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Expo Dubai, uai.

Um pouco de Minas Gerais para o mundo.

Por GIULIANO FERNANDES | GERENTE DE MARKETING E COMUNICAÇÃO DA CBMM

As Exposições Universais (Expo) sempre foram marcadas pela exposição dos maiores trabalhos das indústrias de todas as nações, fazendo jus ao mote da primeira delas, realizada em 1851 em Londres.

A deste ano que acontece pela primeira vez no Oriente Médio, na cidade de Dubai, é carregada de grande simbolismo, não só por marcar o reencontro dos povos após quase dois anos do afastamento causado pela pandemia, mas também por apresentar tecnologias futuristas que sempre marcaram a história das Expos, agora dentro do contexto de soluções sustentáveis para o planeta.

A expectativa do governo dos Emirados Árabes é por recorde de público, após um investimento bilionário feito e a confirmação de presença de pavilhões de exposições de mais de 190 países em uma área de 4,38 quilômetros quadrados. A abertura, que contou com apresentações de ícones da música como Andrea Bocelli e Ellie Goulding, já deu o tom da grandiosidade dessa edição atual.

A grande estrutura brasileira traz aos visitantes uma imersão de visões, sons e cheiros do país. Entre suas atrações está uma lâmina d’agua, representando rios e lagos do país, por onde as pessoas poderão caminhar.

Por duas semanas, a partir de 17 de novembro, o centro das atenções será o pavilhão Minas Gerais, uma iniciativa liderada pela FIEMG e que tem a CBMM como grande apoiadora dessa ação que visa promover o estado e gerar potencial de novas oportunidades e negócios.

A CBMM ainda será a responsável por apresentar soluções mais sustentáveis para a construção civil e a mobilidade do futuro através da aplicação da tecnologia do nióbio na qual é a maior expoente mundial.

Um dos caminhos mais rápidos e práticos para a redução das emissões de carbono é o uso imediato de materiais mais inteligentes como o aço de alto resistência ao nióbio, que já está disponível. O uso desses aços propicia a desmaterialização, ou seja, a construção de edifícios e infraestrutura com muito menos material e com a imediata redução das emissões geradas.

No campo da mobilidade, a adoção de veículos elétricos com as novas baterias de recarga ultrarrápida com nióbio se apresenta como muito inteligente dada sua eficiência e praticidade. O setor de transporte, um dos maiores responsáveis por emissões, é um dos que mais podem se beneficiar com essas tecnologias. Temos orgulho de Resende/RJ e Araxá/MG serem as primeiras cidades do mundo a testarem ônibus com essa tecnologia a partir de 2022 através de uma parceria entre a CBMM, a Volkswagen Caminhões e Ônibus e a Toshiba.

O imaginário do mundo é, há séculos, impactado pelo que é mostrado nesse evento. Se em 1939 a edição realizada em Nova Iorque mostrou pela primeira vez a possibilidade do uso do nylon como a nova seda sintética, além de inspirar os estúdios Marvel a criar a Expo Stark e o personagem do Homem de Ferro, quem sabe a tecnologia do nióbio e outras belezas e riquezas inspirem a indústria e o turismo mundial a conhecerem ainda mais as soluções para a economia sustentável que podem ser potencializadas a partir de Minas Gerais e do Brasil?

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CBMM, COMPDEC e Corpo de Bombeiros lançam Campanha de Prevenção de Riscos

Evento inaugural marcará o início dos trabalhos de aculturamento de prevenção em Araxá, com foco na comunidade escolar

A COMPDEC (Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil), em cooperação com a Secretaria de Educação de Araxá, Corpo de Bombeiros e a CBMM, irá realizar no dia 11 de novembro, às 14h, uma Aula Inaugural sobre Cultura de Prevenção de Riscos, na Escola Municipal Professora Romália Porfirio de Azevedo Leite, localizada no bairro Aeroporto, em Araxá. O evento será voltado para alunos do 4º ano do Ensino Fundamental.

A ação preventiva de riscos tem o objetivo de evitar o impacto adverso de ameaças, ampliando a segurança da cidade. Faz parte também da missão dos serviços da Defesa Civil, com o intuito de preparar a comunidade para o enfrentamento de riscos do cotidiano. A iniciativa da COMPDEC conta com a CBMM e o Corpo de Bombeiros como aliados e agentes de mudança no território araxaense, com foco no público escolar.

“As crianças e os adolescentes estão em um dos grupos que mais sofrem acidentes domésticos, e a cartilha vem no momento oportuno para ensinar para elas como agir caso alguma situação aconteça. A proposta com linguagem didática vai proporcionar aos pequenos a compreensão de forma simples e, também, vai auxiliar eles a repassar para os irmãos menores. Avalio a iniciativa como uma preocupação natural com esse tipo de problema. E com o projeto da CBMM vai despertar nesses jovens a consciência em estar preocupados em participar do dia a dia, do cotidiano mesmo, de forma consciente. Trazendo-os para mais próximo da comunidade e integrando forças”, comenta Mauro Chaves, coordenador municipal de Proteção e Defesa Civil.

