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CTA promove ações no Dia Mundial de Luta contra a Aids e Dezembro Vermelho

A Secretaria Municipal de Saúde realiza uma ação de conscientização no Dia Mundial de Combate à Aids, nesta sexta-feira (1º). As atividades acontecem no Calçadão da rua Presidente Olegário Maciel, das 8h às 10h30, e no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), das 13h às 16h – rua Calimério Guimarães, nº 850, Centro.

Serão realizadas testagem rápida de HIV, distribuição de preservativos masculinos e femininos, orientações e ampliação de horário de atendimento. Todos os testes são realizados gratuitamente e de forma sigilosa, com entrega do resultado em até 30 minutos.

As ações englobam as atividades do Dezembro Vermelho, que tem como objetivo a mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), chamando a atenção para a prevenção, a assistência e a proteção de direitos.

A coordenadora do CTA, Roberta Duarte, explica que o diagnóstico precoce é essencial no tratamento e controle das doenças. Ela acrescenta que em dezembro as medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento são intensificadas nas Unidades de Saúde.

“As doenças transmitidas pelo sexo sem proteção são graves e precisam de acompanhamento médico. Por isso, quanto antes forem diagnosticadas, melhor a eficácia do tratamento. Aproveitamos o mês de conscientização para alertar sobre a necessidade de fazer o teste, principalmente àquelas pessoas que tiveram um contato sexual desprotegido”, reforça.

Apoio das Unidades de Saúde

As ações de reforço na conscientização acontecem durante todo o mês e também contam com o auxílio das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Estratégias de Saúde da Família (ESFs). O público conta com orientações à população quanto à importância da prevenção, testagem de rotina, uso de preservativos e tratamentos.

Programação Dezembro Vermelho

• Orientações quanto a importância e cuidados das ISTs
• Entrega de panfletos
• Entrega de preservativos
• Coleta de testes rápidos HIV, sífilis, hepatite B e C
• Mural enfatizando a prevenção.

O CTA também realiza palestras durante todo o mês em empresas e instituições, com distribuição de preservativos e panfletos.

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OMS torna a solidão prioridade de saúde global com nova comissão de trabalho

Nos próximos três anos, o comitê buscará formas de enfrentar ameaça urgente à saúde de uma epidemia global de solidão, responsável por causar doenças físicas e mentais

Organização Mundial da Saúde (OMS) tornou a solidão uma prioridade de saúde global. A informação foi divulgada pelo órgão na quarta-feira (15), ao lançar uma nova Comissão de Conexão Social.

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Durante os próximos três anos, o grupo se concentrará em formas de enfrentar a “ameaça urgente à saúde” de uma epidemia global de solidão. Para isso, irão analisar os dados científicos mais recentes e conceber estratégias para ajudar as pessoas a aprofundar as suas conexões sociais.

A comissão é co-presidida pelo enviado da Juventude da União Africana, Chido Mpemba, e pelo Cirurgião Geral dos Estados Unidos, Dr. Vivek Murthy, que escreveu e falou extensivamente sobre os riscos do isolamento social. Ele fez dessa questão uma das suas principais preocupações.

Murthy disse que isso é uma ameaça “subestimada” à saúde que agora se generalizou. “Por muito tempo, a solidão existiu por trás das sombras, invisível e subestimada, causando doenças físicas e mentais”, explicou. “Agora, temos a oportunidade de mudar isso”.

Karen DeSalvo, membro do comitê e diretora de saúde do Google, disse que, quando era médica e comissária de saúde de Nova Orleans, aprendeu em primeira mão que “um bom cuidado é importante, mas tem que acontecer em um contexto” – e isso inclui conexão social. Batendo nas portas em Nova Orleans depois que um furacão cortou a energia e deixou as casas extremamente quentes, ela e seus colegas tentaram levar as pessoas para abrigos, mas foi difícil conseguir que algumas saíssem, mesmo quando tantas estavam tão sozinhas.

“As pessoas podem facilmente ficar à margem e isoladas, e isso afeta os seus resultados de saúde”, disse DeSalvo. “Alguém pode procurar ajuda para dores no peito, por exemplo, e o sistema de saúde se concentrará no tratamento dessa dor, mas será difícil para eles realmente melhorarem se receberem alta e voltarem para seu isolamento social.”

