainda um novo teste de diagnóstico rápido (TDR) para detectar infecções anteriores por dengue que já foi inclusive aprovado pela Anvisa.

Porém, como ressalta Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, esse novo teste é uma ferramenta que facilita a aplicação somente daqueles que desejam se vacinar com a vacina, e não campanhas de vacinação em massa.

“Para campanhas de vacinação populacional fica muito complicado. Eu acho muito difícil que essa vacina possa participar do PNI, por exemplo. Mas, individualmente, na clínica privada, ajuda sim”, pontua Chebabo.

Como a vacina está disponível?

No Brasil, o único estado que chegou a disponibilizar o imunizante da Sanofi foi o Paraná. A campanha de vacinação contra a dengue foi ofertada para a população em 30 cidades do estado, no período de agosto de 2016 a setembro de 2017.

 Campanha de vacinação contra a dengue em colégio de Foz do Iguaçu, no Paraná. — Foto: Reprodução / RPC

Campanha de vacinação contra a dengue em colégio de Foz do Iguaçu, no Paraná. — Foto: Reprodução / RPChttps://6e2f63abd5f81640ddc22c1486a90ac3.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

No ano de 2018, a vacina foi ofertada apenas para as pessoas que já haviam recebido a vacina nos anos anteriores, ou seja, somente para conclusão dos esquemas vacinais.

g1 procurou a secretaria de saúde do Paraná para saber se o estado ainda planejava campanhas de vacinação contra a dengue, mas, segundo resposta do órgão, depois da recomendação da Anvisa, a secretaria disse que “ficou inviável” a continuidade da campanha, “uma vez que seria necessário a testagem sorológica prévia à vacinação”.

Assim, atualmente, a Dengvaxia está disponível somente no mercado privado de vacinação.

Por que não foi incluída no PNI?

Para Carla Domingues, epidemiologista e ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), essa decisão do governo paranaense foi “precipitada”.

“Um programa de vacinação exitoso para enfrentar um problema de saúde pública como é o caso da dengue deve ser pensado nacionalmente e uma ação feita em apenas alguns municípios de um único estado não tem impacto na diminuição da carga da doença”, explica.

Na época, o Ministério da Saúde tinha se posicionado afirmando que não iria implantar a vacina até que houvesse mais dados para subsidiar a tomada de decisão.

“Portanto, a decisão do Ministério foi adequada, pois era necessário ter mais evidências para a inclusão da vacina no PNI”, acrescenta.

Domingues também aponta que, à época, tendo em vista que os dados de eficácia da vacina não eram elevados, era fundamental entender qual seria o comportamento da vacina após o seu uso na população, principalmente porque ela não apresentava eficácia para o tipo 2 da dengue.

g1 também entrou em contato com o governo federal perguntando se há uma previsão de incorporação da Dengvaxia no PNI e quais os resultados do estudo de custo-efetividade realizado em 2018, mas não obteve resposta do Ministério da Saúde.

Em nota enviada ao g1, a Sanofi Pasteur informou que não há estudos clínicos sendo conduzidos pela empresa para a avaliar o uso da vacina em indivíduos sem infecção prévia por dengue.

“De acordo com o uso indicado em bula, bem como recomendações externas, a testagem e vacinação continua sendo a abordagem recomendada para o uso de Dengvaxia”, disse a fabricante.

Aedes Aegypti, o mosquito da dengue, é a espécie invasora mais famosa do Brasil

Aedes Aegypti, o mosquito da dengue, é a espécie invasora mais famosa do Brasil

2.TAK-003, da Takeda

Em abril do ano passado, a farmacêutica Takeda enviou à Anvisa a solicitação do registro de sua vacina tetravalente (que protege contra os quatro sorotipos) contra à dengue, a TAK-003.

Segundo a empresa, foi requerida prioridade na análise do dossiê enviado à agência regulatória, que apresenta os dados de eficácia e segurança da vacina.

“A estimativa do prazo de aprovação cabe à Anvisa, mas a companhia está comprometida a responder de forma ágil a todos os questionamentos que forem levantados”, afirmou a Takeda, em nota.

Segundo a Anvisa, o pedido de registro segue em análise. A agência solicitou ao laboratório a apresentações de informações necessárias para o seguimento do processo.

Quem poderá tomar?

Segundo a empresa, a proposta da vacina é ser indicada para prevenção da dengue em pessoas de 4 a 60 anos de idade. Portanto, não há distinção entre quem teve ou não a doença. Ela poderá ser aplicada em ambos os casos.

O infectologista Alberto Chebabo explica que, até o momento, os estudos que foram publicados sobre o imunizante da farmacêutica japonesa mostram que o problema que aconteceu com a vacina da Sanofi não ocorreu com a vacina da Takeda.

“O último segmento que está sendo avaliado pela vacina da Takeda é a faixa etária de 2 a 3 anos. Se eles realmente conseguirem mostrar que não houve, neste segmento, risco aumentado de doença grave na população não vacinada, não haveria necessidade de se fazer sorologia prévia. O que ajuda muito”, avalia Chebabo.

O estudo de fase 3, que analisou crianças e adolescentes de 4 a 16 anos, mostrou que a eficácia geral da vacina foi de 80,9%. Para os casos de hospitalizações, o índice foi ainda maior: 95,4% de eficácia. Apesar disso, segundo a pesquisa, a eficácia do imunizante variou de acordo com o sorotipo da dengue.

“A vacina da Takeda já concluiu seus estudos de fase 3. Já tem dados de até três anos de segmento desses indivíduos, com uma discrepância de uma eficácia maior para um tipo de dengue do que outro, mas que pode cumprir um papel importante no controle da doença”, analisa Kfouri.

3.Vacina da dengue do Butantan

O Instituto Butantan vem desenvolvendo uma vacina contra a dengue há mais de 10 anos, em parceria com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês).

O estudo sobre o imunizante avançou para fase 3 em 2016 e hoje está na etapa de acompanhamento.

O Instituto Butantan está desenvolvendo - com parceria internacional - um imunizante contrra a dengue há mais de 10 anos.   — Foto: Governo de São Paulo/Divulgação

O Instituto Butantan está desenvolvendo – com parceria internacional – um imunizante contrra a dengue há mais de 10 anos. — Foto: Governo de São Paulo/Divulgação

O estudo de fase 1 sobre o imunizante mostrou que ele induziu a geração de anticorpos (soroconversão) em 100% dos indivíduos que já tiveram dengue e em mais de 90% naqueles que nunca haviam tido contato com o vírus.