Lançamento da cartilha

A campanha de proteção de riscos empreendida pela CBMM, Corpo de Bombeiros e COMPDEC contempla a produção de uma cartilha que promove a cultura de prevenção para o público infanto-juvenil. O guia, que foi produzido pela CBMM, pretende levar à comunidade escolar um compilado de informações didáticas sobre como se proteger de perigos como choques elétricos, queimaduras, afogamento e intoxicação.

O material também inclui conteúdos lúdicos que facilitam o aprendizado sobre como lidar com situações de riscos. A cartilha será impressa e distribuída para alunos de escolas rurais parceiras do projeto de Educação Ambiental da CBMM “Cientistas do Cerrado”, bem como aos alunos que comparecerem à Aula Inaugural do dia 11.

“Trabalhar em colaboração com a Defesa Civil, Prefeitura Municipal de Araxá, Secretaria de Educação, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar e Ambiental, diante do desafio de ampliar o acesso à informação e educar crianças e adolescentes, é muito importante para nós. A companhia reforça o seu compromisso com as ações em Educação Ambiental em Araxá, transformando o futuro da comunidade”, diz Rogério Contato Guimarães, Diretor Industrial da CBMM.

Aulas presenciais e online

Além da produção da cartilha, a parceria entre a CBMM, Corpo de Bombeiros e a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil engloba outras ações de caráter educativo. A partir do conteúdo informativo, serão realizadas duas aulas presenciais e, também, a produção e lançamento do 2º episódio de videoaulas elaborado pela equipe de Educação Ambiental da CBMM. As videoaulas serão exibidas pela TV Araxá Educa (canal 12.2 de TV aberta) e disponibilizadas no canal da CBMM no Youtube.

No total, serão produzidas 10 videoaulas baseadas em temas socioambientais e nas tecnologias do nióbio.

Serviço

Aula Inaugural da cartilha “Preparação e Promoção à Cultura de Prevenção com Crianças e Jovens”

Data: 11/11/2021

Horário: 14h

Local: E.M. Professora Romalia Porfirio De Azevedo Leite, 430, bairro Max Neumann – Araxá.

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Primeiro centro nacional de vacinas do Brasil será em Minas Gerais

Orçamento de R$ 80 milhões permitirá construir estrutura voltada à produção de imunizantes e controle de doenças

foto Gettyimages

Um ambiente de Ciência, Tecnologia e Inovação comparado ao Centro da Universidade de Oxford que desenvolveu a vacina AstraZeneca. Essa deverá ser a ‘cara’ do Centro Nacional de Vacinas, que tem previsão para começar a ser construído, em Belo Horizonte, em janeiro de 2022. A estrutura, inédita no Brasil, amplia as instalações do CTVacinas, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que desenvolveu a SpiNTec, vacina para Covid-19 com promessa de produção com 100% de insumos nacionais e que servirá de reforço para o combate à doença. A SpiNTec, que ainda irá passar pela fase de testagem do imunizante em humanos, se soma ao projeto da LeishTec, vacina para a leishmaniose visceral canina, também fruto do trabalho do CTVacinas.

O primeiro Centro Nacional de Vacinas brasileiro terá certificação dentro dos padrões internacionais. A expectativa é que a iniciativa permita ao Brasil ser produtor de vacinas no âmbito mundial, estando, inclusive, preparado para as próximas pandemias. A produção de imunizantes, hoje, cria as bases para a produção de outras vacinas no futuro, contra novas doenças, já que alguns processos se repetem em todo o percurso de desenvolvimento de um imunizante. Com a estrutura instalada em Minas Gerais, o objetivo é que o Brasil deixe a condição de refém da tecnologia internacional, agilizando a fabricação, por exemplo, de vacinas para infecções virais epidêmicas e pandêmicas, como malária, leishmaniose, doença de Chagas, zika, chikungunya, dengue e covid-19.

“A mão de obra em Biotecnologia, em Minas Gerais, é altamente qualificada. Temos pesquisadores de renome internacional na UFMG, que é avaliada como uma das melhores universidades da América Latina. Somado a isso, o País conta com a credibilidade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ou seja, temos tudo para atrair para o Brasil, e especificamente para Minas Gerais, empresas fortes do exterior que possam produzir, a partir das nossas pesquisas, soluções modernas para a saúde humana e animal”, afirma Felipe Attiê, subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais.

Ecossistema de imunidade

Para viabilizar o projeto, serão investidos R$ 80 milhões: R$ 30 milhões do Governo de Minas Gerais para a construção e importação de equipamentos laboratoriais, sendo R$ 12 milhões disponibilizados pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e R$ 18 milhões pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG); e os outros R$ 50 milhões via Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

  — Foto: Gettyimages

— Foto: Gettyimages

Segundo o subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, o investimento busca criar um ecossistema não só de vacinas, mas de imunidade, com desenvolvimento de produtos tecnológicos para defesa do organismo humano, abrangendo anticorpos e testes de diagnósticos, atuando também na saúde animal: “Com esse ecossistema fortalecido em Minas Gerais, iremos atrair mais pesquisadores e players da iniciativa privada para impulsionar o estado na fronteira da CT&I.”

