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Idoso que teve Covid e ficou 191 dias internado quer vender banca para ajudar a pagar dívida de R$ 2,6 milhões com hospital

Carlos Higa, de 72 anos, teve alta na segunda (4) do Hospital São Camilo; vaquinha criada pela família já arrecadou pouco mais de R$ 100 mil. Em nota, o hospital disse que internações de longa permanência podem resultar em valores altos, mas que a família era atualizada com frequência.

Carlos Massatoshi Higa, de 72 anos, quer vender sua banca de jornal na Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte da capital paulista, para ajudar a pagar os R$ 2,6 milhões que deve para o Hospital São Camilo. Ele contraiu a dívida por ter ficado 191 dias internado com Covid-19, lutando contra a doença e suas consequências.

“Ele quer vender. Disse que quer descansar… Foram 21 anos trabalhando direto. Ele acha que não vai conseguir mais levar a banca e também para levantar mais algum valor para pagar a divida”, afirmou ao g1 a filha de Seu Carlos, Juliana Higa, que é professora da rede municipal.

Em nota, o Hospital São Camilo disse que internações de longa permanência podem implicar em valores notoriamente altos, mas que a família era atualizada constantemente (leia a íntegra da nota abaixo).
Seu Carlos da Banca, como é conhecido, é muito querido pela comunidade do entorno. De acordo com a filha, ele passou mal enquanto trabalhava em 27 de março deste ano e foi socorrido por vendedores ambulantes das redondezas. Diagnosticado com Covid-19, foi internado naquele dia e só teve alta na última segunda-feira (4). Além disso, a vaquinha que Juliana criou para levantar recursos para quitar a dívida teve apoio de amigos do pai que a filha nem conhecia.

“Recebemos doações de pessoas que nem conheço, mas que me escreveram contando que o conheciam da banca. Tem uma clínica médica muito famosa na frente da banca, então ele conhecia muita gente que frequentava ali”, afirma ela.
Apesar de ser conhecido no local, isso não se refletia nas vendas da banca de Seu Carlos, de acordo com a filha.

“Sinceramente não sei te dizer quanto ele tirava com a banca, se tem uma coisa que ele nunca me passou é quanto ele recebia. Sei que a banca já vinha dando um lucro menor [nos últimos anos] por conta de toda essa movimentação de internet e redes sociais, então a quantidade de venda de jornais diminuiu bastante. Tinha dia que ele me dizia que tinha ganhado R$ 50”, afirma.

Até as 14h40 desta quinta-feira, a vaquinha que Juliana criou para tentar pagar a dívida tinha arrecadado R$ 100.232,00. O valor quase dobrou desde que a história de seu Carlos foi publicada no g1, mas ainda está longe do necessário para quitar a dívida, e a família diz que não sabe o que vai fazer para pagar a conta.

“Estamos usando esse dinheiro para custear a última internação e para pagar vários custos de pós-internação. Não temos mais condições. Mas é uma vida e vida não tem preço”, afirma.

De acordo com Juliana, não havia vagas em hospitais públicos quando o pai precisou ser internado.

“Eu sei que estou devendo, estou preocupada, posso dizer inclusive desesperada. Confesso que ainda não sei como vou pagar. O importante é que ele está aqui. Eu realmente achei que ele não ia ficar com a gente. Eu vi meu pai entrando em coma. Os médicos desenganaram e não foi só uma e nem duas vezes. Foi uma luta surreal. Não tem como descrever”, afirmou, em conversa com o g1.



Carlos Massatoshi Higa posa com equipe do Hospital São Camilo, na Zona Norte, onde ficou internado por 191 dias devido à Covid-19 — Foto: Arquivo Pessoal
Carlos Massatoshi Higa posa com equipe do Hospital São Camilo, na Zona Norte, onde ficou internado por 191 dias devido à Covid-19 — Foto: Arquivo Pessoal
As economias da família já foram usadas e, apesar de ter tido alta, as sequelas de seu Carlos ainda inspiram cuidados – ele agora tem limitações na fala e nos movimentos.
Ele precisa, por exemplo, de fonoaudiologia para recuperar a fala, que ficou comprometida após tanto tempo com traqueostomia, procedimento cirúrgico realizado na região da traqueia, no pescoço, com o objetivo de facilitar a chegada de ar até os pulmões.
Além disso, ele precisa de fisioterapia para recuperar os movimentos das pernas, além de ter perdido a coordenação motora fina, o que o impede de realizar atividades como escrever. Para evitar aumentar ainda mais a dívida, a família tenta atendimento na rede pública.