No teste clínico de fase 2, tanto a vacina liofilizada (em pó) desenvolvida pelo Instituto quanto a formulação original do NIH, induziram a produção de anticorpos e de células de defesa em pessoas com ou sem contato prévio com todos os sorotipos da dengue.

Quem poderá tomar?

Assim, a vacina, que também é tetravalente, deve proteger pessoas com e sem contato prévio com o vírus. Essa sua imunogenicidade, ou seja, a capacidade da vacina de gerar uma resposta imune, foi analisada durante um ano por meio de testes de neutralização do vírus e se manteve alta em todos os participantes.

A vacina está sendo produzida com os quatro tipos do vírus da dengue atenuados, ou seja, enfraquecidos. A expectativa é que uma dose seja suficiente, já que, segundo os estudos, a dose adicional não induziu diferenças significativas.

Veja a diferença entre as doenças dengue, zika, chikungunya e mayaro

Veja a diferença entre as doenças dengue, zika, chikungunya e mayaro

“Os estudos mostram uma eficácia importante e uma segurança em reduzir os eventos adversos graves pós vacina, que foi o problema da vacina da Sanofi”, destaca Chebabo.

De acordo com o Butantan, as reações mais comuns foram leves, como dor de cabeça, fadiga, erupção cutânea e mialgia (dor muscular).

“Esses estudos do Instituto ainda precisam evoluir. A gente precisa da fase 3 para ter essas respostas com certeza, mas já temos uma resposta imune importante”, acrescenta.

Segundo o Butantan, a pesquisa deve ser finalizada até 2024.

“Essa é uma vacina experimental. Ela tem uma tecnologia diferente de produção, mas os dados de segurança no curto prazo e sua resposta imune são bastante adequados”, salienta Renato Kfouri, da SBIm.

Os voluntários da pesquisa estão sendo avaliados por 5 anos. De acordo com o Instituto, esse período é importante para que seja garantida a segurança e imunogenicidade da vacina e envolve todos voluntários do estudo, independentemente de pessoas infectadas ou não pelo vírus dengue.

Após o término do estudo de fase III, os dados serão analisados por uma comissão independente e só então o resultado dessa análise será submetido à aprovação da Anvisa.

“Estamos tentando agilizar todas essas etapas para entregar a vacina o quanto antes”, disse o Butantan, em nota.

4.Quando uma vacina deve estar disponível no PNI?

A ex-coordenadora do PNI, Carla Domingues, acredita que, neste momento, não é possível fazer uma previsão clara de quando teremos uma vacina disponível contra a dengue que seja eficaz e que apresente todas as condições de segurança e qualidade para que possa ser incluída no programa.

A epidemiologista destaca que é preciso avaliar se o investimento em uma nova vacina irá trazer maiores ou menores resultados para a saúde, com estudos de custo-efetividade.

“Este é o método mais empregado para ajudar na tomada de decisão pelos gestores, já que permite comparar os custos e a efetividade de uma ou mais intervenções ou mesmo não fazer nenhuma intervenção com a que está sendo proposta”.

Kfouri lembra que a dengue é uma doença que precisa de uma estratégia combinada de prevenção e que não é somente com as vacinas que controlaremos seu vetor e teremos níveis “mais aceitáveis” da enfermidade.

“A doença tem uma dinâmica diferente em cada ano, temos anos de epidemias com mais de 1,5 milhão de casos, outros muito tímidos, e tudo isso torna uma complexidade para a introdução no país”, ressalta o infectologista.

Por isso, ele acredita que é pouco provável que, mesmo o imunizante da Takeda, que não necessita de sorologia prévia, seja incluído no PNI, mas defende uma estratégia de vacinação no Brasil que leve em conta perspectivas regionais e o cenário epidemiológico local.

“Talvez com esquemas para algumas faixas etárias, pois não haverá vacina para todo mundo. Talvez vacinas para algumas regiões do país, classicamente com mais casos do que outras. Os estudos de introdução da vacina da dengue no programa devem levar em conta todos esses aspectos”.

Já Alberto Chebabo também ressalta que essa é uma questão de custo-benefício, mas destaca que, vacinas que não exigem uma sorologia prévia são muito mais fáceis de serem incluídas no PNI.

“Se você tiver uma vacina que não precise fazer sorologia, que ela se mostre segura, é muito mais vantajoso incorporar e fazer uma vacinação em massa na população brasileira”, diz.

Porém, assim como Kfouri, ele destaca que a dengue deve ser entendida como uma enfermidade importante de ser combatida, pois a doença pode provocar quadros graves e apresenta uma alta taxa de mortalidade.

“A gente precisa de uma vacina. O combate ao mosquito é muito díficil, temos ciclos de infestação. Isso é muito comum. Apenas combater o vetor não é suficiente. A vacina teria um papel muito importante nesse controle”.

Vacina da dengue é contraindicada para quem nunca teve a doença, diz Anvisa

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fonte G1

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Primeira etapa das Campanhas Contra a Gripe e Sarampo em Araxá acontece de 4 a 30 de abril

A Secretaria Municipal de Saúde inicia duas importantes campanhas de vacinação que serão realizadas, simultaneamente, a partir da próxima segunda-feira (4) e vão até o dia 3 de junho – a Campanha de Vacinação Contra a Gripe e a Campanha de Vacinação Contra o Sarampo. O Dia D de mobilização em toda a cidade para ambas as campanhas será em 9 de abril (sábado).

Vale lembrar que o uso de máscara em locais que ofereçam serviços de saúde, como postos de vacinação, continua sendo obrigatório em todo o município. Também, é imprescindível a apresentação do Cartão de Vacina nas duas campanhas.

Gripe

Na primeira etapa, que vai até 30 de abril, a Campanha da Vacinação Contra a Gripe tem como objetivo alcançar 90% da população acima de 60 anos. Neste período, a campanha contempla, além de idosos, os profissionais de saúde.