A solidão tem chamado muita atenção recentemente no setor de saúde pública. Na semana passada, o estado de Nova York nomeou a terapeuta sexual Dra. Ruth Westheimer como sua primeira embaixadora da solidão. Em maio, Murthy apresentou uma estrutura para enfrentar a solidão e “consertar a estrutura da nossa nação”. E não é apenas um fenômeno dos EUA: em 2018, o Reino Unido nomeou o seu primeiro ministro para solidão.

A pesquisa mostra que a falta de certos tipos de ligação social está associada a problemas de saúde mental e aumenta o risco de ansiedade, depressão e suicídio.

Baramyou0708/Getty Images

“A desconexão social tornou-se agora um fator-chave da crise mais ampla de saúde mental que vemos neste mundo”, disse Murthy. “Aproximadamente um bilhão de pessoas – 1 em cada 8 – vivem com problemas de saúde mental, um quarto delas são adolescentes”, disse ele.

A solidão e o isolamento social também podem levar a problemas de saúde física. Pessoas que não têm conexão social correm um risco maior de morrer precocemente.

A solidão e o isolamento social têm sido associados há muito tempo à má função imunológica e a problemas cardiovasculares, como hipertensão, e aumentam o risco de acidente vascular cerebral em 30%. Contribuem também para o declínio cognitivo e estão associados a um aumento de 50% na demência. Pessoas isoladas também tendem a ter mais hábitos não saudáveis, como fumar e/ou beber em excesso, além de ser mais sedentárias.

O impacto da solidão na saúde é tão abrangente que um estudo comparou-a a fumar até 15 cigarros por dia.

Muitas pesquisas sobre isolamento social e solidão concentram-se nos idosos. Os adultos mais velhos correm maior risco porque vivem sozinhos com maior frequência, terem perdido mais familiares ou amigos, além de serem mais propensos a problemas físicos como perda auditiva. Isso pode impedi-los de serem sociais, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.

Mas não são apenas os idosos que se sentem solitários. Uma pesquisa realizada em 142 países e publicada no mês passado revelou que quase 1 em cada 4 adultos relatou sentir-se muito ou bastante solitário. As crianças também não estão imunes; alguns estudos descobriram que mais da metade das crianças e adolescentes se sentiam solitários pelo menos durante parte do tempo.

A pandemia de Covid-19 pode ter exacerbado esses sentimentos, mostram estudos, com o isolamento social e a solidão afetando negativamente os sintomas de depressão e ansiedade dos mais jovens.

Embora os humanos sejam criaturas sociais por natureza, as pessoas melhoram a socialização com a prática, diz o Dr. Ryan Patel, professor assistente clínico adjunto de psiquiatria na Universidade Estadual de Ohio, que estuda conexões sociais.

Ficar acordado até tarde no celular pode afetar saúde mental e física
Isolamento social da pandemia piorou interação entre os jovens e hiperconectividade estreitou a lente com que eles veem o mundo / Foto: Torwaiphoto/Freepik

O isolamento da pandemia limitou o número de “interações sociais mais suaves e fáceis” que as pessoas normalmente têm, e o impacto ainda é sentido, especialmente entre os jovens. “Quando você tira isso, pode ser provocador de ansiedade estar em ambientes altamente sociais quando não se tem esse tipo de prática”, disse Patel, que não faz parte do comitê da OMS.

Patel disse que a hiperconectividade dos jovens também estreitou inadvertidamente a lente com a qual veem o mundo, por isso, quando interagem com outras pessoas que podem não compartilhar a sua perspectiva, pode ser um desafio.

“Você pode estar preocupado com a possibilidade de dizer a coisa errada, e isso pode aumentar a ansiedade”, disse Patel. O ambiente polarizado também desincentiva as pessoas a interagir, e isso também pode resultar em solidão e isolamento.

“A coesão social, a conectividade e a solidão são importantes para resultados saudáveis para pessoas de todas as idades, onde quer que estejam”, disse DeSalvo. Ela espera que a nova comissão da OMS forneça evidências para ajudar os sistemas de saúde em todo o mundo a compreender como abordar melhor a ligação entre a solidão e os maus resultados de saúde, como as doenças cardíacas.

“Eles têm um histórico claro e acho que o que podem trazer para isso é uma orientação para a ação”, disse ela.

Além conscientizar as pessoas a como ajudar a si próprias, os seus vizinhos e as suas comunidades a sentirem-se menos isoladas, o comitê pretende ajudar a comunidade em geral a resolver este importante problema de saúde pública.