“A gente não está se recusando a pagar, se tivéssemos [o dinheiro], teríamos pagado, mas esse valor é surreal para qualquer família de classe média. Sou professora, meu pai era dono de banca de jornal. Não temos condições”

A ideia de tentar uma vaga pelo Sistema Único de Saúde (SUS), aliás, não veio só agora. De acordo com Juliana, não havia vagas em hospitais públicos quando o pai ficou doente, em março deste ano.

“Meu pai foi internado no dia 27 de março. Foi bem naquela época em que teve um boom de internações por causa da variante de Manaus e faltou vaga em hospital público. Faltava até medicamento para intubação. No desespero, fomos direto para o particular, mas eu sabia que não tinha vaga no Hospital Geral Vila Penteado”, afirma.

“A gente entende que nas circunstâncias não tinha vaga, era público e notório que não havia vagas. Meu pai está vivo porque é forte, mas também porque teve o socorro necessário no hospital. Ele teve médico que acompanhou, ventilador, medicamentos”, conclui.

Foram mais de 100 dias com ventilação mecânica e traqueostomia e seu Carlos teve várias infecções hospitalares.

“Os médicos desenganaram várias vezes, falaram que o caso era complicado e que era para preparamos a família. Ele ainda teve de fazer hemodiálise constante com um equipamento chamado prisma, e o aluguel é caríssimo”, conta ela.

Seu Carlos tinha acabado de tomar a primeira dose da vacina CoronaVac quando foi diagnosticado com Covid. Mas o quadro dele foi se complicando, e a dívida, virando uma bola de neve.

Três estudos mostram que maioria de casos graves e mortes por Covid é de pessoas sem vacinação completa

“Ele ficou quatro meses na UTI e, quando voltou para o quarto, teve duas convulsões e um AVC e teve de voltar para a UTI. Saiu de novo dias depois, teve outra complicação e teve de voltar e aí foi outra semana na UTI”, relembra Juliana.

Depois da terceira alta da UTI, a família decidiu pedir a transferência do pai para um hospital público, de acordo com Juliana.

“Conseguimos uma vaga no Hospital do Mandaqui. Levei ele até lá e a vaga era para UTI Covid e ele não tinha mais Covid, mas tinha de tratar as complicações que essa doença tinha deixado. O próprio médico que nos atendeu me disse que, se fosse o pai dele, não deixaria lá. O risco era ele pegar Covid de novo! No mesmo dia, voltamos para o Hospital São Camilo. Nesse vai e vem, somou essa quantia”, afirma.

Depois que seu Carlos ficou mais estável, os médicos sugeriram que ele fosse transferido para uma instituição de retaguarda, também do Hospital São Camilo, mas na Granja Viana, na Zona Sul. Só a diária da unidade que ele estava custava R$ 5 mil e a diária na instituição seria bem mais em conta, além de mais adequada para o tratamento. Juliana conta que a família tinha algum dinheiro guardado, mas não esperava que a internação fosse durar tanto tempo e que a dívida ficaria tão alta.

“Meus pais juntaram dinheiro a vida inteira, deixaram de pagar o convênio médico, mas juntaram o dinheiro que pagariam por ele. O que a gente não achou é que fosse durar todo esse tempo a internação”, conta.

Em nota, o Hospital São Camilo disse que internações de longa permanência podem implicar em valores notoriamente altos, mas que a família era atualizada constantemente:

“A Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo oferta serviços particulares de forma transparente e com custos compatíveis com o mercado. O acometimento por Covid-19, no entanto, pode implicar em internações de longa permanência, com valores notoriamente altos. No caso em questão, as informações eram atualizadas constantemente à família. A instituição reforça sua missão de cuidar e valorizar a vida, priorizando a excelência dos serviços prestados, e segue à disposição para quaisquer esclarecimentos.”https://04d90f1aca1c560ef883f078d7886071.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

FONTE G1

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Câmara aprova projeto que prevê retorno de gestantes ao trabalho presencial

Legislação atual garante trabalho remoto às gestantes, o que, segundo a relatora, impõe ‘excessivo ônus ao empregador’. Projeto estabelece que grávidas não vacinadas poderão votar ao trabalho presencial desde que assinem termo de responsabilidade.

Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (6) um projeto de lei que prevê o retorno de gestantes ao trabalho presencial em algumas hipóteses, entre elas, a imunização completa contra Covid-19. O texto agora segue para o Senado.

O projeto altera uma lei, sancionada em maio de 2021, que prevê que, durante o estado de emergência de saúde pública provocado pela Covid-19, a trabalhadora grávida deverá permanecer afastada do trabalho presencial, exercendo as atividades de forma remota, sem prejuízo de sua remuneração.

A relatora da matéria, deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF), argumenta que a legislação atual impõe “excessivo ônus sobre os empregadores”, que “têm de arcar com o pagamento de seus salários [das gestantes] durante o período do afastamento”.

Pela proposta, a gestante deverá retornar ao trabalho presencial nas seguintes hipóteses:

  • vacinação completa contra a Covid-19;
  • após o fim do estado de emergência de saúde pública causado pelo novo coronavírus;
  • com a interrupção da gestação.
  • Caso opte por não se vacinar a gestante deverá assinar um termo de responsabilidade para retornar ao trabalho (veja mais abaixo).

Ainda, de acordo com a proposta, as gestantes que iniciaram a imunização, mas ainda não tomaram a 2ªdose da vacina e trabalham em funções consideradas “incompatíveis” com o trabalho remoto, terão sua gravidez considerada de risco e receberão um salário-maternidade até que tomem as duas doses da vacina.

Gestantes que optarem por não se vacinar

A gestante que optar por não se vacinar contra Covid-19 também poderá retornar ao trabalho presencial.

A proposta estabelece que, nesses casos, a mulher deverá assinar um termo de responsabilidade para retornar ao trabalho, “comprometendo-se a cumprir todas as medidas preventivas adotadas pelo empregador”;

O relatório diz, ainda, que a opção de não se vacinar é “uma expressão do direito fundamental da liberdade de autodeterminação individual, não podendo ser imposto à gestante”.

Parlamentares da oposição criticam o dispositivo e afirmam que a medida coloca o “negacionismo” à vacina na legislação.

Deputados críticos à matéria também afirmam que, mesmo com as vacinas — que têm alta eficácia, mas nenhuma oferece proteção integral —, as gestantes são grupos vulneráveis à doença.

“Polarizar o direito de gestante e de puérpera e a sobrevivência dos pequenos e médios empresários é um escândalo, é um escárnio. Nós precisamos manter a proteção de gestantes e puérperas no Brasil, que concentra 77% das mortes de gestantes e puérperas do mundo por Covid-19”, afirma a líder do PSOL, Talíria Petrone (RJ).

Já a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) lembrou que os próprios parlamentares estão mantendo o sistema de votação a distância devido à pandemia.

“Nós estamos aqui no plenário, menos de 15 deputados, embora sejamos 513. Isso quer dizer o quê? Quer dizer que mais de 95% da Câmara está neste momento votando de casa, votando de forma remota, e nós alertamos e pedimos que fosse dessa forma”, disse.

“Agora, se nós achamos que o deputado não está preparado para vir ao plenário, como podemos concordar que as grávidas estão preparadas para voltarem ao seu trabalho nas condições em que estão colocando? Será que isso não dói na consciência de quem está tomando essa decisão?”, afirmou Perpétua.

A favor da matéria, o deputado Tiago Dimas (Solidariedade-TO) afirmou que a legislação atual, que prevê o teletrabalho para as gestantes, “tem prejudicado a contratação do público feminino”.

“Os reflexos que essa lei pode causar, em médio e em longo prazo, da forma como está, são inimagináveis e já estão sendo sentidos pelo mercado. Então, mais uma vez, com base nesse argumento, eu solicito que possamos votar esse texto no dia de hoje”, disse.