A coordenadora da Imunização da Secretaria Municipal de Saúde, Érica Fonseca, diz que a gripe é uma infecção aguda causada pelo vírus Influenza, que afeta o sistema respiratório e pode provocar complicações graves. “A doença pode inclusive levar a óbito, se não for tratada a tempo, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco para as complicações da infecção, como no caso dos idosos”, salienta.

Sarampo

Com o objetivo de completar o Cartão de Vacina com uma única ida ao posto, a Secretaria Municipal de Saúde realiza também a Campanha de Vacinação Contra o Sarampo. Na primeira etapa, até o dia 30 de abril, o público-alvo compreende os trabalhadores da saúde, que devem tomar a vacina de forma indiscriminada, mesmo se o cartão estiver em dia. O imunizante aplicado é a vacina tríplice viral, que também protege contra a rubéola e a caxumba.

O sarampo é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus que pode ser fatal. A doença tem alto potencial de transmissão, que ocorre quando o doente tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas. O aumento da incidência acontece no período entre o final do inverno e o início da primavera, ou após estações chuvosas.

Em 2016, o Brasil chegou a receber da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de erradicação do sarampo. Contudo, a procura pela vacina baixou, deixando a maior parte das crianças desprotegidas. A partir de 2018, o país voltou a registrar casos e até mesmo óbitos pela doença. Em Araxá, a meta é atingir pelo menos 95% do público-alvo.



Horário especial

A Unicentro oferta horário especial para a aplicação das vacinas contra a gripe e sarampo nos dias 4 (segunda) e 8 (sexta) de abril, das 16h às 21h, visando o público que não pode receber as imunizações durante o dia por conta do horário de trabalho.

Cronograma Vacinas Contra a Gripe e Sarampo

DIA D – SÁBADO: 9 DE ABRIL – 8h às 17h

– Uninorte, Uninordeste, Unicentro, Unisul, Unileste, Unioeste; ESF Pão de Açúcar, ESF Ana Pinto de Almeida, ESF Abolição, ESF Leblon, ESF Santa Luzia e ESF Max Neumann.

SEGUNDA A SEXTA (exceto feriados)

– Unioeste: 7h30 às 11h e 13h às 16h30;

– Uninordeste: 7h30 às 16h;

– ESF Max Neumann: 12h30 às 17h.

UNICENTRO

– 4 de abril (segunda) / 8 de abril (sexta): 16h às 21h;

– 11, 18, 25 e 29 de abril: 8h às 16h.

Assessoria de Comunicação

bw

Entenda o que é afasia, condição que acomete ator Bruce Willis, de 67 anos

Distúrbio afeta a comunicação e paciente tem a perda parcial ou total da capacidade de expressar ou compreender a linguagem falada ou escrita

Bruce Willis  (Foto: Grosby Group)

A família de Bruce Willis anunciou nesta quarta-feira (30) que o ator, de 67 anos, está se afastando da carreira devido à afasia, um distúrbio de linguagem que afeta a comunicação. Mas o que é afasia? Segundo o Dr. Rodrigo Meirelles Massaud, neurologista do Hospital Israelita Albert Einstein, as afasias são condições que alteram a capacidade dos pacientes de se comunicar de forma adequada afetando as seguintes funções: capacidade de falar ou se expressar verbalmente; a compreensão da linguagem verbal; a compreensão da linguagem escrita (leitura); e a capacidade de escrever.

As afasias normalmente ocorrem após lesões cerebrais, que, geralmente, acometem o lado esquerdo do cérebro (hemisfério esquerdo) principalmente nas regiões frontais e temporais à esquerda, onde a maioria das pessoas possuem as redes neurais, que possibilitam as funções cerebrais da linguagem.

O médico esclarece que as afasias não devem ser confundidas com outras alterações da fala como a disartria, que é uma alteração neurológica caracterizada pela dificuldade em articular as palavras de maneira correta; e a disfonia (rouquidão) que é toda e qualquer dificuldade na vocalização das palavras, geralmente relacionadas a disfunções das cordas vocais.

TIPOS
A diferenciação dos tipos de afasias, dentre outros sinais e sintomas neurológicos, são parte importante da avaliação neurológica, auxiliando a investigação das causas bem como na localização das diferentes lesões neurológicas que levam à afasia.

​As afasias já apresentaram vários tipos de classificação ao longo da história da neurologia. As classificações difundidas hoje são aquelas que possuem utilidade clínica comprovada. Testes neuropsicológicos, como, por exemplo, o teste de afasias de Boston, são testes padronizados ao redor do mundo, geralmente aplicados por neuropsicólogos, que ajudam a entender os diferentes tipos de disfunção da linguagem nas afasias.

Várias funções da linguagem são avaliadas por esses testes, como fluência do discurso, compreensão do discurso, capacidade de nomeação, capacidade de repetição, leitura, escrita. A anamnese adequada e o exame neurológico, realizados por neurologistas experientes, associado aos resultados dos testes neuropsicológicos podem dar pistas a respeito da localização da lesão cerebral além da causa das afasias.

Segundo o médico, as afasias são divididas em dois grandes grupos baseados na fluência do discurso: as afasias fluentes e as afasias não fluentes

AFASIAS NÃO FLUENTES
As lesões que levam às afasias não fluentes geralmente acometem áreas anteriores do cérebro, principalmente as regiões frontais que estão envolvidas com a fluência do discurso. Pessoas com esse distúrbio lutam para se expressar e apresentam grande dificuldade em achar as palavras, falam frases muito curtas e omitem palavras. Uma pessoa pode dizer: “Quer comida” ou “Parque de caminhada hoje”.

Muitos ouvintes podem entender o significado do que foi dito. Pessoas com afasias não fluentes podem entender o que as outras pessoas dizem melhor do que podem se expressar. Os pacientes geralmente estão conscientes das suas dificuldades em se comunicar e podem ficar frustrados e irritados. As afasias não fluentes podem apresentar fraqueza ou paralisia do lado direito do corpo.

AFASIAS FLUENTES
Pessoas com essa forma de afasia podem falar com facilidade e com fluência, geralmente se expressam com frases longas e complexas que, muitas vezes, não fazem sentido no contexto da conversa, ou incluem palavras incompreensíveis, incorretas e desnecessárias. Pacientes com esse tipo de afasia geralmente não entendem o que está sendo falado e muitas vezes não percebem que as outras pessoas não conseguem compreendê-los.