“Então, como podemos ajudar os setores público e privado em todo o mundo a saber o que podem fazer para realizar essas intervenções e entender como podemos avançar para melhorar a saúde das pessoas em todo o mundo?”, disse DeSalvo.

Fonte CNN

Novembro-Azul

Prefeitura de Araxá realiza diversas ações para o Novembro Azul; confira a programação completa

A Secretaria Municipal de Saúde realiza várias ações alusivas à Campanha Novembro Azul durante este mês. A programação destaca a conscientização sobre os cuidados especiais com a saúde do homem e a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata.

Dentre as atividades divididas para em diversos pontos da cidade estão: orientações em salas de espera da Unidades de Saúde, visitas domiciliares, consultas, palestras, solicitação de exames, rodas de conversa, murais temáticos, dentre outras organizadas pelas Equipes de Saúde da Família (ESFs).

De acordo com a secretária municipal de Saúde, Cristiane Gonçalves Pereira, a campanha é extremamente importante, pois contribui significativamente na divulgação de informações importantes sobre a doença e na quebra de tabus.

“Nosso objetivo é fazer com que todo o público masculino tenha consciência da importância desta campanha, e não somente neste período tire um tempo para cuidar da sua saúde. A conscientização das esposas e filhos também é essencial, e com certeza, faz toda a diferença. Esperamos que essas ações movimentem toda a população”, destaca a secretária.

Programação

ESF SÃO PEDRO

– 17 de novembro (sexta-feira)
Horário: 8h
Local: Praça da Família
Palestra sobre o câncer de próstata.

– 23 de novembro (quinta-feira)
Horário: 14h30
Local: Associação dos Aposentados e Pensionistas de Araxá
Palestra sobre o impacto da saúde mental na saúde física: prevenção e cuidados, com a psicóloga Maria Eduarda Leopoldino Dias.

UNIOESTE

– 22 de novembro (quarta-feira)
Horário: 15h30
Palestra: Prevenção do câncer de próstata em parceria com a Associação de Amparo às Pessoas com Câncer de Araxá (Ampara).

ESF TIRADENTES

– 22 de novembro (quarta-feira)
Horário: 9h
Local: Núcleo de Convivência do bairro
Roda de conversa com o tema: Prevenção do câncer de próstata.

ESF OROZINO TEIXEIRA

– 23 de novembro (quinta-feira)
Horário: 13h
Sala de espera sobre saúde do homem.

ESF ANA ANTÔNIA

– 27 de novembro (segunda-feira)
Horário: 13h
Sala de espera, consulta médica voltada para homens com idade acima de 45 anos e solicitação de exames PSA.

ESF URCIANO LEMOS

– Durante todo o mês: Sala de espera com palestras abordando o tema saúde do homem e prevenção do câncer de próstata e solicitação de exame PSA.

UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE (UBSs)

– Durante todo o mês: Orientações sobre o câncer de próstata e planejamento familiar; Orientações sobre cuidado bucal e orientações sobre alimentação saudável.

CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAIS – CAPS AD e CAPS Maria Pirola

– Durante todo o mês: Orientações, dinâmicas, rodas de conversa e palestras sobre o câncer de próstata.

LIRAA-1-1

LIRAa realizado em outubro aponta índice de 1,8% de infestação do mosquito da dengue em Araxá

O Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) em Araxá, realizado pela Secretaria Municipal de Saúde, apontou taxa de 1,8% de infestação do mosquito transmissor da dengue, febre amarela, zika vírus e chikungunya. Os dados foram levantados entre os dias 23 e 25 de outubro, percorrendo 2.241 imóveis em 118 bairros.

O índice é menor que o registro feito em janeiro deste ano, quando o Município apresentou infestação de 4,2%.

De acordo com a coordenadora da Vigilância em Saúde, Leninha Severo, os principais focos do mosquito observados na pesquisa foram pneus, vasos de plantas e tambores. Os bairros Vila Estância, Max Neumann 1 e Centro apresentaram o maior número de focos do mosquito transmissor.

“Os moradores devem ter consciência e cuidar de seus quintais esvaziando recipientes e eliminando focos de água parada. A dengue, febre amarela, zika e chikungunya são doenças sérias, que podem ser evitadas com cuidados simples no dia a dia”, reforça.