Reconhecimento

Para viabilizar o Centro Nacional de Vacinas, serão construídos dois anexos no espaço do CTVAcinas e adquiridos equipamentos importados. A expansão é um reconhecimento ao trabalho realizado por uma equipe altamente qualificada da UFMG, em parceria com o Instituto René Rachou da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-Minas) e o Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BHTEC).

“Esses pesquisadores vêm entregando uma série de contribuições à sociedade na área de Biotecnologia, por isso não chega a ser uma grande surpresa terem concebido a primeira vacina brasileira contra a Covid-19. Minas é muito forte em Ciência, Tecnologia e Inovação, só precisamos dar mais visibilidade ao que está sendo feito aqui”, conclui Marco Aurélio Crocco, diretor-presidente do Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC).

FONTE G1.COM

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Prefeito acompanha governador durante visita à McCain e CBMM

O prefeito Robson Magela acompanhou o governador Romeu Zema nesta quinta-feira (4) durante visita a duas empresas em Araxá. Os dois locais destacaram grandes investimentos para a cidade. 

A primeira visita foi à futura fábrica de batatas pré-fritas da McCain. A empresa está investindo cerca de R$ 250 milhões na instalação da unidade industrial em Araxá. Com previsão de inauguração ainda em 2021, a empresa estima a geração de 150 empregos diretos. Também participaram o presidente da Câmara Municipal, Raphael Rios, e o deputado estadual Bosco. 

De lá, a comitiva seguiu para a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), onde foi inaugurado o projeto de expansão que vai ampliar a caacidade de produção de 100 mil toneladas de nióbio para 150 mil toneladas do insumo por ano. Esta ação também contou com a presença do vice-prefeito Mauro Chaves. 

O projeto, que prevê a construção de estrutura de disposição de rejeitos e a expansão da capacidade industrial, conta com mais de R$ 2 bilhões de investimentos e geração de 133 empregos diretos no município. 

Durante a cerimônia, Romeu Zema assinou o protocolo de intenções que visa o desenvolvimento social e econômico da região de Araxá. Os visitantes também percorreram diversos setores da unidade industrial da CBMM. 

O prefeito Robson Magela destaca o grande investimento que está sendo feito em Araxá pelas duas empresas, com a parceria do Governo de Minas e da classe empresarial, proporcionando geração de emprego e renda. 

“É essa retomada do crescimento econômico que o nosso governo sempre acreditou que iria acontecer, mesmo no período mais crítico da pandemia. Araxá é diferenciada por ter empresas de grande porte que investem na cidade e vai oportunizar mais postos de trabalho para a nossa comunidade. É motivo de muito orgulho para todos nós”, ressalta o prefeito. 

De acordo com Romeu Zema, o investimento é uma demonstração de que o Governo de Minas passou a dar a devida atenção para quem quer investir aqui. “O Estado dará apoio para que os investimentos ocorram sem entraves. Um dos principais objetivos da nossa gestão é incentivar a geração de emprego e renda para os mineiros”, relata.

Assessoria de Comunicação

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CBMM inaugura projeto de expansão de sua planta industrial em Araxá, Minas Gerais

Nesta quinta-feira, 8 de novembro, a CBMM realizou evento oficial para a inauguração do projeto de expansão de sua planta industrial, localizada em Araxá, Minas Gerais. A cerimônia contou a participação do Governador do Estado de Minas Gerais, Romeu Zema.

Com o propósito de se antecipar à demanda do mercado, a CBMM realizou investimento superior a R$ 3 bilhões, nos últimos 8 anos, neste projeto de ampliação que permitiu incrementar a capacidade de produção da empresa de 100 mil toneladas para 150 mil toneladas de produtos industrializados de Nióbio por ano.

“A demanda de nióbio está crescendo anualmente. Isso demonstra que o metal tem uma aplicação cada vez maior no setor produtivo. Um exemplo é a fabricação de bateria de lítio; o nióbio ajuda no carregamento mais rápido e a aumentar a vida útil do produto. Isso torna o cenário da CBMM e de Minas mais promissor”, avaliou Romeu Zema, governador do Estado de Minas Gerais.

“Há mais de seis décadas investimos no desenvolvimento do mercado de produtos de Nióbio. E pretendemos oferecer soluções tecnológicas cada vez mais relevantes para as diversas indústrias. Temos a perspectiva de dobrar de tamanho, em volume de vendas, até 2030, e para isso vamos realizar investimento superior a R$ 7 bilhões, para um novo ciclo de expansão, que deve ter início em 2023”, explica Eduardo Ribeiro, CEO da CBMM.

A atuação da CBMM está centrada no desenvolvimento de novas tecnologias com Nióbio e na diversificação de seu mercado de atuação, principalmente em segmentos que tenham sinergia com as megatendências globais de eletrificação, sustentabilidade, urbanização e transformação digital.