PRINCIPAIS SINTOMAS
Os sintomas podem ser percebidos pelo paciente, parentes ou pessoas próximas, sem nenhum treinamento formal, podendo se apresentar das seguintes formas: o paciente fala frases curtas ou incompletas, fala frases que não fazem sentido, troca uma palavra por outra ou troca fonemas por outros fonemas, essas trocas são conhecidas como parafasias semânticas ou fonéticas respectivamente, fala palavras incompreensíveis, não entende a conversa de outras pessoas, escreve frases que não fazem sentido.

CAUSAS
​​Várias doenças neurológicas podem levar às afasias por lesões que acometem as áreas de linguagem, como por exemplo os acidentes vasculares cerebrais (AVC), que levam a afasias de instalação aguda ou súbita. As afasias podem também se instalar de forma gradual​, como quando relacionadas a tumores cerebrais ou doenças degenerativas, como alguns tipos de demências (Demência Frontotemporal ou na Doença de Alzheimer).

Outras causas de lesões cerebrais que podem levar às afasias são: abscessos cerebrais, traumas de crânio, esclerose múltipla etc. O tamanho da lesão cerebral e o tipo de doença de base determinam o grau de deficiência da linguagem.

DIAGNÓSTICO
O diagnóstico das afasias é eminentemente clínico, sendo o neurologista o profissional mais habilitado para este diagnóstico. A partir da constatação dos sinais e sintomas pelo exame clínico surge a necessidade de um diagnóstico topográfico, que define onde está a lesão no cérebro e o diagnóstico etiológico, que é a causa ou doença que levou à afasia. Para o diagnóstico do local da lesão cerebral e da causa, os principais exames complementares são: a tomografia computadorizada e a ressonância magnética.https://558e46ac067ce1ee851c504ab1c5d9c8.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

TRATAMENTO
A doença de base deve ser definida e tratada adequadamente o mais rápido possível. Caso o quadro de afasia apresente instalação aguda ou súbita o paciente deve procurar imediatamente um pronto socorro especializado, pois, a causa pode ser um acidente vascular cerebral (AVC). Os AVCs devem ser tratados o mais precoce possível, pois, isso aumenta as chances do paciente evoluir sem sequelas.

Após iniciar o tratamento das doenças de base, o tratamento para as afasias deve ser feito com programas de reabilitação de linguagem que tem como seu principal pilar a fonoterapia. Essa terapia envolve a prática de habilidades linguísticas e pode ensinar os pacientes a suprir deficiências com outras formas de s​e comunicar. Os membros da família frequentemente participam do processo de reabilitação, ajudando com a comunicação dos pacientes.

PREVENÇÃO
Não há como prevenir diretamente as afasias. A prevenção ocorre ao evitar as doenças de base. A prevenção das doenças vasculares cerebrais (AVCs) é uma abordagem eficaz, uma vez que estão entre as principais causas de afasias. O controle dos fatores de risco para doenças vasculares como: controle da pressão arterial, diabetes mellitus, colesterol, obesidade, sedentarismo, tabagismo entre outros, seria uma forma de prevenir AVCs e consequentemente as afasias.

* Por Dr. Rodrigo Meirelles Massaud, neurologista do Einstein (site https://www.einstein.br)

Rumer Willis, Demi Moore, Bruce Willis, Scout Willis, Emma Heming e Tallulah Willis (Foto: Getty Images)
Rumer Willis, Demi Moore, Bruce Willis, Scout Willis, Emma Heming e Tallulah Willis (Foto: Getty Images)

FONTE: QUEN G1

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Sentimento de nostalgia pode reduzir a percepção da dor, diz estudo

Pesquisa descobriu que observação de fotos que trazem memórias da infância está ligada a sensações mais fracas de dorNostalgia pode reduzir a dorNostalgia pode reduzir a dorReprodução / Freepik

Da próxima vez que você sentir dores, você pode considerar pular o analgésico e pegar uma foto antiga.

A nostalgia – aquela sensação sentimental de saudade do passado – pode reduzir a percepção da dor, de acordo com uma nova pesquisa publicada na revista JNeurosci.

Cientistas da Academia Chinesa de Ciências e da Universidade Normal de Liaoning pediram aos participantes do estudo que classificassem o nível de dor por estimulação de calor enquanto observavam imagens nostálgicas – retratando desenhos antigos, jogos de infância ou doces retrô – em comparação com imagens mais modernas.

Durante as tarefas, uma máquina de ressonância magnética também escaneou os 34 participantes.

Os pesquisadores descobriram que a observação de fotos que desencadeavam memórias de infância estava ligada a participantes relatando sentimentos mais fracos de dor.

“Ao gerenciar seu desconforto, em vez de eliminar ou reduzir os estímulos (desagradáveis), as pessoas podem usar a nostalgia para reformular suas experiências dolorosas”, disse Joe Yazhuo Kong, um dos autores do estudo, por e-mail.

“A nostalgia é uma emoção predominantemente positiva que as pessoas percebem facilmente em suas vidas”, disse Kong, líder do grupo de pesquisa do Laboratório de Neuroimagem Integrativa da Dor da Academia Chinesa de Ciências.

“Por exemplo, as pessoas podem se sentir felizes e em paz ao navegar em suas fotos agrupadas com familiares ou amigos.”

Estudos anteriores também demonstraram os benefícios psicológicos e emocionais da nostalgia. Um estudo publicado na revista Frontiers in Psychology mostrou que a nostalgia – desencadeada por uma tarefa de escrita – diminuiu a percepção da intensidade da dor entre pessoas que sofrem de dor crônica.

Outras pesquisas descobriram que as pessoas tinham uma maior tolerância à dor após pensamentos de nostalgia, de acordo com Cathy Cox, professora associada de psicologia da Universidade Cristã do Texas.

“É legal encontrar mais e mais pesquisas fazendo a sobreposição entre essas construções psicológicas e emocionais que estamos estudando e essas respostas biológicas e comportamentais”, disse Cox, psicóloga com foco em nostalgia. Ela não esteve envolvida no estudo.

Dado que é raro e caro usar exames de ressonância magnética para pesquisa em psicologia, de acordo com Cox, não se sabia muito sobre os mecanismos biológicos subjacentes aos efeitos positivos da nostalgia.

“Durante esse processo de alívio da dor induzido pela nostalgia, o tálamo desempenha um papel crucial”, disse Kong à CNN.