O biólogo da Vigilância Ambiental, Fabrício de Ávila, destaca que o cuidado tem que ser redobrado durante o período chuvoso. “A nossa maior preocupação agora, que vamos entrar no período de chuva, é em relação à conscientização da população para que possamos acabar com os focos das doenças. Reforçamos a importância da colaboração dos moradores, pois, mesmo com todas as ações feitas pela Administração Municipal, é preciso que todos estejam envolvidos na prevenção e combate ao Aedes aegypti”, conclui.

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Prefeitura de Araxá oferta Práticas Integrativas e Complementares em Saúde na Unicentro, Unisa e Uninordeste

A Secretaria Municipal de Saúde está ofertando Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Pics) para os usurários da Unicentro, Unisa e Uninordeste.

As atividades se baseiam no autocuidado e no cuidado integral do indivíduo, considerando os aspectos físico, psíquico, emocional e social.

A secretária municipal de Saúde, Cristiane Gonçalves Pereira, explica que o município deu início as Pics através da terapia integrativa Reiki.

“É uma prática simples, sem dor, que facilita o processo de autocura e promove sensação de bem-estar. São atividades que cuidam e promovem o bem-estar da população, e que estão sendo ofertadas em três unidades de saúde do município”, completa.

Para participar das atividades os interessados devem comparecer na Unicentro, Unisa ou Uninordeste com os documentos pessoais para realizar a inscrição.

Exames-de-mamografia

Araxá realiza agendamento de 300 exames gratuitos de mamografia no Calçadão, neste sábado

Em apoio à campanha Outubro Rosa, uma ação vai ofertar 300 exames gratuitos de mamografia para mulheres neste sábado (28), no Calçadão da rua Presidente Olegário Maciel, das 8h às 12h.

A iniciativa é uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde, Associação de Amparo às Pessoas com Câncer de Araxá (Ampara), Câmara da Mulher Empreendedora da Acia e Fundação de Assistência à Mulher Araxaense (Fama).

Para fazer o agendamento, a paciente deve ter a partir de 40 anos e apresentar os documentos pessoais (RG e CPF) e Cartão do SUS. A iniciativa busca ampliar o acesso gratuito de mulheres ao exame de mamografia.

O exame da mama é indicado para mulheres com idade entre 40 a 69 anos (a cada 24 meses ou se identificar alguma anormalidade).

Campanha-de-Multivacinacao

Zona Rural recebe Campanha de Multivacinação de Crianças e Adolescentes a partir da próxima segunda; confira os dias e locais

A Zona Rural de Araxá recebe a Campanha de Multivacinação a partir da próxima segunda-feira (30). A ação realizada pela Secretaria Municipal de Saúde contempla crianças e adolescentes (menores de 15 anos).

A campanha faz parte de uma mobilização nacional e alerta sobre a importância da imunização para garantir o controle e eliminação das doenças imunopreveníveis. Ao todo, 17 vacinas serão disponibilizadas para que o público infantojuvenil possa atualizar a Caderneta de Vacinação em um único dia.

A vacinação pode evitar doenças como, por exemplo, sarampo, meningite, caxumba, pólio, rubéola e síndrome da rubéola congênita.

Vacinas disponíveis

Para crianças – BCG; Hepatite B; Poliomielite 1,2,3 (VIP – inativada); Poliomielite 1 e 3 (VOP – atenuada); Rotavírus humano G1P1 (VRH); DTP+Hib+HB (Penta); Pneumocócica 10 valentes; Meningocócica C (conjugada); Febre Amarela (Atenuada); Sarampo, Caxumba, Rubéola (SCR); Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela (SCRV); Hepatite A (HA); Difteria, Tétano, Pertussis (DTP); Difteria, Tétano (dT); Papilomavírus humano (HPV); Varicela.

Para adolescentes (12 a menores de 15 anos) – Hepatite B (HB recombinante); Difteria, Tétano (dT); Febre amarela (Atenuada); Sarampo, Caxumba e Rubéola (SCR); Papilomavírus humano (HPV); Meningocócica ACWY (conjugada).