FONTE G7

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Araxá vacina adolescentes de 16 anos sem comorbidades nesta quarta

A Prefeitura de Araxá inicia a aplicação da 1ª dose da vacina contra a Covid-19 em adolescentes de 16 anos nesta quarta-feira (6), das 8h às 16h, no Sesc. Para receber a aplicação é preciso ter a presença de um acompanhante e apresentar a cópia (xerox) CPF, RG, Comprovante de Residência, Cartão do SUS (se tiver) e Cartão de Vacina. A imunização dos adolescentes será exclusiva da faixa etária. 

A vacinação de grávidas, puérperas e lactantes sem comorbidades que ainda não receberam a 1ª dose da vacina contra a Covid-19 segue na Unisa, das 8h às 16h.

2ª dose 

O município prossegue a aplicação da 2ª dose das vacinas CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer nesta quarta-feira (6), das 8h às 16h, também no Sesc. A imunização é de acordo com o agendamento no Cartão de Vacina ou com doses em atraso.

3ª dose 

Araxá realiza também a aplicação da 3ª dose (adicional) em pessoas com alto grau de imunossupressão, que receberam a segunda dose há pelo menos 28 dias. A imunização acontece na Unisa, das 8h às 16h. 

Conforme orientação do Ministério da Saúde, são consideradas pessoas com alto grau de imunossupressão: Imunodeficiência primária grave; quem está realizando quimioterapia; transplantados de órgão sólido ou de células tronco hematopoiéticas (TCTH) uso de drogas imunossupressoras; pessoas com HIV/Aids; quem faz uso de corticoides em doses iguais ou acima de 20 mg/dia de prednisona ou equivalente, por período igual ou superior a 14 dias; quem faz uso de drogas modificadores da resposta imune; doenças auto inflamatórias, doenças intestinais inflamatórias; pacientes em hemodiálise e pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas.

CRONOGRAMA – 06/10

1ª dose para adolescentes de 16 anos sem comorbidades – SESC

Dia e horário: 6 de outubro (quarta) – 8h às 16h.

Documentos exigidos: cópia (xerox) CPF, RG, Comprovante de Residência, Cartão do SUS (se tiver) e o Cartão de Vacina. A vacinação deve ter a presença de um acompanhante.

2ª dose CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer de acordo com o cartão de vacina – SESC

Dia e horário: 6 de outubro (quarta) – 8h às 16h. 

Documentos exigidos: cópia (xerox) dos documentos pessoais e Cartão de Vacina.

1ª dose Gestantes, Puérperas e Lactantes – UNISA

Dia e horário: 6 de outubro (quarta) – 8h às 16h

– Puérperas (com até 45 dias) e Lactantes (até 6 meses) 

Documentos exigidos: cópia (xerox) CPF, RG, Comprovante de Residência, Cartão do SUS (se tiver), Cartão de Vacina (se tiver) e Certidão de Nascimento ou Cartão do Bebê.

– Gestantes (com e sem comorbidades) 

Documentos exigidos: cópia (xerox) CPF, RG, Comprovante de Residência, Cartão do SUS (se tiver), Cartão de Vacina (se tiver) e Cartão Pré-natal.

3ª dose (dose adicional) para pacientes com alto grau de imunossupressão – UNISA

Dia e horário: 6 de outubro (quarta) – 8h às 16h 

Documentos exigidos: cópia (xerox) CPF, RG, Comprovante de Residência, Cartão do SUS (se tiver), Cartão de Vacina e declaração legível do médico, emitida em 2021, comprovando a condição clínica.


Assessoria de Comunicação

Área de anexos

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No Brasil, mais de 230 mil pessoas morreram por doenças cardiovasculares em 2021

Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de 6,8% e, em relação a 2019, pré-pandemia, uma alta de 12,5%. No Dia Mundial do Coração, especialistas alertam sobre o autocuidado

Até a manhã desta quarta-feira (29), Dia Mundial do Coração, mais de 230 mil brasileiros morreram por doenças cardiovasculares este ano. A maior parte das vítimas está na faixa-etária entre 70 e 79 anos.

Em comparação com o mesmo período de 2020, houve um aumento de 6,8% das mortes por doenças do coração, segundo levantamento feito pela CNN no portal de transparência da Arpen-Brasil (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais) em parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

Especialistas afirmam que a pandemia agravou ainda mais o cenário dessas enfermidades. Para se ter uma ideia, a alta é de 12,5% quando comparada com 2019, período pré-pandemia, em que foram registrados 205.632 óbitos até o dia 28 de setembro.