O tálamo, muitas vezes descrito como a estação de retransmissão do cérebro, é responsável por transmitir informações sensoriais e sinais motores para o córtex cerebral.

O novo estudo mostrou que o tálamo integra essa “informação de nostalgia” e desencadeia uma resposta à dor mais controlada. A visualização de fotos nostálgicas também diminuiu a atividade em duas áreas do cérebro relacionadas à dor.

E não são apenas as fotos antigas que podem levar a respostas positivas devido à nostalgia – música, filmes ou certas histórias também podem desencadear isso. Assim como odores, como perfumes, ou o sabor de certos alimentos, como doces da infância ou biscoitos que lembram alguém de casa.

Todos esses gatilhos de nostalgia podem ser úteis no futuro para fornecer ferramentas de gerenciamento de dor baratas e facilmente acessíveis às pessoas.

Cox e Julie Swets, doutoranda na Universidade Cristã do Texas, também estão trabalhando em pesquisas sobre como a nostalgia pode ser usada como recurso para gerenciar conflitos em relacionamentos românticos e aumentar a satisfação entre parceiros.

Mas Swets alertou que usar a nostalgia para aliviar a dor pode não ser uma solução geral para todos. Estudos anteriores destacam que a nostalgia é uma experiência emocional pessoal que varia em termos de frequência e intensidade.

“O que é nostalgia é esse sentimento de conexão com outras pessoas”, disse Swets, observando que as pistas em muitos estudos são projetadas para fazer as pessoas pensarem em bons momentos com a família e amigos.

“Então, as pessoas que evitam um pouco mais a intimidade com outras pessoas, ou mais propensas a preferir a distância a relacionamentos próximos, essas pessoas não colhem os mesmos benefícios da nostalgia.”

Tal como acontece com outras intervenções de psicologia positiva, como praticar mindfulness ou ioga, os impactos podem depender da pessoa.

Os pesquisadores envolvidos no novo estudo do JNeurosci também têm planos de usar diferentes faixas etárias em pesquisas futuras e analisar os impactos de pistas nostálgicas mais pessoais, em vez de nostalgias genéricas, como músicas e filmes antigos.

“Esperamos um efeito de alívio da dor muito mais forte se os participantes observarem cenários pessoais, sejam quais forem as pistas visuais ou não visuais”, disse Kong à CNN.

FONTE CNN

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Com venda proibida, cigarro eletrônico é sensação entre os jovens e acende alerta

Nas ruas, portas de escola, bares, tabacarias e festas, eles deixam uma fumaça branca e densa, com cheiro que nada lembra os cigarros comuns. No boca a boca, recebem diversos nomes: vape e pod são os mais comuns.

Especialistas alertam para complicações cardiovasculares e pulmonares dos cigarros eletrônicosAnvisa proibiu importação, comercialização e propaganda dos dispositivos eletrônicos para fumarAnvisa proibiu importação, comercialização e propaganda dos dispositivos eletrônicos para fumarFoto: Kurylo Sofiya/Shutterstock

Com venda proibida no Brasil, especialistas alertam para complicações cardiovasculares e pulmonares dos cigarros eletrônicos. Consumidos por jovens, podem ser porta de entrada para o tabagismo e colocar em xeque avanços no combate à dependência química da nicotina.

Os dispositivos têm tecnologia simples. Uma bateria permite esquentar o líquido que, em geral, é uma mistura de água, aromatizante alimentar, nicotina, propilenoglicol e glicerina vegetal.

Eles aquecem a nicotina em vez da combustão dos cigarros comuns. Na fumaça do tradicional, há alcatrão, que contém produtos químicos potencialmente cancerígenos, e monóxido de carbono, que aumenta a chance de enfarte e dificulta o transporte de oxigênio das células.

O aerossol do dispositivo pode conter substâncias nocivas, alertam os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Destacam, também, que é difícil saber quais substâncias o produto contém. Por vezes, no lugar da nicotina, o aparelho é usado para vaporizar outras drogas, como maconha. Alguns, ditos livres de nicotina, apresentaram a substância em análises.

Paulo Corrêa, coordenador da Comissão de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), diz que o eletrônico tem toxicidade aumentada em relação ao cigarro convencional, por causa da forma de produção do aerossol. “Ele tem um filamento, que deve ser aquecido. O filamento é revestido por níquel e outros metais, como latão e cobre. O nível de níquel que tem nos cigarros eletrônicos é de duas a 100 vezes maior do que nos tradicionais. O níquel é considerado cancerígeno.”

No Brasil, em 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a importação, comercialização e propaganda dos dispositivos eletrônicos para fumar, que além dos cigarros incluem os produtos de tabaco aquecido.

Uso

Em Pinheiros, na zona oeste paulistana, o dispositivo se camufla na mão dos usuários e o aerossol se dissipa com rapidez. Em uma tabacaria, os aparelhos e essências tomam pelo menos quatro prateleiras. O preço varia de R$ 60 a R$ 680 – os mais baratos eram descartáveis. O vendedor do estabelecimento, que comercializa o produto há três anos, diz que o que faz mal é o uso sem orientação. “Não vendo sem dar uma consultoria.”

Com sabor frutado e diversos formatos, os dispositivos se tornaram sensação entre os mais novos. Julia (nome fictício), de 24 anos, que não quis se identificar, junto a amigos, traz aparelhos do Paraguai para vender em Santa Catarina, onde mora. Ela explica que são pods descartáveis. “Você vai inalar 800 vezes e descartar. Você não recarrega”, diz. Eles compram o produto a R$ 30 e revendem por R$ 60.

Paula (nome fictício), de 18 anos, que também preferiu se manter anônima, passou a usar o cigarro eletrônico por não ter o cheiro e gosto do convencional. “Percebi que dava para fumar o pod em qualquer lugar. As pessoas não percebiam que tu tava (sic) fumando alguma coisa”, conta.

Chefe da coordenação de Prevenção e Vigilância do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Liz Almeida aponta que o dispositivo pode ser porta de entrada para o tabagismo, principalmente entre os mais jovens. A chance de um adolescente que experimentou um cigarro eletrônico passar a fumar o tradicional é quatro vezes maior do que aqueles que não, mostrou estudo feito por ela e outros seis pesquisadores.