Cronograma

– Distrito de Itaipu (Posto de Saúde): 30 de outubro, segunda-feira, das 9h30 às 13h;

– Escola Municipal José Bento – Boca da Mata: 31 de outubro, terça-feira, das 9h30 às 13h;

– Escola Municipal Francisco Primo de Melo – Bosque dos Ipês: 1º de novembro, quarta-feira, das 9h30 às 13h;

– Escola Municipal Padre Inácio – Tamanduá: 8 de novembro, quarta-feira, das 9h30 às 13h;

– Escola Municipal Antônio Augusto de Paiva – Mourão Rachado: 9 de novembro, quarta-feira, das 9h30 às 13h.

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Alerta Fake News – Testes de glicemia

A Secretaria Municipal de Saúde alerta que é falso o comunicado que está sendo espalhado nas redes sociais e grupos de aplicativos de mensagem sobre pessoas portadoras de HIV que estariam espalhando o vírus por meio de testes de glicemia.

Essas pessoas estariam se passando por falsos enfermeiros e entrando nas moradias com o pretexto de medir a glicose.

A Secretaria Municipal de Saúde reitera que os atendimentos domiciliares são realizados por equipes das Estratégias de Saúde da Família, devidamente identificadas.

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Projeto Lian Gong oferece aulas gratuitas de ginástica terapêutica em Araxá

Mais saúde, bem-estar e qualidade de vida. Buscando proporcionar os benefícios da ginástica terapêutica às pessoas, o pátio da Fundação Cultural Calmon Barreto (FCCB) recebe o projeto Lian Gong duas vezes por semana. A iniciativa é gratuita, aberta à comunidade e acontece em parceria com a Prefeitura de Araxá.

Técnica da medicina tradicional chinesa, o Lian Gong surgiu na década de 80. A prática proporciona benefícios aos praticantes, onde por meio de 18 terapias e de um trabalho de consciência e integração corporal é promovido o estímulo de músculos e articulações.

Em Araxá, o projeto é realizado desde 2005. De acordo com o médico reumatologista e coordenador Carlos Eugênio Parolini, a ideia surgiu da necessidade de promover às pessoas tratamentos alternativos contra dores musculares.

“Na prática do exercício, a gente trabalha praticamente todas as articulações. Trabalhamos a questão do alongamento e um pouco a parte mental, no sentido de relaxamento e diminuição do estresse. Junto com o movimento, foram agregados outros exercícios que são importantes para a região do timo e da amígdala, que são órgãos responsáveis pela imunidade e emoções”, explica.

Quem pode participar?

O Lian Gong pode ser praticado por qualquer pessoa a partir dos 8 anos de idade, com contraindicação para quem tem problemas graves de joelho e tornozelo, ou que não consiga ficar de pé por muito tempo.

Para quem tiver interesse em participar, basta comparecer na Fundação Cultural Calmon Barreto às terças e quintas-feiras, das 7h às 8h, e realizar a atividade.

Ao final, o participante deverá manifestar o interesse em ser incluído em um grupo de WhatsApp, utilizado para repassar informações sobre a rotina de atividades do projeto e orientações de exercícios.

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Tilápia se adaptou ao mar e está se espalhando pela costa brasileira, diz estudo

Espécie de origem africana já foi encontrada do litoral do Maranhão à Santa Catarina e pode ameaçar ecossistemas marinhos. Falta de controle nas aquiculturas é apontada como um agravante.

Ao entrar em um restaurante, em qualquer região no Brasil, muito provavelmente você vai encontrar no cardápio a opção filé de tilápia. Difícil achar alguém que nunca ouviu falar sobre o peixe mais consumido no país mas, se mesmo assim surgir alguma dúvida sobre o prato, é só perguntar ao garçom que prontamente vai responder: “é um saboroso peixe de água doce!”.

No entanto, a tilápia não é um peixe nativo do Brasil, o que não é novidade também. A novidade nessa história é que esses peixes, de origem africana, estão invadindo os mares daqui.

Tilápia registrada na Praia da Vila, em Saquarema, no Rio de Janeiro — Foto: Franco et al/Figshare

Tilápia registrada na Praia da Vila, em Saquarema, no Rio de Janeiro — Foto: Franco et al/Figshare

Pesquisadores brasileiros de onze instituições publicaram um estudo pioneiro que traz evidências de que uma espécie invasora de água doce está conseguindo se adaptar a ambientes salobros. O trabalho, publicado na revista científica Aquatic Ecology, reúne uma série de registros sobre o assunto.