Entre os motivos da Covid-19 ter piorado o cenário, está o fato de a população ter deixado de fazer exames e ir até as unidades de saúde para os tratamentos necessários por receio da contaminação.

Um levantamento do Conselho Federal de Medicina mostra que só em 2020, quase 30 milhões de procedimentos médicos deixaram de serem feitos. As cirurgias também foram interrompidas por um tempo, por conta da superlotação do sistema de saúde com casos do novo coronavírus.

À CNN, o presidente do Departamento de Insuficiência Cardíaca da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Evandro Mesquita, afirma que o autocuidado é fundamental para cuidar do músculo cardíaco.

“Não há dúvidas de que as doenças que mais matam no Brasil são do aparelho cardiorrespiratório. Na pandemia, muita gente deixou de ter os tratamentos e entrou no grupo de risco, por estresse, ansiedade ou obesidade, já que deixaram de praticar atividade física e se alimentaram de forma ruim. Nesse dia Mundial do Coração, é importante empoderar as pessoas para fazer escolhas saudáveis, que melhorem a qualidade de vida, pois o autocuidado é o centro da questão”, disse Mesquita, que também é professor da Universidade Federal Fluminense.

Em todo o Brasil, cerca de 14 milhões de pessoas apresentam alguma doença cardiovascular e, pelo menos, 400 mil morrem por ano, o que corresponde a cerca de 30% das mortes de brasileiros.

O Sudeste é a região do país com maior número de mortes por enfermidades do coração. Atualmente, São Paulo é o estado com mais óbitos por doenças cardiovasculares, são 59.728 registradas até o dia 28 de setembro. Em seguida, aparecem Rio de Janeiro, com 24.544, e Minas Gerais, com 22.348 mortes.

De acordo com a Sociedade de Cardiologia, o fim da pandemia não significará melhora imediata do cenário. Estima-se que até 2040 haverá aumento de até 250% de doenças cardiovasculares no Brasil.

A alta da incidência dessas enfermidades preocupa especialistas no período imediatamente após pandemia. O cardiologista Evandro Mesquita explica que, já que a população deixou de ir ao médico, o pós-pandemia também terá uma alta demanda do sistema de saúde.

“Claramente, a gente ainda está tentando entender os efeitos de longo prazo da Covid-19 no mundo inteiro. É possível que a Covid tenha aumentado ainda mais o risco das doenças cardiovasculares, essa é uma possibilidade que precisa ser analisada. Diversas doenças do coração estão associadas ao vírus”, disse.

No mesmo sentido, a cardiologista intensivista da Rede D´Or, Ludhmila Abrahão Haijar, ressalta que cada um dos milhões de procedimentos não realizados neste período pandêmico poderia ser uma doença prevenida ou controlada. Na linha de frente, ela tem visto de perto pacientes que deixaram de fazer os exames e agravaram os quadros.

“O desafio é mudar esse cenário e incentivar que as pessoas retomem os cuidados com a própria saúde. As doenças cardiovasculares podem acontecer em qualquer idade e, em muitos casos, os sintomas são silenciosos. Por isso é fundamental ter hábitos de vida saudáveis e ir ao médico periodicamente, para prevenir enfermidades como a hipertensão, que pode provocar um AVC”, destaca a especialista, que também é uma das diretoras da SBC.

Das mais de 230 mil mortes este ano, 76.148 foram causadas por um Acidente Vascular Cerebral (AVC), outras 73.035 foram decorrentes de infarto e 79.506 por doenças cardiovasculares inespecíficas, como morte súbita e parada cardiorrespiratória.

Apesar das doenças do coração se manifestarem na maior parte das vezes na vida adulta, a Sociedade Brasileira de Cardiologia alerta que é na infância que o processo de aterosclerose, doença degenerativa pelo depósito de gordura nas artérias, tem seu início.

O controle do colesterol elevado associado a uma alimentação saudável e à prática de exercícios regulares, além da redução do estresse, tendem a reduzir em 80% dessas mortes.