Protocolo de Intenções

Durante a cerimônia na sede da CBMM, Romeu Zema assinou o protocolo de intenções que visa estimular o desenvolvimento social e econômico da região de Araxá, com ampliação de oportunidades de emprego direto e indireto, aumento das receitas para o município e seu entorno, além da implantação de atividades produtivas que agreguem valor e tecnologia ao estado.

Dentre os compromissos previstos, a CBMM deve promover treinamento e capacitação de mão de obra, preferencialmente local, a ser aproveitada nos processos fabris e de desenvolvimento de tecnologias; ampliar a oferta de novos produtos industrializados de nióbio, objetivando a ampliação do mercado e aplicações; além de adotar as melhores práticas ambientais em todos os empreendimentos da companhia.

Sobre a CBMM

Líder mundial na produção e comercialização de produtos de Nióbio, a CBMM possui mais de 400 clientes, em 50 países. Sediada no Brasil, com escritórios e subsidiárias na China, Países Baixos, Singapura, Suíça e Estados Unidos, a companhia fornece produtos e tecnologia de ponta aos setores de infraestrutura, mobilidade, aeroespacial e energia. Em 2019, investiu na 2DM, empresa dedicada ao Grafeno e, em 2021, nas startups Echion e Battery Streak. Os investimentos visam novos desenvolvimentos em materiais para baterias de íons de lítio.

Informações para a imprensa

Denise Mello

imprensacbmm@oficina.ci

+55 11 99832.4877

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Procura por profissionais de tecnologia cresce 671% durante a pandemia

Terceira reportagem da série especial Economia Digital mostra como os desenvolvedores são importantes na revolução digital

procura por profissionais de tecnologia cresceu mais de 670% só em 2020. Um dos profissionais mais procurados é o desenvolvedor, fundamental para o avanço da revolução tecnológica em curso.

A terceira reportagem da série especial Economia Digital mostra como novas oportunidades no mercado de trabalho impulsionam a tecnologia brasileira.

No Brasil, desde o início da pandemia, houve 85 mil novas vagas para quem lida com tecnologia. Para algumas funções, em São Paulo, a procura por profissionais em 2020 cresceu mais de 600%.

“Todas as empresas de tecnologia estão recrutando. Ao mesmo tempo, a gente também tem uma revisão do que é o formato de empresa do mundo de hoje”, diz o co-fundador da 99 Jobs, Eduardo Migliano.

Essa revolução digital colocou os profissionais de tecnologia em um novo mundo. Entre as 10 profissões que mais cresceram no Brasil estão analista de sistemas, analista de suporte, analista de business intelligence e desenvolvedor.

A empresa PK XD foi uma das que contrataram muita gente nova para pensar e fazer do mundo virtual um lugar ainda mais interessante.

Nos primeiros quatro meses de 2020, eles atraíram 10 milhões de pessoas para um de seus principais jogos. Hoje, o game já possui 50 milhões de usuários.

“O jogo começou com 8 pessoas, basicamente 4 artistas e 4 programadores”, conta o diretor de tecnologia do PK XD, Charles Barros. “Dessas 8 pessoas, a gente cresceu bastante, chegamos a 100 pessoas no início do ano e, até agora, estamos com quase 200.”

Foi tanta vaga que surgiu de uma vez na área de tecnologia, que as portas se abriram até mesmo para quem estava longe de conseguir um trabalho na própria cidade. O levantamento de uma empresa de identificação digital registrou 163 mil contratações por meios digitais em 2020, um aumento de 87,9% em relação a 2019.

A área de tecnologia também é líder com o maior número de vagas voltadas pra profissionais recém-formados. Os desenvolvedores brasileiros são talentosos e disputados pelo mercado. O problema é quando o mundo paga em dólar ou euro, e quer levar esses profissionais para outros países.

Nesse momento, é a hora de focar no mais importante. Como eles são fundamentais para o crescimento do setor, é preciso entender como segurá-los.

“O dinheiro não é tudo para essa nova geração que está aí, eles querem desafio e propósito. Uma forma de segurá-los aqui na nossa região é oferecer a eles oportunidades de trabalho que os desafios e que sejam alinhados com seus propósitos pessoais”, avalia o presidente da VTEX no Brasil, Rafa Forte.

FONTE CNN

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Terceiro Exercício Simulado de Barragens da CBMM acontecerá no dia 28 de outubro

A ação ordenada pela Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil e Corpo de Bombeiros tem caráter preventivo

A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil, em cooperação com o Corpo de Bombeiros de Araxá e a CBMM, realizará no dia 28 de outubro, das 9h às 10h30, o terceiro Exercício Simulado de Barragens da CBMM.

O evento tem caráter preventivo e possibilita a avaliação da eficácia do Plano de Ação de Emergência – PAE, por meio da verificação dos seguintes quesitos: audibilidade do sistema sonoro de alertas; tempo necessário para a evacuação das pessoas que eventualmente estejam presentes na ZAS (Zona de Auto Salvamento); cronometragem do tempo de deslocamento das entidades de proteção e Defesa Civil para atendimento à emergência.