Neste ano, o Carnaval de Allan Doug, funcionário de banco, de 30 anos, começou no Rio e terminou em uma unidade de terapia intensiva (UTI), em Manaus. O manauara fumava cigarro tradicional “há algum tempo”, mas só socialmente. Passou a usar o eletrônico, conta, nos últimos cinco meses.

No Rio durante duas semanas, sem ter de trabalhar, o uso se tornou diário e exagerado. De volta a Manaus, acordou com muita dor no peito. “No raio X identificaram umas perfurações e muito líquido (no pulmão)”, afirma.

Fiscalização

Em 2009, a Anvisa proibiu a importação, comercialização e propaganda dos dispositivos. Em nota, a agência disse ser responsável pela fiscalização das vendas online. As lojas físicas são de “responsabilidade das autoridades locais”.

A Polícia Militar e a Polícia Civil de São Paulo, em nota, afirmaram que, sempre que solicitado pela Prefeitura, ajudam em ações para coibir o comércio ambulante irregular e combater a pirataria. No fim do ano passado, em parceria com a Receita Federal e a administração municipal, apreenderam 135 mil cigarros eletrônicos e 325 mil essências.

As empresas Souza Cruz (BAT Brasil), Philip Morris Brasil e Japan Tobacco International (JTI) se mostraram favoráveis à flexibilização da comercialização dos dispositivos eletrônicos de fumar. A JTI disse, em nota, que “hoje o uso desses produtos já é corrente, abastecido por produtos de origem 100% ilegal, sem controle sanitário”.

A BAT Brasil disse defender uma “regulamentação robusta, responsável e equilibrada”. “No Brasil, já existe um crescente mercado de consumidores de cigarros eletrônicos, estimado em mais de 2 milhões de pessoas. No entanto, 100% desse mercado é ilegal”, destacou, em nota.

A Philip Morris Brasil afirmou que cabe à Anvisa decidir sobre a comercialização autorizada, mas disse que apresentou estudos e pesquisas científicas sobre seu produto. “Os documentos estabelecem uma diferença entre esse dispositivo e os cigarros eletrônicos que são comercializados ilegalmente no Brasil”, declara.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

FONTE CNN

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Programa Prefeitura no Bairro terá vacinação contra Covid-19 para adultos, adolescentes e crianças neste sábado

Crianças acima de 5 anos, adolescentes e adultos que ainda não receberam a imunização contra Covid-19 (1º, 2º dose ou dose reforço) terão uma nova oportunidade neste sábado (26), durante a 1ª Edição do Programa Prefeitura no Bairro. 

A Secretaria Municipal de Saúde aplicará doses das fabricantes Janssen, CoronaVac e Astrazeneca e também realizará atualização do Cartão do SUS para quem estiver com a vacinação de rotina em atraso.

A aplicação acontece entre 8h e 12h, no Núcleo de Convivência do Bairro Bom Jesus – rua Jason Armando de Paula, 117.

Documentação Covid-19

Para receber o imunizante contra a Covid-19, a pessoa não pode ter recebido qualquer tipo de vacina nos últimos 15 dias e é imprescindível a apresentação do Cartão de Vacina.

No momento da vacinação, são exigidos os seguintes documentos: cópia (xerox) dos documentos pessoais (RG e CPF), Cartão de Vacina e caso seja portador de deficiência: laudo médico atualizado comprovando a condição clínica.

Para crianças e adolescentes é necessário a apresentação da cópia (xerox) da Carteira de Identidade e CPF, da Certidão de Nascimento, do Cartão de Vacina e do Cartão do SUS (se tiver).

Para crianças com comorbidades, deve ser apresentado também um atestado ou relatório médico (se não for recente, apresentar receita da medicação utilizada) que comprove a condição clínica da criança ou receita do medicamento de uso contínuo com, no máximo, 3 meses. O responsável por acompanhar a criança no ato da aplicação deverá apresentar um documento original de identificação com foto.

Vacinação de Rotina

Estarão disponíveis para atualização do Cartão do SUS: Febre Amarela, Tríplice Viral (Sarampo, Rubéola, Caxumba), Tétano, Hepatite A, Meningite C, ACWY e HPV. A orientação aos pais e responsáveis é que apresentem no local de vacinação a seguinte documentação: carteira de vacinação da criança / adolescente, Cartão SUS, CPF e certidão de nascimento.

1ª Edição Prefeitura no Bairro

Dia: Sábado – 26/03
Local: Núcleo de Convivência Bom Jesus
Endereço: Rua Jason Armando de Paula, 117.
Horário: 8h às 12h  

Assessoria de Comunicação

Área de anexos

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Como dormir melhor em tempos de tanto estresse?

Especialista da Unimed Araxá aponta o sono como combustível da vida

O sono adequado é fundamental para que possamos ter qualidade de vida e uma rotina saudável. Ele é capaz de trazer a energia necessária, agindo como um combustível que nos impulsiona a realizarmos adequadamente as atividades do nosso dia a dia. Também nos ajuda na recuperação de doenças e ferimentos, facilita a produção do hormônio do crescimento, reduz o estresse, controla o apetite, melhora o humor, a memória e o raciocínio; facilita a oxigenação das células, melhora a atividade intelectual, entre outros benefícios.
Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) 40% da população mundial não dorme como gostaria e sofre algum distúrbio do sono, porém poucos são os que se preocupam em resolver esse problema. Conforme declara Geraldo Lorenzi, médico, professor associado da Faculdade de Medicina da USP e diretor do laboratório do sono do InCor, “dormir é uma função essencial, tão importante quanto comer ou beber, mas parece que nossa sociedade, a sociedade da vigília, se esqueceu disso”.
Se imaginarmos que a insônia é um problema comum no mundo inteiro e que ela afeta uma grande porcentagem da população mundial, podemos, então, compreender o quanto é importante o potencial impacto que a falta de um sono adequado pode ter, quer na saúde mental, quer no nosso bem-estar geral.
A privação do sono leva à irritação e à exaustão em curto prazo, mas também pode ter consequências graves para a saúde em longo prazo, entre elas podemos observar as doenças cardíacas, diabetes tipo 2, etc..
Outro ponto importante a se considerar é que algumas condições psiquiátricas podem trazer problemas no sono, por sua vez, um sono inadequado também pode exacerbar os sintomas de muitas perturbações mentais, incluindo depressão e ansiedade.
Por isso, um sono adequado é tão importante e envolve reconhecer a necessidade de procurar auxílio ao nos depararmos com a falta dele. Tratar a insônia é algo essencial, pois melhora a saúde psicológica e física, consequentemente, o nosso bem-estar.
A boa notícia é que se encararmos o sono como um fator de risco, se tratarmos adequadamente; teremos alívio dos sintomas. Não significa que dormir seja a cura ou uma solução rápida, mas, sim, uma parte importante num plano de tratamento abrangente.
Praticar exercícios físicos, ter um sono regular e até deitar em posições confortáveis melhoram a qualidade do sono de qualquer um. A alimentação também desempenha um papel importante: comidas gordurosas antes de dormir, assim como estimulantes e álcool, atrapalham. Além disso, os procedimentos de higiene do sono são extremamente importantes. Se a pessoa leva trabalho para a cama, dorme com o computador ligado, acaba associando o leito com o ambiente estressante do dia a dia. O quarto deve ser um lugar condicionado para dormir.
Não deixe de procurar um especialista de sua confiança caso se reconheça com a qualidade de sono comprometida.
 