FONTE CNN

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Prefeitura inaugura sala de tomografia computadorizada na UPA

A Prefeitura de Araxá inaugurou a sala de tomografia computadorizada da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) nesta segunda-feira (27). O investimento com recursos próprios do município para a aquisição e implantação do equipamento foi de R$ 1,2 milhão. A inauguração contou com a participação do prefeito Robson Magela, da secretária municipal de Saúde, Lorena de Pinho Magalhães, equipe da UPA e vereadores. 

O espaço físico da unidade foi ampliado para receber o aparelho e agora conta com recepção, espaço de espera, área de laudos, além da sala de tomografia. De imediato, o equipamento atende casos de urgência e emergência. A partir do dia 13 de outubro, também passa a atender demandas ambulatoriais. 

“Fico muito feliz com mais essa conquista para a saúde pública da cidade. Tudo que vem para somar e beneficiar a população é válido e importante. Nós temos uma demanda muito grande e essa sala de tomografia vai desafogar essas esperas”, destaca o prefeito. 

De acordo com a secretária Lorena, Araxá possui uma demanda reprimida de mais de 500 exames de tomografia computadorizada. O aparelho tem capacidade de realizar uma média de 60 exames por dia, o que permitirá a ampliação da oferta. 

“Nós temos uma grande demanda reprimida em decorrência da pandemia e a estimativa é supri-la em aproximadamente 60 dias. Agora, com equipamento próprio será tudo mais ágil, mais preciso e não haverá mais a necessidade de pacientes se deslocarem para outros hospitais. Tudo será feito na UPA. Certamente, a população será muito beneficiada, pois é um exame difícil, de alta complexidade e que o município disponibilizará para quem precisar”, destaca. 

O coordenador do Setor de Imagem da UPA, Fábio Humberto Tessaro, explica que a tomografia computadorizada é um método diagnóstico que utiliza imagens reconstruídas por meio de um computador. “É um exame realizado para investigar nódulos ou tumores, além de fornecer imagens precisas de vasos pulmonares e cerebrais. O equipamento que adquirimos é considerado um dos melhores do mercado, com um software excelente”, reitera.

Assessoria de Comunicação

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Cobertura do ponto de ônibus no centro de Araxá gera efeito estufa.

FOTO CELSO FLAVIO

Essa cobertura do ponto de ônibus ENFRENTE AO TEATRO MUNICIPAL NO CENTRO DE ARAXÁ, precisa ser revista, refeita, mudada. O material que foi usado(policarbonato) náo poderia nunca ter sido usado, ele faz gerar um efeito estufa. As pessoas ficam dentro de um forno. Seria necessária uma ação urgente por parte do poder público, para solucionar esse problema, trocar essa cobertura. O povo sofre demais com isso, com esse calor Louco. E olha, em Araxá é calor quase o ano todo.

FICA A DICA!

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Após processo por esgoto na Lagoa da Pampulha, Copasa se reúne com BH e Contagem

O despejo de esgoto na Lagoa da Pampulha, um dos principais pontos turísticos de Belo Horizonte e Patrimônio Mundial da Humanidade, será debatido nesta sexta-feira (24) entre a Copasa e as prefeituras da capital mineira e de Contagem. O encontro foi marcado depois que BH anunciou que está processando a companhia de saneamento pelo lançamento de rejeitos no local.

A reunião está prevista para acontecer na sede da PBH, entre 10h e meio-dia, e deve contar com as presenças dos prefeitos Alexandre Kalil (PSD) e Marília Campos (PT), além do presidente da Copasa, Carlos Eduardo Tavares de Castro. O objetivo é minimizar os transtornos com alagamentos e garantir que a água chegue mais limpa até a Lagoa da Pampulha. 

“Enquanto nossos córregos estiverem sujos, a Lagoa da Pampulha, que é nosso cartão-postal de Minas, não será limpa. Já procurei o Kalil para pedir a união. Unir BH e Contagem e exigir da Copasa, que é a concessionária que deve cuidar da rede de esgoto, de colocar interceptores de esgoto, de fazer estação de tratamento, ela tem que resolver esses problemas aqui em Contagem e em BH”, afirmou a Marília Campos.

De acordo com Contagem, equipes técnicas das duas prefeituras e da Copasa têm se reunido quinzenalmente para discutir a despoluição da lagoa. 