A ZAS, que abrange os primeiros 10 quilômetros a jusante das barragens, localizada na região do Pirapetinga, não abrange a área urbana de Araxá e nem moradias ou edificações industriais habitadas. As atividades serão realizadas na estrada vicinal de acesso à Argenita – área contemplada na ZAS – sem impacto no perímetro urbano de Araxá. Na ocasião, ocorrerá o acionamento do sistema de alerta sonoro e orientação às pessoas em trânsito. 

“O Exercício Simulado Externo é o momento de colocar em prática as ações de resposta e responsabilidades de cada um dos envolvidos no PAE, bem como identificar eventuais oportunidades de melhoria de forma a manter nosso processo de aprimoramento contínuo. Nesse sentido, através de ações preventivas de operacionalização do PAE é possível promover a integração entre a comunidade, Prefeitura, as entidades de Proteção e Defesa Civil e a companhia com foco principal na Segurança”, diz Rogério Contato, Diretor Industrial da CBMM.

Os exercícios também contarão com a participação ativa da Polícia Militar Rodoviária Estadual, Polícia Militar de Araxá, representantes da Prefeitura Municipal de Araxá, Equipe Técnica da CBMM, moradores das fazendas próximas à ZAS e eventuais pessoas que estejam passando pela via da Argenita.

Para Mauro Chaves, Coordenador Municipal de Proteção e Defesa Civil, o trabalho desenvolvido com esses públicos é de extrema importância. ”O reflexo disso é um trabalho preventivo, permitindo que situações de emergência, caso ocorram, tenham o menor impacto possível. Esse trabalho integrado com os órgãos é importante, pois permite que eles sejam acionados rapidamente. A integração gera uma resposta mais rápida”, diz.

A CBMM reafirma que todas as suas barragens estão em condições estáveis, inclusive com fatores de segurança acima dos recomendados pelas normas técnicas e exigidos pela legislação vigente. As barragens passam por verificações técnicas periódicas, monitoramentos e manutenções constantes, com o objetivo de garantir o desempenho esperado e as condições de segurança.

Mais do que cumprir as legislações vigentes, a CBMM reforça o seu compromisso com a segurança da comunidade e trabalha de forma proativa, junto aos órgãos competentes, na Gestão de Segurança de suas Barragens.

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Carro a hidrogênio: saiba como funciona e quais são as vantagens e desvantagens

Um veículo abastecido com o elemento mais abundante do universo e que emite apenas água; parece perfeito, mas (ainda) não é

Toyota Mirai Divulgação

A Toyota entrou para o Guinness World Record, o livro dos recordes. O carro movido a hidrogênio da marca, o Mirai, rodou 1.360 km com apenas um tanque, algo sem precedentes para esse tipo de veículo.

O recorde foi realizado na Califórnia em agosto. Após abastecerem o Toyota Mirai em 5 minutos, o piloto Wayne Gerdes e o copiloto Bob Winger fizeram um trajeto pitoresco, cruzando a Pacific Coast Highway, uma das estradas mais famosas e que corta o litoral californiano de norte a sul. O recorde anterior, 357 km menor, foi conseguido na França.

O detalhe é que, para rodar esses mais de 1.360 km, o Toyota Mirai utilizou 5,65 kg de hidrogênio, o elemento mais abundante do universo. Ao mesmo tempo, emitiu apenas água pelo “escapamento”. Um carro a combustão convencional, para percorrer o mesmo trajeto, emitiria mais de 300 kg de CO2, nas contas da Toyota.

O segredo do veículo a hidrogênio é utilizar esse elemento para gerar eletricidade, alimentando assim o motor. Já se viu que sua autonomia com um tanque de hidrogênio é mais que satisfatória.

Seu abastecimento, em postos especializados, é feito por mangueiras e muito similar ao visto em carros movidos por GNV, o Gás Natural Veicular, com um tempo de abastecimento muito parecido com o de um carro a combustão. É muito mais rápido que carregar as baterias de um carro elétrico normal.

Como funciona exatamente o carro a hidrogênio?

Ao contrário do que muitos pensam, um veículo movido a hidrogênio não o utiliza para gerar combustão. O sistema é bem mais complexo.

Primeiro, o carro armazena o elemento em estado líquido, sob pressão, em um tanque. De lá, ele vai para o componente mais importante: a célula de combustível. É nela que o hidrogênio encontra o oxigênio da atmosfera.

Passando por catalisadores e uma membrana de troca de prótons, o elemento é dividido em duas moléculas H+, que se combinam com o oxigênio. Os elétrons perdidos na divisão do hidrogênio passam por fora da membrana, gerando corrente elétrica.

Tal processo gera como subprodutos apenas eletricidade e água pura (H2O), por isso considera-se um veículo movido a hidrogênio como um carro de emissão zero. A eletricidade então é armazenada em baterias, que fornecem a energia para um motor elétrico.

Quais as vantagens de um carro movido a hidrogênio?