Unimed Araxá
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Vigilância em Saúde utiliza carro fumacê para combater a dengue em Araxá

Como ação estratégica para reduzir os focos do mosquito Aedes aegypti na cidade, a Prefeitura de Araxá, por meio da Vigilância em Saúde, utiliza o carro fumacê para evitar a proliferação da dengue a partir desta terça-feira (22). O serviço percorre as regiões que apresentaram maior índice de notificações nas últimas quatro semanas epidemiológicas. O objetivo é bloquear a ação do mosquito e, consequentemente, a transmissão da doença.

A pulverização de inseticida de Ultra Baixo Volume (UBV) pesado, conhecido como carro fumacê, foi aprovado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) depois que a cidade obteve um aumento considerável no número de notificações da doença em alguns bairros. De janeiro a março deste ano, Araxá teve um total de 249 notificações e 40 casos confirmados de dengue. No mesmo período do ano anterior foram 126 notificações e apenas dois casos positivos.

As ações acontecem em horários estratégicos para otimizar os serviços de pulverização do inseticida e seguem inicialmente uma programação dividida em quatro ciclos, entre os dias 22 e 25 de março. Os horários de atuação do veículo fumacê são pela manhã, das 5h às 9h, e na parte da tarde, das 17h às 22h. Neste primeiro momento, serão contemplados os bairros Monte Verde, Residencial Acácias, Lamartine, Villa Verde 1, Residencial Vitória, Bela Vista, Santo Antônio, Villagio 2 e Boa Vista.

De acordo com Secretaria Municipal de Saúde, algumas medidas devem ser seguidas pelos moradores no momento em que o veículo passa pela rua, como manter portas e janelas abertas, evitar ficar próximo ao carro, cobrir reservatórios de água para consumo e retirar roupas expostas em varais e recipientes onde animais de estimação bebem água e se alimentam. 

A coordenadora da Vigilância em Saúde de Araxá, Leninha Severo, explica que o carro fumacê age como forma de complementar e promover a rápida interrupção da transmissão da dengue e precisa estar associada à conscientização da população. 

“É extremamente importante o envolvimento da sociedade no combate à doença. Portanto, pedimos a todos que reserve um tempo com os cuidados no domicílio, como por exemplo, evitar recipientes com água parada, manter caixas d’água e lixeiras sempre tampadas, quintal sem lixo e sem entulho, garrafas e baldes de cabeça para baixo, ralos limpos e com aplicação de tela, bebedouros de animais periodicamente limpos com bucha e escova. Além disso, pedimos que recebam sempre os agentes de combate a endemias em suas visitas domiciliares”, destaca.

Cronograma da semana

Data: 22/03/2022
Período: Manhã
Horário: 5h às 9h
Ciclo: 1º ciclo
Bairros: Monte Verde, Residencial Acácias, Lamartine, Villa Verde 1, Residencial Vitória e Bela Vista.

Data: 22/03/2022
Período: Tarde/Noite
Horário: 17h às 22h
Ciclo: 1º ciclo
Bairros: Santo Antônio, Villagio 2 e Boa Vista.

Data: 23/03/2022
Período: Manhã
Horário: 5h às 9h
Ciclo: 2º ciclo
Bairros: Monte Verde, Residencial Acácias, Lamartine, Villa Verde 1, Residencial Vitória e Bela Vista.

Data: 23/03/2022
Período: Tarde/Noite
Horário: 17h às 22h
Ciclo: 2º ciclo
Bairros: Santo Antônio, Villagio 2 e Boa Vista.

Data: 24/03/2022
Período: Manhã
Horário: 5h às 9h
Ciclo: 3º ciclo
Bairros: Monte Verde, Residencial Acácias, Lamartine, Villa Verde 1, Residencial Vitória e Bela Vista.

Data: 24/03/2022
Período: Tarde/Noite
Horário: 17h às 22h
Ciclo: 3º ciclo
Bairros: Santo Antônio, Villagio 2 e Boa Vista.

Data: 25/03/2022
Período: Manhã
Horário: 5h às 9h
Ciclo: 4º ciclo
Bairros: Monte Verde, Residencial Acácias, Lamartine, Villa Verde 1, Residencial Vitória e Bela Vista.

Data: 25/03/2022
Período: Tarde/Noite
Horário: 17h às 22h
Ciclo: 4º ciclo
Bairros: Santo Antônio, Villagio 2 e Boa Vista.  


Assessoria de Comunicação

Área de anexos

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Prefeitura de Araxá contempla SOS e Ampara com mais de R$ 599 mil em termos de fomento

Como forma de contribuir com o custeio e manutenção de serviços assistenciais prestados à comunidade, a Prefeitura de Araxá vai repassar R$ 599.703,00 para duas importantes instituições sociais de Araxá.

A Associação de Amparo às Pessoas com Câncer de Araxá (Ampara) será contemplada com dois termos de fomento, no valor de R$ 100.000,00, recurso este viabilizado pelo vereador Wagner Cruz junto ao Governo Federal, e outro de R$ 250.000,00 com recursos próprios do Município; e o Serviço de Obras Sociais (SOS) receberá o recurso na ordem de R$ 249.703,00.