Processo

Quando anunciou o processo, a PBH informou que há décadas busca uma solução para a poluição da lagoa. Destacou ainda que faz investimentos “vultosos” para “garantir que a população volte a desfrutar do bem em sua total potencialidade”, mas que os esforços não têm surtido efeito porque o esgoto continua sendo despejado no local.

No documento protocolado pela procuradoria-geral do município (PGMBH), o executivo ainda afirma que, pelos termos do convênio firmado para concessão do serviço público de saneamento básico, a Copasa deveria avançar na “universalização do esgotamento sanitário, que é de sua responsabilidade”.

Por isso, a PGMBH pediu à Justiça Federal que determine prazo de 45 dias para que a Copasa apresente um Plano de Ação detalhado, com cronograma, incluindo obras emergenciais, para que 100% do esgoto na Bacia Hidrográfica da Pampulha seja coletado e tratado. A intenção, segundo a PBH, é “impedir a continuidade de despejo de esgoto na Lagoa da Pampulha”.

Além disso, também solicitou explicações, no mesmo prazo, sobre R$ 820 milhões que serão distribuídos aos acionistas da empresa como dividendos. A prefeitura quer saber se o montante não vai comprometer a capacidade de investimento da Copasa em obras de saneamento básico na Bacia Hidrográfica da Pampulha. O executivo ainda sugere multa de R$ 100.000,00 por dia de descumprimento.

Na ocasião, a Copasa informou por meio de uma nota que ainda não foi notificada da manifestação da PBH, esclarecendo que atua “colaborativamente com o município de Belo Horizonte para a preservação da Lagoa”. 

FONTE JORNAL O TEMPO

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Doar sangue nos EUA está proibido para vacinados contra covid?

A medida seria da Cruz Vermelha dos Estados Unidos, impedindo doações de sangue de qualquer pessoa vacinada

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FRAMEPHOTO/FOLHAPRESS /ARQUIVO

Há uma informação circulando em texto nas redes sociais, de que apenas pessoas não vacinadas contra a Covid-19 podem doar sangue nos Estados Unidos. Segundo o texto, a razão da restrição seriam os “venenos” e “compostos químicos mortais” presentes nas vacinas, que poderiam prejudicar a pessoa que receber o sangue doado.

A pedido de um leitor, o MonitoR7 foi atrás desta história. Quem publicou a informação foi o site espanhol Rambla Libre, que possui um setor em seu portal apenas para conteúdos antivacinas. O título do conteúdo é “Somente doações de sangue não vacinado é permitido nos EUA!”.

Para embasar seu título, a publicação insere imagem de um informe da Cruz Vermelha americana, que seria de 12 de junho deste ano. Ao verificar o documento, no entanto, já é possível perceber que a informação é falsa.

No informe da Cruz Vermelha consta que pessoas que tomaram algum imunizante poderiam doar sangue, desde que haja uma espera de duas semanas para as vacinas de vírus atenuado (como a Coronavac). Mas as vacinas utilizadas nos Estados Unidos (Pfizer, AstraZeneca, Moderna, Novavax e Janssen) nem precisariam de um intervalo entre a aplicação da dose e da doação.

A única restrição para vacinados em algum tipo de doação era para a do plasma sanguíneo de uso exclusivo para combater a Covid-19, o chamado “plasma convalescente dedicado”. A Cruz Vermelha americana estava recolhendo plasma para tratamentos exclusivamente contra o novo coronavírus, que possui eficácia clínica em alguns casos. E, para esse fim, o plasma de pessoas vacinadas não seria útil.

Contudo, houve uma atualização neste informe de 14 de junho. Dois dias, a Cruz Vermelha dos Estados Unidos interrompeu o tratamento com o chamado plasma convalescente dedicadao. E, por isso, voltou a receber todos os tipos de doação de plasma. Inclusive de pessoas vacinadas, apenas com a restrição de dias de espera, já citada. Com a condição também da pessoa não estar apresentando sintomas da Covid-19.

O MonitoR7 já fez uma verificação de notícia semelhante, sobre restrição de doação de sangue por vacinados contra Covid-19. Aquela publicação também usava também o nome da Cruz Vermelha. Só mudava o país. Naquele caso, a proibição seria no Japão. A informação também era falsa.