Uma das principais vantagens dos carros movidos a hidrogênio é seu caráter ambientalmente mais limpo para locomoção. E não é só em carros que ele pode ser usado. Há estudos também para navios e aviões.

Armazenado em estado líquido, como é usado nos veículos atuais, poderia se utilizar de uma estrutura similar aos dos postos de combustíveis atuais. Assim, seriam necessários investimentos muito menores do que os para se obter redes elétricas de alta capacidade, demandadas por carregadores de carros elétricos.

Além disso, o armazenamento em estado líquido permite um abastecimento rápido e muito similar ao que já é feito em veículos a combustão. Do ponto de vista de desenvolvimento do carro, por usar baterias muito menores, o veículo a hidrogênio também é mais leve que um equivalente 100% elétrico.

E as desvantagens?

Por outro lado, a adoção em massa de veículos movidos a hidrogênio ainda tem muitos desafios. A célula de combustível ainda é um componente caro e sensível à pureza do hidrogênio. Os tanques de armazenamento, tanto no carro quanto nos postos, precisam lidar com pressões altíssimas.

Outro elemento problemático ainda é a obtenção do hidrogênio. Apesar de abundante, é um elemento extremamente reativo e geralmente encontrado associado a outros, principalmente ao oxigênio e ao carbono. A obtenção do H2 em larga escala atualmente é feita pelo processo de reforming, que envolve uso de metano.

Então, enquanto o carro a hidrogênio não polui, obter o elemento polui. É possível obtê-lo por meio de eletrólise, usando energia elétrica para separar o H2 da água (H2O). O método é pouco usado, porém.

Por último, um dos desafios do hidrogênio é o seu armazenamento. Em estado gasoso natural, sua densidade energética é baixa. Mesmo em estado líquido, como usado hoje, 1 kg de hidrogênio tem menos energia que 1 kg de gasolina. Para deixar o hidrogênio em estado líquido, usa-se compressão e liquefação, processos que também demandam energia.

Quem produz carro a hidrogênio?

Atualmente, além da Toyota, a Hyundai também produz carro movido a hidrogênio, chamado Nexo, e a BMW tem um protótipo para esse tipo de veículo.

A Honda já teve um carro com esse sistema de propulsão, o Clarity, mas o modelo saiu de linha.

BMW i Hydrogen Next é um protótipo da marca / Divulgação

FONTE CNN

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Favelas cariocas ganham a primeira cooperativa de energia solar do Brasil

Em tempos de crise energética, nas ensolaradas favelas cariocas surge uma iniciativa pioneira para promover o desenvolvimento sustentável a partir da geração compartilhada de energia solar.

Painéis de energia solar em favela do Rio de JaneiroFoto: Reprodução / Revolusola

A primeira cooperativa solar em favelas do Brasil, que começou a operar no mês passado, irá beneficiar 34 famílias das comunidades da Babilônia e Chapéu Mangueira, no Leme, zona sul do Rio de Janeiro.

Os painéis solares (fotovoltaicos) com potência de 26 kWp/ano (Quilo-Watt-pico) foram instalados no telhado da Associação de Moradores da Babilônia.

A energia gerada é injetada na rede elétrica e convertida em créditos de energia, para essas famílias, que terão o valor das suas contas de luz reduzido à metade. O público-alvo do projeto é o segmento de moradores da favela que paga pela energia de forma regular

O modelo de geração compartilhada, representado pela cooperativa, além de ser mais viável técnica e economicamente do que o modelo de instalações individuais, também harmoniza com as tradições de coletividade, cooperação e autogestão das favelas cariocas.

Por ano a economia para a cooperativa será de até R$ 30 mil reais. Para cada família, a economia será de R$ 80 reais por mês. Segundo uma pesquisa feita pela própria ONG, 80% dos consumidores regularizados na Babilônia têm dificuldades de arcar com as despesas com energia.

Parte das economias obtidas pelos moradores será revertida em taxas de manutenção para a cooperativa, que irá compor um Fundo Comunitário.

Destes recursos, serão pagos os custos de operação da cooperativa, bem como a remuneração dos trabalhadores locais que atuam no projeto – instaladores solares, eletricistas, embaixadores e professoras –, além de financiar a expansão das instalações solares na comunidade.

O diretor-executivo da ONG, Eduardo Ávila, explica que o potencial técnico de geração de energia solar nos telhados da favela da Babilônia (2,6 GWh/ano) é suficiente para atender a demanda energética de toda a comunidade (2,4 GWh/ano).

“Nosso objetivo é replicar esse modelo de geração compartilhada em outras comunidades e para isso esperamos a parceria das distribuidoras de energia e de empresas do setor privado”.

Além da economia na conta de luz, o projeto desenvolvido pela ONG Revolusolar, promove a geração de empregos e educação ambiental para crianças e adolescentes da comunidade.

No ano passado, o idealizador do projeto, o economista Eduardo Ávila, de 25 anos, foi um dos cinco finalistas do prêmio Jovens Campeões da Terra na América Latina e Caribe, promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

Para viabilizar a implementação do equipamento foi feita uma campanha de crowdfunding, onde foram arrecadados quase R$ 90 mil.