Os repasses foram aprovados pela Câmara Municipal nesta terça-feira (15).

A Ampara atua há 7 anos em Araxá, prestando assistência a pacientes em tratamento de câncer, com a doação de caixas de leite, cestas básicas, suplementos alimentares, bolsa de colostomia, medicamentos não encontrados ou não fornecidos pelo SUS, fraldas geriátricas e absorventes cirúrgicos.

Já o SOS realiza diversos atendimentos e campanhas voltadas às famílias em vulnerabilidade social há mais de 50 anos, e tem como um dos seus principais projetos a doação de cestas básicas, roupas e medicamentos.

“O valor que essas instituições representam para a população araxaense é inestimável. E a assinatura desses termos de fomento é uma forma de reconhecer todo o trabalho que vem sendo feito e contribuir para a continuidade, principalmente ao público-alvo dessas entidades”, ressalta o prefeito Robson Magela.

Assessoria de Comunicação

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Maioria das pessoas não conhece os sintomas de Alzheimer precoce

Pacientes comprometidos podem ter problemas para lembrar conversas, manter uma linha de raciocínio ou concluir tarefas cotidianas

A AC Immune está trabalhando em vários compostos para os males de Alzheimer e Parkinson, incluindo vacinasGetty Images

Se você não está familiarizado com o termo “deficiência cognitiva leve”, você não é o único. Mais de 80% dos norte-americanos não conhecem essa condição, que afeta até 18% das pessoas com 60 anos ou mais e que pode levar à doença de Alzheimer, segundo uma nova pesquisa.

O comprometimento cognitivo leve (CCL) é ​​um estágio inicial de perda sutil de memória ou outra perda de capacidade cognitiva, como linguagem ou percepção visual/espacial, de acordo com pesquisa publicada na terça-feira (15) para um relatório dos Fatos e Números da Doença de Alzheimer de 2022 da Associação de Alzheimer.

Os sinais podem ser graves o suficiente para serem percebidos pela pessoa afetada e seus entes queridos, mas também podem ser leves a ponto de que a pessoa afetada possa manter sua capacidade de realizar a maioria das atividades da vida diária.

Muitas pessoas confundem essa deficiência com o envelhecimento normal, mas é diferente –cerca de um terço das pessoas com deficiência cognitiva leve desenvolvem demência devido à doença de Alzheimer em cinco anos, de acordo com a pesquisa.

Dependendo do tipo de CCL, o paciente pode ter problemas para lembrar conversas, acompanhar as coisas, manter sua linha de pensamento durante, transitar em um lugar geralmente familiar ou concluir tarefas cotidianas, como pagar uma conta.

Para entender melhor a conscientização, diagnóstico e tratamento do CCL nos Estados Unidos, a Associação de Alzheimer encomendou uma pesquisa com mais de 2.400 adultos e 801 médicos de cuidados primários no fim do ano passado. Todas as perguntas respondidas online ou por telefone.

Mais de 80% dos participantes inicialmente tinham pouca ou nenhuma familiaridade com o CCL. Então, quando informados sobre o que era a patologia, mais de 40% disseram estar preocupados em desenvolver a condição no futuro.

“Foi surpreendente validar que tanto o público quanto os médicos de cuidados primários são desafiados nas distinções entre comprometimento cognitivo leve e o que é considerado ‘envelhecimento normal’”, disse Morgan Daven, vice-presidente de sistemas de saúde da Alzheimer’s Association. “Esses resultados ressaltam quanto trabalho devemos fazer para continuar a educar.”

Cerca de 85% dos adultos disseram que gostariam de saber precocemente se tinham a doença de Alzheimer para que pudessem planejar, tratar os sintomas mais cedo, tomar medidas para preservar a função cognitiva ou entender o que está acontecendo, segundo a pesquisa.

Mas apesar desse senso de urgência, esses adultos também mostraram relutância em obter aconselhamento profissional se começassem a apresentar sintomas.

Apenas 40% disseram que falariam com seu médico imediatamente se apresentassem sintomas de CCL. As preocupações em obter ajuda incluíam a possibilidade de receber o diagnóstico ou tratamento errado, saber de um problema de saúde grave ou acreditar que os sintomas podem desaparecer.

O que causa comprometimento cognitivo leve

Vários fatores podem contribuir para o CCL. Portanto, comprometimento é mais um termo abrangente do que uma condição específica, de acordo com a pesquisa.

“Pode ser causado por coisas que são reversíveis, como deficiências de vitaminas ou condições médicas como disfunção da tireoide”, disse Richard Isaacson, diretor da Clínica de Prevenção de Alzheimer no Centro de Saúde do Cérebro da Faculdade de Medicina Schmidt da Florida Atlantic University.

“Algumas causas melhoram e outras pioram. Quando uma pessoa tem uma demência neurodegenerativa, obviamente, tende a declinar.”

Outras causas possíveis incluem efeitos colaterais de medicamentos; privação de sono; ansiedade; distúrbios neurológicos ou psiquiátricos; genética; distúrbios sistêmicos, como pressão alta; acidente vascular cerebral ou outra doença vascular; e traumatismo cranioencefálico.

Em geral, a variedade de fatores, sintomas amplos e a falta de um teste de CCL podem tornar o diagnóstico de CCL difícil e desconfortável para muitos médicos, como mostraram os resultados.

Protegendo seu cérebro

Quando os médicos detectam o CCL, geralmente recomendam mudanças no estilo de vida, fazem exames de laboratório ou encaminham os pacientes para um especialista, escreveram os autores.

“As pessoas podem assumir o controle de sua saúde cerebral fazendo mudanças ativas em sua vida diária”, disse Isaacson. “Não se trata apenas de exercícios, dieta, sono e controle do estresse, mas também de condições médicas que os médicos da atenção primária podem ajudar a otimizar e tratar –como pressão alta, colesterol alto e diabetes”.

“Não somos impotentes na luta contra a perda de memória e declínio cognitivo”, acrescentou.

Mesmo com medo, consultar um médico imediatamente é a coisa mais importante que as pessoas que sofrem alterações cognitivas podem fazer, disse Daven. “O diagnóstico precoce é importante e oferece a melhor oportunidade para gestão e tratamentos.”

FONTE CNN