FONTE R7

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Médico-veterinário – o profissional da Saúde Única

Pouco difundido fora da área da saúde, o termo Saúde Única (originário do inglês One Health) trata da interconexão entre a saúde humana, animal e do meio ambiente, que todos compartilham, cuidando de todo o ciclo da vida. O termo trata também da adoção de políticas públicas efetivas para prevenção e controle de enfermidades, relacionado à saúde pública.

médico-veterinário é o profissional mais qualificado para implantar e coordenar ações de Saúde Única.

No último 9 de setembro comemoramos o dia deste profissional multidisciplinar.

É de extrema importância que a população saiba e valorize que a Medicina Veterinária vai muito além dos cuidados nas clínicas e na produção de proteína animal que chega à mesa das famílias brasileiras.

São eles os responsáveis pela prevenção de doenças transmissíveis de animais para pessoas (as zoonoses). Também trabalham na produção de remédios e vacinas, e ainda garantem a qualidade do que a população come e bebe.

São dezenas de áreas de atuação que promovem o bem-estar e o equilíbrio entre animais, pessoas e o meio ambiente. Estes profissionais atuam em outras atividades econômicas imprescindíveis ao crescimento do país, como o ensino, a pesquisa, a preservação da fauna silvestre, perícia, laboratórios, agronegócio e diversas outras áreas.

A Lei nº 5517/1968 regulamenta o exercício profissional da Medicina Veterinária e define que o estudo e a aplicação de medidas de saúde pública no tocante às doenças de animais transmissíveis ao homem, as zoonoses, é uma das funções do médico-veterinário, um profissional de saúde reconhecido pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) desde 1998.

Com essa missão, os médicos-veterinários realizam ações de educação para prevenir e diagnosticar zoonoses, como: raiva, leptospirose, brucelose, tuberculose, dengue, chikungunya, febre amarela, dentre outras doenças que têm animais como hospedeiros ou vetores, que causam riscos à saúde humana e animal.

A constante ameaça de novas pandemias originadas pela relação homem-animal demonstra a necessidade de colaboração intersetorial, especialmente em vigilância, gerenciamento de riscos, biossegurança e comunicação.

Como profissional de saúde pública, o médico-veterinário é o grande aliado na prevenção de novas pandemias, já que 62% dos patógenos humanos conhecidos são transmitidos por animais e 75% das doenças emergentes tiveram origem na fauna silvestre.

Estudos recentes publicados pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e pela revista Science, apontam a Saúde Única como o meio para prevenir e responder a novos surtos de doenças zoonóticas e pandemias.

A OMS (Organização Mundial de Saúde), desde 2002, tem ressaltado a importância da participação do médico-veterinário no planejamento e avaliação das medidas preventivas e de controle adotadas pelas equipes de Saúde Pública.

Investimentos constantes em aprimoramento profissional e um ensino de qualidade são essenciais para o bom exercício profissional, pautado pela conduta ética e voltado à proteção da sociedade. “A Medicina cura o homem, a Medicina Veterinária cura a humanidade”. Disse Louis Pasteur sobre o impacto da atuação da Medicina Veterinária e a relação direta com o bem-estar dos humanos.

O Sistema Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária apoia esses profissionais por saber que eles são indispensáveis para assegurar a saúde da população humana, animal e do meio ambiente.

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Mulher é atropelada atravessando faixa de pedestre no Centro de Araxá

O atropelamento aconteceu na tarde da última terça-feira (21)

Bombeiros realizando atendimentos. Foto: Portal Imbiara (Imagem Ilustrativa/divulgação)

Uma mulher de 54 anos foi atropelada enquanto atravessava em uma faixa de pedestres na praça Governador Valadares, na tarde da última terça-feira (21), por volta das 13h, no Centro de Araxá.

A Polícia Militar foi acionada e no local a mulher relatou que estava atravessando a rua na faixa de pedestre, quando foi atingida por uma caminhonete. O motorista do veículo prestou auxilio até chegada da equipe do Corpo de Bombeiros, que socorreu a mulher com suspeita de fratura no braço direito e um corte na cabeça.

No momento da chegada da Polícia Militar, o motorista não se encontrava mais no local do acidente.