Desde 2013, a geração distribuída solar fotovoltaica cresceu a uma taxa média de 230% ao ano no Brasil, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

FONTE CNN

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Entenda como ondas e marés podem gerar energia no Brasil

Falta de investimentos em pesquisa e redução de custos ainda dificultam aproveitamento energético dos oceanos

Projeto de geração por usina de ondas durou 5 anos / Picasa/Coppe-UFRJ/Divulgação

Os investimentos em fontes renováveis de energia, como a eólica e a solar, têm crescido cada vez mais em meio a preocupações com as mudanças climáticas e a contribuição dos combustíveis fósseis. Mas, além desses recursos ainda aproveitados principalmente na terra, o mundo começa a voltar os olhos para outra região com grande potencial energético: os oceanos.

Uma região oceânica pode gerar energia de diversas formas, afirma Segen Stefen, professor de engenharia oceânica da UFRJ. É possível produzir energia a partir:

  • Do movimento das ondas
  • Pela variação de temperatura entre a superfície e o fundo do mar
  • Pelas correntes oceânicas
  • Por um processo de osmose entre a água salgada e a doce
  • Pelas marés

Atualmente, porém, são as ondas e as marés que possuem as tecnologias mais avançadas para geração de energia

Produção pelas marés e pelas ondas

produção pelas marés é dividida em dois tipos: pelo movimento vertical das marés, de baixa e alta, que é conhecida como energia maremotriz, e pelo movimento horizontal.

Mas isso não significa que qualquer região oceânica pode ser usada para a geração de energia. Juliane Taise Piovani, doutoranda em energia na UFABC, afirma que uma usina maremotriz demanda uma maré de, no mínimo, sete metros para funcionar, enquanto a de movimento horizontal exige uma velocidade média de pelo menos 2 metros por segundo.

“O mais comum é represar a maré alta e depois deixar fluir na maré baixa, passando por uma turbina e gerando eletricidade. Isso é uma usina maremotriz, o fenômeno das marés gerando eletricidade”, diz Stefen.

Já em relação às ondas, o ideal é ter 1,6 metro de profundidade, mas a velocidade e posição dos ventos também influenciam na capacidade de geração.

Hoje, a energia maremotriz é mais aproveitada ao redor do mundo do que a de ondas, com tecnologias mais desenvolvidas e usinas em países como França, Canadá e Coreia do Sul.

“Existem centenas de técnicas diferentes para fazer esse aproveitamento [de energia pelas ondas], muitas são patenteadas, tanto no Brasil quanto no exterior, não é uma convergência como por exemplo na eólica”, afirma.

Potencial energético

Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Brasil possui hoje 150 GW de potência energética instalada, com uma predominância da energia hidrelétrica. Stefen afirma que, considerando apenas a região costeira, o país teria um potencial energético de 120 GW no oceano.

“Esse é o total, mas em partes a gente não pode instalar [usinas] por questões envolvendo lazer, rota marítima, base militar, local de pesca”, diz. Assim, considerando essas questões, o potencial ficaria próximo de 30 GW ou 40 GW, equivalente a cerca de ¼ da capacidade atual do país.

Esse potencial também varia no Brasil, já que as características de ondas e marés não são as mesmas em todas as regiões. “As ondas predominam do Ceará até o Rio Grande do Sul, e as marés predominam do Maranhã para o Norte. É algo complementar”, diz.

O potencial de geração das ondas, cerca de 90 GW, é, portanto, maior do que o das marés, de pouco mais de 20 GW e, por isso, Piovani considera que o perfil brasileiro seria de “aproveitamento das ondas”. Mas, mesmo com todo esse potencial, ainda existem muitos desafios para o uso dessas fontes de energia.

O próprio processo de instalação de uma usina já é demorado. É necessário fazer análises com simulações matemáticas, de terreno, oceanográfica e também ambiental, já que o uso dos equipamentos de geração de energia pode afetar a fauna e flora marítimas, sendo necessário empregar medidas de mitigação, como o isolamento das turbinas.

“O IBGE e o Ibama afirmam que não têm informações de toda a fauna marítima desde 2011, então, fica difícil saber onde ficam exatamente. Precisa de muito estudo, precisa saber bem o terreno, ver a profundidade”, considera Piovani.

Oceano
Estudos são essenciais para evitar impacto negativo na biodiversidade dos oceanos / Francesco Ungaro/Unsplash

questão ambiental é, segundo Stefen, um dos motivos para a energia maremotriz ainda não ser muito aproveitada em regiões com grande potencial, como na Europa. “O licenciamento ambiental é muito rígido porque afetam a reprodução marinha próxima da costa”, diz.

Altos custos

As pesquisas e o desenvolvimento de equipamentos para essas energias, em especial a de ondas, começaram há pouco tempo, o que torna os custos altos e dificultam uma eficiência na produção que justifique o investimento.