“Surgiram vídeos na internet feitos na região de Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, que mostravam a presença de cardumes de tilápias no mar. Essa é uma região de água muito fria e salina, que sofre a influência de uma corrente oceânica que é profunda e que aflora na costa”, explica a ecóloga que liderou a pesquisa, Ana Clara Sampaio Franco, da Universidade de Girona na Espanha.

Os primeiros vídeos registrados no litoral fluminense foram somente a ponta dessa investigação que durou mais de um ano. “Nós temos registros que vão desde o Maranhão, até Santa Catarina. Passando por Espírito Santo, São Paulo e pelo Rio de Janeiro. Detectamos que esses casos não eram isolados, o que consideramos preocupante”, explica Ana Clara.

Como as tilápia foram parar no mar?

Uma pista para essa pergunta pode estar no número de registros da espécie mais encontrada na costa brasileira, a tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus). Por crescer rapidamente, esse é um dos peixes mais cultivados no país.

“As estruturas de criação não são imunes a falhas, por isso acontecem escapes. Há também descartes de aquicultores equivocados, que soltam essa espécie exótica invasora nos rios. O Brasil, apesar de deter uma das maiores biodiversidades do mundo, compra pacotes tecnológicos para aquicultura de espécies que não são daqui. Em vez de explorar nosso potencial”, afirma Ana Clara.

Segundo pesquisador, tilápias podem competir com peixes nativos por alimento — Foto: Paulo Augusto/TG

Segundo pesquisador, tilápias podem competir com peixes nativos por alimento — Foto: Paulo Augusto/TG

A invasão de tilápias em água doce no Brasil já é conhecida na ciência. Por isso, os pesquisadores fizeram um amplo cruzamento de informações para saber se as espécies chegaram ao ambiente marinho pelos rios que desaguam no mar. “A gente consegue ver que na costa do Norte e do Nordeste nós não temos essa correspondência”, comenta a pesquisadora.

O mistério, neste caso, está ligado à falta de informações sobre a criação de peixes. “Chegamos à conclusão que não existe no Brasil uma base boa, unificada e atualizada de dados sobre as estruturas de aquicultura, as espécies que são cultivadas e onde são cultivadas em pequena e média escala. A ausência desse levantamento não nos permite traçar com exatidão as possibilidades de ocorrência da tilápia”, explica Ana Clara.

Ancestrais marinhos

Você pode estar se perguntando: de que forma um peixe de água doce resiste à água salgada? A explicação está na evolução da espécie. As tilápias pertencem à família dos ciclídeos, a mesma do famoso tucunaré da Amazônia, e um dos últimos grupos marinhos que migraram para água doce.

“Os ancestrais da tilápia vieram do mar, por isso, a espécie tem capacidade de tolerar algum grau de salinidade”, explica o coordenador da pesquisa, Jean Vitule, do Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná.

Há possibilidade das tilápias usarem os rios de água salobra como um corredor ecológico entre o mar e os ambientes de água doce, já que a salinidade da água não seria uma barreira, deixando um rastro de impactos ambientais.

“A tilápia é uma invasora que pode transferir patógenos e elevar as taxas de eutrofização – surgimento excessivo de organismos como algas e cianobactérias. Ela também compete com espécies nativas por recursos, por alimentos e espaço. A tilápia é um bicho territorialista. Ela pode predar vários organismos, desde peixinhos até camarões, crustáceos e corais. Em último estágio, ela pode causar até a extinção de algumas espécies”, alerta Vitule.

Tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus) é uma das mais dispersas no país — Foto: Corey Farwell/iNaturalist

Tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus) é uma das mais dispersas no país — Foto: Corey Farwell/iNaturalist

Outra preocupação apontada pelo estudo é a criação de tilápias em água salobra em alguns lugares do mundo. “A gente pode ter uma seleção de linhagem, uma seleção artificial feita pelo homem criando tilápias cada vez mais adaptadas a esses ambientes salinos. O que coloca em risco, além dos ambientes de água doce, os ecossistemas marinhos”, comenta o pesquisador.

O estudo também faz um alerta sobre a necessidade de um controle mais rigoroso sobre a criação de peixes no Brasil. “Tilápia não é galinha, não fica confinada de fato. Você não vê galinha em uma unidade de conservação vivendo solta no meio do mato. Mas a tilápia você vê em unidades de conservação, o que é um problema. Não há confinamento adequado na maioria das aquiculturas e há tantos escapes que ela acaba chegando até o mar, deixando um rastro de impactos”, conclui.

Fonte G1