“São tecnologias do futuro. Agora, a curto prazo, o que mobiliza a energia no oceano é a éolica offshore [energia obtida pela força do vento em alto-mar]”, afirma Stefen, citando estudos que tentam combinar a geração éolica nos oceanos com a geração por ondas, aproveitando a infraestrutura de geração e distribuição existente.

O professor observa que há uma “corrida” em busca de fontes renováveis devido às mudanças climáticas, o que deve favorecer as energias oceânicas.

Para ele, a redução de custos e alta de eficiência da energia de ondas devem ocorrer entre os próximos cinco a dez anos. Seria possível, com isso, incluir essa energia em uma “cesta” de fontes, incluindo a eólica e solar, idealmente permitindo que as barragens de hidrelétricas foquem em fornecimento e armazenamento de água e que fossem usadas para geração de energia apenas em situações mais extremas.

Pesquisa foi responsável por instalar a primeira usina de ondas no Brasil

Um processo importante para melhorar a eficiência da geração de energia por ondas e reduzir custos é o desenvolvimento de protótipos, testando novas técnicas e ideias. Até hoje, o Brasil desenvolveu apenas um protótipo de usina de ondas, que também foi a primeira na América Latina, instalada no quebra-mar do Porto de Pecém, no Ceará.

Segen Stefen coordenou o projeto a partir do Laboratório de Tecnologia Submarina da Coppe-UFRJ, com apoio do governo do Ceará e financiamento da Tractebel Energia, a partir de um programa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A usina funcionava a partir de dois flutuadores ligados a braços mecânicos. O movimento dos flutuadores, pelas ondas, fazia com que esses braços levassem água doce com alta pressão para um sistema de pás, que era movimentado e gerava energia.

Porto de Pecém
Projeto de geração por usina de ondas durou 5 anos / Picasa/Coppe-UFRJ/Divulgação

O laboratório já tinha estudos de conceito, testes experimentais e uma patente, e foi possível partir para um teste em escala real no porto. O acordo era que o projeto duraria cinco anos, por isso, ele foi finalizado em 2014, com a retirada dos equipamentos.

“É difícil ter recurso para dar continuidade, então, depois disso, não houve possibilidade de renovar, o projeto foi descomissionado”, diz Stefen.

Mesmo com o fim do projeto, o professor destaca que ele foi um passo importante no desenvolvimento dessas tecnologias. “É um projeto pioneiro no Brasil, o primeiro dispositivo no Brasil a gerar eletricidade pelas ondas do mar. Até hoje, no mundo todo, não existe nenhum dispositivo que está em fase comercial no aproveitamento de ondas, todos são demonstrativos, de estudos, que operam por um período e depois são desativados, buscando melhorias”, afirma.

O laboratório continua os estudos sobre energia de ondas, e conseguiu absorver os conhecimentos gerados a partir do teste.

Já o Porto de Pecém manteve o interesse no potencial da energia das ondas. Fabio Abreu, diretor de engenharia do complexo de Pecém, diz que o porto possui um enorme potencial de geração de energia graças a um quebra-mar, que também reduz os custos necessários para uma geração eficiente de energia.

O porto desenvolve, agora, estudos para uma parceria com uma empresa israelense que pode resultar na construção de geradores com potencial de 8 MW, equivalente a 60% da demanda média mensal do complexo. O complexo e a empresa já assinaram um memorando, partindo para uma nova fase de estudos de viabilidade.

Porto de Pecém
Imagem ilustrativa mostra plano de instalação de usina de ondas no Porto de Pecém / Porto de Pecém/Divulgação

“A maior capacidade de geração passa pela instalação de um número bem maior de equipamentos, e mais modernos”, diz Abreu. Isso não significa, porém, que o contrato já será para a geração dos 8 MW, já que será necessário “conhecer bem como a tecnologia vai se desenvolver no futuro”. A ideia é ir fazendo uma expansão mais moderada, aos poucos.

Abreu considera que a geração de energia por ondas é uma tecnologia ainda muito nova. “É como se fosse a eólica há 30 anos. Os parâmetros e tecnologias vão mudando, até porque cada mar tem uma característica, tem um aparelho, equipamento certo”.

O interesse no investimento na energia de ondas está ligado, também, ao que Abreu chama de “diversificação da matriz” energética do complexo. “A energia de ondas se encaixa perfeitamente [na busca por uma matriz mais verde]. Há uma estrutura que pode ser aproveitada, e é uma energia totalmente limpa”, diz.

“A partir do momento que o próximo estudo for realizado, que verifique que os números finais batem com as expectativas, o período de implementação seria de em torno de 24 meses. Não é algo tão fora do padrão”, afirma.

Além do movimento do porto, a própria crise hídrica e energética atual pode servir como um fator que impulsionará a atenção para as energias oceânicas. “Você vai ter, na verdade, algo que auxilia no potencial energético, um uso maior de renováveis, reduz o consumo de fósseis, então, é um grande fator. E reduz uso das hidrelétricas, consegue aproveitar melhor esse recurso”, diz Piovani.

FONTE CNN